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História Possessive Heart - Por que você não o impediu de ficar?


Escrita por: iCRalx e Cxmalx

Notas do Autor


Olá, como vocês estão?

Eu não tenho ideia do que falar sobre esse capítulo, só que ele é extremamente importante.
Ah, e eu também não curti muito o POV do Justin, eu não sei o que aconteceu pra ficar tão ruim pra mim, não me agradou muito. Já a parte da Hailey, eu gostei mais, acho que me esforcei mais também. Eu sempre gosto mais de escrever a parte dela, fica sempre melhor, acho.
Bom, fiquem com o capítulo... Até as Notas Finais.

BOA LEITURA.

Capítulo 30 - Por que você não o impediu de ficar?


Fanfic / Fanfiction Possessive Heart - Por que você não o impediu de ficar?


Justin Bieber P.O.V.


Minha paciência havia se esgotado há semanas e tudo só piorava quando decidiam tentar me irritar. Pela segunda, meu nervos estavam explodindo, por, não tão simplesmente, ter sido atrapalhado outra vez de chegar lá e, meu Deus, como eu queria. Era tudo que eu queria no momento.

Na verdade, eu nem sabia do que aquilo poderia se tratar, mas tinha que ultrapassar um nível de importância grande para ter me feito sair de lá, da maneira menos justa que for. Pra mim, não tinha sentido atrapalhar o meu momento quando eu poderia resolver o que quer que fosse em outra hora. Afinal, eu estava próximo de algo ali.

Estava apenas seguindo Lil Za, esperando que aquilo fosse me interessar de alguma forma. Ele parecia calmo, mas, mesmo assim, tenso - coisa que levou-me a ficar intrigado e, também, fez-me tentar procurar qual seria o motivo de tudo isso.

Para que ele ficasse no estado em que estava, tinha que haver coisa a mais do que eu conseguia imaginar.

Nem havíamos chegado no meio do caminho e o som alto, junto das vozes descontroladas, já estavam se amontoando em meu estresse - visto que, dentro do outro cômodo, não se dava para ouvir quase nada... Bem, lá nem tinha janelas.

Eu só estava ali porque o meu tesão simplesmente tinha deixado o meu corpo depois que Lil Za bateu naquela porta, então não tinha como continuar e fingir que nada tinha acontecido - embora fosse a coisa que eu mais desejava no momento -, só restava o interesse em ver o quão relevante seria o que estavam prestes a me apresentar.

Não deixei de notar a feição apreensiva de Hailey - a qual aumentava a cada segundo passado -, como se quisesse acabar logo com a sua - e a minha - curiosidade. Eu tinha ao menos uma ideia que seus sentimentos atuais mascaravam o medo da surpresa - e isso tudo havia começado a acontecer sempre, depois daquele dia agitado, depois que nós brigamos, depois que eu matei aquele maldito homem.

Antes de sair, Lil Za apontou para uma porta dupla, a qual eu já sabia que se tratava do escritório de Khalil - já havia o adentrado algumas poucas vezes desde quando mudou-se para cá. Ao olhar para o seu rosto, notei outra vez a indiferente - o que era bem normal para o Lil Za, mesmo que algo fosse extremamente "assustador" -, então não vi motivo para me agitar ou me entediar - já que, às vezes, em algumas situações, reagimos igual.

Senti Hailey apertar com ainda mais força a minha mão, enquanto fixava - de maneira um tanto indelicada - nossos dedos uns nos outros. Pus-me a abrir a porta com um pouco mais de tranquilidade, já que, visivelmente, não esperava muita coisa do que estava em minha frente - o que era possível -, mas, quando bati os olhos ali, sem prestar atenção em muitos detalhes, a primeira coisa que me chamou atenção no ambiente foi, principalmente, uma mulher, a qual se encontrava acomodada em um assento próximo, totalmente despreocupada.

Outra pessoa desconhecida.

Rolando os olhos pelo cômodo, naturalmente confuso, percebi que ela, também, não estava sozinha ali. Calvin estava presente e, quando o mesmo percebeu que eu o olhava, gesticulou para uma cadeira quase ao seu lado. Harris encontrava-se relaxado e tenso ao mesmo tempo, assim como Za minutos atrás - como isso era possível?

ㅡ Você pode me explicar por que estava me incomodando? ㅡ ao chegar perto o sufiente, ainda sem muito interesse - pelo menos não tanto quanto estava inicialmente -, questionei.

ㅡ É o que eu vou fazer...

Após sentar-me, observei-o apontar para a tela do computador em seu colo - o qual nunca saía de perto de si e, na maioria das vezes, sem necessidade alguma - e não demorou para vê-lo tornar a falar o que já havia começado, como se eu estivesse a par de tudo naquele momento. E, antes que eu pudesse o interromper para dizer que eu não o entendia em ponto algum de tudo aquilo, uma voz fez com que eu me desconcentrasse totalmente - e não só eu, como Calvin também -, levando-nos a encarar ligeiramente a ruiva que estava presente e, só após olhar em seus olhos, notei que ela não estava falando em inglês - nem uma palavrinha sequer.

ㅡ Quem é essa? ㅡ gesticulei para a mesma quando ela franziu o cenho em afronte.

Afronte...

ㅡ Emma Colling, a pessoa que estávamos procurando ㅡ soltou em um completo tom de orgulho, levando um pouco mais de confusão ao meu raciocínio.

ㅡ Estávamos procurando? ㅡ Harris bufou totalmente impaciente agora, como se eu estivesse apenas tentando irritá-lo com qualquer ato meu, mas, na realidade, não estava mesmo entendendo muita coisa dali.

ㅡ Preste atenção, Bieber ㅡ tornou a apontar para tela do notebook, dessa vez mostrando para mim uma foto de uma pessoa - que, no caso, era a mesma mulher em nossa frente - e um pequeno texto - porém muito bem elaborado -, contando como ela havia vindo parar aqui ㅡ Direto da Nova Zelândia, o meu novo programa.

Tive que ter alguns segundos para assimilar tudo. Aquilo era completamente inacreditável aos meus olhos. Bem, achei que fosse demorar mais para as coisas se acertarem e, depois, nunca imaginaria que todo esse problema - e com a dificuldade que foi de achá-la - teria vindo de uma mulher

Li palavra por palavra do que estava destacado naquela tela, tentando compreender se tratava-se das coisas que estavam ressaltadas em meus pensamentos e, depois de longos segundos fitando as últimas linhas, vi que, de fato, era.

"Em um pequeno porão, Emma Colling fora pega ao uso de aparelhos de alta capacidade, os quais se tornaram suspeitos. Assim, depois de uma busca discreta (porém profunda) por sua casa, foi confirmado que ela se tratava de uma das pessoas mais procuradas do mundo, dona do Whinster (programação mais bem feita, como algo de alta variação), tendo-a como codinome 'E.s'".

Calvin sempre tendia a anotar qualquer coisa de importante que acontecesse baseado em trabalho nosso. Sendo assim, aquelas anotações em algumas de suas pastas, e as linhas que tinha acabado de ler, era como um diário seu, para que nada fosse esquecido, independente de qualquer coisa futura que acontecesse ao nosso redor.

