História Portal para o desconhecido - Nossa família perfeita

No capítulo anterior:

Ichigo sente que o corpo da bela estava estremecendo de forma incontrolável e ela não parava de gemer e chamar por seu nome: Ichi.. gooo...

- Ru... kiaaa... – sua voz rouca geme seu nome e ele se derrama dentro dela ao sentir o prazer dominar todos os seus sentidos.

Perdeu totalmente suas forças e deixou seu corpo cair sobre o da morena. Ambos estavam ofegantes, e seus corações tão acelerados que mal conseguiam respirar.

Nossa família perfeita

Ele saiu de dentro dela, mas continuou entre suas pernas e com a cabeça encostada sobre o vão de seus seios. Rukia acariciava os cabelos do ruivo e Ichigo tinha seus braços em volta de sua cintura.

Aos poucos suas respirações foram se normalizando e o êxtase do momento foi dando lugar a uma sensação gostosa que fez seus corpos ficarem relaxados.

- Minhas costas estão queimando. – resmunga.

Ela inclina um pouco a cabeça para olhá-lo e ver que suas costas estava toda arranhada.

- Não é nada demais, Ichigo. – Mentiu. - Só está um pouquinho vermelha, para de ficar choramingando feito um bebezinho.

- Você me arranhou todo e ainda quer reclamar comigo? Isso é a sua cara. – reclama.

- Vai me dizer que você não gostou? – pergunta se divertindo.

Ichigo levantou-se um pouco para fitá-la. – Se eu gostei? – Aproxima sua boca do ouvido dela e sussurra de forma sexy: Eu adorei! – sorri vitorioso ao ouvi-la gemer. Volta seu olhar para a morena e percebe que ela estava com as bochechas ruborizadas. Rukia ficava tão linda tímida.

- Então não reclama. – disse irritada. Ele sorriu, ela ficava ainda mais linda zangada.

- Não reclamo se arranhar minhas costas novamente. – tomou seus lábios já sedentos de desejo. Rukia suspirou fundo ao notar seu membro novamente rígido tocar-lhe a virilha.

- Ichi... go... – gemeu com os  beijos que ele depositou em seu pescoço.

Naquela noite eles mal conseguiram pregar os olhos, seus corpos estavam sedentos e desejosos um do outro. Mas quem reclamaria? De modo algum! Estavam felizes demais para notar que o dia já amanhecia lá fora, tudo que realmente importava para o casal Kurosaki era desfrutar do imenso prazer que sentiam ao ter seus corpos nús juntos, completamente conectados como se fossem apenas um. 

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E assim a vida seguiu. Os gêmeos cresciam lindos e saudáveis. Ichigo como havia prometido, treinava com os Vaizard sempre que tinha tempo, para poder tentar controlar seu poder Hollow. Isso tinha se tornado um desafio para o jovem Kurosaki, ele precisava descobrir uma forma de dominar seu demônio interior, caso algo acontecesse no futuro seu filho não tenha o mesmo problema que ele, o rapaz o ajudaria e não deixaria que o pequeno sofresse.

Byakuya e Renji sempre vinham visitar os gêmeos quando podiam. Mesmo a contra gosto, Ichigo não podia impedi-los de ir à sua casa. O capitão se derretia para os pequenos e em alguns momentos o jovem pai tinha uma leve impressão que o via sorrir.

Não ficava nada feliz por ter que dividir a atenção de Rukia com outros homens e nem de tê-los babando por seus filhos. Mas quando olhava a felicidade estampada nos olhos de sua esposa, nada mais importava. Ela amava o irmão e o amigo, que são pessoas que sempre estiveram presentes em sua vida, não tinha como o ruivo a privá-la de suas presenças, por isso tratou de engolir seu orgulho e tentar aceitar o fato de que Rukia tinha outros homens importantes em sua vida, que não se resumia a si.

Ishida e Inoue não queriam saber de casamento nem tão cedo. A ruivinha tanto que perturbou a ideia do quincy que ele finalmente se mudou para o apartamento dela. Orihime descobriu que seu coração sempre amaria Ichigo, não importava quanto tempo passasse. Entretanto, Ishida havia conquistado seu espaço na vida e no coração da garota que não conseguia mais passar um dia longe do amado. Sim, ela o amava e muito. Mesmo não entendendo como podia sentir amor por duas pessoas ao mesmo tempo. Mas a realidade é que a garota não se importaria nem um pouco de passar o resto de sua vida ao lado de Uryū Ishida, ele era perfeito e a completava em todas as áreas de sua vida.

