________________Edição especial: Capítulo 8_______________
Essa é a minha esposa!
No capítulo anterior:
- Rukia o que ele fez com você? Por favor, acorde! Não posso acreditar que não se lembra de mim, da vida que construímos juntos. Você é minha mulher. Temos três filhos. Nem isso você se lembra?
- Filhos? – ela não fez uma pergunta direta para ele, apenas murmurou para si mesma.
- Sim, meu amor. Nós temos três filhos. Daisuke e Sayuri de quinze anos e o caçula Kichiro, de cinco anos. Ele está angustiado com o seu sumiço, por favor, tente se lembrar, Rukia.
- Daisuke, Sayuri e... K-Ki-chi-ro? – ela parecia atordoada ao ouvir aqueles nomes que lhe soavam tão familiar.
Essa é a minha esposa!
- Faça um esforço, Rukia. Tenho certeza que a lembrança de nossa vida juntos está em algum lugar dentro de você. - o ruivo tentava trazer a esposa à razão.
A morena começa a sorrir, parecia que Ichigo havia acabado de contar-lhe uma piada.
- Acha mesmo que eu sou essa tal de Rukia? – Para de sorrir e diz com um tom de voz firme para ele. – Não vou repetir que me chamo Mia! – Grita. - Tsugi no Mai, Hakuren (“Próxima dança, lótus Branca”) Mais uma vez uma rajada de gelo veio na direção de Ichigo. O rapaz ficou tão atordoado com as palavras que ouviu da morena que não conseguiu se esquivar do golpe por completo, seu lado esquerdo ficou completamente congelado.
- Espero que você entenda de uma vez por todas que Mia não é essa tal de “Rukia” quem você a está confundindo. – Kai fala com um sorriso sádico em sua face.
- Seu maldito! Vai pagar muito caro por estar usando Rukia dessa forma. Ainda não sei o que você fez com ela, mas se acha que vai me enganar dizendo que essa “Mia” não é minha esposa está equivocado, além de conhecer Rukia como ninguém, “Tsugi no Mai, Hakuren” é uma de suas habilidades mais poderosas, seria um idiota se não reconhecesse os poderes da zanpakutou de minha mulher.
- Esse é apenas um detalhe irrelevante, Kurosaki Ichigo. De uma coisa eu posso te garantir Mia não hesitará em acabar com sua vida. Se ela fosse sua querida esposa faria isso? Você é patético.
- Se para trazê-la a realidade vou ter que lutar com Rukia, tudo bem, tenho certeza que ela em meu lugar faria a mesma coisa, mas de uma coisa pode ter certeza: Você não sairá daqui vivo. Não te perdoarei por encostar essas mãos imundas em minha mulher e por brincar com os sentimentos de minha família.
- Você fala demais, vamos logo terminar com toda essa ladainha. – a morena se interfere na conversa, estava ficando impaciente com o ruivo e irritada por ouvi-lo dizer sem parar que ela era essa tal de “Rukia”. Mia o ataca e suas espadas se chocam.
Fazia tempos desde a última vez que Ichigo lutou com Rukia, notou que ela estava bem mais forte, com certeza não conseguiria pará-la sem usar a seu bankai. Mesmo não querendo machucá-la, não tinha outro jeito, se quisesse mesmo trazer sua esposa de volta a sua realidade teria que levar a sério aquela luta.
Ela o atacava violentamente, apesar do ruivo querer mesmo levar a luta a sério, não conseguia machucar sua amada companheira. Toda vez que ele chegava perto de desferir um golpe nela Ichigo parava e “Mia” não desperdiçava a oportunidade e o golpeava com sua zanpakutou.
- Se continuar na defensiva não vai chegar longe, eu não terei pena de você. – a morena fala com um sorriso cínico no rosto.
- É, deu para perceber. – ele passa as costas da mão no rosto para limpar o sangue que escorria do canto da boca.
- Então vamos transformar esse joguinho em algo sério. – Aponta sua zanpakutou para Ichigo e diz: Bankai! Hakka no Togame. – um clarão surge e ao se dissipar Ichigo percebe que tudo em um raio de cem metros estava congelado incluindo o chão. Rukia vestia um kimono similar ao de uma gueixa, totalmente branco e seus cabelos e espada também. O ruivo já havia visto a bankai de sua esposa algumas vezes, era realmente belo e poderoso, não poderia se dar ao luxo de ignorar sua capacidade.
