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História Posso entrar? - Chaichinhos e moedinha.


Escrita por: Oh_Sol

Notas do Autor


OLAAA MEUS PICHULEQUINHOS AMADOSS.
Sim, você está vendo direito, não é miragem. Estou aqui e não levei um ano pra atualizar.

O sol brilha pra todos.

Esse capítulo vai ser daqueles que vocês entendem um pouco as coisas e surtam um tantin.
Quem você acha que é essa aí na foto? Ela mesma, TIKKI A MINHA SEGUNDA PREFERIDA.Porque a Chloe é meu cristal lapidado.

Espero que gostem meus bb. Amo vocês.

Capítulo 16 - Chaichinhos e moedinha.


Fanfic / Fanfiction Posso entrar? - Chaichinhos e moedinha.

Rosa, definitivamente, não era sua cor preferida. Não tinha muitas peças de roupas naquele tom e a maquiagem normalmente era escura. Rosa era a cor de suas calcinhas e meias, no máximo.

Mas depois de vela tingida em um tom claro em seu cabelo, percebeu que não tinha ficado de todo ruim.

Destacava seus olhos castanhos esverdeados e tinha ficado bonito em seus cachos. Formado um volume bonito e ela, estranhamente, parecia mais saudável e viva.

Talvez fosse pelo tom quente de rosa Gold, que tinha tingido seu cabelo inteiro. De ponta a ponta, o rosa fluía pelos fios, de um jeito ousado até para ela.

Teria que recombinar alguns de seus luques, para que ornassem bem com seu novo visual, mas fora aquilo, estava tudo sobre controle. Tinha ficado bonita.

O procedimento tinha sido rápido, já que o cabelo já estava platinado, então só seria necessário aplicar a tinta e o tonalizante. Apararam as pontinhas ressecadas e pronto, em menos de duas horas estava de pé, pagando pelo procedimento.

Fizeram uma boa hidratação e definição nos cachos, que estavam precisando de cuidados devido ao procedimento que tinha feito, para deixá-lo branco como papel.

Tinha ficado atraente e Plagg, que a esperou, pacientemente, sentado nas cadeiras do salão de beleza, não tinha escondido esse fato.

-Você reclamou por nada. Ficou linda.-Disse sorrindo, a vendo desfilar em sua direção, parando em sua frente para rir.-Posso te chamar de algodão doce?

Ele deu risada da forma como ela lhe mostrou a língua. Logo ela balançou os cachos de um lado para o outro, fazendo poses, como se estivesse sendo fotografada.

-Já era de se esperar, eu sou maravilhosa. -A risada veio como sempre e o celular foi puxado do bolso para uma self.

Tirou uma foto, com o cabelo jogado para o lado de um jeito bonito, dando seu melhor sorriso. Outra engraçada, com uma careta, para acompanhar e mandar a sua mãe, que estava ansiosa para ver o resultado.

Foi para o lado dele e o viu sorrir para a foto que ela capturou. Beijou a bochecha dela, fazendo a fotografia ficar uma graça a seus olhos.

-Nós estamos lindos!-Falou sorridente, pegando sua bolsa, que ele tinha segurado até aquele momento e a colocando nos ombros.

-E com fome.-Anunciou, vestindo seu casaco e passando o braço pelo ombro dela. Caminharam em direção a saída, vendo que o lado de fora já estava escuro. Tinham chegado no fim da tarde, sem nem mesmo uma parada para o lanche.-O que quer comer?

-Não sei.-Segurou a mão dele, que estava em seu ombro, passando a outra por sua cintura.-O que acha de pizza?-Perguntou, lendo as mensagens da mãe, que elogiou o novo visual, usando a palavra excêntrica e ousada. As duas que ela mais gostava.

Disse também, com várias irritantes figurinhas de coração, que eles formariam um casal bonito.

Ela por sua vez, escondeu o celular no bolso frontal do moletom rapidamente, não querendo que ele lesse as mensagens.

