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História Portal para o desconhecido - A difícil decisão de Rukia


Escrita por: Mara-Kuchiki

Notas do Autor


Saindo um capitulo fresquinho de Portal.

Espero que goste!

Boa leitura!

Capítulo 58 - A difícil decisão de Rukia


Fanfic / Fanfiction Portal para o desconhecido - A difícil decisão de Rukia

No capítulo anterior: 

- Lamento ter chego só agora, Kuchiki-san! A cidade está um caos.  

- Urahara-san, não consigo sentir meus bebês. – fala com os olhos já marejados de lágrimas. Ela estava com muito medo do pior ter acontecido.  

- Eu sei. Preciso te levar para minha casa imediatamente. Seus filhos vão nascer hoje! – exclama o logístico. Em sua expressão estava visível a preocupação, tanto com a mãe quanto com os filhos.  

 
 

A difícil decisão de Rukia 

 
 

Urahara se preparava para levar Rukia a sua casa quando escuta uma voz bem conhecida.  

- Rukia! – Ichigo chega ao local desgovernado.  

- Kurosaki-san, agora não temos tempo para explicações. Kuchiki-san e seus filhos precisam de cuidados médicos imediatamente. – Fala já com a morena inconsciente em seus braços. – Traga Inoue-san, ela também está gravemente ferida e não consegue se locomover. - ordena.  

Só agora que Ichigo percebe sua amiga também desacordada sobre a coluna de gelo. Rapidamente pega ela em seus braços e parte para a casa do tiozinho do chapéu. Antes de saírem ele deu uma boa olhada no local. Ao julgar pela destruição, parecia que tinha sido uma luta violenta, se lamentou por não ter chegado a tempo de ajudar a esposa. Mas como o tiozinho do chapéu falou, não havia tempo de se lamentar ou querer explicações.  

Loja do Urahara:   

Ichigo andava de um lado para outro inquieto. Tinha apenas alguns minutos que o loiro havia entrado para uma sala improvisada, onde ele disse que faria uma cesária de emergência em sua esposa. Rukia ainda não tinha completado nove meses, estava muito ferida e esgotada devido à luta. Um medo esmagador tomava conta de todo seu ser, não poderia nem cogitar a possibilidade de algo dar errado.   

Tratou de respirar fundo para se acalmar. Uma coisa que ele tinha aprendido com os últimos acontecimentos, era que ficar nervoso e agitado não servia de nada, apenas atrapalhava.  

- Rukia... Seja forte... Mais uma vez – murmurou.  

A senhora Kurosaki estava deitada sobre uma maca. Seu kimono de shinigami tinha sido cortado deixando exposto toda sua barriga. Urahara  examinava o ferimento que a garota tinha, era um pouco acima do abdômen. Parecia grave, não podia perder mais tempo, ia ter que cortar seu abdômen para tirar os bebês.  

- U-Urahara... como estão meus filhos? P-Por favor, diga a verdade. – pergunta a nobre em um murmúrio, tinha acabado de recobrar a consciência. 

- Kuchiki-san, terei que fazer uma cesária para antecipar o nascimento dos gêmeos. Eu quase não consigo sentir suas reiatsus, e a cada tempo que perdemos diminuem as chances deles sobreviverem ou nascerem vivos.  – A verdade era a melhor coisa a ser dita naquele momento, assim ela tomaria uma decisão consciente. – O correto seria levá-la para um hospital, mas acredito que aqui as chances deles sobreviverem são maiores, sem falar que não podemos mais perder tempo transferindo-a para outro local. Só que... 

- Fala logo, como você acabou de dizer, não temos tempo para formalidade. - apesar de falar baixo devido seu desgaste, ela demostrou impaciência na voz.  

- Não tenho como lhe dar anestesia, eu nem tenho nada parecido aqui em casa. Vai ter que suportar o corte.  

- O que está esperando?! Salve os meus bebês, Urahara. Não importa o que aconteça comigo, salve-os por favor. – ela já não conseguia mais conter as lágrimas.  

Rapidamente ele a prepara para a incisão.  

- Morda isso, vai ajudar com a dor. – ele coloca um pano dobrado na boca dela para morder. – Escuta, Kuchiki-san. Tessai está na outra sala ajudando a Inoue-san, para ela se recuperar. Vamos precisar dela e de seus poderes curativos para ajudar aos seus filhos assim que nascerem. – explica. Rukia acena com a cabeça em gesto que indica sim, sabia que sua amiga ia curar seus filhos.  

- Kuchiki-san preciso que fique deitada reta, e não se mexa, por favor. Isso vai doer. – ele fala pegando algumas gases e enxarca de álcool. 

- Não se preocupe, eu aguento. Só ande logo, cada minuto que perde diminui as chances de meus filhos viverem. – ela coloca o pano na boca, aperta forte os olhos. Estava com medo da incisão, porém, tinha mais medo ainda de perder seus pequenos.  

Urahara passa as gases com álcool no local onde iria cortar para desinfeccionar, leva o bisturi meio hesitante até o pé da barriga de Rukia. Entretanto, não havia alternativa, essa era a melhor chance de salvar as crianças.  

