— Se arruma Hinata. Nós vamos sair. — Sakura anuncia.
— P- pra onde ?
— Vamos ao ginecologista!
Sem pensar duas vezes, Hinata levanta-se e começa a procurar o que vestir. Dessa vez, ela resolveu ousar. Escolheu algumas de suas roupas super caras e saiu do quarto como se fosse uma atriz famosa.
— Como estou ? — Perguntou.
— Estranha. Põe uma roupa normal, por favor.
— Não! Eu não quero ser reconhecida.
— Eu sei. — Sakura suspira. — E por isso eu escolhi uma clínica de luxo. Agora vai trocar ?
— Você sabe que não.
Sakura revira os olhos e concorda negando.
As duas chegam à clínica e ficam aguardando na ala de espera. Sakura se distraia jogando em seu celular e Hinata roía as unhas nervosa. A Hyuga perdeu a conta de quantas vezes chorou essa semana. De um dia pro outro ficou grávida e ela nem sabe dizer quem é o pai do bebê. Isso era frustrante.
— Estou atrasado ? — Kiba aparece sem fôlego. — Corri um pouco.
— O que ele tá fazendo aqui ?! — Hinata grita.
— É só pro caso de alguém não pensar que você é mãe solteira. — Sorriu.
— Mesmo assim! Deveria me perguntar.
— Tá bom, desculpe.
— Qual o problema ? Eu sou seu amigo.
Hinata fica sem o que reponder e apenas sorrir forçado. Mas na verdade, ela não sabe como encarar o seu primeiro amor estando grávida de outro. Tudo bem que ele namore, mas não é fácil esquecer assim.
— Então... você realmente não tem nenhuma informação sobre esse homem ? — Kiba pergunta.
— Por quê ?
— Está grávida. Não deveria ao menos localizá-lo ? — Falou o óbvio.
A Hyuga se surpreende. Ficou tão preocupada com si que nem pensou na possibilidade de procurá-lo.
— ..... Eu acho que ele falou que seu trabalho principal era monitorar.
— Monitorar ?! — Sakura indaga incrédula. — O que ele é ? Segurança ?
— E- eu não sei.... só me lembro disso.
— Ótimo, você dormiu com um segurança e agora tá esperando um filho de um zé ninguém.
— O que foi que você disse ? — Hinata se levanta.
— O quê ? Eu menti ?
— Gente. — Sakura fala.
— Você está me julgando!
— Gente...
— Ah, me desculpe por eu falar a verdade.
— Caralho! — Sakura grita e as pessoas olham na sua direção. — Sorry. I don’t speak portuguese very well.
Todos voltam aos seus afazeres.
— Ficou doido Kiba ? Como pode falar com Hinata dessa maneira ? Não te chamei aqui pra isso! Se veio julgar e falar merda, pode ir embora. O mundo tá cheio de babacas assim.
— Desculpem. — Ele murmura baixo.
— Oh Hinata.... não é o uniforme que as crianças da sua escola usam ?
A Hyuga levantou o olhar e viu sua aluna ao lado de homem. Hinata se assustou e tentou não pensar que ela também estaria grávida e logo de um homem bem mais velho. Sem pensar duas vezes, ela correu até a menina e tocou seus ombros.
— Não se preocupe Izy, eu vou te ajudar! — Declarou ela quase chorando.
— P- professora?!
— Não assuste, estou aqui!
— Acho que....
Rapidamente a Hyuga vira para o homem e o pega pelo colarinho como se fosse ameaçá-lo e ela iria.
— VOCÊ! — Gritou. — Ela é só uma criança! Como pôde.....
Sua boca trava e seu coração palpita. Era ele! O homem dos olhos azuis!
— Endoidou Hinata ?! — Sakura a puxa. — Me desculpem, ela não tomou os remédios hoje. — O que pensa que estava fazendo ?
— É ele. — Respondeu num sussurro.
— Quem ?
— O- o pai do bebê.
— QUÊ ?!
Nese momento, Sakura resolveu analisar o homem. Terno bem vestido, sapatos caros e relógios caros e loiro dos olhos azuis. Chegou a conclusão de que segurança ele não era.
— Que coincidência engraçada encontrar você aqui. — Kiba se aproxima. — Como pôde seduzir a minha Hinata e engravi- — Hinata tampa a sua boca com as mãos.