Quando Mia olhou para Ichigo e ficou impressionada por vê-lo já com a sua bankai também ativado. Agora a verdadeira batalha começaria.
- Ora, ora. Vejo que resolveu lutar a sério, Kurosaki Ichigo. - diz Mia o encarando.
- Jamais lutaria a sério com você, meu amor. Apenas não permitirei que esse maldito continue te manipulando. – murmura de forma triste.
- Não sou seu “amor” cretino. – O ataca – E não pense que suas palavras me comovem. Se hesitar em lutar a sério, eu vou te matar. – onde a zanpakutou dela tocava virava gelo, Ichigo percebeu que não poderia deixar sua guarda baixa nem por um instante.
- Quando tudo isso acabar, vai ter que me recompensar com uma noite apaixonante de sexo, viu amor? – deu um sorriso de canto incrivelmente sexy para ela. Ele não pode deixar de falar essas palavras para a morena, mesmo a situação sendo crítica, de forma bem estranha, era muito excitante lutar com ela. Apesar de Ichigo estar orgulhoso pela esposa ter ficado tão forte no decorrer dos anos.
- Você é um pervertido! – tenta dar um chute no estômago do ruivo, ele se esquiva e ela não consegue acertar.
- Você adora amor! – amava quando sua esposa ficava irritada. Quando foi que aquela luta havia se tornado um fetiche?
Kai se divertia vendo a luta do “casal”. Sabia que a morena não tinha a menor chance contra o ruivo, ele não estava usando nem um terço de toda sua capacidade. Perguntava-se até quando Kurosaki conseguiria levar a luta sem ferir a bela.
Apesar do confronto não estar sendo voraz, o cenário já estava ficando totalmente destruído, boa parte por culpa do poder congelante de Rukia. A bankai da morena era tão poderosa que qualquer movimento que fazia com sua zanpakutou uma rajada de gelo era lançada e onde a lâmina tocava congelava instantaneamente.
- Já disse que não hesitarei em te matar, acho bom me levar a sério. – a morena gritou irritada com o ruivo por ficar apenas se esquivando de seus golpes.
- Mãe! –Mia virou-se na direção da voz. Ficou parada olhando aquela figura masculina à sua frente. Era um garoto de cabelos espetados e cor laranja, muito parecido com Kurosaki Ichigo. Mas, aqueles olhos... Tinha alguma coisa neles que lhe trazia um sentimento de nostalgia.
- Não pode ser! – ela exclamou assustada. Os olhos do rapaz eram idênticos aos dela.
- Mamãe, estava tão preocupada com você. – o menino aproximou-se para abraçá-la, a morena saltou alguns metros para trás ficando longe dele.
- Não encoste em mim. – ela disse seca.
- O que está acontecendo mãe? – ficou atordoado com a atitude dela.
- Filho, ela não se lembra de quem é. - explica Ichigo.
- Não vamos começar com toda essa ladainha novamente. – Ela não deixou Ichigo terminar de falar. Virou-se para Daisuke e disse: - Ei garoto! Sei que está pensado que eu sou a sua mãe, mas o meu nome é Mia! Não venha choramingar com isso de “mamãe” feito uma garotinha manhosa, hoje estou de péssimo humor. – fala friamente com ele. Daisuke nem conseguia sair do lugar, aquela mulher frígida só tinha a aparência de sua mãe, mas a personalidade não lembrava em nada a da morena.
- Acho que agora estamos em par, finalmente vou poder ter minha luta com Kurosaki Ichigo. – Fala o vilão – Mia lute com o garoto!
- Não! – disse Ichigo assustado. Não queria que seu filho passasse pela dor de ter que lutar com a mãe.
- Tudo bem pai, essa mulher não é a minha mãe. – ele disse com a cara fechada.
- Ora, ora. Vejo que o garotinho chorão é mais esperto que o pai. – Mia zomba deles.
- Ela é sua mãe sim, filho. Só está sem memória. – Ichigo temia que Daisuke usasse todo seu poder contra a mãe.
