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História Portal para o desconhecido - Felicidade em dobro


Escrita por: Mara-Kuchiki

Notas do Autor


Ei pessoal, a fic já tem capa nova, eu mesmo fiz.
Boa leitura!

Capítulo 51 - Felicidade em dobro


Fanfic / Fanfiction Portal para o desconhecido - Felicidade em dobro

Felicidade em dobro

- Não entendo por que tenho que vir ao médico se estou bem, Ichigo – resmunga a jovem mãe que estava sentada na maca de uma sala do hospital geral de Karakura.

- Você vai fazer cinco meses e ainda não veio ao médico, Rukia. Precisa acompanhar a gravidez. Se não fosse tão teimosa eu já teria te trazido a muito tempo. – Ichigo já tinha perdido as contas de quantas vezes havia dito essas mesmas coisas para sua esposa teimosa. Sentiu-se aliviado por já terem passado pela consulta, agora só estavam aguardando o médico para fazer um exame de ultrassonografia. Não estava mais aguentando as queixas da garota: não gostou nem um pouco de estar em um hospital; na Soul Society eles só iam ao médico quando tinham algum problema de saúde ou estavam feridos devido alguma batalha; estava com fome; queria dormir; enjoada... Bom, foram muitas as queixas.

- Se anime Kuchiki-san! O médico disse que vamos poder escutar o coraçãozinho do bebê e com muita sorte até ver o sexo. – fala Yuzu empolgada.

- Nossa que incrível! – exclama a futura mamãe animada, finalmente.

Toda família Kurosaki estava presente, afim de ver a primeira ultrassonografia do mais novo integrante.

Era impressionante como a barriga da morena havia crescido em tão pouco tempo, mesmo ela sendo pequena, aparentava estar com a gestação no seu sexto mês aproximadamente.

Não demorou muito para que o médico entrasse e iniciasse o processo de ultrassom.

- Esse barulho que estão escutando é o coração do bebê.– Disse o senhor que estava fazendo o exame na morena. Os olhos de todos na sala ficaram marejados. Era muito emocionante escutar pela primeira vez aquele som que confirmava que havia uma vida que estava sendo gerada no ventre da tenente.

- Tem como saber o sexo do meu netinho ou netinha doutor? – pergunta todo afoito o patriarca da família.

- Vamos ver – O senhor fez alguns movimentos com o aparelho no ventre da nobre, e sua expressão que antes era serena ficara um tanto assustada – Olha só o que temos aqui! – exclamou o médico.

- Algum problema com o meu bebê? – Rukia ergueu um pouco o corpo preocupada com a forma que ele falara.

- De modo algum. Por favor, não fique agitada. – Olhou para Ichigo que também tinha a expressão preocupada, e disse: - Meus parabéns! Vocês terão dois bebês – disse sorridente.

Todos que estavam na sala arregalaram os olhos e ficaram boquiabertos devido ao impacto que a notícia os causou, Ichigo até tinha mudado de cor, abriu a boca algumas vezes na tentativa de falar algo, mas a voz não saia.

- E quem vai ter o outro bebê? – perguntou a morena de forma inocente, ela era a única que ainda não tinha entendido o que o médico queria dizer. Todos olharam para ela ainda mais espantados do que já estavam.

- Filho explica para sua esposa, o que o doutor quis dizer – Isshin orienta o filho. Achou bonitinha a inocência de sua nora, mas não queria ser ele a dizer para a jovem que ela teria dois bebês, temia sua reação.

Ichigo engoliu a seco, ainda nem tinha se recuperado da novidade de ser pai de forma tão precoce e agora descobrira que teria dois filhos. Olhou para a esposa que o fitava com as sobrancelhas arqueadas, curiosa pela explicação do marido.

- Rukia... – Silêncio – Você está grávida de gêmeos, foi isso que o médico quis dizer. – respirou fundo, e a fitou esperando a resposta. Seu coração estava tão acelerado no peito que podia jurar que todos na sala conseguiam escutar as batidas.

- Eu vou ter dois bebês ao invés de um? – arregala os belos olhos violáceos.

- Não tem como saber os sexos dos meus netinhos?- pergunta Isshin.

- É uma pena, mas não dá para ver. Porem não me enganei, tenho certeza que são dois. – explica o médico.

- Eles estão tão bem? – pergunta novamente o patriarca da família Kurosaki.

- Sim! A gravidez está indo muito bem! – Olha para Rukia que ainda permanecia estática olhando para frente. – Senhora Kurosaki, já terminamos. Tem alguma dúvida? – A morena o olhou e balançou a cabeça no gesto que queria dizer "não". – Então isso é tudo, lhe espero novamente no próximo mês. – o doutor sorriu e se retirou da sala. Sorrateiramente foram atrás Isshin e as meninas, não queriam ficar nem mais um minuto naquela sala, temia que Rukia trucidasse a todos.  Ichigo quando deu em si, estava sozinho com sua esposa. “Bando de covardes! Nem para ficarem e me dar apoio pensou.