— Cala a boca ou eu mato você. — Sussurrou ameaçadora.
Mais afastados, Hinata passa a prestar atenção na conversa dos dois.
— Quem é ela ? — O loiro pergunta.
— Ah, é minha professora. — Izy olha para a morena. — Esse é meu padrinho.
— É mesmo seu padrinho ? — Sakura indaga duvidosa.
— Não tenho documentos legais, mas tenho fotos que possam provar. Quer ver ?
— Não é necessário....
— E qual é o seu nome ? — Kiba pergunta para o loiro.
— Não te interessa. — Respondeu seco.
— É Naruto. — Izy responde com vergonha pela forma que o padrinho agiu. — Mas então.... o que faz aqui professora ?
— Hã... bem.... minha amiga está grávida.
— Hum... entendi.
— Hinata Hyuga, é sua vez agora. — Uma enfermeira aparece chamando-a.
— Depois explico. — Hinata murmura constrangida e vai de encontro ao consultório.
— Está grávida de 6 semanas. — A médica sorrir.
— Ah.
— Desculpa perguntar, mas está tudo bem ? Não está sozinha, não é ?
— F- fui pega de surpresa.
— Entendo. Continuando, eu quero que se alimente bem e beba bastante água, ouviu ? Não se esqueça. Se exercite durante as semanas e mês que vem quero te ver aqui para outro teste de urina. Tudo bem ?
— Só preciso fazer isso ?
— Por enquanto, sim. Algum problema a mais ?
— Eu não consigo dormir direito e as vezes tomo alguns remédios.
— Por ora, pare. Procure algum hobby que possa fazê-la dormir sem comprimidos. Se não conseguir, volte aqui e eu mesma vou lhe receitar um remédio caseiro.
— O- obrigada.
— Eu que agradeço. E meus parabéns! Felicidades ao casal.
Hinata apenas sorrir e se retira indo direto aos amigos.
— Como foi ? — Sakura pergunta.
— Estou de 6 semanas. — Respondeu.
— Tudo bem. — Sakura toca seu ombro. — Estou aqui.
— O que ele tá fazendo aqui ? — Hinata pergunta para os amigos.
— Senhorita Hyuga! — A enfermeira de antes aparece eufórica. — Esqueceu o ultrassom do seu bebê.
Hinata fecha os olhos com força e solta um suspiro.
— Podemos conversar ? — Naruto pergunta. — Por favor.
— Tomem o tempo que precisar, eu vou voltar com Kiba. Te espero em casa. — Sakura beija o rosto da amiga e puxa Kiba com seus protestos de não deixar Hinata sozinha.
— Devemos voltar! — Ele para.
— Acha que sou burra ? Vamos seguir eles!
— Agora ?
— Óbvio.
Os dois entram no carro e cautelosamente seguem o carro luxuoso. Ainda pensativa, Sakura tentava assimilar tudo que havia acontecido. E suas perguntas principais eram, quem era esse tal de Naruto ?
Num restaurante pequeno, Hinata terminava seu segundo copo de água e Naruto a observava. Cada movimento, cada detalhe.
— Esse filho que está esperando é meu ? — Perguntou direto.
Hinata morde os lábios.
— Acha que é seu ?
— Sim. Não usamos camisinha. — Ela cora. — Então, é meu ? Porque eu não acho que aquele magricelo seja seu marido ou alguma coisa sua.
— Não fale dele assim. Kiba é meu amigo.
— Não respondeu minha pergunta Hinata.
— E nem vou responder. O que te dá o direito de chegar assim me questionando sem mais e sem menos ?
— Foi sua primeira vez. Por acaso dormiu com mais alguém além de mim ? — Naruto parecia incomodado.
— N- não!
— Estão isso faz de mim o pai.
— Estou grávida, mas você não é pai do bebê.
— Você percebe que suas explicações não fazem sentindo, certo ?
— De qualquer forma, não é você.
Naruto põe a mão no queixo pensativo. —É um pouco difícil para mim entender... todas as circustância apontam que eu sou o pai. Acredito que tudo pareceu surpreendente tanto pra você como pra mim, então porquê não nos encontramos amanhã para conversar melhor ?
— O quê ? Espe....