ㅡ Ela? ㅡ apontei de novo para a mulher, muito mais que indignado. Não podia ser uma mulher a criar isso.

Depois de tanto tempo intrigado sobre uma única questão, o ponto que sempre me fazia questionar sobre, era culpa de uma mulher? Não que ela não fosse capaz, mas, pela aparência e forma que se portava - mesmo nesses poucos instantes -, não parecia mesmo ser uma criminosa procurada mundialmente.

Na verdade, eu nem sabia por que estava tentando questionar isso, já que... eu era uma das pessoas que procurava disfarçar qualquer detalhe meu para não conseguir ser pego fora do estado - visto que a polícia daqui era facilmente comprada.

Bem, também quero dizer, até eu tenho coisas que me deixem reconhecíveis de alguma forma, como as tatuagens e o corte de cabelo. Ela era comum, simplesmente comum.

ㅡ Você acha mesmo que ela iria querer se parecer com o que é? ㅡ de fato, era o que eu estava tentando raciocinar ㅡ Ninguém que trabalha com isso, de fato parece quem é ㅡ arqueou as sobrancelhas, tornando a fitá-la ㅡ Só temos que fazê-la falar.

ㅡ Ela nem fala a nossa língua! ㅡ cuspi rapidamente.

Até então, só palavras totalmente insignificantes haviam passado por meus ouvidos - especialmente as dela. Aquele nítido tom, como se algo realmente estivesse engraçado, estava me deixando tonto.

Odiava me sentir inútil ou burro, e ela me fazia questionar os dois.

ㅡ Ela fala, sim ㅡ o meio sorriso de Harris fez o semblante convencido da mulher se desmanchar ㅡ Vamos, senhorita Colling, hora de nos explicar tudo isso ㅡ então ele puxou uma mala, não muito grande, que estava ao seu lado, fazendo-me notar a existência da mesma ㅡ Tudo o que você precisa.

A ruiva continuou a balbuciar em seu idioma, que nem seria sua língua natal, já que, até onde sei, na Nova Zelândia, eles falam inglês.

ㅡ Eu vi muito dos seus arquivos... Aliás parte deles estão no meu computador ㅡ disse Calvin como se não fosse muita coisa ㅡ Em inglês... ㅡ acrescentou rapidamente, mesmo que fosse nítido que não era uma amostra de seu esquecimento ㅡ e não vejo palavras britânicas ㅡ antes de se abaixar para abrir a mala, Calvin voltou a bufar e, segundos depois, deixou evidente nove HDs e, junto, mais de três celulares ㅡ Você vai me deixar ter acesso.

Ainda zombando da situação - coisa que me fez ficar ainda mais irritado do que estava -, Emma soltou um riso fraco, um tanto provocativo, e logo depois soltou alguns resmungos em, também - como se fosse novidade -, sua língua.

ㅡ O que ela está falando? ㅡ me sentia desesperado em não poder rebater. Parecia que ela havia me feito ficar inferior só por estar falando em outro idioma.

ㅡ É alemão ㅡ deu de ombros, dizendo como se fosse a coisa mais óbvia em todo o contexto ㅡ Não tem como eu saber.

ㅡ Estamos na América, fale em inglês! ㅡ exigi, mas ela fingiu não entender, desviando o olhar.

Por muito pouco não me vi cara a cara com ela - lhe explicando quão fácil seria ela falar algo concreto com uma arma na cabeça -, no entanto, antes que eu o fizesse, pude notar o seu olhar fixo a algo que, obviamente, não estava ligado a situação. E, ao olhar para o local, percebi que ela encarava Hailey, que estava sentada ao meu lado. A loira parecia um pouco distraída enquanto cutucava os seus próprios dedos com as unhas.

Antes que ela tornasse de novo a dizer algo que me fizesse ter vontade - outra vez - de acabar com tudo aquilo logo - mesmo que precisássemos dela viva -, a porta foi rapidamente aberta, fazendo a música alta entrar e sair em questão de segundos, levando-a também para aquela direção. Não tirei em nenhum instante os meus olhos dela, prestei atenção em cada detalhe de seu semblante de surpresa e confusão.

Bem, havia acabado de acontecer algo de errado, aparentemente.

ㅡ O que você faz aqui? ㅡ então, pela primeira vez - e de forma involuntária - aquela mulher disse algo coerente ㅡ O que você faz aqui?! ㅡ ao mesmo tempo que parecia preocupada, tentava não transparecer isso ㅡ De uma vez, o que houve?

Já sabia basicamente o que estava acontecendo. Como haviam me contado há algumas semanas atrás, Lil Za foi até Nova Zelândia, onde, pra ele ter o que precisava, teve que se aproximar de alguém. Eu só não sabia que esse alguém era uma mulher e, principalmente, que não era uma mulher qualquer.

ㅡ O que faz aqui? ㅡ Ela continuava a insistir assim como Za continuava a ignorar. Eu sei que ele estava um pouco constrangido, senão teria a mandado calar a boca ㅡ Me explica o que você está fazendo aqui? Lewis...

Provavelmente ele também teve que se identificar com outro nome, como outra pessoa, e seria burro se não o fizesse, já que ela poderia muito bem buscar os seus documentos e ver de quem Lil Za - embora esse fosse apenas o seu apelido - realmente se tratava.

Quando Za chegou a alguns dias atrás, pensei que eles tinham desistido, pois o mesmo havia aparecido sozinho, mas não. Só de ver o clima, é perceptível que eles se conectaram de alguma forma - e não foi na cama. Ele deve ter mandado alguém trazer ela pra cá por não ter coragem de fazer isso com as suas próprias mãos - uma novidade: Lil Za com coração mole.

ㅡ "Lewis"? ㅡ virei-me para quem tanto chamava a atenção na sala, reproduzindo aquele nome.

ㅡ Eu sei... ㅡ murmurou enquanto ainda fitava o batente da porta - parecia cansado, ultrapassando até mesmo os seus antigos limites ㅡ Não tenho culpa, o Calvin que... você sabe ㅡ apontou para o mesmo de maneira distraída, sem nem o olhar.

Eu não tinha muito a falar sobre aquilo, era apenas um gatilho para ver o que ela ainda diria, mas se manteve calada, quieta.

ㅡ Bom, você acabou de assumir o nosso idioma ㅡ Harris tornou a dizer um pouco impaciente - o que não era de seu feitio ㅡ Trate agora de me passar suas senhas ㅡ ele, outra vez, apontou para a mala depois de deixar de olhar para Lil Za com semblante de desinteresse.

ㅡ Você acha que eu sou burra? ㅡ arqueou as sobrancelhas após franzir o cenho ㅡ Nem mesmo morta ㅡ soltou em um riso fraco, e logo pude perceber que todo o seu escárnio havia retornado ㅡ Típico de homens acharem que eu sou fácil ㅡ de novo notei o seu olhar sobre Hailey, mas agora a mesma a encarava também - só que de forma curiosa ㅡ Não é o, obviamente, mais inteligente dessa sala? O faça sozinho.