-De novo?-Perguntou, revirando os olhos.-Já comemos isso da última vez. Não quer macarrão? Um rodízio de massas!

-Isso seria perfeito! Tava mesmo querendo comer ravióli.-Sorriu, ouvindo as coisas que ele dizia sobre seu dia e como havia sido seu treino.

Plagg sempre amou basquete. Era fisurado pelo esporte desde pequeno, selecionando suas amizades a partir dos times pros quais torciam.

Chicago Bulls era quase uma religião para si e até mesmo motivo para acabar uma amizade ou proximidade, caso alguém falasse qualquer coisa negativa sobre seu amado time.

Tikki, antes de se aproximar de Plagg, torcia para New York Knicks, mas foi severamente convertida por ele e seus irmãos fanáticos.

O poster autografado por Michael Jordan, tinha sido emoldurado e colocado na parede da sala daquela família, que a tinha forrado de troféus, medalhas e fotos de campeonatos que tinham conquistado com os anos.

Aprendeu a jogar com seus dois irmãos mais velhos, Henrique e Nicolas, que o faziam correr como um idiota pelo quintal, tentando ao menos encostar na bola.

Quanto conseguiu um pouco mais de altura aos dez anos, o jogo ficou um pouco mais justo.

Foram seis anos para chegar ao nível em que estava, entrando para o time oficial de sua escola e competindo pela cidade.

Seus irmãos, que foram professores naquela jornada, foram ficando para traz do jovem, que era uma máquina dentro daquele campo.

Henrique, depois do segundo filho e com trinta anos, já não tinha o mesmo ânimo e agilidade de Plagg, que estava com a coluna impecável e com os hormônios muito bem cotados.

Com vinte e três, nem mesmo Nicolas, que sempre foi o melhor dos três, conseguia segura-lo. Casar e começar a trabalhar em um escritório, conteve um pouco de seu pique de jogador.

O único que Plagg ainda não tinha conseguido alcançar, era seu pai. Ele sim, mesmo com os cinquenta anos nas costas, ainda era o que enterrava mais rápido e dominava a bola como ninguém.

Era jogador profissional em um time deveras famoso em sua região, no qual agora não era mais jogador e sim técnico. Cursou educação física após sua aposentadoria e ainda tinha, com muito orgulho e mérito, o posto de melhor jogador da família.

Ao contrário do pai, basquete era mais um laser para Plagg, longe de ser a profissão que escolheria para si.

Amava todo aquele processo, mas não era a carreira que o esperava em um futuro próximo. Apesar de tê-lo levado a física, já que uma forma bem dinâmica de aprender o conteúdo era encrementa-lo com o esporte.

E graças a ele e a pesada bola de basquete, pode conhecer Tikki.

Plagg treinava alguns passes e arremessos na quadra do campus, duas vezes por semana e acidentalmente, na tentativa de fazer uma cesta de costas, acertou Tikki, sem nem mesmo notar sua presença.

Foi direto no braço dela, justamente no de desenhos, deixando todos os esboços que tinha feito naquela manhã e seus matériais caírem no chão.

O gritinho o assustou um pouco, o fazendo apertar o passo e correr em direção a ela, as pressas. A viu com com mão apertando o braço, aonde aparentemente tinha sido acertada.

"Machuquei você? Me desculpa...Não estava prestando atenção e pensei que ninguém mais passava aqui a essa hora. Me desculpa, de verdade."-O moreno falava depressa, com as duas mãos na cabeça, vendo o bico se formar nos lábios da pequena.

"-Porque você estava de costas?"-Perguntou a de chaichinhos, dando um riso baixo e se abaixando para pegar suas coisas. Ele logo fez os mesmo, pedindo desculpa caso tivesse estragado qualquer um de seus pertences.

