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História Portal para o desconhecido - Desencontros


Escrita por: Mara-Kuchiki

Notas do Autor


Não, aqui não é a Autora-san e sim a editora da fic adoentada.
Pessoal mil perdões pelo atraso e eu espero que gostem desse capítulo.

Capítulo 63 - Desencontros


Fanfic / Fanfiction Portal para o desconhecido - Desencontros

Capítulo 63

Desencontros

 

Dois meses praticamente passaram voando desde o nascimento dos gêmeos Kurosaki. E a vida de nosso casal estava cada vez mais intensa.

Ichigo havia ingressado na faculdade e os turnos no hospital onde fazia estágio estavam sendo constantes. Quase não tinha tempo para nada. Sempre que podia, ajudava Rukia a cuidar dos filhos, que por sorte não davam muito trabalho, com exceção de Daisuke que era mais agitado que Sayuri. Inoue e as irmãs do rapaz ajudavam demais a morena sempre que era possível.

Rukia ainda não tinha voltado ao seu posto de tenente, e na certa não retornaria tão cedo, pelo menos nos próximos meses, até que seus filhos estejam maiores. Sua vida se resumia em cuidar da casa e dos filhos, e muitas vezes quando Ichigo chegava em casa ela já estava dormindo. Viam-se pela manhã geralmente bem rápido.

Ela sentia falta de estar mais tempo com seu marido, de ficar em seus braços, dos seus beijos. Mas não podia reclamar, ele estava se esforçando muito para dar uma boa vida a sua família, e logo as coisas se normalizariam e quem sabe teriam mais tempo um para o outro.

Ichigo por sua vez sentia-se totalmente abandonado por Rukia. Ela se dedicava por completo aos filhos, e mesmo quando ele se esforçava para chegar em casa um pouco mais cedo, ou ela estava estressada demais, cansada ou ocupada cuidando dos gêmeos. Ele se perguntava quando faria amor novamente com a sua esposa. Daria para contar nos dedos quantas vezes teve a morena nua em seus braços, e olha que sobrariam dedos, na verdade foram apenas cinco vezes, contando com as vezes que ainda não eram casados. Isso era demasiadamente desanimador.

Seu corpo ansiava pelo dela. Queria poder passar um dia inteiro trancado em um quarto a sete chaves curtindo sua mulher. Poder beijar cada parte de seu corpo bem lentamente, sem pressa, sem se preocupar com nada além amá-la intensamente.

Mas, sua realidade era totalmente oposta. Agora, naquele exato momento, estava parado no batente da porta do quarto de seus filhos olhando sua esposa amamentar o pequeno Daisuke, dos dois, ele era o mais guloso. Sayuri estava dormindo tranquilamente.

Ichigo já se encontrava parado admirando sua esposa por mais de quinze minutos e ela estava tão distraída que ainda não tinha notado sua presença. Deveria estar esgotada, pois Rukia era muito atenta e dificilmente ele a encontrava tão distraída.

- Esse comilão finalmente dormiu. – falou assim que ela o colocou no berço. Rukia olhou para o ruivo assustada.

- Ichigo? Não tinha notado sua presença. Quando chegou?

- Faz algum tempo. Estava tão concentrada que não quis incomodá-la.

- Estou cansada. Esses bebês estão acabando comigo, em especial o Daisuke. Que garoto mais agitado. – Disse se espreguiçando e dando um longo bocejo.   

- Se quiser posso ajudá-la. – Ichigo foi até ela e a abraçou pelas costas. Levou sua boca até o ouvido de Rukia e disse com em um tom sexy: - Tem algo que posso fazer por você?

- Tem sim. – Virou-se de frente para ele – Lava a louça para mim enquanto vou tomar um banho?

Aquilo foi como se um balde de água fria fosse jogado sobre si. Adeus excitação.

- C-Claro! – fala ainda em choque.

- Que bom meu amor. Eu realmente preciso de um banho. – a morena dá um selinho no rapaz e sai do quarto deixando-o com cara de pateta.

- Deveria ter chegado mais tarde, assim não sobraria à louça para mim. – murmura irritado.

Ele lavou tudo o mais rápido que pode. Aproximadamente vinte minutos depois já tinha terminado. Assim que chegou em seu quarto a morena tinha acabado de sair do banho. Ela estava linda demais. Usava uma camisola bem infantil, rosa com estampa de coraçãozinho vermelha. Mas quem se importa com isso? Para Ichigo sua esposa transpirava sensualidade. Desejava tanto aquela baixinha que rasgaria sua roupa em um segundo com a boca.