- Pai! - Silêncio – Confie em mim. Se essa é minha mãe, vou trazê-la de volta. – o ruivo pôde notar a confiança do garoto.
- Tudo bem! Confio em você. – Apesar de ele estar muito apreensivo, revolveu dar um voto de confiança para o filho.
- Que enrolação! Agora entendo porque essa Rukia fugiu de casa. – a morena fala de mal humor. Já não aguentava mais toda aquela palhaçada. Kai não resistiu e caiu na gargalhada.
- Cala essa boca sua vadia! E não fala da minha mãe como se a conhecesse. Kurosaki Rukia é a melhor mãe do mundo. Uma mulher forte que faz de tudo para manter sua família unida. Me orgulho muito de ser seu filho. – Daisuke berra com ela. Não vou perdoá-la por usar o seu corpo como marionete, sua maldita. Ichigo não resistiu e sorriu. Como seu garotinho tinha crescido e se tornado um homem destemido que só lhe dava orgulho. Mas torcia para que a morena não se lembrasse de nada quando voltasse a si, pois ia deixar o filho de castigo o resto da vida por tê-la chamado de vadia.
- Garoto petulante! Vou fazê-lo engolir essas suas palavras. – Mia parte para cima dele e desfere vários golpes, nenhum conseguiu acertar Daisuke que já estava em sua forma de shinigami.
- Bankai! Tsuki no saigo no kao (“Última face da lua”) – o kimono tradicional de um shinigami ficou parecido com o de Ichigo quando está com sua bankai, mas ao invés dos detalhes vermelhos na barra, a de Daisuke era prateado. Sua espada tinha o punhal prata e sua lâmina começava grossa e ia afinando até a ponta. Quando ele a movimentava deixava um rastro de luz. Aquela visão fez a morena estremecer, o garotinho aparentemente fraco mostrou ser tão forte quanto seu pai.
- Olha só que grande surpresa, parece que a criança ficou interessante. – Mia sorri debochada.
- Para quem estava entediada, você fala até demais! Vamos terminar logo com isso. – diferente de Ichigo Daisuke a atacava violentamente. A morena até conseguiu defender-se de alguns golpes, mas o último a acertou em cheio, ela atravessou um prédio que estava atrás de si, o mesmo caiu a enterrando com os destroços.
- Rukia! – Ichigo gritou.
- Não se preocupe pai, um golpe fraco desse não vai matar a mamãe. – fala tranquilo.
- Pega leve filho. Ela é sua mãe.
- Estou pegando pai. Pode acreditar. – ele parecia se divertir.
- Esqueça a luta deles e concentre-se na nossa, Kurosaki Ichigo. – Kai chama a atenção dele.
Eles começam a lutar, Ichigo notou que a força do vilão não era tão grande como seu ego. Poderia derrota-lo facilmente, mas precisava dele vivo para o mesmo lhe dizer o que fez com Rukia.
Alguns poucos minutos de batalha e Kai já estava ofegante e com algumas escoriações pelo corpo. Aquele homem queria mesmo essa luta para saber quem entre eles era o mais forte? Será que esse era mesmo o seu real objetivo? Uma coisa nessa confusão toda não estava certa para Ichigo. Por que ele sequestrou Rukia e alterou sua memória? Para usá-la como isca que não foi, dado aos fatos atuais. Alguma coisa não se encaixava nesse quebra cabeças, e algo dizia que as intenções do vilão estavam além do que ele havia revelado.
- Papai!
Ichigo sentiu todo seu corpo enrijecer quando viu de onde veio à voz que o chamou.
- Sayuri? Kichiro? – a menina apareceu no campo de batalha com o irmão nos braços. Mas que diabos ela estava fazendo ali? Ichigo havia dito para a garota ficar em casa.
- Me desculpa papai! Não tive escolha! – fala com um tom triste.
Ichigo arregalou os olhos quando um homem saiu das sombras. Ele tinha uma espada apontada nas costas de sua filha.
- Vai ficar tudo bem, querida. Logo todo esse pesadelo vai acabar. – disse Ichigo ao ver como sua amada filha estava assustada.
Continua...
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