Realmente estava com preguiça de fazer qualquer coisa com aquela mulher. Lidar com ela parecia cansativo, assim como aparentava que, até mesmo na morte, ela se recusaria a aprender o seu devido lugar. E eu não queria mesmo perder o meu tempo com pessoas que eu sei que, logo logo, nem estarão mais por aqui, de qualquer jeito.

ㅡ Nunca achei que seria fácil ㅡ Calvin soltou em formato de aviso, antes mesmo de tornar a teclar. Aquilo chamou a minha atenção para o computador outra vez, com um tanto de interesse ao que seria sua salvação para a mulher que tanto contestava.

Por alguns segundos me vi ali, encarando uma foto de um desconhecido - era um garoto. Fitei os quatro cantos daquela imagem, tentando compreender todas as pequenas pistas - ou algumas delas - de, ao menos, os próximos passos de Calvin, mas, bem mais simples do que parecia, já havia entendido tudo aquilo muito bem. Era uma das coisas que mais fazíamos, para não ter que enfrentar os objeitos de tortura - que, tenho que admitir, não é algo goste muito de fazer.

ㅡ Christian Colling Hayes ㅡ após virar a tela do computador para a mulher, percebi rapidamente renascer uma feição de espanto e, principalmente, preocupação em sua face ㅡ, se lembra dele? ㅡ Harris dizia em um quase tom de tédio ㅡ Não é o seu sobrinho? ㅡ fez um pergunta retórica lotada de sarcasmo.

ㅡ Como? ㅡ ela sussurrou como se o questionava a si mesma, sem deixar de olhar em sua volta e, então, parar o olhar em Lil Za ㅡ Vocês não podem tocar nele ㅡ dava pra perceber o quão estava perdida e o quanto que, se não tomasse cuidado, aquilo viraria um profundo desespero ㅡ Não podem fazer isso.

Realmente parecia gostar da criança.

Um ponto para Calvin. Enfim.

Calvin me olhou, dessa vez deixando claro que, daquele momento em diante, eu já tinha a minha deixa.

E, apesar de ninguém aqui gostar dessa parte, apenas eu e Lil Za - obviamente ele achava momentos como esse mais interessantes que eu, portanto geralmente sobrava pra ele - fazíamos algo sobre - na maioria das vezes. Só que, para o meu desânimo, ele estava comprometido demais com a mulher para sequer querer tocar, ao menos, um dedo nela.

Agora a responsabilidade tinha sido jogada para mim, como se esse não fosse totalmente o trabalho dele.

Apesar de tudo também, éramos uma família e, sendo assim, tínhamos que compreender esses pequenos detalhes um no outro.

Como fizeram para mim tantas outras vezes, faço por eles agora. É como uma troca de favores com irmãos, só que desse jeito - que é completamente estranho.

Mais tortura.

ㅡ Você precisa sair daqui agora, babe ㅡ disse o mais baixo que consegui, mantendo minhas palavras apenas para Hailey assim que olhei minimamente para ela. A mesma retribuiu o olhar, agora mais em cheio e intrigada, mas, mesmo assim, sem nada questionar, se levantou, demonstrando um pouco da sua confusão.

É de certo que ela não gostaria nem um pouco do que vai acontecer por aqui. Hailey não pode ficar para ver isso, nem mesmo se fosse o tipo de coisa que se interessasse. Se visse, talvez conseguisse me odiar - mais do que já suspeitava ter sentido - e, de uma vez, traumatizar-se.

Não, isso não.

ㅡ Tudo bem.

ㅡ Za ㅡ balancei minha cabeça em sua direção, esperando que ele deixasse de prestar atenção em seus pensamentos para finalmente me olhar. E, assim, arqueou as sobrancelhas, como um sinal de que tudo já havia compreendido.

O homem pareceu irritado quando ficou de pé. Foram pouquíssimos segundos até ele se encostar no batente da porta, a espera de Hailey.

Eu não conseguia suportar a ideia de ela ficar perto de outra pessoa - outro homem -, especialmente quando não estou. Mas vê-la perto de Lil Za era a melhor escolha, já que, em circunstância alguma, desejava vê-la próxima de qualquer outro homens desconhecido. Ele era a minha única opção no momento.

Ou era Lil Za, ou era Hailey sozinha e desprotegida. Infelizmente não tenho tempo de levá-la pra casa agora.

Aliás, ele não faria nada a ela, nem se aproximaria demais, apenas estaria ali para que nada de ruim a acontecesse. Somente.

ㅡ Não saia de perto dele.


Hailey Baldwin P.O.V.


Não tinha a mínima noção de onde aquela mulher tinha ido parar. Eu me mantinha um pouco preocupada com isso - é claro -, já que sabia muito bem do que o Justin seria capaz - e não só ele -, infelizmente. Ela parecia ser simpática, apesar de algumas de suas palavras. Bem, prefiro imaginar que fora apenas a circunstância que a fez agir daquele modo.

Ainda assim, disso sempre tentava fugir. Como também tratava de me livrar dos pensamentos sobre aquele senhor que, durante as últimas semanas, não saía de maneira alguma da minha cabeça. Insistia em continuar perambulando em minha mente sem descanso.

Havia, sim, algo de muito intrigante nele.

Enfim voltei a trabalhar depois da pequena pausa para as férias de inverno, assim, pude retornar para as aulas normalmente. Por alguma razão, estava me sentindo muito mais disposta e bem mais segura em poder finalmente voltar ao trabalho - também é mais uma coisa que me faz não pensar nos problemas que, frequentemente, eu estava focada. Fixar-me em outra coisa me dava muito mais espaço para manter-me em outros pontos.

Já havia se passado as primeiras aulas, era o intervalo, o momento que eu poderia respirar outra coisa a não ser matemática - ou decidir se faria mesmo isso.

Já que me encontrava no meio dos alunos, tentava respirar fundo, pois se tratava de uma multidão. Não era uma multidão ruim - eu sabia lidar com ela -, só era um pouco sufocante - por, exclusivamente, ser muita gente.

Assim que eu me esbarrava sem querer em algumas pessoas, lhes pedia desculpa e logo depois saía, mas eu me peguei em pura confusão quando, na terceira vez, a pessoa com quem encostei o ombro não se moveu em nenhum segundo e muito menos deixou com que eu me movesse - principalmente.

ㅡ Eu sinto muito mesmo, mas tenho que ir ㅡ adicionei logo quando notei que me encontrava ainda mais perdida e que, aquela mesma sensação, havia se fortalecido em meu corpo, após o homem, com ainda mais força, segurar os meus braços - logo perto dos meus ombros. Eu não queria acreditar que se tratava daquele ser - pois, para mim, aquele toque era nitidamente seu -, no entanto, também me recusava a levantar a cabeça para olhar em seu rosto - já que se tratava de uma pessoa mais alta que eu - e comprovar completamente ㅡ Eu preciso mesmo... ㅡ tentava dizer novamente, embora a minha voz estivesse sutilmente trêmula e que, sem pressão, já fosse interrompida por palavras suas, as quais eu tanto pedia para nunca sair de sua boca depois daquele dia - especialmente sendo direcionadas a mim.

ㅡ Você pode ir assim que terminarmos de conversar ㅡ sua mão disparadamente foi parar em meu queixo no mesmo momento em que me pus a dar um passo para trás, na intenção de não ficar tão próxima de si ㅡ Por que você tem tanto medo de mim, princesa? Às vezes até parece interessante, mas nós nem ao menos...

