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História Portas da Alma - Capitulo 7


Escrita por: CrisHerondale e manucaximenes

Notas do Autor


Boa leituraaaaaaaa!!!

Capítulo 7 - Capitulo 7


Fanfic / Fanfiction Portas da Alma - Capitulo 7

Nova York - Blooklyn, apartamento de Magnus Bane.

 

 

Jace observa se sentindo impotente Magnus terminar o feitiço em Alec, sentia sua runa arder em seu peito, sua angustia aumentava a cada minuto, várias vezes teve que se segurar para não gemer de dor, sentia que o bruxo estava lhe tirando um pedaço da alma, o que não deixava de ser uma verdade já que este estava lhe tirando Alec.

Magnus olhou para trás e viu a fisionomia de Jace, não pode deixar de se compadecer com o loiro, aquilo devia estar sendo doloroso para ele, tanto fisicamente como psicologicamente, estava quase terminando o feitiço, porém suas mãos tremulas atrapalhavam o processo, era muito angustiante e doloroso saber que estava apagando todas as lembranças da pessoa que mais amava no mundo e enchendo sua cabeça com falsas lembranças.

Jace encarou o bruxo por um momento e pode ver refletido nos olhos de gato a mesma dor que ele sentia, Magnus também sofria e muito, talvez até mais que ele, pois era o bruxo quem estava fazendo o feitiço, ou seja, estava sendo o responsável por seu grande amor se esquecer dele.

Viu Magnus voltar a fazer o feitiço, sem ter o que fazer e tentando se livrar da dor incomoda, o caçador foi até a janela e ficou observando a rua, viu o trafego de mundanos que iam e vinham, alguns presos em seus próprios pensamentos, outros em grupos barulhentos, alguns casais abraçados. O caçador sentiu um aperto no peito, como seria a vida de Alec ali em meio aos mundanos?

Seria solitária?

Alec sempre teve dificuldades em fazer amigos, não confiava com facilidade e era muito fechado. Sentiu seus olhos ficarem úmidos ao imaginar como seria sua vida agora sem seu parabatai, como não ter mais Alec lhe dando conselhos?

Como não tê-lo lhe dando broncas?

Ou abaixando seu ego, quando este inflava demais?

Não o ter cobrindo suas costas como sempre?

Não o ter mais em sua vida?

Sentiu uma onda de dor mais forte que as anteriores que o fez cair de joelhos tremendo, olhou para Magnus com os olhos marejados e pela expressão devastada do bruxo soube que este havia terminado o feitiço, olhou para Alec e este parecia dormir tranquilamente.

— Está acabado, eu o coloquei em transe para que não desperte repentinamente e acabe nos vendo aqui. - Disse o bruxo com a voz embargada tentando conter o choro.

— Magnus, e-esse feitiço quebrou para sempre minha ligação com ele? E-eu nunca mais terei meu parabatai de volta? - Perguntou Jace desesperado.

— Não, eu apenas fiz com que a ligação de vocês congelasse para que ninguém use sua runa para localizar Alexander, quando resolvermos isso, porque eu não tenho duvida de que resolveremos e o feitiço puder ser desfeito, seu laço parabatai voltará normalmente.

— Magnus . . . Você deu uma boa vida pra ele? Sabe uma . . . quero dizer, boas lembranças?

— Jace é de Alexander que estamos falando, acha que eu não faria tudo o que pudesse para que ele não sofresse? Eu tentei dar as melhores que pude, desde que se encaixassem com o fato dele não ter ninguém. - Sussurrou o bruxo, enquanto as lagrimas que tentou a todo custo segurar caiam por seu rosto.

Jace continuava de joelhos, não sentia mais dor, porém um vazio crescia dentro de si, a falta de Alec já era notada, sem se importar com o que Magnus poderia pensar o caçador abraçou o próprio corpo e deu razão ao pranto sofrido e amargo, deixou que saísse toda a sua dor, raiva, revolta, tudo o que guardou no peito durante os meses que Alec estava ausente.

