História Possible - CAP 24 - A Guerra se Aproxima

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_Só um momento – digo um pouco mais alto e me sento na cama, admiro o corpo de America e sorrio _Pedi para que trouxessem suas coisas para cá, vou deixa-la se arrumar e vou resolver algo com Aspen antes de leva-la para o aeroporto – ela assentiu confirmando e ficou me olhando enrolada no lençol. 

Levanto-me da cama e caminho até o closet pego uma camiseta branca e calça jeans, visto e calço um tênis. Pego também um roupão para America e vou até a cama, entrego o roupão para ele e me aproximo. Selo um beijo em seus lábios e afago seu rosto. 

_Eu te amo – ela sussurra, sorriu.
_Também te amo meu amor. Preciso ir – ela veste o roupão e se levanta amarrando o cabelo em um coque. 

Saio do quarto e balanço a cabeça cumprimentando as criadas de America que entraram apressadas no quarto depois de fazer uma reverencia. 

Semicerro os olhos quando saio do chalé para a rua, o sol estava por demais aquele dia. Caminhei um pouco pelo jardim observando as flores bem cuidadas, mas ao longe na entrada do palácio Aspen já me esperava com mais dois guardas. Apressei o passo, chegando até ele. 

_Bom dia – cumprimentei e os três fizeram uma reverencia. Observei uma pasta grossa de baixo do braço de Aspen e pus a mão sobre seu ombro _É melhor irmos para meu escritório meu amigo. 

Eu e Aspen seguimos para o escritório e os guardas permaneceram na entrada. Nosso passo era apressado, eu estava curioso para saber o que ele havia descoberto. No caminho todo nenhum de nós deu nem se quer uma palavra. 

Quando adentramos a sala August estava sentado na mesa de reunião em volta de vários papéis, nos olhou por cima dos óculos e voltou a sua leitura. Sentei-me ao seu lado e Aspen sentou-se a nossa frente. 

_America não viaja hoje? – August perguntou sem tirar os olhos do papel, ele de certo modo lembrava meu pai. Olhei para copo de uísque na sua frente quase vazio. 
_Brigou com Georgia? – alfinetei e August sorriu de canto, largou os papéis e nos olhou colocando os óculos sobre a mesa _O que temos para hoje Aspen? 

Voltei-me para Aspen que pôs a pasta grossa em cima da mesa, tirando as fotografias e colocando em nossa frente, August pegou uma das fotos e tomou um gole de sua bebida. Passei as mãos pelo cabelo apoiando os cotovelos na mesa. Aspen suspirou pesado antes de começar a falar. 

_Lucy e Meri me pediram ajuda, para colher informações sobre as crianças – disse Aspen que logo passou os papéis da pasta para August, que analisou cada um com a testa franzida. 
_O quanto elas sabem? – perguntei.
_O básico – Aspen garantiu dando de ombros. 

Eu havia me casado com a mulher mais esperta do mundo. Minha desconfiança desde que America havia perdido os bebês só aumentava, na época um parto de emergência poderia muito bem ser feito, nascendo assim às crianças prematuras. 

Nunca havia visto o rosto daquelas crianças e notando nas fotos elas realmente tinham traços fortes meu e de America. 

Em segredo e desabafo contei a Aspen e August sobre minha desconfiança de que os bebês haviam sido roubados e não estavam mortos e logo eles se puseram a procurar por qualquer pista que os levassem para mais perto da pista principal. E tudo aquilo realmente fez com que eu me afastasse de America cada dia mais, eu não conseguiria ficar ao seu lado sem contar as novidades para ela e se ela tivesse esperanças novamente e a perdesse em um estalo de dedos eu não conseguiria suportar a dor que ela sentiria outra vez. 

_Continue ajudando-as, finja que não sabemos de nada e até descobrirmos a verdade esse assunto permanece aqui – olhei mais uma vez para as fotos. Aquelas crianças poderiam ser meus filhos. 
_Quanto à verdade... – Aspen iniciou tirando dois envelopes do bolso interno do paletó e colocando sobre a mesa, havia dois nomes desconhecidos, para mim, neles _O teste que você tinha me pedido, ai está sua verdade. 

Encarei os envelopes e um arrepio me atingiu a espinha. 

_Achei que demoraria mais – segurei os envelopes e li os nomes.

Candice Vermont e Abraham Vermont, aqueles nomes seriam a mudança de tudo o que eu conhecia. Respirei fundo e senti a mão pesada de August sobre meu ombro, foi preciso dez anos para chegarmos até ali e eu não desistiria agora. Abri o primeiro envelope, li. Abri o segundo, li. 

Coloquei os envelopes junto com as fotos e olhei sério para Aspen. 

_Preparem as tropas e vamos atrás dos meus filhos – Aspen e August assentiram com a cabeça e se levantaram esperando pelas próximas ordens. 

Esperaríamos America viajar e daria um jeito de Lorena ir para o estrangeiro também, Illéa entraria em guerra e eu mataria o infeliz que causou tanta dor a minha família. 

FIM POV MAXON