Era como se ele não tivesse feito nada. Como se eu fosse apenas um enigma, e tivesse repulsa até mesmo de sua alma por nada, por simplesmente querer. E, claro, especialmente, como se tudo e todas as marcas que ele fez em mim e em meu corpo tivessem desaparecido.

Por quê? Por que será que tenho medo dele? Por que será que prefiro ficar longe de seu toque e de seu olhar? Por nada, então.

Sei que havia um mínimo carinho e uma preocupação com ele - por tudo que vivemos -, mas esquecia completamente dessa parte quando lembrava como era sentir falta de ar.

ㅡ Eu preciso ir ㅡ tentei puxar o meu próprio corpo dos seus braços assim que os seus dedos subiram a minha bochecha, causando-me - de novo - nojo ㅡ Eu preciso ir agora ㅡ coloquei a minha mão em cima da sua, para, assim, tentar tirá-la dali no mais rápido processo possível, no entanto, antes que o fizesse, Alex se livrou dela em um pequeno empurrão - que, porém, fora forte - e tratou de apertar firmemente o meu queixo entre os seus dedos - a sua real intenção com aquilo era nítido: ele queria me machucar e, ao mesmo tempo, dizer que não estava o fazendo e, que, "notoriamente", só queria que eu ficasse quieta -, levando uma forte vontade de chorar surgir de súbito - não só pela dor que me fazia sentir, mas também porque eu tinha ciência que ele não desistiria ㅡ Eu preciso ir, por favor ㅡ murmurei, sendo pega no instante em que um bolo se formou em minha garganta, dificultando boa parte da minha frase ㅡ Me deixe ir.

Aliás não esperava reencontrá-lo tão cedo - como dessa e da última vez. Esperava jamais ver o seu rosto de novo ou ter que sentir o seu perfume - o que significava que estaria mais perto do que desejava - que, tinha que admitir, havia se tornado, repentinamente, enjoativo - com certeza era a circunstância e o quanto era forçada a tê-la.

Bem - incluindo -, sentir-se menor que a sua própria coragem - que estava em falta - não é algo que se queira recorrer em algum momento.

Aquele seu olhar, mesmo que não fosse tão penetrante quanto antes, causou em mim um temor que jamais qualquer outra pessoa fez-me sentir - como sempre desde a vez que partiu o meu coração. Não sei bem se era a forma que ele o fixava em meus olhos ou em minha boca, ou se era por eu simplesmente não conseguir deixar de fitar as suas íris - que, mesmo sendo da cor castanha, na minha visão elas se tornaram um vermelho assustador.

ㅡ Você vai vir comigo e nós vamos conversar ㅡ ao me abraçar de lado sem nenhum esforço - pois ainda me mantinha quase paralisada -, ele fez com que eu encostasse a minha cabeça em seu ombro, como se fôssemos um casal qualquer - como se ele fosse o namorado que foi visitar a namorada no trabalho, quando, na verdade, Alex era somente o meu agressor (e era apenas isso que o fazia ter uma "relação" comigo).

ㅡ O Justin está me esperando, eu não posso ㅡ tentei manter minha voz firme, assim como fazia com as minhas pernas.

Se eu tivesse que enganá-lo da forma mais estúpida que existisse, o faria. Eu só queria correr dali. Já não aguentava ouvir a voz de Alex ou sentir os seus dedos me apertarem. Definitivamente, prefiro fugir disso tudo outra vez.

Não achei que até mesmo no trabalho eu teria que me envolver com todo esse desespero. Achei que aqui fosse considerado, ao menos, um lugar seguro.

ㅡ Você não costumava mentir ㅡ ele murmurou, ultrapassando qualquer limite de senso em algo que seria falso. Estava convicto ㅡ Vou ter que confessar que está fazendo isso muito bem ㅡ disse como se estivesse orgulhoso do próprio comentário e da ação que o envolvia - como se aquilo pudesse ser tratado mesmo como apenas um elogio ㅡ Foi ele que fez isso com você? ㅡ continuava, ainda, praticamente, me arrastando pelo corredor - de modo discreto, para que ninguém notasse -, quase como se eu fosse um cachorro enforcado por seu próprio dono em sua coleira, só que, no meu caso, o que me tirava o ar, me deixava super desconfortável e com o pensamento preso em minha mente sobre correr o mais rápido possível do aperto era ele. Alex é a minha trava ㅡ Não há problema algum. Podemos mudar isso, não é, princesa? ㅡ cochichou no pé do meu ouvido, para, no instante seguinte, depositar um beijo logo ali e, depois, no topo da minha cabeça.

Sua voz me causava enjoo, principalmente quando o seu tom era carinhoso.

Não éramos mais namorados - e eu nunca pensei que me orgulharia em reconhecer algo do estilo. Me aliviava. Simplesmente tirava todos os pesos dos meus ombros em imaginar a possibilidade - ainda que aparentemente limitada - de vê-lo todos os dias.

Não precisava escutá-lo me chamar de "princesa", apesar de que, a seis anos atrás, eu adorasse isso.

ㅡ Me solta ㅡ pedi em um pequeno sussurro, na esperança de que o influenciasse para somente falar um pouco mais baixo ou que ficasse quieto - afinal, ainda estávamos em uma escola, e eu não queria envolver ninguém nisso (especialmente alunos) ㅡ Por favor, eu não quero falar com você, não quero que você me toque, não quero te ouvir, não quero que se dirija a mim e desejo profundamente que me faça jamais vê-lo outra vez. Portanto, usando o senso como antes ㅡ pus-me a exigir, ainda, de alguma forma, usando toda a minha calma, mesmo que, por dentro, estivesse ardendo em nervosismo e medo. Mal havia paciência ㅡ, me solta.

Quando que iria imaginar que uma pessoa que me fez tanto bem me faria tremer em aversão?

ㅡ Nós só temos que achar um lugar mais... mais... privado ㅡ completou, ignorando-me de forma óbvia ㅡ Vamos só encontrar privacidade e aí... nós podemos fazer o que quisermos.

Depois do que me ocorreu, Alex tinha mudado totalmente, não era a pessoa que conheci e muito menos a que me pediu em namoro junto a flores. Sendo assim, depois de uma longa experiência a sua volta e da representação contrária que tenho a minha frente, era difícil - ou nem um pouco - listar o que ele podia tentar fazer comigo se ficássemos a sós.

Eu não queria imaginar o que ele poderia fazer se ficássemos a sós.

Talvez eu somente estivesse exagerando, mas estava o fazendo com motivo e por experiência. Quando o subestimei, o final da conversa não acabou em apenas lágrimas.

ㅡ Por tudo que um dia tivemos, não faça isso.