Magnus viu exatamente a hora em que Jace desabou, viu quando a dor se tornou intensa demais para o jovem caçador conseguir se conter, queria conforta-lo porém não sabia como, já que seu próprio coração estava despedaçado, então, seguindo o exemplo do caçador abraçou o próprio corpo, mas em vez de despencar apenas ficou ali, com lagrimas silenciosas escorrendo pelo rosto enquanto observava o rosto sereno de Alec desacordado.

— O jantar está pron . . . to. - Interrompeu-se Catarina, que entrara de uma vez no quarto e logo percebendo que interrompera algo intimo e triste.

Jace se levantou e enxugou o rosto, Manus seguiu seu exemplo e olhou para Catarina com a expressão vazia.

— Desculpe Catarina, mas eu estou sem fome.

— E eu estou indo embora. - Disse Jace.

— Quer que eu abra um portal para você? - Ofereceu Magnus.

— Não, você já gastou demais a sua magica, fique aqui e descanse, além disso, preciso do tempo que vou levar para chegar ao instituto, tenho que bolar uma boa historia para a minha família. - Dizendo isso Jace se aproximou da cama onde se encontrava Alec.

— Ave Atque Vale meu irmão. - Disse Jace segurando a mão de Alec com uma mão e passando a outra pelo rosto desacordado do garoto.

— Jace! Alexander não esta morto! - Disse Magnus enérgico, enquanto ouviam Catarina arfar.

— Está errado Magnus, o meu Alec está, pelo menos por enquanto, pelo menos até resolvermos esse caos, o garoto que vai acordar não será o Alec que conhecemos, ele nem ao menos saberá quem somos.

O caçador viu o bruxo se encolher com suas palavras, aproximou-se dele e sem pensar no que estava fazendo deu um abraço no bruxo.

— Cuide dele para mim, vou ficar nas sombras, mas cuide dele, por favor.

— Sabe que sempre vou cuidar, eu o amo. - Retrucou o bruxo, enquanto via o loiro deixar o quarto de cabeça baixa.

 

                                                  * * *

 

— Estou dizendo Izzy, acho que Jace tem outra! - Dizia Clary sentada na cama de Izzy, enquanto via a morena pintar as unhas de vermelho.

— Clary deixa de paranoia, Jace te ama, ele só está abatido por causa do Alec.

— Todos estamos abatidos por causa do Alec, mas eu não vejo você se afastando do Simon! Já o Jace passa dias fora de casa, DIAS Izzy!

— Clary, não procure problemas onde não tem, Jace vive para procurar por Alec agora, acha que eu não tenho que me esforçar pra não sair por ai à procura do meu irmão? E que não faço isso porque não suporto ver o olhar de desalento que minha mãe lança a cada dia que chego sem uma única noticia?

— Desculpe Izzy, sei que está sofrendo, todos estão, eu também sinto falta do Alec, mas o Jace sempre veio até mim quando estava triste, agora não faz mais isso. . .

Clary foi interrompida pelo som da porta sendo aberta abruptamente, era Maryse.

— Escritório agora! Jace tem noticias de Alec.

Sem nem ao menos esperar ela saiu em disparada para o escritório sendo seguida por Clary e Isabelle. Quando chegaram lá viram um Robert sério sentado em sua escrivaninha e um Jace abatido encarando o homem com um olhar frio.

— Jace! Diga-me, você achou meu filho? - Perguntou Maryse desesperada segurando Jace pelos ombros.

Clary viu Jace desviar o olhar e engolir em seco, não gostou nada disso, sabia que algo não estava certo.

— Sim, Magnus e eu o achamos. - Sussurrou.

— E onde ele está Jace? - Perguntou Maryse. - Por que ele não veio? E-le está bem não está?

— Ele está bem, mas não veio comigo. - Disse Jace contendo o choro, estava sendo mais difícil do que imaginara, se tivesse que dizer apenas a Robert, diria tudo com imenso prazer, no momento tudo o que sentia pelo Lightwood mais velho era ódio. Porém com Maryse era diferente, dava para ver a dor da mulher e o sofrimento em seu rosto, a dor por todos esses meses em que não teve noticias de seu filho, seus cabelos bem mais esbranquiçados agora, eram a prova disso, assim como as rugas em seus olhos tristes.