O pai de Ichigo e suas irmãs todos os dias iam em sua casa ajudar Rukia a cuidar dos gêmeos. A relação do ruivo com seu pai não haviam mudado em nada, mesmo o rapaz sendo casado e pai de dois filhos, eles ainda brigavam como dois garotinhos birrentos. Rukia já tinha se dado conta de que essa relação entre "pai e filho" era a forma que eles tinham de mostrar o quanto se importavam um com outro.

Os Hollows modificados finalmente pararam de aparecer e a cidade de Karakura estava desfrutando da tão merecida paz. Algumas vezes surgiam alguns Hollows para atrapalhar a tranquilidade dos habitantes, mas Ichigo e seus amigos resolviam o problema. Tudo estava tão tranquilo que a Soul Society nem viu necessidade de enviar um shinigami substituto para auxiliar no combate aos monstros. 

E assim a vida seguia seu fluxo, igualmente ao rio que discorre para o mar. Havia dias em que se ganhavam, outros que se perdiam, sorrisos, choros ou até mesmo lamentações. Mas isso significava que todos estavam vivendo suas vidas intensamente.

Aquele grupo de amigos que no inicio foram unidos pelas desventuras de mundos espirituais e físicos que insistiam em se colidir, agora compartilhavam de suas vidas plenas e felizes. E quem sabe em um futuro não tão distante, seus filhos seguiriam seus passos vivendo suas mesmas aventuras e confusões. Não tem como prever o dia de amanhã, mas com certeza o futuro lhe reservaria grandes surpresas. Mas no fim o que realmente importava era que eles viveram como acreditaram e isso os levou a ser quem são hoje.

Já o nosso casal de protagonistas, depois da noite em que se amaram até o sol nascer, eles descobriram que não conseguiriam passar um dia que fosse sem fazer amor. Mesmo quando Ichigo chegava cansado ele a procurava, e Rukia sempre estava disposta, apesar de toda fadiga do dia-a-dia. Precisava daqueles momentos com ele para se sentir viva, amada. Ichigo a levava ao céu, e era maravilhoso estar nua em seus braços.

O jovem Kurosaki a completava de uma forma que ninguém jamais entenderia. Ele havia lhe mostrado o amor e lhe dado uma vida feliz e uma família de verdade. Seus filhos são o fruto e a prova do imenso amor que sentiam um pelo outro.

Não fora um caminho fácil até chegarem a felicidade. Tiveram que passar por estradas espinhosas e enfrentaram vários obstáculos para conseguir ficarem juntos. Mas se alguém perguntasse para morena se tinha valido a pena, ela diria que sim, e se fosse preciso passaria por tudo novamente, pois foram os encontros e desencontros, brigas e confusões que a levou para felicidade plena de viver ao lado do homem amado, seu Kurosaki Ichigo, e nada nem ninguém poderia tirar isso dela.

O ruivo por sua vez era só alegria. A vida ao lado de Rukia não podia estar mais agradável. Sua esposa era linda e uma ótima mãe. Ela cuidava de tudo em relação aos filhos e na casa enquanto ele estudava e trabalhava.

Não havia planejado casar nem tão pouco ter filhos tão cedo, mas não se lamentava por isso. Amava incondicionalmente seus filhos e era muito feliz por tê-los em sua vida. E em relação ao se casar com Rukia. Bem, às vezes se perguntava por que não tinha cogitado casar-se com ela no instante em que seus olhares se cruzaram pela primeira vez. Ela se tornou a razão de todos os seus sorrisos e sua vida era completamente voltada para fazê-la feliz. Não conseguia se imaginar vivendo de outra forma. Sem sombras de dúvidas, Kurosaki Ichigo era extremamente feliz ao lado de sua pequena shinigami.

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Já passava das dez da noite. O jovem pai estava no quarto de seus filhos olhando atentamente eles dormirem. Suas expressões tão serenas trazia para si um conforto que deixava seu coração aquecido.