ㅡ Já "tivemos"? ㅡ ele, de fato, aparentava estar confuso e espantado com apenas uma frase ㅡ Nós temos ㅡ afirmou agora, sim, usando toda a sua convicção - como costumava muito fazer, só que de uma forma que eu não conseguia notar ㅡ Não me lembro de você terminar comigo antes de fugir de mim ㅡ franziu o cenho, demonstrando toda a parte em que havia a sua seriedade ㅡ Um namoradinho idiota não vai anular o que temos no papel ㅡ soltou rapidamente e nem parecia notar ter o feito, fazendo-me, junto, ficar pensativa. O que ele queria dizer com isso? ㅡ O Bieber não é bom pra você, eu sou... Eu fui feito pra você, assim como você pra mim ㅡ deu de ombros após soltar uma risada fraca, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia que falou em toda a sua vida ㅡ Não há o que contestar. Não tem por que rebater ㅡ minha respiração congelou quando Alex me obrigou a entrar dentro de uma sala, que, aparentemente, se encontrava vazia - a mesma sala que eu havia acabado de sair minutos atrás ㅡ Todos nós às vezes sem querer pisamos na bola, não é? ㅡ não precisava necessariamente que o respondesse, e eu muito menos queria ㅡ Temos esses momentos com outras pessoas, mas o que importa é que sempre vamos estar juntos e você sempre vai voltar para mim, como agora ㅡ seu sorriso fora tão amistoso que, outra vez, causou-me enjoo ㅡ E ninguém pode querer mudar isso. Afinal, não há como mudar isso, nem mesmo um casinho de segundo plano.

Qualquer coisa que ele chegava a falar me causava um rápido flash e, instantaneamente, procurava por minha mente todos esses "fatos" que ele insistia em jogar na minha cara.

Desde que começamos a namorar, nunca terminamos - ao menos antes da última vez - e nunca voltamos. Portanto, não há como ele ter algum tipo de demonstração sobre esse ponto. Não há comparação séria - em parte alguma, não só nessa.

Não há sentido.

Alex só pode ter ficado louco por esse tempo que eu não estava o "vigiando".

ㅡ Meu Deus, não! ㅡ tentei novamente puxar o meu corpo do seu, mas, antes que o fizesse, ele tratou de nos colar ainda mais.

ㅡ Não há problema em traição, entenda ㅡ ao soltar um suspiro curto, Alex pôs-se a encostar as nossas testas ㅡ Eu não vejo problema, você vê? ㅡ apenas me mantive quieta, sentindo o temor corroer as minhas veias. Não há muita coisa a fazer ㅡ Só acho que seria ruim você achar... ㅡ seu tom era de ameaça, embora não existisse nada de mais na sua última frase ㅡ achar ㅡ teve que reforçar ㅡ que ama alguém que... não é eu ㅡ desviou o olhar após colocar-se a revirar os olhos ㅡ Bem, mas você não o ama, não é mesmo? Não é algo que eu tenha que me preocupar ㅡ por me ver calada, Alex respondeu por si só: ㅡ É, sim ㅡ balançou a cabeça em afirmação duas rápidas vezes ㅡ Você me ㅡ destacou a última palavra ao apontar para o seu peito, para, assim, prosseguir: ㅡ ama.

O triste era que ele realmente dizia tudo como se fosse real. Como se eu ainda fosse a sua namorada e que, do nada, tenha passado a amá-lo - visto que eu nunca havia o dito isso. Alex estava realmente criando coisas e afirmações em sua cabeça, e aquilo começava a me assustar mais do que a sua própria presença em si.

Afinal, também, não estava aqui para isso. Só queria correr, correr e correr, até que ele não pudesse me alcançar, me ver ou me escutar - ou até que eu não pudesse mais ter que lidar com ele. Não me importa mais se estou em horário de trabalho, só quero ficar o mais longe possível da loucura do meu ex-namorado que, temo eu, com o passar do tempo em que me olhava, mais ele saía de si.

ㅡ Por favor, me deixe ir ㅡ apenas murmurei, demonstrando o meu desespero.

ㅡ Você sabe do que eu estou falando ㅡ seu cenho se franziu, como se o que mais desejasse com aquilo fosse pena. Pura pena ㅡ Sabe que o Bieber não ama ninguém... Você já viu como ele trata os irmãos dele? E você.. Já percebeu como ele trata você? Não é nada bem ㅡ comprimiu os olhos para dar ênfase no quão pensativo estava ㅡ Ele não te ama, eu te amo.

Bem, olhando os dois lados. Justin nunca levantou a mão para mim, nunca encostou um dedo em mim. Ele me ama do jeito dele, me faz entrar em um estado diferente de preocupação e desespero, mas nunca me fizera sentir mais do que uma simples mágoa.

Alex me bateu. Simplesmente fingiu que nada aconteceu e me fez ter medo dele. Ele me traiu e depois me agrediu.

Eu vi. Eu senti. E eu me lembro. Tenho na minha pele.

Mágoa não se compara a dor ou a tamanha decepção que senti sobre Alex. Isso eu tenho certeza - afinal, era para ele ter sido a minha pessoa pelo resto da vida (ao menos era o que eu imaginava na minha adolescência).

Talvez eu estivesse mesmo os comparando agora, mas porque fui ridiculamente forçada a isso.

Bem, em uma ironia que nunca me vi colocada antes: Será que Alex me ama mesmo?

ㅡ Alex, me solte já ㅡ me repreendi mentalmente por falar o seu nome. Além da sensação ruim de estar em sua presença, tinha que lidar com a culpa de decepcionar Justin. E, completando, era como se tudo tivesse voltado a antes e eu o tivesse perdoado - não e não ㅡ Você não sabe do que está falando ㅡ afirmei, tentando ser forte em minhas palavras, apesar de querer somente sentar e chorar ㅡ Justin me ama ㅡ dizia, ainda com firmeza. O sentimento de culpa se apertou em meu peito ainda mais ao ter o pensamento de nunca ter dito o mesmo para o meu namorado ficar mais fixo em minha mente. Também, era nítido que eu queria - não sei se infelizmente (não parece algo completamente bom) - basicamente esfregar em sua cara que havia alguém que me amava de verdade e que, junto a isso, era bem melhor que ele - ao mesmo no quesito estar junto a mim. De qualquer maneira, acabei me sentindo usada por mim mesma ㅡ E, se você me amasse mesmo, não teria feito o que fez comigo ㅡ um peso enorme saiu das minhas costas quando eu simplesmente cuspi as palavras - as mesmas que estavam presas em mim há anos -, porém um peso maior ainda entrou em seu lugar, o peso do arrependimento de fazer alguém se sentir culpado - por pior que essa pessoa seja. Não queria magoar ninguém, muito menos - praticamente - usando Justin.

Um resmungo rápido e distante fez com que os olhos perdidos de Alex deixassem de fitar os meus, para, assim, olhar para trás, onde, quando também o fiz, pude observar Nicholas de cenho franzido e, em destaque, um pouco assustado.

ㅡ Faz quanto tempo que você está aí? ㅡ o homem em minha frente sorria como se tivesse acabado de ver algo incrível.

ㅡ Alguns minutos ㅡ sua voz naturalmente baixa respondeu enquanto também murchava. Eu nunca havia o visto falar mais alto que aquilo, ele era realmente tímido e parecia não gostar de confusões ㅡ Mas eu já estou saindo ㅡ ele rapidamente puxou o capuz de seu casaco com firmeza, para que o mesmo cobrisse todo o seu cabelo e, segundos depois, pegou os seus livros em cima da mesa - na qual ele costumava sentar -, um pouco atrapalhado.