— Fechado. Amanhã então. — Ele se levanta. — A propósito, seus amigos parecem preocupados já que nos seguiram até aqui.
— D- desculpe por isso.
— Eu te ligo. — Naruto preparava para sair, mas é parado quando Hinata toca seu braço. — Hm ?
— V- você não tem meu número.
— Eu descubro. — Sorriu.
Hinata volta para o carro da amiga sem emoções. Ela não sabe dizer se isso foi bom ou ruim.
— E aí ? O que conversaram ? — Kiba pergunta.
— Ele quer me encontrar amanhã.
— Não pode faltar a escola amanhã. É o dia da visitação do presidente.
— Que presidente ? — Sakura pergunta.
— Da empresa corporativa Uzumaki’s.
— Toneri disse que não pode faltar amanhã. — Kiba continua. — Você ficou responsável de mostrar a escola, esqueceu ?
— Sem problemas. Eu consigo.
Em casa, Hinata se remexia na cama inquieta. Ela não esperava encontrá-lo. Pensou por uns minutos como foi que ele se interessou por ela. O que o fez se interessar ? A Hyuga toca a barriga automaticamente e sorri. Ficará tudo bem ?
[...]
No dia seguinte, Hinata já se encontrava na escola. Terminou sua primeira aula e soltou o ar quando viu Kiba vindo até ela. Na mesma hora, deu as costas e tentou ir para outro lugar, mas o moreno entra na sua frente.
— Está chateada ?
— Não deveria ?!
— Eu pedi desculpas. Eu estava nervoso porque você estava nervosa! Me desculpa. Eu não queria mesmo falar aquilo e eu sinto muito, de verdade.
— Tudo bem. Não quero que os alunos vejam você se ajoelhar e entendam outra coisa.
— Eu sei que você aceitaria. — Eles riem baixinho.
— Senhorita Hinata! — Hinata escuta Toneri chamar seu nome. — Estive procurando por você!
Hinata trava ao virar e se deparar com Naruto ali. Ele parecia estar mais surpreso do que ela.
— Este aqui é o presidente Naruto Uzumaki que veio no lugar do seu pai. Eu disse a ele que você era uma das melhores professoras aqui! Poderia mostrar a escola para ele ?
— S- sim, claro.
Naruto cumprimentou Toneri mais uma vez e seguiu Hinata. Enquanto ela andava e explicava tudo detalhadamente, ele pensava no quão linda a Hyuga era. Na noite passada, o mesmo não conseguiu dormir porque lembrava da grande noite que passaram juntos. E foi a melhor noite que teve em séculos. Seu corpo, seu sorriso, sua pele e o jeito como ela correspondia a ele. Tudo nela o atraía.
Talvez não parecesse, mas depois da notícia de um filho seu, isso o deixou estranhamente feliz. Por semanas procurou pela Hyuga e quando resolveu acompanhar a afilhada, se deparou com ela ali. Por 1 minuto, apenas 1, ele não a reconheceu. Quando se deu conta, sorriu para si. Era ela.
— E por fim, a sala dos professores. — Hinata termina de falar.
— Como tem estado ? — Perguntou repentino.
Hinata estranhou. Ele não dissera uma palavra desde que ela começou a falar.
— Bem.
— Está livre hoje ?
— Estou ocupada.
— Posso te deixar em casa.
— E- eu não quero incomodar.
— Não é incômodo. É a mãe do meu filho.
Hinata cora. — T- tudo bem.
— S- senhor! — Um homem totalmente envergonhado faz presença. — Precisamos ir agora.
Naruto o olhou pedindo privacidade e ele saiu da sala.
— Não precisa....
— Te vejo mais tarde. — Naruto toca sua bochecha e se afasta deixando uma Hinata vermelha para trás.
A Hyuga voltou para a sala quase sem ar. Seria uma atração ? É claro que era! Dormiu com ele. Seria estranho não sentir nada quando ele a tocasse ou falasse.
— Fê, por favor! — Izy aprece sem fôlego na sala. — Não posso mais com educação física!
Hinata rir baixinho. — Corrida hoje ?
— 17 metros 5 vezes!
Num instante a sala foi enchendo com outros alunos reclamando de ter corrido muito.
— Bebem água e descansem por 5 minutos. Passarei assunto de prova, então prestem bastante atenção.