- Amor fala alguma coisa seu silêncio está me deixando assustado. – disse se colocando a sua frente. A morena ainda permanecia sentada na maca, aparentava estar em choque.

 

- Ichigo... – Deu um longo suspiro – Nós vamos ter dois bebês! – finalmente na face da garota tinha uma expressão, mesmo essa sendo de preocupação, mas já era alguma coisa, melhor que um olhar vazio.

- Sim meu amor, dois bebês. – apesar dele ainda não ter assimilado muito bem a notícia, procurou passar para ela tranquilidade, não queria deixar sua esposa agitada.

- O que vamos fazer com dois bebês, Ichigo? Eu mal tenho ideia de como lidar com um. – abaixa a cabeça e continua – Tenho medo de fazer tudo errado.

- Eu também estou assustado, Rukia. Mas, acho que já enfrentamos problemas mais sérios que esse não é? – Leva a mão no queixo dela a fazendo fitá-lo – Vai ficar tudo bem! Você será uma excelente mãe, disso eu não tenho dúvidas. – sorri para ela e logo em seguida toma seus lábios em um beijo terno.

O coração da pequena que antes estava agitado no peito, agora batia calmamente, e todos os seus medos e temores se foram  depois de ouvir aquelas palavras de seu marido. Ele tinha razão, já haviam passado por tantas coisas difíceis na vida, agora era só aproveitar e curtir ao máximo a felicidade de ter uma família ao lado de seu amado. E o fato de ter dois bebês não deveria deixá-la tão apreensiva, afinal de contas, agora sua felicidade era em dobro.

- Felicidade em dobro – ela murmurou baixinho, porém, Ichigo ouviu perfeitamente.

- Isso meu amor, felicidade em dobro – sorriu a apertando ainda mais forte em seus braços.

●●●

 

Alguns dias depois:

- Ei Ichigo! Ichigoo... – Chamava por seu marido que mais parecia desmaiado ao seu lado. – Amor acordaaaa... – sentou-se na cama encostando suas costas na cabeceira e sacudia seu esposo freneticamente.

- Humm... – Ele abriu vagarosamente os olhos e resmungou.

- Tem algo de errado dentro da minha barriga – Ela disse. Ficou extremamente irritada quando seu esposo apenas disse um “legal” e voltou a dormir – ESCUTOU O QUE EU DISSE SEU IDIOTA?! - bateu em sua cabeça e gritou fazendo o rapaz se levantar da cama em um pulo com os olhos esbugalhados de susto.

- O que está fazendo sua louca? Me acordar aos gritos, quer me matar? – resmunga de bico massageando o local agredido.

- Eu estou te chamando faz tempo e você não responde. Qual seu problema? – virou o rosto para o lado e disse irritada.

- Talvez seja uma coisa chamada sono.  Fica gritando no meu ouvido feito uma histéric... – Não conseguiu terminar a frase, pois notou as mãos da morena acariciando a barriga. – Está se sentindo mal, Rukia? Foi por isso que me chamou? – agora sua voz soava preocupação.

- Não estou passando mal, mas... Tem algo de errado, Ichigo – agora sim ela conseguiu deixá-lo ainda mais preocupado que já estava.

- Diz logo o que está sentindo meu amor. Quer que eu chame meu pai para te examinar? – ele disparou ao falar agoniado.

- Não precisa! Eu só... Tem alguma coisa mexendo dentro da minha barriga - fala meio apreensiva. – É assustador!

O rapaz que antes estava tenso e quase sem conseguir respirar de tanto nervoso, respirou fundo aliviado. Sorriu para ela de forma serena.

- É a primeira vez que sente mexer? – não conseguia tirar o sorriso do rosto, coisa essa que deixou a futura mamãe estressadíssima.

- É claro que sim seu burro! Acha que minha barriga é o que para ficar se mexendo? E pode tirando esse sorrisinho do rosto. – o nível de irritação da nobre estava no máximo.

- São os bebês que estão mexendo meu amor. É normal, só estou admirado que ainda não tivesse sentido. Você já vai fazer seis meses de gestação. – Ichigo fala serenamente com sua esposa, e não conseguia mesmo tirar um sorriso bobo do rosto. Como Rukia podia ser tão esperta e sábia em determinadas situações e em outras uma criança inocente?

- Ah, isso são os bebês? Que estranho! – ela leva as duas mãos na barriga e faz um carinho. – Estão bem agitados.

- Me deixa senti-los?  - falou meio encabulado. Aquela situação era nova para eles.

- Me dá a sua mão – Ela conduziu a mão dele até um ponto da barriga – Consegue sentir? – os olhos do ruivo enchem de lágrimas.