- Amor, apaga a luz quando vier dormir? Estou tão esgotada. – a voz baixa e sonolenta de Rukia foi à confirmação de que ainda não seria naquela noite que ele faria amor com sua esposa.

Que lástima.

Apenas se limitou em dar um murmúrio. Já que sua noite de amor estava arruinada, não tinha mais nada interessante além de ir tomar um banho bem gelado e dormir ao lado da esposa. Amanhã teria um dia igualmente corrido.

No dia seguinte:

Naquela manhã linda e ensolarada, Rukia havia ido ao hospital com Inoue levar os gêmeos para tomar vacina. Depois de já ter dado a medicação nos pequenos eles encontraram Ishida, o mesmo lhe disse que Ichigo estava em horário de almoço e a morena resolveu ir fazer uma surpresa para seu marido. Quem sabe eles não comeriam juntos já que o rapaz quase não tinha tempo livre para almoçar em casa.

Não sabia ao certo dizer se isso havia sido uma boa ideia, pois já fazia algum tempo que estava parada a certa distância na praça de alimentação do hospital, assistindo seu marido conversar de forma bem descontraída com algumas pessoas que se encontrava à mesa com ele fazendo a refeição.

Isso não teria nada de estranho se no meio dos amigos do rapaz não estivesse muitas mulheres, e Rukia pôde notar que todas eram lindas. Elas sorriam para o seu marido e pareciam bem íntimas dele.

A primeira coisa que pensou foi em ir até lá e bater naquelas ridículas. Quem elas pensam que são para ficarem amostrando aqueles dentes para seu homem? E de quebra bater nele também. O motivo não lembrava agora, mas na certa teria um sim e depois pensaria nele.

Mas, não conseguia se mover do lugar. Fazia tanto tempo que não via seu marido tão relaxado e sorrindo de forma tão natural. Aquilo fez seu coração doer. Sempre que Ichigo chegava em casa estava tão emburrado e parecia cansado.

Eles não faziam amor há tanto tempo, talvez o rapaz não lhe achasse mais bonita e atraente ou quem sabe ele descobriu que foi um erro ter se casado com ela e estava arrependido. Afinal, a vida parecia mais divertida quando ele estava fora de casa, ao julgar pelo imenso sorriso no rosto de seu esposo.

Deu uma última olhada para a mesa onde estava o ruivo antes de pegar o carrinho dos gêmeos e ir para casa. Saiu do hospital tão desnorteada que até esqueceu que Inoue estava na sala de Ishida. Tudo que mais queria naquele momento era chegar ao conforto de sua casa.

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- Kurosaki-kun, Kurosaki-kun? – gritava uma ruivinha que acenava de forma frenética para Ichigo.

- Inoue? – fica surpreso por vê-la ali naquele horário. A amiga sempre aparecia no final do expediente para acompanhar o namorado à sua casa, onde eles praticamente viviam juntos. – O que faz aqui? Ishida está na sala dele. – Sim o Quincy tem uma sala, afinal, o hospital é do pai dele.

- Não vim atrás do Ishida-kun... Eu – Olha a sua volta – Onde está Kuchiki-san?

- Rukia? – Pergunta confuso – Ela está aqui? Eu não a vi.

- Viemos trazer os gêmeos para tomar vacina, eu fiquei com Ishida-kun e ela veio te ver já que ele disse que você estava em horário de almoço, e ela quis te... - A garota disparou a matraca, Ichigo se perguntava quando ela ia respirar.

- Que horas foi isso Inoue? – ele a interrompe.

- Meia hora atrás. Será que ela foi embora e me deixou aqui? – resmunga de forma manhosa.

Ichigo não sabia o que pensar. Se Rukia havia ido procurá-lo porque foi embora em falar com ele? Isso não fazia sentido. Talvez a amiga tenha entendido errado e a morena falou que ia embora. Bem, não importava ficar tentando descobriu o que aconteceu, quando chegasse em casa ia perguntar diretamente a morena.

Despediu-se de Inoue e tratou de voltar as suas obrigações. Seu horário de almoço já tinha terminado.

O restante do dia correu rápido. Rukia teve tantos afazeres em casa que mal percebeu que já era tão tarde, não demoraria até seu marido chegar. Só de pensar em Ichigo seu coração ficava apertado no peito. Imaginar uma vida sem ele ao seu lado era cruel demais, ela não conseguiria mais viver sem seu amado. Tratou de tirar aqueles pensamentos da cabeça, isso lhe afligia demais.