"-Estava tentando fazer a cesta assim."-Disse, percebendo que aquilo fazia muito mais sentido no momento em que estava tentando realizar aquela façanha. Mas agora, completamente estúpido.-"Me desculpa de novo, não era minha intenção."

"-Tudo bem."-Sorriu, achando engraçado toda aquela preocupação.-"Você acha que eu consigo um atestado? Amanhã a gente vai ter matemática básica pras medidas e eu não tô nem um pouco interessada em participar."

Ele riu e coçou a nuca, pegando os livros dela em uma tentativa de gentileza, querendo recompensa-la por ter amassado alguma de seus folhas.

-"Nós, que fazemos física, estamos enlouquecendo com essas revisões. Mas de certa forma é bom, tem muita coisa que eu não lembrava de ter visto. Juro, tem conteúdos que eu tenho certeza que nunca estudei."

-"No meu caso, eu tenho certeza que não vi nenhum deles, porque eu dormia em mais da metade das aulas. Inacreditável. Mesmo fazendo moda, preciso tolerar matemática, de novo!"-Sorriu, caminhando junto a ele em direção ao gramado do campos, chegando rapidamente a saída.-"Aliais, sou Tiffany. Mas pode me chamar de Tikki."

-"Plagg."-Falou sorrindo, apertando a mão dela em um cumprimento.-"Na verdade é Pietro, mas é quase como se eu tivesse sido batizado de novo."

Depois daquele encontro repentino e um pouco doloroso na parte dela, os dois acabavam se cruzando com cada vez mais frequência nos corredores e intervalos.

"-Você por aqui? Continua acertando garotas inocentes durante os treinos, Plagg?"

"-Você é tão pequenininha. Mesmo que eu estivesse olhando, não teria te visto."

A amizade foi crescendo devagar, chegando ao ponto de que um era a extensão do outro. Quase como se fossem a mesma pessoa.

As implicância continuaram, mas com uma pitada de afeto e carinho a 0artir daquele acidente.

Aonde ela estava, ele ia junto e vice e versa. Eram uma dupla de melhores amigos imbatíveis. Nada os separava.

Nem mesmo a paixão não correspondida de Tikki.

Que ela era apaixonada por ele desde a primeira vez em que saíram juntos, um mês depois de se conhecerem, era evidente, tanto que ela nem tentava mais negar isso à si mesma.

Tinham uma amizade forte e cheia de carinho, abraços e elogios, o que só trouxe mais força aos sentimentos que ela nunca soube como controlar e confessar.

Gostava de estar com ele e de ter sua companhia, mesmo que as vezes, fosse somente para vê-lo com outra pessoa.

Ele era solteiro e tinha todo o direito de ficar com quem quisesse e ela, não o impedia e muito menos persuadia a não fazer o que era de sua vontade.

A agora rosada, era uma verdadeira atriz. Insenava como ninguem o semblante de indiferença, sendo o ciúmes e a dor, irreconhecível.

Tão boa em fingir que não a incomodava, que Plagg nunca tinha notado nenhum sinal de desconforto vindo dela. Era quase como se absolutamente nada tivesse acontecido.

Agia normalmente e ignorava o cheiro das garotas, grudado nas roupas do moreno, quando o abraçava.

A mesma, de maneira nenhuma, deixaria que aquilo os afastasse e destruísse sua amizade. Ela lidaria com aquilo sozinha e choraria no banho, em baixo do chuveiro, mas não permitiria que o que eles tinham criado fosse destruído por algo que ela trabalhava para esquecer.

Ela estava apegada de mais para abrir mão daquilo. Estavam de mãos dadas e conversando, indo jantar juntos, em meio as risadas.

Se era aquilo que ela receberia dele, aceitaria de bom grado e aproveitaria cada segundo. Seguraria sua mão e o abraçaria apertado todos os dias e respiraria fundo, quando ele precisasse ir em bora.

Eram melhores amigos e preservaria isso. Com unhas e dentes.