E, de repente, vi a minha saída. Mesmo que eu precisasse mentir.

ㅡ Eu vou acompanhar o Nicholas, ele estará na minha próxima aula ㅡ quando tornei a olhar para os olhos do meu aluno, percebi o desespero nos mesmos - mas não tanto quanto o meu. Eu precisava, infelizmente ㅡ Não posso me atrasar.

Aquilo poderia ser bem óbvio: Eu já estava na minha sala e, por aqui, professores não locomovem-se com frequência nos corredores. Essa tarefa fica mais para os alunos, e eu temia Alex notar aquele detalhe.

ㅡ Realmente ㅡ fora uma risada fraca que me fez ver que, sim, ele havia percebido ㅡ Você consegue mentir muito bem, mas, desta vez, a aconselho a melhorar ㅡ afirmou ao voltar-se a para o meu rosto ㅡ E não, você não irá a lugar algum ㅡ negou em um suave aceno de cabeça ㅡ Sai daqui, garoto ㅡ de costas para Nicholas, rápido e grosso - levando-me a tomar um breve susto -, Alex gesticulou para o mesmo ㅡ Vá encontrar a sua namorada e me deixe em paz com a minha ㅡ Nicholas nem ao menos assentiu, apenas engoliu em seco e saiu da sala o mais rápido que pôde.

Ao menos, não por minha ajuda - infelizmente, e não me sentia bem por isso -, ele tinha se livrado disso. Mais rápido e melhor que eu.

ㅡ Alex, por favor, você tem entender que eu não quero conversar com você ㅡ assim que terminei as minhas palavras - que saíram de forma meio sôfrega -, ele continuou negando freneticamente - apesar de lento - com a cabeça e seguidamente fez uma pausa súbita - parecia estar pensando - de, no mínimo, um minuto, que também fora vindo junto a uma pergunta, enquanto fazia com que eu me encostasse na parede:

ㅡ Aquele não é o namorado da Jazmyn? A irmã do Bieber? ㅡ de fato ele parecia interessado naquilo. E o pior, sabia daquilo.

Bem, algumas das pessoas que me estavam próximas pareciam saber e entender muito bem sobre todos que me estavam envolvidos, enquanto eu, confusa, ficava completamente de lado.

Só queria compreender. Mas não aqui. Não queria fazer isso com Alex, não queria nem olhar pra ele.

Era assustador, de qualquer forma - no geral também.

ㅡ Eu não sei ㅡ e, mais uma vez, me encontrava a mentir ㅡ Por que você quer saber?

ㅡ Não é nada ㅡ ao franzir o cenho, soltou um pequeno sorriso ㅡ Eu só... Definitivamente ele vai acabar contando para o Bieber o que viu, o que vai facilitar o nosso relacionamento ㅡ seus dedos deslizaram novamente pela a minha bochecha, fazendo-me virar o rosto diretamente para ele ㅡ Ele com certeza irá ficar louco... e vai ver muito bem que é comigo que você quer ficar ㅡ sua conclusão me fez ficar aérea. E se o Justin pensasse que eu estivesse o traindo? E se ele entendesse tudo errado? Eu não queria estar aqui, eu não pedi para ter uma conversa com o Alex ou ter a companhia dele. É claro que eu vou contar sobre isso com a minha própria boca, mas e se alguém o fizer antes e ele pensar em outra coisa? ㅡ Sabe, Bieber tem que aprender que ele não sabe lidar com você, ele não sabe lidar com o seu jeito de falar, o seu jeito de agir, com o seu modo de amar. Justin não sabe lidar com os seus pensamentos, princesa... Eu sei e, como demonstração, sei também muito bem no que você está pensando ㅡ parecia uma criança falando sobre o que havia acabado de aprender ㅡ Talvez, em sua cabecinha, esteja passando algo como... "Talvez ele ache que eu tenha outro" ou... bem, ou talvez você só esteja concordando comigo, estou certo? ㅡ e, então, os seus dedos começaram a se esticar e, num estalo, já estavam descendo pelo meu corpo - mais e mais -, até sua mão encontrar a minha cintura ㅡ Ele não sabe lidar com o seu corpo ㅡ e, logo, senti os seus mesmos dedos apertarem as minhas nadegas, levando-me a um outro próximo susto ㅡ Ele não sabe lidar com você como eu lido ㅡ quanto mais Alex se aproximava, mais ficava apavorada - não há uma hipótese diferente da qual não estou.

Quando os seus lábios foram em direção aos meus, na tentava de um beijo - que eu não quis nem imaginar como queria que fosse -, apenas tratei de desviar. A bile que já subia em minha garganta pedia, pelo menos, um minuto a sós comigo mesma para que eu não vomitasse ali mesmo. Mas Alex apenas tomou aquilo como um "Não é o lugar certo" e tornou a tentar me beijar, desta vez com sucesso, mas em meu pescoço.

Não tinha como eu sentir e ver esse homem tão perto de mim - ainda mais quanto estava, como se fosse algo romântico - e não querer simplesmente desaparecer.

Seu lábios delizavam em minha pele com vontade e a cada segundo que passava eu me perguntava por que eu ainda não havia vomitado.

Respirei fundo mais uma vez até ter uma quantidade válida de força perante Alex. Usava a pouco firmeza dos meus músculos para empurrá-lo para longe de mim. Ele, já distante o bastante - se formos contar com momentos atrás, eu diria dois passos -, entortou a cabeça para o lado e logo me lançou uma pergunta que parecia o corroer há bastante tempo:

ㅡ Por que eu sinto que algo em você a diz que vou a desmanchar em um só toque? Não te fiz nada de mais, princesa ㅡ dizia como se tudo aquilo fosse óbvio demais ㅡ Não sou o Bieber.

Aquilo me causou um raiva que - notei - estava enraizada em meu peito fazia mais de meia década. Simplesmente queria gritar, queria surtar e queria fazê-lo se sentir tão pequeno quanto eu me senti no momento em que estava jogada no chão da sua cozinha observando o meu próprio sangue passar de frente aos olhos.

Mas não conseguia.

Eu não era assim e, de novo, não queria magoá-lo. Não queria que ninguém se sentisse como eu me senti - nem mesmo a pessoa que provocou.

ㅡ Pare de citar Justin como se ele fosse o culpado de todas as coisas ruins que você fez comigo e me deixe ir embora! ㅡ soltei, limitando-me a só. Era o que eu podia e o que eu conseguia.

Alex, boquiaberto, colocou-se a fitar-me por um longo instante. Longo instante esse que achei que, quando acabasse, me renderia um "Já pode ir" simplesmente fácil ou que, caso não, o silêncio o distrairia tanto que eu poderia ir sem nem ouvir nada em troca. Só ir antes que ele notasse, corresse atrás de mim e fizesse uma enorme cena em frente a escola inteira - ele não era disso, de qualquer forma. Mas a minha imaginação me levava a pensar e, junto, também me vinha que Alex já não esteva igual. Já não o conhecia.

Só queria paz. Só queria Justin. Só queria chorar.