— Com licença senhorita Hinata. — A coordenadora entra na sala. — Aluno novo.
Um menino de cabelo preto a cumprimenta e Hinata o manda se sentar.
— Qual o seu nome ?
— Ren.
— Sou Hinata, muito prazer. Teve sorte de chegar no meio do ano, assim vai conseguir acompanhar de onde paramos. — Hinata olha para a turma. — Descansados ?
— Mais dois professora! — Um aluno pede e Hinata concorda aos risos.
Hinata senta sob a mesa a faz algumas anotações. Quando terminou, escreveu o conteúdo no quadro e esperou um tempo para que pudesse explicar.
— O tema hoje é devo ou não devo ? Eis a questão. Você pode, mas deve ? Você pode, mas não deve. — Falou.
— Como o quê ? — Izy pergunta.
— Qualquer coisa.
— Tipo uma coisa errada ?
— Pode ser.
— E uma coisa certa ?
— Isso também.
— E uma coisa certa, mas que também pode ser errada ?
— Como matar o Hitler? — Hinata deixa a pergunta no ar e muitos dos alunos ficam interessados. Principalmente o novato.
— Como assim fê ?
— Voltariam no tempo e matariam o Hitler bebê ?
— É claro! — Alguns respondem em coro.
— Não sei. — O restante mantém essa resposta.
— O que você faria Ren ? — Hinata pergunta.
— Mataria.
— Mas é um bebê! Mataria um bebê ? — Brincou.
— Não!
— Então o que faria ?
— Não sei.
Ela olha para a turma. — O termo devo ou não devo quer dizer isso. Voltaria no tempo e mudaria tal coisa ? Mudar não quer dizer vai mudar.
— E se a pessoa mudar ?
— E se a pessoa não mudar ? Ou fingir mudar ? Pensamentos iguais, mas diferentes.
— Eu sinceramente não sei o que faria. — Izy deixa sua frustração clara e faz alguns colegas caírem na risada.
— Próximo tópico, família. O que quer dizer família pra vocês ? Alguém pode me dizer ?
— Ohana quer dizer família e família quer dizer nunca abandonar. — Um aluno fala e os outros caem na risada.
— Sem ser de um filme Logan. — Hinata segura a risada.
— Mas é o mesmo pra mim fessora. É o que quer dizer pra mim.
— Bom argumento. — Ela pisca. — Mais alguém ?
— Estabilidade.
— Isso.
— Conforto.
— Também.
— Raiva. — Logan fala e todo riem mais uma vez.
— Engraçadinho. — Hinata nega rindo.
— E se família não for uma família ?
— Quem é sua família pra você ? Amigo também é família, sabia ? É quem você considera. — O sinal toca. — Me tragam um pequeno texto sobre este tópico e amanhã debatemos o assunto. Estudem o capítulo 6 e 7. Vou passar um pequeno simulado amanhã.
— O quê ?!
— Não fessora!
— Mais simulado ?
— Eu não aguento!
— São 5 perguntas, relaxem. — Ele rir baixo. — Ren, me acompanhe, por favor.
O aluno nada diz e a seguiu até a sala dos professores.
— Esse aqui é o fardamento e você não pode usar brincos e nem chapéu.
— Tá.
— Preciso que seu pai venha amanhã para uma reunião do conselho, tudo bem ?
— Tá.
— Ótimo, agora pode ir.
Ren suspira e se retira. A terceira escola em que seu pai o coloca.
— Senhor Ren, aonde deseja ir ? — Seu motorista pergunta.
— Casa.
Ren entra no carro e de relance vê sua professora dando de cara com uma árvore e derrubar seus livros no chão. Que boba.
Ao chegar em casa, colocou a ração do cachorro e foi até o escritório do pai.
— Como foi a escola nova ? — Ele pergunta.
— Chata.
— Está no último ano. É claro que é chato.
— Não deveria estar me aconselhando a estudar mais ?
— Por quê ? Tenho mesmo ?
— Meu deus. — Ren fica chocado.
— Ah é, sou seu pai. — Riu alto. — Desculpe, não sei agir como um.
— Vou estudar, tenho prova amanhã.
Seu pai o olhou torto por uns minutos. — Desde quando você estuda ? Deve ter adorado a escola.
— Não mesmo.
— Eu conheço você mais do que pensa.