O sentimento que ele despertava nela era algo incrível. De acalentar o coração e fazer cada centímetro do corpo se sentir feliz com o outro.

A chama dentro do peito, o frio na barriga e as borboletas no estômago. As mãos suando quando ele demorava e o coração batendo a mil quando escutava a campainha.

Derreter quando sentia seu cheiro e quase desmaiar com seu abraço. Ansiar pelo beijo e querer ficar o dia inteiro no pé do ouvido dele.

Era bom ter sua companhia, fosse para comer em um restaurante italiano se enchendo com aquele rodízio divino, ou simplesmente se sentar com ele em seu sofá, comendo as sobras do almoço que ele havia tentado fazer.

A única pessoa que tinha conhecimento daquilo, do amor secreto da garota, era sua mãe.

Tikki não era o que podia ser considerada uma pessoa tímida, mas quando se tratava de seus sentimentos, ela se retrair automaticamente.

Era quase um cofre, completamente lacrado, só sendo aberto pela senha extremamente complexa.

Mas alguém que sempre conseguiu fazê-la se abrir, era sua Eleonor, a melhor mãe do mundo, como a garota sempre se referiu.

Tinha sido apenas as duas por muito tempo, depois da morte de seu pai. O elo entre as duas era forte e ambas eram literalmente melhores amigas uma da outra.

Tinha precisado apenas se sentar na beirada da cama, quando Tikki chorava compulsivamente durante aquela noite, para que ela falasse tudo.

Saiu automaticamente. A tristeza por Plagg ter ido a um encontro com uma garota e o quando não ser retribuida a machucava.

Era bom ter alguém com quem conversar sobre o assunto, não precisando entalar aquilo na garganta.

Ela era sua salvação e estaria lá para apoiar cada decisão maluca que ela tomasse na vida. Aconselharia e jamais julgaria seus medos e tristeza, como bobagens.

Eram tudo uma para outra.

Mesmo sendo uma pessoa que poderia ser considerada como corajosa, mesmo com os incentivos de Eleonor, nada a deixava com mais medo do que confessar seus sentimentos para o moreno.

Não era somente o temor de não ser correspondida e descobrir que ele não sentia o mesmo, mas também de perder a amizade que tinham.

Parecia um motivo clichê para quem via de fora. Algo bobo e batido, sempre usado como desculpa para quem tinha medo de se entregar e abrir seus sentimentos.

Mas para ela, era tudo que mais importava.

Plagg era seu melhor amigo e ela o amava.
Amava de verdade. Amor puro, sincero, que não busca absolutamente nada em troca, somente sua companhia e sua risada feliz.

E quando se ama, nenhum motivo é bobo para evitar perder aquilo. Não arriscaria deixar escapar por seus dedos, o que tinham construído em tão pouco tempo, como se já se conhecessem a anos.

Ela sabia que ele a amava. Não só por já ter dito várias vezes, mas por sempre demonstrar. Plagg a tratava quase como uma irmã mais nova, tendo com ela todo o respeito e zelo possíveis.

Ela gostava de ser tratada daquela forma, mas amaria ser mais do que só sua irmãzinha.

Sabia que iria doer quando ele encontrasse uma mulher que fosse amar de uma maneira romântica. Machucaria ao vê-lo abraçado com sua namorada e dando os beijos que tanto sonhava.

A única coisa que não faria seu coração doer, era saber que estava feliz. Aquilo pagava cada lágrima, noite difícil e sentimento de tristeza.

Saber que o coração dele estava tranquilo e cheio de alegria, era tudo que ela precisava. Se fosse esse o preço, estava disposta a pagar.

Ele parecia feliz quando jantaram juntos naquela noite, fazendo suas típicas piadas e roubando pedaços de sua lasanha, na medida em que ela bebia quase todo o seu refrigerante.

-Eu preciso comer mais que você, ainda estou me recuperando de uma lesão.-Alegou, surrupiando do prato dele um pouco do seu macarrão.