— Como assim? Por quê? - Perguntou Isabelle.

— A-Alec foi embora, ele simplesmente disse que não faria mais parte desse mundo.

— O quê?! - Gritaram Maryse e Isabelle ao mesmo tempo, enquanto Clary o olhava boquiaberta e Robert continuava com a expressão indecifrável.

— Ele está magoado, disse que deixara o mundo das sombras, vai viver sua própria vida com Magnus, vai caçar a seu próprio modo junto de seu namorado, ele acha que falhamos com ele, ele passou meses desaparecido e nós não o ajudamos, o deixamos sozinho quando ele foi sequestrado, em outras palavras falhamos com ele. Até mesmo achou um jeito de cortar o nosso laço parabatai, ele não quer ser rastreado.

O loiro viu todos ficarem sem ação e o olharem incrédulos.

— Como assim Jace? Não tivemos culpa. - Disse Maryse desesperada.

— Não consegui convence-lo, sinto muito Maryse. - Disse de cabeça baixa e saindo da sala, deixando todos pasmos.

Começou a subir as escadas de dois em dois degraus, precisava dar um jeito nas poucas coisas de Alec que ficara em seu quarto, não podia correr o risco de alguém o rastrear, não seria um serviço difícil já que Alec levara a maior parte de suas coisas para o apartamento de Magnus.

— Jace!

Ouviu Clary lhe chamar, não queria falar com ela, não conseguiria se controlar, acabaria revelando toda a sua dor a ela.

— O que é? - Perguntou ainda de costas.

— Diga-me, isso tudo é pelo Alec ou você tem outra?

Ao ouvir isso o caçador olhou rapidamente para trás e a encarou como se ela fosse louca.

— Como?!

 

                                        * * * 

 

 

Uma vida nova!

Era tudo o que o jovem queria!

Com apenas uma carta de admissão da Universidade do Estado do Arizona para cursar medicina na cidade Phoenix, suas poucas coisas que estavam no armário do orfanato e algum dinheiro deixado como herança pelo seu pai militar.

Alexander Carter estava prestes a embarcar numa nova aventura.

Ele ainda se lembrava com tristeza dos rostos dos seus pais, que morreram em um acidente de carro há alguns anos, mas ele sabia que eles não gostariam que o filho continuasse triste, eles gostariam que ele vivesse e fosse feliz.

Alec buscaria os seus sonhos, buscaria por tudo o que sempre desejou.

Cuidar das pessoas, ele sempre fora bom nisso, mesmo que tivesse que lidar com o seu medo de arranhas e o seu estranho desconforto com guarda-chuvas, o jovem de dezoito anos não se deixaria abater, não somente por si, mas também pela sua família.

Ele honraria aqueles que amava até o último dia de sua vida.

Observando o movimento da rodoviária, Alec se sentia um pouco desconfortável. Ele não gostava de ficar na multidão, não gostava de atrair olhares e muito menos de interagir com as pessoas, sempre fora muito tímido.

Nesses momentos, ele ainda conseguia ouvir a sua mãe dizendo, que ele era alguém raro, alguém especial, alguém que poderia iluminar a vida daqueles que estivessem em sua volta.

Que ele era como prata.

E a prata, apesar de poucos saberem, é um metal mais raro do que o ouro.

Alec saiu dos seus devaneios, quando ouve um ônibus buzinando, ele levantou do seu acento e seguiu em direção ao cobrador, entrando no ônibus e tomando o seu lugar.

Havia um sentimento estranho se formando no peito de Alec, como se ele estivesse deixando alguém para trás e, enquanto o ônibus se enchia, um vazio se formava no peito de Alec, que ele julgou ser saudade.

Saudades daqueles que ele perdeu...

Saudades da criança que ele foi...

Saudades da vida que ele poderia ter tido.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e NÃO me matem!!!
bjsss até o próximo!!


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