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História Possibilidades arriscadas - Intolerável?


Escrita por: Hadara

Capítulo 4 - Intolerável?


Capítulo 95 – História de amor inesperada – Final (2) –

— Eu realmente sinto muito! Muito, muito, muito, muito mesmo! – Exclamou ela, se curvando várias vezes para enfatizar que se sentia culpada. Ele permaneceu calado, ainda surpreso e um tanto rancoroso, já que seu agente passara dos limites. Mas antes que pudesse dizer que ela não tinha culpa alguma, seus olhos mudaram.

— Tsuruga-san... – Ela o encarou, a culpa ainda a corroendo por dentro, sem pensar nas palavras que estava prestes a dizer. — Tem alguma coisa que eu possa fazer por você?

 

Porque, apesar de tudo, Deus continua brincando comigo? Você, com essa expressão tão amável... Você realmente não faz ideia, não é? Sobre o que isso é para mim. Sobre a tortura de viver como se minha existência fosse constantemente negada. E, se não negada, diminuída ao ponto de não ser reconhecida por ninguém.

O que é a mesma coisa que não existir.

— O que está errado? – Não importa o quanto eu me esforce, você simplesmente não me notaria. Não importa se é por causa do ódio, ou do sentimento de fracasso, o fato de ele estar na sua mente o tempo todo mesmo eu estando aqui à sua frente... Isso é intolerável.

Isso é pior que a morte.

— Tsuruga-san? - Quando você me chama com esse tom de voz, com essa preocupação, é como se o mundo voltasse a me reconhecer. E isso me aquece tanto, embora eu saiba que não é por muito tempo. Porque eu sei que seria só sussurrar o nome daquele... e você me esqueceria em dois segundos. E eu voltaria a ser apenas uma sombra. Ou pior.

Invisível.

— Tsuruga-san?

Essa sua preocupação... É verdadeira? Porque se for...

— Sim... Tem uma coisa que eu gostaria que você fizesse por mim... – Mesmo que você me odeie depois disso, mesmo que me encare com desgosto, pelo menos assim eu teria um lugar em seu coração por algum tempo... que minhas esperanças se acabem aqui, de uma vez, e que eu não tenha de agonizar até a verdadeira morte.

A morte de ser completamente ignorado por você.

— Sim? – Você ainda sorri... não percebeu a malícia das minhas palavras? Eu, que estou fazendo de tudo para que você as note, e mesmo assim, você mantém essa expressão.

Você realmente não imagina porque alguém a perseguiria como aquele homem o fez, não é mesmo?

— Como é? – Você está me encarando com surpresa, e só agora percebi que expressei meus pensamentos em voz alta. Seria muito fácil desfazer essa sentença, coloca-la como um engano... Mas eu não vou fazer isso. Não agora que sua atenção está voltada para mim.

— Você não tem ideia de como é amável... – Eu digo isso enquanto ergo uma de minhas mãos até seu rosto. Sua expressão foi além da surpresa. Você está em choque. Eu poderia rir, agora. Que os céus me perdoem... Mas meu lugar no inferno já está reservado. Apenas por pensar o que estou pensando nesse exato momento. De me aproveitar de seu choque.

Antes de você se recuperar, é exatamente o que eu faço. Com certa leveza, mas ainda rápido como um gato, puxo você para junto de mim. Uma de minhas mãos vai automaticamente para sua cintura, para guia-la na minha direção, enquanto eu puxo seu rosto de encontro ao meu. Depois de certa dificuldade em aproximar seu corpo e enfim encaixá-lo sobre mim, finalmente toco os seus lábios.

Tudo isso foi tão rápido que parece que você não está raciocinando muito bem ainda. Apesar de culpado, eu não consigo te afastar por livre e espontânea vontade. Então eu simplesmente fecho os olhos e mexo meus lábios contra os seus, esperando pacientemente que você finalmente lute contra meu abraço, que me olhe furiosa e envergonhada e que me prometa nunca mais se aproximar de mim. Eu sei que o que fiz é errado, e estou preparado para a punição – embora meus braços apenas a apertem contra mim mais e mais.

Mas você simplesmente não se move. Mesmo enquanto eu acaricio os seus lábios calmamente, você permanece parada. Talvez Deus tenha tido misericórdia e esteja fazendo o tempo passar mais lentamente para mim, para que eu possa aproveitar os únicos instantes que me restam nesse mundo – no seu mundo?

Eu não sei exatamente o que vai acontecer depois disso – depois de finalmente mordiscar seu lábio inferior para estender um pouco mais essa sensação deliciosa de te ter em meus braços e abrir os olhos para encará-la. Só sei que essa sensação, para o pior ou para o melhor, de ter seu corpo e seus lábios pressionados contra mim, não vai me abandonar tão cedo.


Notas Finais


Capítulo curtinho, mas o próximo é enorme!


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