E, então, assustando-me, ele acendeu a própria voz, em um tom extremamente sarcástico, o qual tirou parte da minha energia para a fuga:

ㅡ Quer saber? ㅡ não deixou de rir fraco ㅡ Eu vou te contar um segredinho... ㅡ fez um gesto com a mão, levando o seu dedo indicador e o polegar ㅡ Quem sabe assim você pare de idolatrar tanto quem não te serve de nada, quem não te ama ㅡ ele se manteve parado ali, talvez pensando em como poderia começar ou se eu iria interrompê-lo de alguma forma, seu eu iria adicionar algo. Mas não, não disse nada ㅡ Lembra-se quando o Shawn foi internado?

ㅡ O quê? ㅡ ele não podia estar falando mesmo sério. Ele não podia querer falar sobre isso agora.

ㅡ A cerca de dois meses atrás ele foi brutalmente agredido... Se não me engano ㅡ adicionou, mas como se não tivesse tanta importância. Só permaneci quieta, já estava me perguntando como ele sabia daquilo ㅡ Bom, eu sei muito bem de coisas que você nem faz ideia e que, só acho, é de seu interesse. Como por exemplo, quem fez aquilo com ele...

Alex estava realmente intrigado com aquele ponto e queria fazer com que eu entrasse no mesmo estado. O mais engraçado de tudo é que eu realmente estava, mas já faz bem mais tempo do que ele tentava imaginar.

ㅡ Sabe? ㅡ e se ele soubesse mesmo? Era uma possibilidade depois do que falava, e aquilo com certeza poderia ajudar ㅡ Quem?

ㅡ Ah, então despertei o seu interesse? ㅡ ele tornou a desviar o olhar, extremamente pensativo.

ㅡ Quem? Por favor, quem?

Em segundo algum deixei de arregalar os olhos em puro estado de medo na mistura com o nervosismo. Só estava com uma duvida em mente e eu queria que ele a tirasse de mim - ele podia ter o poder para isso. Só estava ansiosa e queria fazer algo por meu amigo.

Ainda queria distância, ainda tremia, ainda temia. Mas Shawn tinha importância.

ㅡ O Paul odiaria que eu fizesse isso, mas vamos lá... ㅡ ao ouvi-lo terminar sua frase, me encontrei ainda mais perdida. Quem seria Paul? ㅡ Na mesma noite que você estava naquela festa com o seu namoradinho ㅡ Alex realmente não parecia muito afetado em falar sobre Justin daquela forma ㅡ Shawn foi... espancado e, meu Deus, ele estava horrível.

ㅡ Você o viu?

Era outra coisa que me perdia. Tentava afirmar a mim mesma para não ficar surpresa por nada que saíra dali, mas estava eu, de novo, perplexa só por um pequeno detalhe. E eu meio que já havia me convencido de que saberem sobre a vida dos meus próximos estivesse se tornando normal...

Quanta contradição.

ㅡ Eu tenho algumas fotos... Foi o Paul que as arrumou ㅡ ele se virou para mim com uma alegria estampada no rosto, o que me fez tentar inspeciná-lo melhor ㅡ Se você quiser... eu te mando algumas ㅡ então deu um passo a frente logo quando me viu negar ㅡ Você viu as coisinhas que eu mandei para o seu namorado?

ㅡ Que coisas?

ㅡ Teve aquela foto e...

ㅡ Que foto? ㅡ nem deixei que ele encerrasse sua resposta, apenas questionei. Só passava pela minha cabeça aquela que eu achei em uma caixa no closet, Justin não quis me contar como ele achou ela.

Antes era só uma caixa com uma foto, mas tornou-se algo mais importante agora. Por que Alex fez isso? E, especialmente, por que Justin não contara?

ㅡ Uma nossa...

Só podia ser aquela. Tinha como ser outra? Alex mandou uma foto antiga nossa para o meu namorado? Quantas vezes isso podia acontecer? Era o que mais podia fazer sentido agora, apesar de absurdo.

ㅡ Por quê?

ㅡ Bem, ele tinha que saber sobre a gente ㅡ deu de ombros. Não parecia significar muito coisa pra ele.

ㅡ Mas...

ㅡ Acho que você não quer mais que eu lhe conte sobre o Shawn, não é? ㅡ Alex aparentava estar impaciente, ainda mais quando me interrompeu.

Desejava muito saber sobre, mas a minha real dúvida era uma de mais importância. Se fosse mentira, pelo menos me ajudaria a pensar em como começar a denúncia.

ㅡ Ah, claro ㅡ nunca fez parte de mim agir como uma mentirosa. Não queria ter que agir como se eu estar na presença de Alex fosse algo normal, mas era preciso - infelizmente ㅡ Apenas termine, por favor.

Num sorriso simples e breve, Alex encheu o seu ser de alegria. Ele estava mesmo animado para me contar tudo aquilo, e não parecia ser por um motivo bom.

ㅡ Aposto que você vai adorar quando eu terminar ㅡ dizia como se suas próximas palavras fossem ser plenamente hilárias ㅡ O Justin... Sim, ele mesmo ㅡ adicionou antes que eu abrisse minha boca para perguntar se ele tinha certeza - e eu com certeza o faria ㅡ Fez alguém contratar... Foram três? Dois? ㅡ questionava a si mesmo, por não lembrar-se bem ㅡ Não importa ㅡ negou por pouquíssimos segundos com a cabeça, em um aceno de descarte ㅡ Ele fez alguém contratar uns caras para agredir o... Shawn. O seu Shawn.

ㅡ O quê? Isso não tem sentido algum! ㅡ exclamei assim que notei o quão absurdo aquilo era.

Não tem como. Justin nunca faria isso com o meu melhor amigo, ele sabe que eu me importo. Ele sabe que Shawn é alguém para mim.

ㅡ E o melhor ㅡ levantou o indicador para demostrar que, no segundo seguinte, acrescentaria algo ㅡ, quem os contratou foi o seu amado Carl ㅡ enfim soltou a risada que estava presa em sua garganta.

Era realmente engraçado para ele.

E era pior do que uma forte gargalhada.

Eu não deveria acreditar e muito menos queria, mas eu sabia que Alex não mentia, isso era uma coisa dele - como uma promessa ou algo assim. Mas eu também preferia pensar que isso seria como as outras vezes, como antes, quando:

Alex nunca gritava;

Alex nunca machucou ninguém;

Alex nunca tocou em mim dessa forma;

Alex sempre foi uma boa pessoa;

Alex sempre foi paciente.

Alex é uma farsa.

Teria como tudo isso ter sido jurado? Teria como adicionar verdade nessa parte? Não, não tinha.

ㅡ Como você sabe disso? ㅡ não queria que aquela fosse a minha única dúvida, mas infelizmente era.

ㅡ Foi o Paul que me contou, Hailey...

ㅡ Quem? ㅡ franziu o cenho com a minha pergunta ㅡ Quem é Paul?

Alex já tinha o citado mais de uma vez, e em todas eu me questionava a importância desse ser para que ele estivesse inclinado a dizê-lo de propósito mais de uma vez.

E se aquele homem sabia de tantas partes da minha vida, também queria saber de quem ele se tratava.

Embora agora... tudo isso tenha me parecido bem familiar.