- Sim! Meus filhos, que lindos. Tão agitados – Sussurrou – encostou a cabeça no ventre de sua esposa, fez carinho e em seguida beijou. Sentir seus filhos mexerem dentro de Rukia era algo tão surreal, mas que lhe trazia uma das melhores sensações que já sentiu em toda sua vida. 

Rukia fez carinhos nos cabelos revoltos do rapaz que não cessava de beijar e acariciar seu ventre. Sentia-se tão feliz que tinha medo de que tudo aquilo fosse um sonho. Ainda não tinha se conformado com o fato de ser mãe, sem falar que acabara de descobrir que teria dois filhos de uma só vez. Mas a sensação de sentir seus pequenos crescendo dentro de si era algo incrível. Sim, Rukia já amava incondicionalmente seus bebês que ainda nem tinha visto seus rostinhos.

- Vão dar trabalho igualzinho ao pai. Uma hora dessas da madrugada e não me deixam dormir – resmungou, mas não conseguia tirar o sorriso bobo do rosto.

- Vem cá meu amor, vou cuidar de você. – Ichigo deitou na cama e a trouxe para aconchega-se em seu peitoral, ela atendeu pontualmente e se aninhou sobre ele. Ichigo ficou fazendo carinho nos cabelos da esposa e em sua barriga. Rukia não demorou muito para pegar no sono. Alguns minutos após a morena adormecer ele sentiu mais uma vez seus filhos mexerem no ventre da esposa – Filhos, deixem a mamãe dormir, amanhã vocês podem fazer a zorra que quiser – sussurrou bem baixo para não acordá-la.

Se os pequenos obedeceram? Óbvio que não! Não levou mais de meia hora e a morena já estava acordada novamente sentindo seus bebês fazerem uma farra em sua barriga.

Naquela noite eles não conseguiram dormir mais, os pequenos estavam muito agitados. A cada mexida que eles davam, Ichigo ficava surpreso, como seus pequenos eram travessos.

Mas a noite não foi desagradável, pelo contrário. Eles ficaram conversando e algumas vezes trocando carícias e beijos. Desde a noite de núpcias que o casal não fazia amor. Rukia estava sempre indisposta e fadigada com a gravidez e Ichigo entendia bem, pois não deveria ser nada fácil gestar dois bebês em um corpo tão pequeno e delicado como o de sua esposa.

Tinha quase dois meses que eles estavam casados. O casal ainda estava se adaptando a nova rotina, mas tudo fluía perfeitamente bem. Em breve Ichigo compraria uma casa para eles no mesmo bairro onde seu pai morava, não queria ficar longe de suas irmãs.

O dinheiro para a nova residência do casal não foi problemas. Já havia algum tempo que o rapaz vinha economizando para comprar um apartamento para ele morar sozinho. Com o dinheiro que já tinha e a ajuda que seu pai deu, ele iria comprar uma pequena casa de dois quartos onde seria seu lar junto de Rukia e seus filhos. Depois que tivesse condições melhor compraria algo maior e mais confortável para eles. Afinal, queria uma família grande.

Ichigo já estava terminando o colegial e no ano seguinte entraria na faculdade, havia escolhido medicina, clínico geral. Passou boa parte de sua vida dizendo que jamais exerceria a mesma profissão de seu pai, mas não teve como fugir, já que o negócio da família era uma clínica médica. Ele sempre que podia ajudava seu pai, e até gostava, ajudar as pessoas era muito gratificante.

Faltava menos de um mês para o final do ano letivo, e Ichigo já havia conseguido um estágio no hospital do pai de Ishida, obviamente que era remunerado. O patriarca dos Quincy tinha sido bem generoso com o rapaz, não por simpatia ou algo do tipo, mas em memória da mãe do jovem que quase fora sua esposa no passado. Sendo assim, com o dinheiro que ele recebia do estágio, Ichigo conseguiria manter sua família até ele se formar.

Byakuya não se agradou muito da vida simples que as condições do rapaz podia dar a sua irmã, queria que eles se mudassem para Soul Society e vivessem na mansão. Entretanto Ichigo não queria viver de favores do cunhado e estava mais que feliz por estar construindo sua vida com Rukia, mesmo que esta fosse modéstia.

Se Rukia se incomodava com as condições que o marido podia lhe oferecer? De maneira alguma! Ela sentia-se tão feliz com sua nova vida ao lado do ruivo, que mesmo se estivesse vivendo naquela cabana simples do exílio estaria mais que perfeito. Não importava o local onde eles morassem, para ela o melhor lugar do mundo era estar nos braços de Kurosaki Ichigo, seu marido.

Continua...

 

 


Notas Finais


Sentindo falta de muito leitores nos últimos capitulo, não esquecem de comentar neles também ok.

Obrigada a todos que ler e deixem sua opinião. O que estão achando desses momentos ternuras do casal?

Será que só serão felicidades? Quero saber o que acham.

Beijos!


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