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História Possessão - Capítulo 17


Escrita por: Mallagueta

Capítulo 17 - Capítulo 17


– Pra onde ela está indo? – Cebola perguntou ao ver Bianca saindo de casa.
– Eu vou atrás dela.
– Tem certeza?
– Sim. O Cascão já se esfolou demais por hoje e ela te conhece bem. Se ela me ver, não vai desconfiar muito.

DC deixou os dois ali e foi andando atrás de Bianca, procurando ser o mais discreto possível.

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– Pois é, menina! Acredita que aquele gatão bonito e gostoso me chamou pra sair? Juro! Ah, só que hoje não vai dar, né... tenho coisa pra estudar. Mas amanhã ele não escapa!

Ela estava deitada na cama do seu quarto, conversando com a amiga pelo celular. Do lado de fora, Bianca ouvia a conversa fazendo grande esforço para não invadir aquele quarto e arrancar as entranhas daquela cretina com as unhas. Como ela ousava falar do seu amado daquela forma tão indecente?

– Então? Ele é mesmo um gatinho, não é? Bom, agora eu vou desligar e telefonar pra ele avisando que hoje não vai dar, mas que amanhã a gente poderá sair numa boa. Beijo, tchau!

Antes que ela telefonasse para Toni e estragasse seu plano, Bianca invadiu o quarto pulando a janela. Um escândalo para uma moça de boa origem, mas a situação pedia medidas extremas.

– Ei! Como você entra no meu quarto desse jeito? Tá doida? – ela perguntou indignada ao ver a moça de cabelos compridos entrando em seu quarto.
– Eu só vim fazer uma visita. Não está feliz em me ver, querida?

Ela olhou atentamente para a recém chegada e reconheceu a tal moça misteriosa que estava atacando no colégio. Muitas fotos dela foram divulgadas na TV e na internet. As cores fugiram do seu rosto na hora e ela ameaçou apavorada e tremendo de medo:

– Sai pra lá senão eu grito! Meus pais estão em casa!
– Eu não ligo. Não se preocupe, eu não vou te machucar... muito.

O objetivo de Bianca era apenas o celular, de forma que ela resolveu tudo aquilo com uma única pancada que fez a moça desmaiar na hora.

“Perfeito. Agora está na hora de fazer uma ligação.”

– Alô? – uma voz bonita do outro lado da linha atendeu fazendo com que as pernas dela amolecessem.
– Oi, gato, como vai? – Bianca falou imitando a voz e o linguajar da moça.
– Agora eu estou bem, linda! E nosso esquema, tá de pé?
– Claro que sim!
– Então eu te pego em casa...
– É que eu não estou em casa, sabe... por que a gente não marca um lugar para se encontrar? Vai ser mais fácil.
– Por mim tudo bem. Onde?

Ela deu a ele o endereço e para sua alegria, o rapaz não desconfiou de nada.

– Estarei lá dentro de meia hora. Não demore, viu?
– Claro que não, gata! Eu já tô lá!

Bianca desligou o celular com um sorriso maléfico no rosto. Ele tinha mordido a isca e não teria como escapar.

Quando ouviu aquilo, DC saiu dali o mais rápido que pode antes que alguém o visse dentro da propriedade e ele fosse forçado a se explicar. E também antes que Bianca o visse, o que seria dez vezes pior. Assim que encontrou um lugar seguro, ele ligou para os amigos.

– Gente, danou-se! Parece que ela vai pegar o Toni!
– Tem certeza?
– Tenho, cara! Ela marcou de encontrar com ele em frente à casa dela e o bobão nem desconfiou!
– Ai, Cacilda! Vem pra cá rápido que eu vou tentar pensar em alguma coisa! Também vou ligar pro Cascão.

Magali torcia as mãos, preocupada. Será que Bianca pretendia fazer com Toni o mesmo que tentara fazer com o Cebola?

– Cebola, eu acho que deveria tentar avisar o Toni. Ou pelo menos atrasar ele, sei lá.
– Beleza, faça isso. O Cascão e o DC já estão vindo. – ele mal terminou de falar e Cascão apareceu na esquina, já de roupas limpas e com curativo nos ferimentos.
– Então é verdade que a Bianca vai tentar pegar o Tonhão?
– É sim e a gente vai dar um jeito de evitar isso.
– Pra onde a Magali tá indo?
– Avisar o Tonhão. Eu estou esperando o DC pra gente tentar alguma coisa.