— Tá. — Concordou e foi para o quarto.
No escritório, Sasuke pensava o que fez o filho gostar da escola. Estava preparado para mais um discurso do filho e dessa vez, Ren não falou nada. Sorriu de canto e pegou as chaves. Precisava conversar.
— Muito bom revê-lo sr. Uchiha. Naruto lhe espera na sala.
Sasuke estranhou o fato do amigo estar na sala e saca a arma. Ficou em modo de ataque, mas assim que viu o copo de uísque, guardou o objeto.
— Não tá muito cedo pra você beber ? — Questionou o amigo.
— Não é para mim. É pra você.
— Eu ? Por quê ?
— Eu vou ser pai.
Sasuke ergue uma sobrancelha sem acreditar e pega a garrafa de uísque despejando quase tudo na boca.
— Pode repetir ? — Ele ainda não acreditava.
— Foi a mulher daquela noite. Encontrei ela e ela tá grávida.
— Você tem certeza ? Muitas mulheres tentam te dar golpe muitas vezes. Ela pode tá querendo se aproveitar.
— Eu não disse quem eu era e por acaso, a encontrei de novo na escola do Ren. Ela é professora.
— Ahh... entendi tudo. — Pensou alto.
— Entendeu o que ?
— Não, nada... mas então ? Não vai fazer um teste de paternidade ?
— Não vou.
— Não pode falar sério ?! Sabe que não pode ser o pai, né ?!
— Eu sou o pai.
— Como tem tanta certeza ?
— Ela era virgem. Não usei camisinha.
— Ouh!
— Não sei o que fazer.
— Vai saber fazer a coisa certa, tenho certeza. — Sasuke bebe mais do uísque. — Tem outra garrafa ?
— Cara, ela é tão linda.
— Nem conhece ela direito.
— Mas vou. Eu preciso. Inclusive, que horas são ?
— Passa das 6.
— Preciso ir. — Naruto pega o terno e sai às pressas. Havia se esquecido de buscar Hinata.
Chegou na escola já era um pouco tarde. Tudo fechado. Ele se xinga mentalmente e se preparava para ir embora, mas vê uma sombra atrás da árvore e caminha até lá.
— O que está fazendo aqui ?! — Quase gritou.
Ele estava com raiva. Como que ela poderia esperar por ele esse tempo todo ?!
— V- você disse que me buscaria.....
— Eu me atrasei! Por quê não foi pra casa ? Ficou me esperando esse tempo todo sozinha ? E se alguém aparecesse ?!
— M- mas você veio....
— E se eu não aparecesse ? Meu deus, o que tem na cabeça ?
— Está gritando comigo agora ? Você disse que me buscaria!
— Olha... — Ele toca seu ombro. — Se eu não apareci, deveria ter ido pra casa. Sabe o quão preocupado eu fiquei de te ver aqui essa hora ?
Hinata cora. Então ele estava preocupado com ela ?
— D- desculpa.
— Vamos. — Naruto pega sua mão e a guia cauteloso até o carro. — Está com fome ?
— U- um pouco.
— Conheço um lugar.
Naruto dirigia rápido. Hinata estava sem graça por Naruto ainda estar de mãos dadas com ela.
— O que vamos comer ? — Perguntou.
— O que você quiser.
Assim que chegaram, Naruto foi atendido rapidamente.
— Onde você mora ? — Naruto pergunta.
— Você não sabe ?
— Eu deveria ?
— Se sabe meu número de telefone, sabe onde eu moro.
— Então ficou esperando pela minha ligação ? — Sorriu. — Desculpe, o trabalho me ocupou e eu acabei esquecendo.
— N- não, eu não.... — Corou. — E- esquece.
— Não me disse que era professora.
— Não me disse que era presidente corporativo.
— Não foi necessário.
— Você é muito cauteloso senhor Uzumaki. Por quê não se solta mais um pouco ?
— Soltar ?
— É, se solta um pouco. Desde que chegamos, seus ombros estão rígidos e você não para de olhar pra janela.
— É costume.
Hinata sorriu. Ele é um péssimo mentiroso.
Os dois comem e conversam abertamente. A Hyuga ficou abismada com a tranquilidade que ele lhe passava e o assunto fluía como nuvem. Notou que ele tem uma mania de passar as mãos no cabelo e pequenas sardas na bochecha quase que imperceptível.