O tempo passava tão rápido e os gêmeos já estavam com oito meses. Sayuri era tão linda, cada vez mais parecida com a mãe, exceto os olhos que tinha o mesmo tom castanho do pai. A menina era tão meiga e tranquila. Sempre sorridente, onde colocasse ela ficava.

 Já seu irmão Daisuke era completamente o oposto. O garotinho agitado, vivia engatinhando pela casa toda, e até mesmo na hora dormir não parava quieto, mas era uma beleza de menino. Seus cabelos cor de laranja e os olhos violeta puxadinhos o deixava com uma beleza muito peculiar. Olhar para o pequeno era como se estivesse vendo um "mini Ichigo".

- Eles já dormiram? – sussurrou a morena ao entrar no quarto.

- Já. Como sempre Daisuke foi o que mais deu trabalho para dormir. – fala em um tom de cansaço. Rukia sorriu.

- Ele é mesmo um danadinho.

- Olha como estão grandes. Parece que foi ontem que eles nasceram. – estava nostálgico ao olhar os pequenos no berço.

- Verdade! Já estão com oito meses. Nem acredito como passou rápido. – encosta a cabeça no ombro de seu marido.

- Está feliz Rukia? – ele a olha.

- Você ainda pergunta? Ichigo... Você me deu muito mais que já sonhei em ter na minha vida. Sou tão feliz que às vezes tenho medo de dormir e quando acordar descobrir que tudo não passou de um sonho.

- É tudo um sonho sim meu amor, mas a diferença é que não vai acordar dele nunca. – sela seus lábios aos dela.

Quase uma hora depois:

Ichigo estava sentado na cama com suas costas encostadas na cabeceira e Rukia sentada entre suas pernas aninhada sobre seu tórax.  Eles haviam acabado de fazer amor. O ruivo fazia carinhos nos negros cabelos de sua esposa.

- Sabe amor, está me escutando? –– Ichigo pergunta, pois a morena estava tão calada que ele pensou que já tinha pegado no sono. Ela apenas murmura para que ele entendesse que sim - Quando era criança minha mãe lia histórias para mim, eu sempre ficava assustado porque coisas ruins aconteciam, muitas vezes não queria que ela prosseguisse até o desfecho da história. Como poderia ter um final feliz em meio a tantas tragédias? Era o que eu sempre perguntava. Mas minha mãe insistia em ler ate a última linha e eu ficava admirado pelo final ter sido feliz. Um dia eu perguntei por que as pessoas da história tinham que sofrer tanto primeiro para chegarem ao tão sonhado "felizes para sempre". E ela me respondeu: “As pessoas das histórias tiveram um final feliz porque nunca desistiam, sempre seguiram em frente mesmo em meio as dificuldades. E sempre quando tudo parecia estar perdido, a vontade de vencer e ser feliz os ajudavam a superar seus medos e obstáculos”.  Eu me recordo de ficar tão impressionado com as palavras da minha mãe. E hoje percebo que ela realmente tinha razão. Foi graças à você Rukia, que consegui meu final feliz, porque por muitas vezes eu quis voltar atrás e você estava ao meu lado me ajudando a seguir em frente. – Ela levantou para poder olhar nos olhos de seu marido.

- Ichigo... – aquelas palavras lhe emocionaram tanto que ficou sem palavras.

- Eu amo você Rukia. – sussurrou fazendo uma carícia em seu rosto.

- Eu te amo também, Ichigo. E sempre vou, amor.

Ele a beijou, um beijo doce, quente, calmo e apaixonada como todos os beijos que sempre compartilhava com sua esposa.

Vocês se lembram do portal lá no início desta história? Pois bem, o portal que antes os levou para o desconhecido acabou os transportou para dentro de si mesmo e os fizeram ver e reconhecer que havia um sentimento aprisionado e camuflado no mais profundo de seus corações, e esse sentimento se chamava amor, um amor incondicional que foi libertado no exato momento em que eles passaram pelo tal portal.

E no fim das contas, o portal que antes os levou para o desconhecido, na verdade os transportou ao paraíso. Não adiantava correr contra a corrente ou lutar contra a maré, pois nada mais em suas vidas seriam o mesmo quando passassem novamente pelo portal de volta as suas rotinas corriqueira, algo dentro deles havia mudado, ou melhor, se revelado.

Kurosaki Ichigo e Kuchiki Rukia se amaram desde a primeira vez que seus olhares se encontraram.

Fim?