Poucos minutos depois, DC juntou-se a eles, suado e ofegante por causa da corrida.

– E a Bianca?
– Daqui a pouco ela aparece. E agora?
– Pensa, Cebola, pensa! – ele dava uns coques na própria cabeça tentando pensar em algo que pudesse funcionar. Uma única idéia veio a sua mente. – Olha, não tem jeito. A gente vai ter que trazer o cara verdadeiro pra Bianca não levar o Tonhão.
– Aí ela vai querer levar o outro!
– Ué, ele já tá morto mesmo, então não vai fazer diferença. A gente não pode deixar ela matar o Tonhão.

Cebola concentrou-se um pouco e chamou pela D. Morte conforme ela o havia ensinado.

– Alguma novidade?
– Sim. A Bianca vai tentar levar o Tonhão e a gente não pode deixar. Você não pode fazer nada?
– Infelizmente não. Você sabe que eu não posso interferir.
– Droga! – DC falou, revoltado. – essa coisa de não interferir tá enchendo o saco! Esquece um pouco as regras, poxa! Tem duas vidas em perigo!
– As coisas no meu mundo não funcionam do mesmo jeito que no seu, rapaz. Eu não posso simplesmente passar por cima das regras. Está acima de mim.
– Mas pode levar a gente até onde o sujeito está? – Cebola quis saber, já tendo uma idéia.
– Posso. Mas eu já disse que ele não virá. Tentei várias vezes e ele sempre se recusou.
– Pois EU vou tentar! Quero falar com esse cara pessoalmente e fazê-lo entender que a situação é grave.
– VOCÊ? NÓS! Eu também vou!
– Alguém tem que ficar aqui de olho na Bianca!
– De que isso irá adiantar? Quem ficar não vai poder fazer nada para impedi-la! Então eu também vou!
– Decidam logo vocês dois! – Cascão falou, afobado. – daqui a pouco o Tonhão chega e aí já era.
– Beleza, DC. Então você vem comigo. O Cascão fica aqui do lado de fora. Não entra junto com eles que vai ser fria. A Magali foi tentar distrair o Tonhão, então isso vai dar um pouco mais de tempo pra gente.

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– Você tá de brincadeira, né? Fala sério! Olha, eu sei que a Mônica é sua amiga, mas não fica inventando essas doideiras só pra eu ficar com ela não, valeu?
– Eu não estou inventando nada, Toni! É verdade! Aquela coisa não é a Mônica.
– E o que aconteceu com a Mônica então?

Magali procurou explicar a história detalhadamente, para ver se aquilo o mantinha distraído.

– Eu heim! Que historia maluca é essa?
– É a verdade. No seu lugar eu voltava pra casa agora!
– E perder o encontro com uma linda gatinha?
– Sua linda gatinha não vai estar lá, Toni!
– Claro que vai, a gente marcou! Ela me ligou e eu ouvi a voz dela claramente!

A moça tentou explicar que Bianca tinha tomado o lugar dela, deixando Toni confuso e irritado. Por que aquela menina tinha resolvido dar uma de maluca?

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Em cima de uma árvore, Cascão pode ver Bianca chegando em casa e entrando. O tempo estava correndo e ele tinha medo de que Cebola e DC não conseguissem chegar antes de evitar uma tragédia. Não era somente Toni que o preocupava. Também havia a Mônica. O que ia acontecer com o corpo dela depois que Bianca levasse a alma do Toni?

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“Hum... será que ele vai gostar se eu prender meu cabelo no alto? Acho que sim!” ela tentava arrumar seu cabelo, escovando-o com os dedos e prendendo com elásticos e presilhas que ela tinha pegado da penteadeira daquela moça. Uma pena não ter espelho ali. Se tivesse se arrumado na casa da outra, poderia acabar perdendo a hora.

Quando terminou de se arrumar, ela olhou em volta. O aspecto da casa não era dos melhores e ela não tinha como arrumar tudo aquilo em poucos minutos. Paciência. Com o tempo ela tentaria dar um aspecto melhor ao local. Tudo para que seu amado pudesse se sentir a vontade.

Sua primeira providencia depois de ter o coração dele seria descartar aquele corpo inútil. Por enquanto não, já que ela ainda precisava dele. Em sua forma fantasmagórica, Bianca ainda vestia trapos e ela não queria que ele a visse daquele jeito. Não antes de ter o coração dele. Depois ela daria um jeito de descartar aquele corpo imprestável em algum lugar fora da casa.

“Que coisa... por que ele está demorando?”


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