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História Portadores da alma - Garoto estranho


Escrita por: Mood_Lunar

Notas do Autor


Olá, esta é minha primeira história aqui, espero que minha escrita agradem vocês (espero que eu consiga, amém).
Bom, boa leitura.

Capítulo 1 - Garoto estranho


Fanfic / Fanfiction Portadores da alma - Garoto estranho

Já eram oito horas e trinta minutos da manhã e Levi ainda continuava dormindo. Ele tinha 16 anos de idade e cursava o segundo ano do ensino médio. Levi encontrava-se - em sua cama - em uma posição muito bizarra: todo torto com um dos braços caído para fora da cama, uma das pernas elevada, apoiada na parede, além de está descoberto, pois o lençol havia caído no chão enquanto dormia. Sua cama estava uma tremenda bagunça. Sua mãe, Taciane, entrou no quarto e se deparou com aquele cenário ridículo e constrangedor, mas ela não estava nenhum pouco surpresa ao vê-lo daquele jeito, pois, todas às vezes que iria acordá-lo, sempre o encontrava em posições estranhas e engraçadas, mas isso não era nada engraçado para ela, pelo contrário, isso a deixava brava.

- LEVI! – gritou ela - Você sabe que horas são para você continuar dormindo?! Ontem você havia me dito que iria dormir mais cedo para acordar cedo, pois tinha que está na escola antes das oito horas, e já são oito e meia. – Sua mãe estava muito furiosa, ela  já estava cansada de acordá-lo toda vez  que se atrasa para ir à escola, que era quase sempre.

Levi abriu apenas um olho preguiçosamente, pois não conseguiu abrir o outro porque estava grudado com remela, e olhou para sua mãe que estava de braços cruzados ao lado da cama, expressando uma terrível raiva em sua face.

- Ah, oi mãe, bom dia. – Disse descaradamente.

- Levante-se. – ela jogou o lençol que havia apanhado do chão encima dele, em seguida, se retirou do quarto, pois tinha os seus afazeres.

Levi pulou da cama assim que confirmou a hora no celular. Ele tomou um rápido banho, vestiu o uniforme escolar e foi a caminho da mesma. Levi era um garoto um pouco atrapalhado.

Chegando lá (atrasadíssimo), ele entrou na sala de aula, dirigiu-se ao “fundão” e sentou-se ao lado de um garoto muito lindo, porém, estranho e desconhecido. Nunca havia o visto na escola antes. O suposto novato: de cabelos dourados e longos, lábios vermelhos, pele pálida, olhos grandes e verdes, com notáveis olheiras e um formato de rosto bastante atraente, estava cabisbaixa o tempo todo, com seus cabelos dourados jogados sobre a mesa escolar, a olhando fixamente como se estivesse hipnotizado. Ele permaneceu nessa posição desde o momento em que Levi havia chegado na sala, o mais estranho é que ele não tinha nenhum material escolar.

No decorrer da aula, Levi sentiu-se incomodado com a presença daquele garoto, era bastante perturbador ver alguém imóvel ao seu lado sem ao menos mover um dedo. Ele continuava com a cabeça abaixada olhando para a mesa sussurrando algo, como se estivesse conversando com alguém imaginário. Levi estava abismado com o comportamento bizarro daquele garoto, pois nunca tinha visto alguém assim em toda a sua vida. Para acabar com aquele clima perturbado, ele resolveu conversar com o garoto de cabelos longos, inclinando-se discretamente para o lado dele e disse:

- Ei, você está bem? – Levi perguntou em voz baixa, mas estava escondendo o incômodo que estava sentindo.

O garoto parou de sussurrar imediatamente, sem mover a cabeça, permanecendo na mesma posição, direcionou seu olhar para o Levi, fixando o olhar nele e não espondeu nada. Apenas o observava rigorosamente.

- Você é novato aqui, não é? Eu nunca vi você nesta escola antes. Você foi transferido para cá?

Levi estava desconfortável com aqueles  grandes olhos verdes e malignos o olhando sem piscar. Sem respostas, ele se recolheu, voltando a sua posição anterior, porém, o garoto não parava de olhá-lo.

Enfim, chegou o momento mais esperado pela maioria dos alunos, o intervalo. Todos saíram da sala, exceto, o professor, que ficou para corrigir as atividades e também Levi, por ter chegado atrasado na escola.

Após alguns minutos, o professor chamou Levi para entregar a atividade corrigida. Ao chegar lá, ele aproveitou para fazer uma pergunta ao professor.

- Professor, quem é aquele novato que está sentado ali? - Perguntou em voz baixa, direcionando o olhar para o garoto. -  Ele é muito estranho, nunca vi ninguém tão estranho assim.

O professor olhou para o fundo da sala e disse:

- Que garoto? Não estou vendo ninguém além de várias cadeiras vazias. Além do mais, não temos nenhum novato nesta sala e nem na escola, até onde eu sei. – Expressou estranheza, pois achou a pergunta feita por Levi anormal.

            Levi olhou abismado para o fundo da sala e viu que o garoto continuava  lá.

- Olha ele lá. Não está vendo?

- Levi, já chega. – Disse seriamente, achando que era algum tipo de brincadeira completamente sem graça - Você está tentando me fazer de trouxa? Isso não tem graça. Pegue sua atividade corrigida e vá se sentar.

- É serio que o senhor não está vendo ele? – Levi não acreditava que o seu professor não conseguia vê-lo.

O professor semicerrou os olhos.

- Por que eu mentiria? E por que você está nervoso? – Ele não deixou de notar o nervosismo transparecendo em Levi.

Levi olhou novamente para o garoto, mas dessa vez, aterrorizado, pois ele continuava sentado feito uma estatua humana.

- Levi, o que foi? O que você tanto olha? – Isso já estava o deixando incomodado.

- Como que o senhor não consegue vê-lo? Ele já estava aqui antes de eu chegar. Eu sentei ao lado dele e ele ainda continua parado na mesma posição feito uma estátua, não se mexe, nem fala, não faz nada... – O professor o interrompeu.

- Já chega! Mas de quem você está falando?

- Estou falando daquele garoto! – apontou o dedo  – Não está vendo? Acha que estou maluco?

- Acho que é isso que você está querendo que eu pense de você. Não há ninguém ali. Nesta sala, não há mais ninguém, exceto nós dois.

Levi estava perplexo pelo fato de que seu professor não conseguir ver o que ele enxergava. Ele foi até o suposto menino invisível e disse:

- Aqui está ele! Quem é você? Como se chama? – O garoto permanecia calado –  Porque não responde?!

Três meninas que estudavam na mesma sala haviam entrado e presenciado a cena.

- Levi, com quem você está falando? – perguntou uma das meninas olhando para ele com estranheza e com um leve deboche em sua fala.

- Você usou drogas? Por que está falando desse jeito com uma mesa? Ela não vai te responder - Elas soltaram várias risadas.

É sério que nenhuma de vocês também não conseguem vê-lo? 

- Ver quem? está maluco? - ela franziu as sobrancelhas.

Após tentar convencer a todos sobre a existência do garoto na sala, seus colegas riram bastante, o chamaram de louco, babaca e de vários outros nomes que ninguém gostaria de ser chamado. O zombaram tanto, ao ponto de fazê-lo sentir humilhado, constrangido e envergonhado. Sem duvidas, sair correndo para fora da escola foi a melhor opção que ele pôde fazer.


Notas Finais


Até o próximo capítulo.
Bjs


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