-Mas que lesão?-Perguntou preocupado, analisando o rosto dela com um tanto de preocupação.-Você não disse nada sobre ter se machucado! O que aconteceu?

-Agora você vai se fazer de desentendido?-Perguntou, franzindo o nariz e colocando a mão sobre o braço, simulando uma dor que não existia.-A bola que você jogou me acertou com muita força! Ainda estou em processo de reabilitação.

-Já faz mais de um ano!-Riu, ficando aliviado e voltando a se sentar confortavelmente.-Você é puro drama, moranguinho.

-Eu sou sensível.-Alegou, bebendo mais um pouco do refrigerante no moreno, que tentou puxar o copo das mãos delas, mas viu sua feição de desagrado e dor fingida.

-Você é uma atriz, isso sim.-Disse ele, sorrindo e apertando a bochecha da garota, que deu um pequeno sorriso ladino ao sentir o toque.

"A garoto, você não faz ideia."-Pensou, logo apos ouvir o adjetivo que ele havia lhe dado. Se ele soubesse o poder e proporções de suas encenações, ficaria surpreso.

-Mas é verdade.-Falou, com seu típico biquinho nos lábios.-E eu não gostei de moranguinho. Prefiro algodão doce.-Ouvindo aquilo, ele sorriu e assentiu.

Agora sabia que ele a chamaria disso somente pelo fato dela não ter gostado.

Era insuportável. Insuportavelmente lindo, gentiu e compreensivo, mas implicante também.

Ele segurou o garfo dela e separou um pouco da massa, levando até a boca dela, alegando que precisaria fazer isso, já que ela não podia forçar o braço machucado.

A de cabelos rosa maneou a cabeça em negação.

Ele mexia de mais com ela e nem mesmo percebia. A deixava boba e caidinha de amores por suas ações carinhosas e engraçadinhas, mesmo que fossem inocentes.

Caminharam juntos até a casa de Tikki, se despedindo com um abraço apertado. O segurou mais forte quando ele ameaçou se afastar, querendo prolongar mais um pouco aquele momento.

-Está tudo bem?-Perguntou Plagg, com calma, segurando a cintura dela com mais carinho do que antes. Afagou preocupado, suas costas e se afastou um pouco, somente para olhar para os olhos dela.

-Está sim.-Acentiu, espantando a ideia maluca de confessar tudo a ele. Ficou na ponta dos pés e deixou um beijo em sua testa, recebendo dele o mesmo ato.-Amo você. Vai com cuidado e me manda mensagem quando chegar.

Ele sorriu e prometeu que não passaria por nenhuma rua deserta ou perigosa. Iria direto para casa e que dormiria cedo.

-Também te amo.-Disse baixinho, acenando para ela quando cruzou a rua, indo em direção a sua casa.

Os dois moravam próximos, apenas uma rua os dividindo, tanto que sempre iam caminhando para a faculdade juntos.

Mas naquele dia, ela notou que mesmo ele estando a apenas alguns minutos de si, ela concluiu que estavam longe um do outro.

E que só ficariam próximos de verdade, quando aquele segredo que ela guardava, seu amor incondicional por ele, fosse revelado e deixasse que aquele espaço que os separava, finalmente desaparecer.

...

Marinette não era a maior fã de serviços domésticos, mas a maioria deles, fazia esforço para tolerar.

Não gostava de lavar o banheiro e de passar um pano úmido nos móveis. Até gostava de cozinhar, mas lavar a louça gordurosa e empreguinada, sempre foi seu pesadelo.

Mas o que ela sempre detestou com toda a força de seu corpinho miúdo, era lavar roupa. Odiava o processo do começo ao fim. De carregar as roupas a guarda-las nas gavetas.

Separar por cores e lavar duas vezes, já que as roupas de Bridgetted sempre estavam sujas de tinta a óleo, e manchavam todos as peças que iam junto.

