História Portal para o desconhecido - Confusões em família

No capítulo anterior:

- Isso não pode ser real, por favor, queridas filhas! Me digam que essa visão não é real. Meus olhos só podem estar me pregando uma peça – o mais velho exclamou em alta voz, que acabou acordando de seu tranquilo sono, o casal de apaixonados.

- Mais que rebu é esse no meu quarto?! – Ichigo reclamou de mau humor, ao ser acordado pelos gritos de seu pai. Rukia senta-se na cama e esfrega os olhos sonolenta.

                                      Confusões em família  

- Ichigo como você foi capaz de tirar a inocência de minha querida filhinha, seu ingrato?  – reclamava o mais velho choramingando.

- Do que você está falando, seu velho maluco? – o ruivo salta da cama e dá uma voadora em seu pai, que é arremessado contra a parede.

- Nii-chan não fique zangado, você sabe muito bem como o papai é – Yuzu tentava acalmar o irmão, que estava vermelho de raiva.

- Não fique colocando panos quentes, Yuzu. Ele é mesmo um idiota – fala Karin não dando a mínima para as loucuras do pai.

- Querida esposa está vendo como seu filho ingrato me trata? E como se não bastasse bater no pai, ainda coloca as irmãs contra mim – se lamenta deitado no chão choramingando.

Rukia observava tudo com um sorriso no rosto. Ela sempre se divertia com as loucuras da família de Ichigo.

- Ah, quer saber? Vocês já invadiram demais minha privacidade. Poderiam fazer o favor de saírem do meu quarto? – ele conduz as irmãs até a porta, pega Kon e o pai, e os joga para fora do quarto, fechando a porta logo em seguida. Rukia pode ouvi-lo bufar de tanta raiva.

- Está feliz papai? Mais uma vez você conseguiu irritar o Ichi-nii. Fala sério hein! Sinto pena do Ichi-nii, imagina como deve estar perturbada sua cabeça por ter um pai pirado como você? – Karin repreende Isshin que fica choramingando junto de Kon sentados no corredor, ao lado do quarto de seu primogênito.

Enquanto isso, dentro do quarto de Ichigo:

- Mas que piração! Meu pai tem ficando cada dia que passa mais maluco. Se continuar assim terei que interná-lo em um manicômio – resmungava o ruivo possesso com a cena que seu pai acabara de fazer.

- Ele é mesmo uma figura excêntrica – Rukia que ainda permanecia sentada sobre a cama, não conseguia esconder o sorriso do rosto, pois tinha se divertido muito com as confusões em família – Relaxa, Ichigo! Sua família é muito animada!

- Ah! A senhorita está achando tudo isso engraçado é? Sua danadinha – fala irônico, arqueando as sobrancelhas.

Ele caminha em sua direção, e se deita na cama com seu corpo sobre o dela, obrigando a se deitar também. Beija os lábios da morena e com as mão acariciava sua nuca.

- Ei, Ichigo! Acho melhor eu ir para o quarto das meninas antes que seu pai volte aqui novamente – fala interrompendo o beijo que já estava ficando íntimo demais.

- Sinto dizer isso, mas, você tem razão – senta-se ao lado da tenente com um enorme bico. Sua cota de escândalos, vindo de seu pai, já havia excedido o limite para um dia, e olha que havia acabado de amanhecer.

- Ichigo, queria te pedir um favor – o tom de voz de Rukia fica sério, fazendo com que o ruivo volte sua atenção para ela.

- O que foi? – pergunta ansioso.

- Queria que tudo isso ficassem entre nós. Bem... O que quero dizer é que...

- Você quer manter em sígilo a nossa relação? – ele a interrompe com a voz meio triste.

- É isso! Olha... Não me leve a mal. Apenas quero pensar em uma forma menos traumática de contar para meu nii-sama sobre nós. Quero que ele fique sabendo por mim. – o ruivo notou que a morena tinha ficado apreensiva ao pronunciar essas palavras.

- Está bem! Só não demore muito, pois não quero ter que ficar escondendo de todos o que sinto por você, Rukia. Não acho que estamos fazendo nada de errado. Nem me sinto obrigado a dar muitas explicações... Para ninguém.

A nobre entendeu que para Ichigo estar em um relacionamento amoroso com ela não tinha nada fora do normal, como a morena temia. Para o rapaz, eles eram apenas mais um caso de duas pessoas que se amam, e não tinha os mesmo temores que ela em relação a seus status ou culturas.