— Quer mais alguma coisa ? Uma sobremesa ?
— Tudo bem.
Hinata se delicia com a torta de morango enquanto Naruto apenas tomava uma xícara de café.
Minutos depois, Naruto estaciona o carro e corre para abrir a porta para a morena
— Obrigada pela carona.
— Disponha.
— Então é aqui que você mora. — Sorriu. — Sozinha ?
— Divido o aparamento com minha amiga.
— A da clínica de antes ?
— Ela mesma.
— Engraçado que.... cuidado! — Ele a puxa quando viu que a motocicleta perdeu o controle e ia na sua direção.
Naruto a envolve e os dois caem no chão.
— Meu deus, você tá bem ? — Ela pergunta preocupada.
— Você está ? — Se levantou e foi até o homem que tentava se levantar também. — Ficou louco ?!
— Foi mal.
— Tudo bem, eu estou bem. — Hinata toca o ombro do loiro.
— Desculpa. — O homem fala olhando diretamente pra Hinata.
— Tudo bem, já passou. — Hinata sorrir nervosa. Na verdade, ela ficou apavorada. — Quer.... entrar ?
— Não posso.
— Ah...
— Não sei se vou me controlar se estiver sozinho com você.
Ela cora.
— Então... boa noite.
— Caralho, suportei demais. — Dito isso, o Uzumaki a puxa para um beijo rápido e sôfrego.
Hinata ficou sem como reagir, mas retribuiu da mesma forma e intensidade o beijo. Passou as mãos ao redor da sua nuca e ele a puxa mais para si. Aos mãos do Uzumaki tocam sua cintura como sinal de possessão. Ele morde seu lábio inferior durante o beijo e voltou a beijando com toda vontade introduzido sua língua. Foi o melhor beijo que já deu em décadas.
Quando o ar fez presença, ele finaliza com leve selinhos e um beijo breve na sua bochecha. Adorou sentir seu cheiro.
— Boa noite. — Respondeu com rouquidão na voz e entrou no carro.
[...]
Na delegacia, Sasuke acabara de chegar. Pôs o colete e logo foi recebido pelo seu parceiro, Deidara.
— Ele tá uma fera. — Deidara suspira. — Parece que brigou com a esposa.
— E o que temos pra hoje ?
— Por sorte conseguimos avistar Gaara no radar e depois o perdemos de vista. Mas agora vai ser mais fácil achá-lo..... peraí, por quê está me dando ordens ?
— Eu sou o comodante agora. — Sorriu sínico.
— Então ele escolheu você. — Falou já o óbvio e puxou 5 reais do bolso. — Sorte.
— Eu sempre ganho.
— Meninos! — Madara grita. — Trabalho.
— Fala aí chefe.
— Consegui uma pista sobre o paradeiro do Gaara. Encontre um suspeito e o traga aqui para o interrogatório.
— Isso é um racha ? — Deidara pergunta enquanto analisa a ficha. — Achei que fosse proibido.
— E é. — Madara afirma. — Preciso que participem.
— Beleza! — Sasuke comemora.
— Você tem um filho! — Deidara desaprova. — Como pode concordar ?
— Relaxa que não é num racha que eu vou morrer. Nunca jogou need for speed ?
— Já, mas virtualmente. Mas isso não quer dizer que eu vá sair ileso. Eu nunca vou ganhar essa corrida!
— E quem disse que você vai dirigir ?
— Não vou ?
— Claro que não!
— Você vai ficar de tocaia monitorando as melhores rotas. — Madara fala. — Pensou mesmo que ia dirigir ?
— Por quê não ? Eu sou bom....
— Não, não é. — Sasuke rir. — E como vou fazer isso se não tenho um carro ?
— Eu conheço alguém que tem.
Madara os leva para outro lugar. Assim que o trio chega, Deidara fica abismado com a quantidade de carro que havia ali.
— Pode me explicar isso ?
— Eu tive uma vida antes. — Respondeu irônico.
— Que saudade de infringir a lei. — Sasuke pensa alto e recebe dois olhares. — Brincadeirinha.
— Tomem cuidado. — Madara avisa. — Mesmo que não seja Gaara, os vagabundos que trabalham pra ele, são profissionais.
— É, estou ciente disso. — Sasuke concorda.
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