Suas roupas brancas e claras sempre manchavam e as escuras enchiam de pelinhos, a dando mais trabalho ainda na hora de passa-las. Queimava pelo menos uma peça de roupa a cada sessão tenebrosa em que as alisaria.

Nunca tinha sorte de achar dinheiro dentro dos bolsos, ao contrário da irmã, que arrecadava em média dois euros a cada lavagem.

Não conseguia nem mesmo uma moedinha para alegrar o dia da semana que ela mais detestava, segunda-feira, por ter que passar o dia lavando, estendendo e passando roupas.

Mas daquela vez, na tarde em que tinha tirado tempo para fazer a lavagem, na lavanderia de seu prédio, recebeu uma "moedinha".

Estava colocando suas roupas dentro da máquina, as preparando para bater, quando ele chegou.

O de cabelos tingidos de azul, entrava segurando um pequeno cesto de roupas, ao contrário dela, que tinha quase uma butique inteira para deixar limpa.

Ele esboçou um leve e bonito sorriso quando a viu e acenou com a mão amistosamente, quando viu nela um semblante de reconhecimento.

Até porque, como não reconheceria? Ele era um gato e estiloso.

Usava uma calça de tecido maleável, taquitel, junto a uma camiseta simples na cor branca. Uma corrente de prata no pescoço e vários anéis nos dedos.

As unhas pintadas e o cabelo meio bagunçado, o deixavam com um ar mais excêntrico, que ela achava atraente. Os lábios eram cheinhos e o rosto bem anguloso, com um maxilar quadrado e masculino.

Olhou rapidamente para suas roupas, que logo estariam girando na máquina de lavar e concluiu, que ele era de fato, alguém que se vestia bem.

Amava homens que caprichavam no visual. Talvez fosse seu instinto de estilista em formação, que procurava por pessoas que estavam na moda e que tinham um estilo bem definido.

Chloe era assim e Tikki mais ainda, mas ele, ele tinha quase uma marca registrada. Um jeito característico que ela assumia achar atraente.

Ele era atraente.

-Marinette...certo?-Perguntou rapidamente, estendendo sua mão para um cumprimento.-Lembra de mim?-Perguntou, indicando com o dedo o cabelo colorido e marcante.

-Lembro sim.-Falou sorrindo, o cumprimentando.-Meio difícil de esquecer meu primeiro desastre universitário. É o meu jeitinho.-Riu das sobrancelhas arqueadas e do riso adorável que ele deu logo em seguida.-Luka?

-Isso.-Acentiu, abrindo a pequena porta arredondada, começando a colocar suas roupas sujas na mesma e depositando um pouco do sabão em pó, dentro de um pequeno compartimento.-É nova aqui?

-Eu e minha irmã nos mudamos faz quase uma semana.-Falou calma, sentindo o tédio e a repulsa que era aquela atividade, simplesmente perder o lugar para uma conversa amistosa.-E você? Mora no prédio ou está de visita?

-Moro aqui a três anos com o meu tio. É um bom lugar 'pra se instalar.-Terminou rapidamente seu serviço e olhou para a cesta dela, oferecendo sua ajuda, que foi aceita de bom grado.-Acho que você vai gostar.

-Eu também acho.-Sorriu, o vendo colocar uma de suas camisetas dentro da lavadora. Agradeceu internamente por Bridgetted ser perfeccionista e enjoada, insistindo sempre em lavar as peças íntimas com sabão de côco e separadas do resto.

Morreria de vergonha caso ele pegasse um sutiã ou calcinha, e o jogasse na lavadoura.

-Os vizinhos são legais, te garanto.-Sorriu e enviou uma pequena piscadela para ela.-Vamos fazer vocês se sentirem muito bem vindas. Exceto a senhora Dubois.-Revirou os olhos brevemente e mandou a cabeça de maneira negativa.-'Pra não ter problemas com ela, é bem simples. Não more aqui, ou simplesmente não exista.