- Não vou – a morena beija os lábios de seu amor, e logo em seguida, se retira do quarto.

Ichigo não ficou muito satisfeito com o pedido de Rukia. Tudo entre eles sempre foi complicado, e agora que parecia está entrando nos trilhos mais essa. Porém não podia fazer nada a respeito, era a vontade da garota, e ele tinha que aceitar.

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- Mas que droga! Esses Hollows tem ficado cada vez mais bizarros e fortes – resmunga o substituto de shinigami, ao acertar sua zanpakutou na cabeça da criatura, que estava a sua frente, o eliminando.

- Como você é resmungão, Ichigo – Rukia alfineta o rapaz, que fez uma cara nada amistosa para ela.

- Ha, ha, ha... Que engraçadinha é você hein – fala irônico. A tenente não pode evitar, dar boas gargalhadas deixando o ruivo ainda mais invocado.

Algumas semanas já havia se passado desde que o shinigami misterioso tinha aparecido, e sumido, de forma tão incomum quanto apareceu, sem deixar rastros. As coisas continuavam de igual modo: ninguém tinha obtido nenhuma informação sobre o tal; ou seu paradeiro.

Rukia passava boa parte de seus dias no mundo real, pois foram essas as ordens que recebera de seu capitão. A Soul Society não queria deixar que Ichigo enfrentasse o inimigo novamente sozinho, por esse motivo a tenente foi designada a permanecer na cidade de Karakura para ajudá-lo.

O casal de “amigos” continuava mantendo seu relacionamento em oculto como havia combinado. Mesmo a contra gosto de Ichigo, que por sua vontade, já tinha assumido seu amor pela garota há muito tempo. Porém a pequena estava tentando preparar o terreno afim de, contar ao seu irmão tudo sobre eles. Ela temia sua reação ao descobrir o envolvimento da princesinha com o plebeu.

Os Hollows esquisitos ainda estavam aparecendo nos céus de Karakura. Cada vez com mais frequência, e sempre davam um trabalhão para Ichigo e seus amigos. Pois sua força estava descomunal. Totalmente fora do comum para os de sua espécie.

Casa dos Kurosaki

- Mas que coisa feia, papai e Yuzu! Deveriam ter vergonha de ficar espiando Ichi-ni e Rukia, em seus momentos de intimidade - reclama Karin com os dois, ao pegá-los escondidos espionando o casal, que estavam na sala trocando carícias.

- Fale baixo Karin, desse jeito vai fazer com que eles nos descubram aqui! – murmura baixinho o patriarca da família Kurosaki.

- Não estamos fazendo nada demais, irmã. É que não é nada comum ver nii-chan namorando, e eles ficam tão fofinho juntos – Yuzu fica com os olhos marejados.

- Realmente é tão meigo mesmo ver eles assim tão apaixonados – a morena se derrete toda com a cena romântica que ver.

Rukia estava deitada no sofá com as pernas apoiadas no braço do mesmo. O ruivo sentado no chão ao seu lado. Um dos braços do rapaz envolvia a cabeça da pequena e com a mão acariciava o rosto e cabelos dela.

Ichigo colou seu rosto ao da baixinha. Ambos fecharam os olhos para melhor aproveitar o calor que emanava da pele um do outro.

- Você tem um cheiro tão gostoso, meu amor, dá vontade de nunca mais sair do seu lado – ele inclina seu rosto para olhar nos olhos da amada.

- Ah, Ichigo. Seria perfeito ficar ao seu lado sem ter que me preocupar com que acontece lá fora – Leva a mão na face dele e faz um carinho meio tímido.

- Para mim não tem importância o que acontece lá, contanto que sempre tenha você ao meu lado, meu amor -  o ruivo sorri serenamente. Seus lábios se encontram em um beijo apaixonado.

Rukia dá passagem para que a língua de seu amado explore cada cantinho de sua boca. A morena sente um arrepio percorrer todo o seu corpo. As mãos ágeis do rapaz se apressam em deslizar nas curvas delicadas da garota.

Os toques de seu amado fez com que Rukia sentisse um turbilhão de sentimentos invadirem seu ser. Essas coisas ela só sentia quando Ichigo a tocava.

A boca sedenta do ruivo deixam os lábios de sua amada para beijar-lhe o pescoço. Rukia não conseguiu mais conter o enorme prazer que sentia com as investidas de seu amor, e deixou escapar alguns gemidos, que não demoram a serem abafados pelos beijos molhados, e cheio de luxúria de seu homem.