Como sempre, Daisuke estava dando trabalho para dormir. Havia quase uma hora que a pequena Sayuri já tinha pegado no sono e o rapazinho estava agitado no colo da mãe. Ela o amamentou, trocou a fralda, ninou. Tudo que podia fazer ela fez, mas o garotinho não dormia. Isso estava tirando o pouco de paciência que tinha.

- Ele ainda está acordado? – seu coração quase saltou boca à fora quando escutou a voz grave de seu marido. Estava tão perdida em seus pensamentos que não notou o momento que ele chegou.

- E-Ele... Ainda não. – gaguejou sem olhar para ele.

- Ei garotão do papai, tá dando trabalho para a mamãe é? – a morena sentiu seu corpo inteiro se arrepiar com a aproximação de Ichigo. Ele ficou com boa parte de seu corpo encostado ao dela. Teve uma vontade tão grande de abraçá-lo e dizer que o amava muito. Mas ficou travada, não sabia nem mesmo onde olhar. Parecia uma adolescente apaixonada.  Seu coração estava a mais de mil.

Ichigo a olhou de cara feia quando notou que ela se afastou de perto dele.

- Algum problema, Rukia? – levanta a sobrancelha intrigado. Ela estava tão estranha, nem olhar em seus olhos a morena olhava.

- Não! Só quero tomar um banho. Pode ficar com Daisuke para mim? – ela nem esperou ele dizer sim, o jogou em seus braços e saiu do quarto. Ichigo ficou preocupado com a atitude nada habitual de sua esposa.

- Rukia, o que houve com você? – murmura para si mesmo preocupado com sua esposa. – Você está deixando sua mamãe maluca filhão ou será que sou eu? – o pequeno sorri para o pai. Ichigo fica todo derretido. – Coisa linda do papai!

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- Ele finalmente dormiu. – disse o ruivo assim que entrou em seu quarto. Achou estranho o fato de Rukia estar parada de frente para o espelho se olhando, ela parecia analisar o próprio corpo.

- Que bom! – olhou rápido para ele e logo desviou o olhar.

- Ei amor, o que você tem? – se aproxima da morena e segura em seu queixo a fazendo fitá-lo.

- Nada! Eu já disse que estou bem, que coisa chata. – tiras a mão dele de seu rosto e tenta se afastar, mas tem seu braço segurando pelo ruivo.

- Claro que não está tudo bem Rukia. Isso para mim ficou claro como o dia assim que entrei no quarto dos bebês hoje. Só quero entender o que aconteceu. Eu te fiz alguma coisa? – agora ele a segurava pelos dois braços a fazendo ficar de frente para ele.

Rukia abaixa a cabeça. Não ia adiantar mentir, sabia que Ichigo a conheceria muito bem e jamais conseguiria esconder algo dele. Mas como ia explicar o que estava se passando consigo? Nem ela mesma sabia definir aquele turbilhão de sentimentos que a afligia.

- E-Eu – levanta a cabeça para fitá-lo e logo em seguida abaixa novamente. Realmente não sabia o que dizer.

- Amor, o que foi? – Mais uma vez leva a mão em seu rosto a fazendo olhar em seus olhos – Não gosto de vê-la tão triste assim. Essa não é minha Rukia. – A voz apreensiva do ruivo fez o coração da morena se tranquilizar um pouco, ele estava preocupado com ela, isso queria dizer que ainda a amava?

- Só estou cansada. – sussurra.

- Inoue me disse que você foi ao hospital hoje no horário de almoço. Porque não me procurou? – de alguma forma ela sabia que o fato da esposa não ter falado com ele no hospital tinha alguma coisa a ver com esse comportamento estranho dela. 

- Não quis te incomodar, estava tão feliz com seus amigos... – falou baixo, quase em um murmúrio.

Aquelas palavras tão tristes de sua esposa o fez sentir uma pontada no coração. Então Rukia foi mesmo onde ele estava e não se aproximou porque o viu almoçando com seus amigos. O que tinha passado na cabeça de sua amada? Porque isso lhe deixou tão triste e abatida?
Essas perguntas estavam torturando-o demais. Tudo que o deixava mais feliz nessa vida era ver o sorriso no rosto de Rukia, e naquele instante saber que era o possível causador dela ter tanta tristeza expressada em seu rosto o deixou muito arrasado.

 

Continua... 


Notas Finais


Espero que tenham gostado e que comentem bastante e que tenha várias estrelinhas nos comentários *-*


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