- Faça logo, por favor! – grita Rukia.  

O logístico não pensou muito, cortou a barriga de Rukia. No mesmo instante ele ouviu os gemidos abafados de dor que vinham da nobre. Rukia, apesar da imensa dor, não se movia, pois tinha medo do loiro machucar seus bebês com a lâmina.  

Escorreu muito sangue do corte. Urahara foi cortando camada por camada da pele de Rukia até avistar a bolsa onde estava um dos bebês. Ele estourou, enfiou a mão e puxou o primeiro dos gêmeos. Cortou o cordão umbilical que o ligava com sua mãe – É uma menina. – disse. A criança não chorou, nem se mexia. Ele colocou sobre os peitos de Rukia e se concentrou no outro que ainda estava dentro da barriga.    

A morena ficou emocionada ao ver o rostinho de sua filha pela primeira vez, acariciou a cabecinha da garotinha de forma carinhosa. Ela não tinha nenhuma reação, parecia estar sem vida. Uma angústia tomou conta de seu ser, não queria que nada de ruim acontecesse com seus bebezinhos.  

Não demorou mais de um minuto para que o ex-capitão anunciasse que tinha conseguido tirar a outra criança de dentro da nobre.  

- Esse é um menino, Kuchiki-san. – falou emocionado ao se lembrar do nascimento de Ichigo. – Ele tem um ferimento perto da barriguinha e a bolsa já estava estourada, deve ter sido atingida pela espada do Hollow que atravessou seu abdômen. – explica ele ainda com o bebê em suas mãos.  

- Está vivo? Por favor, me diga!– Rukia ficou em pânico. Urahara colocou um dedo no pescoço do pequeno para sentir os batimentos cardíacos.  

- Ele está vivo sim, mas muito fraquinho precisa de cuidados. – Fez o mesmo procedimento com a menina que estava sobre a mãe – Ela também está viva, Kuchiki-san, mas os batimentos não estão normais igualmente os do irmão. 

Rukia não responde nada, parecia ter ficado em choque com a notícia. Não poderia perder nenhum de seus filhos, ela já os amava loucamente. Se algo de ruim acontecesse a algum deles não saberia como iria viver com essa ausência.  

Urahara pega os bebês e deita sobre uma mesa que estava forrada com um pano branco. Ele mesmo tinha improvisado para colocar os pequenos quando nascessem. Levou algum tempo fazendo alguns procedimentos de cura, mas seus poderes não eram como os de Inoue que podia restaurar até órgãos perdidos. Precisava dela para curar completamente os gêmeos.  

Olhou para a morena que ainda estava com seu corpo aberto, mas se mantinha o tempo todo consciente com a cabeça virada em sua direção olhando o que o logístico fazia aos seus pequenos. Urahara precisava se apressar, pois tinha que fechar o corte na barriga da garota, senão ela morreria de hemorragia ou algo mais grave.  

No meio tempo que ele cuidava os gêmeos, Inoue entrou na sala acompanhada com Tessai, ele a ajudava a caminhar, pois a garota estava muito debilitada.  

- Inoue, você pode curá-los né? – foi a única coisa que a nobre conseguiu dizer.  

A ruivinha olha para a amiga e logo em seguida para as crianças.  

- Inoue-san. Acha que pode curá-los? A gravidade da situação é crítica, seus poderes conseguiriam curá-los por completo. – explica o ex-capitão. 

- Os dois não... E-Eu... Não tenho reiatsu suficiente para curar os dois, se for tentar fazer isso pode acontecer de não conseguir salvar nenhum deles. O mais seguro seria tentar curar apenas um...– foram as palavras mais difíceis que a garota teve que falar em toda sua vida.  

- Está dizendo que eu vou ter que escolher entre um dos meus filhos para sobreviver? – Rukia pergunta meio incrédula, a amiga não poderia estar falando sério. 

- S-Sim! – quase nem conseguiu responder.  

- Você só pode ter ficado louca!.– Grita - Como pode pedir para uma mãe escolher quem vive ou morre de seus filhos?!– Rukia berra totalmente sem controle.  

- E-Eu... Sinto muito, K-Kuchiki-san. Quase não tenho reiatsu, vou fazer meu melhor, mas ainda assim só conseguirei curar apenas um.- lágrimas pesadas escorriam de seu rosto.  

Urahara abaixa a cabeça, era exatamente isso que ele temia. Quando trouxe elas para sua casa, ele viu que o estado da ruiva era muito grave, e seria um milagre se ela conseguisse curar apenas um dos bebês. Pediu ao Tessai para cuidar da garota e tentar faze-la recobrar a consciência e explicar a situação da amiga, o loiro já sabia que os gêmeos Kurosaki corriam risco de morte.  

Rukia ficou algum tempo olhando fixamente para seus pequenos deitados sobre à mesa. O silêncio que se fez no local era esmagador, ninguém tinha coragem de pronunciar uma única palavra.  

- Cure o menino! – disse com sua voz grave.  