Os três que estavam espiando atrás de um móvel na sala, ficaram com as bochechas rubras devido ao constrangimento de presenciar o clima esquentar entre o casal.

- Paizinho acho que é melhor deixá-los sozinhos  - fala Yuzu desviando os olhos do casal, totalmente encabulada.

- Tem razão filhinha! - ele fica mais vermelho que já estava.

- Eu avisei que era melhor respeitar a privacidade deles - Diz Karin bem irritada com os dois. Na verdade, ela estava irritada consigo mesmo por ter se deixado levar pelas asneiras de seu pai e irmã.

Eles sobem as escadas nas pontas dos pés para não serem notados pelo casal de apaixonados, que não paravam de se beijar.

- Ei, Ichigo! Se comporta! Pode aparecer alguém da sua família, estão todos em casa – a pequena tenente orientava o rapaz, que a beijava e acariciava seu corpo sem pudor algum.

- Então vamos para meu quarto? – ele fala enquanto tentava levantar a blusa da morena.

- Nem em pensamento que eu vou para o quarto com você. Já está todo saidinho aqui na sala, imagina se formos para o quarto – Rukia se senta no sofá. Ichigo fica de cara feia em sinal de protesto por ela ter levantado. - Não adianta me olhar com essa cara viu, eu... - a morena foi interrompida pelo som de seu celular tocando.

- Hollow? – pergunta o ruivo com as sobrancelhas arqueadas de preocupação.

- Sim! E ao que parece é um dos grandes, sua reiatsu é muito forte – fala enquanto mexia no aparelho celular, vendo a localização da criatura.

- Então vamos logo antes que causem problemas.

Os dois seguem para a localização onde a criatura apareceu.  Quando o casal chega ao no lugar indicado pelo celular de Rukia, não encontram nem um sinal do Hollow.

- Acho que esse seu aparelho está com defeito, Rukia – Ichigo fala olhando para ela de cara feia.

- Não tem nada de errado com meu celular, ele est funcionando perfeitamente, só que, o sinal do Hollow sumiu – explicada a morena meio confusa ao constatar que na tela do aparelho não mostrava mais a presença da criatura.

- Deixa isso pra lá, vamos embora eu ainda tenho que... – o ruivo não conseguiu terminar sua fazer, pois foi surpreendido com uma forte reiatsu que surgiu do nada.

- Já estava impaciente a sua espera, Kurosaki Ichigo – uma voz sinistra surge atrás do casal, fazendo com que seus corpos ficassem imóveis devido à pressão espiritual do indivíduo.

Os dois se viram para a direção de onde veio a voz. Ficam estarrecidos com a figura que viram em sua frente. Ele parecia ser um Hollow, mas tinha uma aparência bem fora do comum. Seu corpo e estatura era como de um homem, porém, nos pés haviam cascos como de um cavalo e no rosto uma máscara Hollow.

Ele lembrava um pouco um arrankar, mas com certeza não era. Deveria ser, mas uma criatura que foi modificada geneticamente.

- Você não se parece em nada com os últimos Hollows que tem aparecido na cidade de Karakura! Quem é você? – pergunta Ichigo intrigado.

- Tem razão, eu sou bem mais evoluído que aqueles cabeças ocas, que meu senhor tem enviado. Digamos que sou uma evolução da espécie – a criatura gargalha alto.

- Diga-nos quem é seu senhor? – pergunta Rukia autoritária.

- É alguém de quem vocês não terão o prazer de conhecer – afirma de forma sarcástica.

- Se não quer dizer por bem eu arrancarei de você – Ichigo pega no seu bolso seu distintivo de substituto e se transforma em shinigami, deixando seu corpo sem vida caído no chão. Rukia arrastou o corpo para longe da batalha.

- Ora, ora, contra pretensão, seu moleque! Não pense que será fácil me derrotar - a criatura tira de um calombo sinistro que ficava em suas costas, um pedaço de osso, que tem a aparência de uma zanpakutou.

- Então quer dizer que você dará trabalho para morrer? – Um sorriso brota no rosto do ruivo – Isso não poderia ser mais perfeito, faz algum tempo que não encontro um adversário que me faça usar pelo menos um terço de meu poder – Ele desembainha sua zanpakutou e aponta para o Hollow – Mostre-me de que você é capaz, seu Hollow maldito!

- Vai se arrepender de ter dito essas palavras, Kurosaki Ichigo! – diz a criatura ao apontar de igual modo sua espada para o substituto de shinigami.

Continua...