A sensação, talvez...

ㅡ Como assim? ㅡ ele continuava confuso ㅡ O que você quer dizer com isso?

ㅡ Eu não sei de quem você está falando ㅡ ao escutar a minha resposta, Alex apresentou-se meio atordoado.

ㅡ Mas ele foi atrás de você, como você não sabe?

Parecia uma questão ótima para ele, mas eu estava perdida demais para me puxar para entender. Não fazia sentido para mim, aliás.

ㅡ Você deve estar enganado ㅡ aquele seu olhar de desespero me trazia ainda mais medo, pois eu sabia que ele poderia fazer qualquer coisa, alguma coisa imprevisível e eu não queria presenciar ela.

Alguém desesperado sempre se agarra a algo inesperado, e eu não quero ser essa coisa.

ㅡ Eu me lembro muito bem, Hailey... Você que está só tentando me enganar ㅡ apontou seu dedo para mim, como uma acusação - agora uma de verdade ㅡ Eu me lembro quando ele me disse que precisava te ver, me lembro de toda a sua animação por dias, me lembro quando ele me prendeu naquele quarto para que eu não o seguisse. Eu me lembro ㅡ desviou o olhar enquanto levava a mão ao rosto, em um gesto duvidoso, mas que se completou com a pequena pausa que fez entre as palavras na sua última frase ㅡ Ele me disse que iria te contar mais sobre ele, ele disse que... Não é possível que ele não falou o próprio nome. Paul não seria bur... ㅡ parou a frase no mesmo segundo, engolindo em seco ao dar-se conta de algo ㅡ Respeito, Alex, respeito ㅡ ao olhar para cima e afastar-se minimamente, começou a murmurar consigo mesmo, como se fosse algo que o autocontrolasse e, num piscar de olhos - em algo realmente inesperado -, voltou-se a mim ㅡ Paul queria tanto que você o conhecesse.

E, então, me surgiu um pensamento intrigante, uma ligeira pergunta... De quem se tratava aquele homem que Alex falava com tanta convicção que eu sabia de sua existência? Eu pensei, pensei e pensei mais um pouco, e lá estava aquele senhor, me chamando de Maxine.

ㅡ Quando foi isso?

Parecia que nada mais importava do que a identidade daquele ser. Ele era importante e eu desejava muito saber o por quê. Isso não significa que eu não estou decepcionada com Justin, eu estou - na verdade, eu estou irada -, mas não quero deixar esses sentimentos se concretizarem até eu saber se aquilo era, de fato, é verdade. Completamente.

ㅡ Faz... faz mais de um mês.

ㅡ A data, por favor.

ㅡ Eu não sei... Acho que foi logo após o Dia de Ação de Graças, alguns dias depois ㅡ gesticulava ao dizer com um pouco mais de precisão. Mas eu ainda precisava de mais. Não era totalmente pouco, mas não o suficiente - ou era, na verdade. Só estava confusa.

ㅡ E foi a última vez que você o viu? ㅡ eu nem sabia como ainda conseguia falar. Por fora eu estava estática e por dentro murchava a cada segundo só com a ideia de esse tal Paul possa ser o mesmo homem que conversou comigo naquele dia.

ㅡ A última ㅡ confirmou, fazendo um choque estranho correr por todo o meu corpo ㅡ Eu pensei que... pensei que ele estivesse com você.

Isso quer dizer que ele realmente conhecia o Alex, e os dois ainda pareciam ter uma boa conexão. Talvez explicasse como sabiam sobre a minha vida, de alguma forma. Mas com certeza explicava como sabiam um do outro.

ㅡ Ah, eu sinto muito ㅡ foi a única coisa que saiu da minha boca. Sabia que ele estava sofrendo, sofria e sofreria muito mais do que eu. Querendo ou não, havia compaixão em mim, estava solidária por Alex e por... Paul, outra vez.

ㅡ Como assim? ㅡ ele se virou rapidamente para mim e assim que o seu olhar se fixou ao meu, percebi a sua morte lenta e, ao mesmo tempo, agitada, tudo por dentro ㅡ Como assim "eu sinto muito", Hailey?! ㅡ quando desviei o olhar, na tentativa de me sentir menos culpada, olhei para as suas mãos, as quais estavam cerradas, mostrando todos os seus músculos trêmulos, o que inevitavelmente fez com que a situação se tornasse contrário e voltasse ao início ㅡ O que você quer dizer com isso?!

ㅡ Eu só sinto muito... ㅡ e, de repente, as lágrimas começaram a descer o meu rosto sem controle algum. Me doía por dentro e por fora. Por que eu me sentia assim em relação àquele homem? Era esquisito se formos contar com o fato de que eu não o conhecia, mas parecia impossível evitar a emoção naquele momento ㅡ Me desculpe ㅡ disse, quase me faltando voz.

Não, não, não. Eu nem sei quem é ele.

Não tinha muita ideia da dor que Alex sentia, mas sabia que podia ser comparada a minha e multiplicada por dez - e era isso que me fazia ter compaixão por ele.

ㅡ Ele o matou? ㅡ certamente ele se referia à Justin.

Estava tudo claro já. Ele tinha compreendido sem que nem o explicasse. Só queria uma confirmação, e eu só desejava um motivo para negá-la.

ㅡ Não era para isso ter acontecido ㅡ neguei com a cabeça, sem estar nem um pouco pronta para lhe encarar ㅡ Por que você não o impediu de ir?

Por que você ㅡ deu ênfase na última palavra ㅡ não o impediu de ficar?

Segundos depois tudo se tornou silêncio e, num a frente, Alex colocou-se subitamente a apertar o meu pescoço, como se a ideia só tivesse o surgido naquele momento e, deixando uma lágrima descer-lhe a face, permitiu com que os seus lábios trêmulos proferissem um "Nunca achei que você fosse fazer mal a alguém, princesa, mas, olhe só, é como um tiro no peito", finalizando com ainda mais firmeza ao fixar-se mais em uma parte só do meu corpo.

Não podia ser hipócrita o suficiente para não afirmar a mim mesma que, sim, aquilo estava me machucando e que, sim, ele estava me sufocando. Eu só não tinha força para dizê-lo. Parecia que ele me mataria ali mesmo - como Justin fez com Paul -, como estava explícito em seu olhar.

Mas, então, tão rápido quanto o fez, soltou-me, levando-me a súbito descanso a parede, onde escorreguei até estar sentada o suficiente para esconder os ombros e o pescoço - para que ele não tornasse a achá-lo atraente de novo - e o rosto - não achava que seria muito bom que alguém daqui me visse chorando -, na mesma faixa em que conseguira ver apenas os seus pés o guiando para fora da sala.


Notas Finais


E, sim, Paul é o mesmo cara estranho que apareceu no escritório do Justin e conversou com a Hailey, e ele também é o mesmo cara que o Justin citou capítulos atrás. Agora só resta saber por que a Hails tem tanta conexão com ele.
Finalmente acharam essa bendita hacker e, principalmente, antes que dúvidas surjam, o Justin, depois de fazer uma pequena tortura psicológica com a Emma, matou ela.

R.I.P. EMMA.

XX cxmalx.


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