Ele era bom de papo e a fazia rir. Esperava construir uma amizade com o decorrer do tempo em que se encontrariam ali e na faculdade.

-Sinto cheiro de rivalidade...acertei?-Perguntou, notando que já tinham terminado o trabalho. Como tinha sido rápido!

Normalmente, demorava meia hora para fazer aquilo, por conta das reclamações mentais que dava a cada três segundos.

-Acho que ela já reclamou de mim para o síndico, umas dez vezes.-Riu debochado, arqueando a sobrancelha e dando um sorriso travesso.-Que pena que ele é meu tio.

-Isso é golpe baixo.-Riu histérica ansiosa para conhecer a senhora.-Você não é o tipo de vizinho que traz uma escola de samba para o apartamento, certo? Música alta as quatro da manhã?

-Eu sou músico!-Falou, se defendendo.-A música é o alimento da minha alma e eu preciso aproveitar meu momentos de inspiração.-Colocou a mão no peito dramaticamente, jogando a cabeça para traz.-Só escuto música alta até as 21:00, por conta das normas do prédio. Depois disso, uso os fones.

-Uhum.-Acentiu, desconfiada, mostrando que não acreditava muito em suas palavras.-Está me dizendo que nunca fez um solo de guitarra as três da manhã?

-Não.-Negou, se sentando ao lado dela nas cadeiras que ali ficavam dispostas. Esperariam juntos as roupas baterem e sentrifugarem.-Mas já fiz as duas. Mas em minha defesa, foi simplesmente genial. Eu merecia aplausos, não reclamações.-Era engraçado e extrovertido, se mostrando a ela como uma pessoa fácil de conversar e criar vinculo.

-Sinto que vou acabar escutando alguma composição sua algum dia.-Falou simpática, ouvindo o soar da máquina, indicando que suas roupas já estavam prontas.-Só espero que não seja em um domingo, de madrugada.

-Pode escutar na sexta.-Sorriu, e se levantou, tirando suas roupas do compartimento e as colocando de volta no cesto.-Vou fazer uma festinha no meu apartamento. Vou tocar com minha banda. Aparece por lá.

-Posso chamar uns amigos?- Perguntou, animada, tendo aquela pontinha de esperança de que você sabe quem, poderia ir junto a ela. Já caminhavam para fora da lavanderia, se despedindo e indo cada um para um lado.

-Com certeza.-Falou, anunciando que morava no apartamento 120 e que quando chegasse, a porta provavelmente estaria aberta.-Espero que você goste da música.

-Pensei que era proibido música alta depois das nove.-Debochou, vendo ele se aproximar e ficar mais próximo, ainda em uma distância respeitável. Sussurrou com uma voz rouca e arrastada, a fazendo corar quase que instantaneamente.

-Acho que você vai descobrir com o tempo, que eu sou do tipo que adora quebrar uma regra.-Sorriu, se afastando e passando a caminhar de volta a seu apartamento.-Quebrar regras, pra mim, não é uma frase de efeito. É mais uma filosofia de vida.

-Acha isso fofo?- Perguntou, sentindo seu lado Cheng certinha despontar.


-Você acha?


Notas Finais


Capítulo dedicado a minha mãe, que é uma verdadeira Eleonor.

Pra você que é Lukanette, esse é seu momento. E pra você que é PLAKKI, esse é seu momento de surtar porque a história deles vai ser muito cutis.

O Luka é meu tipo ideial meu Deus. Só não é mais que o Plagg, porque ele...ele é minha alma gêmea.

Eu espero que vocês tenham gostado e que ainda estejam aí pra ver o desfecho dessa loucura que eu criei.

Estou dividindo meu tempo em postar nas minha duas longs. Quero terminar a outra o mais rápido o possível pra começar mais uma.

AMO VOCÊ♥️♥️♥️


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