- O que? – Inoue entendeu bem o que ela quis dizer, mas era algo surreal para ela. Uma mãe ter que escolher entre um de seus filhos não deveria ser natural, na realidade não era mesmo. Imaginava o quanto Rukia estava sofrendo, mas ainda assim se mantinha forte, ela era mesmo admirável. 

- Cure o menino! – Grita - Ele está ferido e tem menos chances de sobreviver – Vira-se para o tiozinho do chapéu e diz: Urahara-san, salve minha garotinha, por favor, não a deixe morrer. – Só ela mesma sabia como estava sendo difícil se manter lúcida diante daquela situação. Mas se desesperar não ia adiantar de nada, seus filhos precisavam dela.   

Inoue envolve o pequeno com seu campo de reiatsu para curá-lo. Urahara se concentrou em curar Rukia, e Tessai como tinha mais habilidades com Kidõ a menina. A tenente por sua vez, não tirava os olhos dos filhos um segundo que fosse, apesar de quase não conseguir mais manter seus olhos abertos devido a exaustão que já tomava conta de todo seu corpo, não poderia de forma alguma adormecer sem antes escutar seus amigos dizerem que os pequenos estavam fora de risco.  

Já na sala Ichigo não conseguiu mais conter sua ansiedade e invadiu o quarto onde estava sua esposa e os amigos.  

- RukIa... – ela tira a atenção de seus pequenos para olhá-lo. 

- I-chigoo – já estava tão cansada que até mesmo o ato de falar se tornava desgastante. 

- E-Eu... Sinto muito. Tentei chegar até você o mais rápido que pude, mas a cidade estava tomada por Menos grande e Hollows. Por mais que eu quisesse, não poderia ignorar as vidas das pessoas que estavam correndo perigo ao meu redor, e-eu... Eu sinto muito. – ele abaixa a cabeça, sentia-se envergonhado por não ter cumprido a promessa que fizera a ela de protegê-la e não permitir que nada de ruim acontecesse à sua família.  

- I-Ichigo... Não seja idiota! Jamais te perdoaria se deixasse que vidas inocentes se perdessem para vir ao meu resgate. Você não tem culpa, tudo vai ficar bem – sua voz estava baixa, quase em um murmúrio, mas ele conseguia escutar cada palavra, não esperava outra resposta de sua esposa. Ela esticou a mão para tocar a dele. O rapaz pegou em sua mão e beijou. - O que importa agora é nossos filhos ficarem bem.  

Só agora que ela mencionou os pequenos que Ichigo percebeu Urahara a curando e que os gêmeos já haviam nascido. Seus olhos percorreram o quarto até vê-los deitado na mesa, Inoue curava um e Tessai o outro.  

- Eles já nasceram – balbuciou de olhos arregalados. Queria ir até onde estavam seus filhos para vê-los melhor, mas suas pernas não respondiam.  

- Um casal. - ela disse.  

- Um casal? – murmurou. Seu coração estava tão acelerado. Uma emoção misturada com medo de perder suas crianças dominava todo o ser do jovem Kurosaki.  

- Vá até lá vê-los, Ichigo – ela soltou sua mão da dele, sabia que o rapaz estava sem ação e como sempre, ela tinha que dar uma mãozinha. 

Cada passo que dava rumo aonde estavam seus filhos, seu coração acelerava ainda mais, tinha a impressão que a qualquer momento ele soltaria boca à fora.  

Finalmente chegou próximo deles. As coisas não estavam correndo exatamente da forma que Ichigo havia idealizado a primeira vez que veria seus filhos. Aquela situação era totalmente oposta, mas ainda assim não pode conter as lágrimas. Eles finalmente estavam ali diante de seus olhos. Tão pequenos, tão indefesos. Queria pode segurá-los e protegê-los daquela situação pela qual seus bebês não deveriam estar passando.  

Rukia não conseguiu mais segurar suas lágrimas, estava muito esgotada, física e mentalmente. Só de pensar que sua menininha poderia morrer a qualquer momento, causava-lhe uma dor aguda que dilacerava seu coração. Ela se sentiria culpada pelo resto de sua vida se o pior acontecesse. Ter que escolher entre dois filhos fora cruel demais, nenhuma mãe deveria passar por isso.  

Continua...  

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 


Notas Finais


E agora, o que será que vai aconteceu com Rukia e os bbs? Será que vão sobreviver os três? Ficou tenso as coisas né? Pessoal ta bem legal, não custa dar um conferida. Se gosta recomenta para os amiga e se não para os inimigos. rsr

Então queridos, deixem sua opinião, o que acharam do capitulo e o que espera para o próximo.

Eu quero agradecer muito pelos review que tenho recebido, muito obrigada mesmo.

E para quem ainda não sabe, eu já postei 3 capítulos da minha nova fic ichiruki, ela acontece pois guerra. Vou deixar o link para quem quiser ler, deixa comentários ta.

Nada mais será como antes - https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-bleach-nada-mais-sera-como-antes-5097149

Muito obrigada, beijos!


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