História Potions - Remo Lupin

      E mais uma vez estava atrasada. Maldito despertador! Não tocou no horário certo e suas "queridas amigas" não a acordaram com a justificativa que ela parecia um lindo anjo enquanto dormia. Teve que tomar um banho as pressas e vestir o uniforme numa velocidade mais rápido que seu corpo permitia. 

 Da próxima vez teria que lembrar de comprar um novo despertador. Aquele era do ano passado,  precisava falar com sua mãe. Mas sabia que não poderia ser atendida. 

A família de Serina era pobre. A mãe, que havia abandonado o mundo bruxo por um capricho de seu pai, era uma diarista que trabalhava em casas com condições melhores que a sua. As vezes era costureira. Ou poderia fazer o trabalho de uma lavadeira. Serina podia dizer que Eileen Prince era a mulher mais guerreira que conhecia, ao contrário de seu pai, que era um verdadeiro vagabundo.  

Tobias Snape era um trouxa alcoólatra e que adorava se meter em brigas de bar. Já perdeu a conta de quantas vezes viu o pai e a mão brigando por causa do vício. Quase todas as noites ele chegava bêbado e com hematomas, resultados de brigas que enfrentava. Tobias era um vagabundo e parecia ser "Feliz" assim. Não entendi como uma mulher feita sua mãe ainda era casada com um traste feito ele.

Chegou a estufa ofegante, com o coração batendo forte em seu peito e parecendo que ia sair pela a boca. Puxando o ar forte em seus pulmões e soltando devagar, arrumou o cabelo bagunçado e bateu na roupa e na mochila. A aula seria de Herbologia com a Corvinal. A Professora Sprout, uma mulher gordinha de cabelos cacheados no auge de seus 20 anos, estava começando a dar a aula. Se espreitou por entre as plantas grandes até conseguir um lugar vazio para sentar na última fileira. Conseguiu assistir a aula e foi se acalmando aos poucos. A matéria era sobre Plantas Venenosas. Uma matéria fácil, conseguiria acompanhar. Pegou do bolso uma barra de cereal havia posto na noite anterior. Seriam duas aulas de Herbologia, mas uma de Adivinhação com a Lufa-Lufa e depois vinha o almoço. Teria que se contentar com a barrinha por enquanto.
  
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    A aula com a  Corvinal havia sido tranquila. Na verdade, a Corvinal era tranquila. Estava no sangue da casa ser passivo e tranquilo. As vezes se perguntava por que não tinha sido escolhido para a Corvinal. 

  "Ah, claro" 
 
   Snape era vingativo. Não tanto quanto seus companheiros, mas ainda sim era. Gostava de uma boa competição. Não que ele gostasse de se exibir para outras pessoas, mas era bom ser notado por um bom esforço de vez enquando. 

Agora seria Adivinhação com a Lufa-Lufa, o que não era muito seu forte. Serina gostava de coisas exatas, e isso que a última coisa que Adivinhação tinha. Passar quase uma hora ouvindo a professora gritar sobre o futuro ou que isso ou aquilo fosse acontecer daqui a não se sabe quanto tempo. Era muito tedioso. Ainda não acreditava que havia se inscrito para aquela aula. Ao toque do sinal, se levantou rapidamente quase de imediato. Estava com fome e quase implorando para sair daquela sala.

Antes que pudesse atravessar a porta sentiu seu braço ser puxado. Era a professora Trelawney. Sinceramente, Sibila não batia muito bem da cabeça. Tinha entrado ano passado no cargo de professora e todos falavam o quanto era doida. Sempre tinha alguma coisa sem noção para falar e na maioria das vezes se recusava a sair de sua Torre. Quando se deu conta estava apenas as duas na sala. 
   
     -Não deveria sentir tanto rancor, minha filha. Ele pode ser por maior causador da sua infelicidade. Sua felicidade pode estar a um palmo de distância. - a voz de antes berrava durante as aulas estava calma e suave. Nem parecia que era dela. Serina podia chamar Trelawney de louca, mas nunca iria desrespeitar uma professora.
   
          -Perdão?

   -Alguém que odeia hoje, pode ser quem  te  amará amanhã. Você ainda pode escolher qual caminho irá seguir.

Antes que pudesse dizer uma palavra, Sibila a havia empurrado para fora da sala e fechado a portão com brutalidade. Arfou ao ver a porta a centímetros do seu rosto. O que aquela doida queria dizer com aquelas palavras? Ela não conseguia pensar com clareza nada compatível para as coisas que ela disse. Por um momento achou que era Dumbledore falando com ela ali. Era o mesmo jeito, até mesmo o mesmo tom de voz. Não parecia uma ordem, parecia um conselho. Ela disse que ainda poderia escolher. Mas escolher o que? 

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        Finalmente o almoço. O Salão Principal estava cheio como sempre, assim como a mente de Serina. As palavras de Sibila ainda rondavam na mente da jovem, criando mil e uma teorias sobre o que a mulher estava falando. Era por isso que odiava Adivinhação. Não seria muito mais fácil falar de uma vez em vez de ficar fazendo "joginhos "? 

Sentou se num canto um ouço afastado da mesa e se serviu normalmente, apesar de estar morrendo deve fome sabia manter a classe. Principalmente agora, ainda era ouvidos os burburinhos sobre ela. Pelo o rabo do olho pode observar os Marotos e seus amigos comendo e sendo escandalosos como animais. "Por Merlin, parecem matracas conversando entre si", pensou. Até mesmo Lílian estava no meio daquela bagunça. Pelo o menos era a única educada ali, junto a Remo Lupin. Ele era o único entre os quatro marotos que Serina "engolia". Remo era um bom aluno, e certamente um bom amigo. Gentil e educado e sempre o via tentando  ajudar os outros, um aluno exemplar. Era o mais sensato , a única coisa que o estragava eram os amigos. Apesar de tudo Remo sempre estava nas brincadeiras dos amigos, apenas observando e as vezes rindo. Algumas vezes até olhava para o maroto num pedido silencioso para que ele interviesse, mas isso nunca aconteceu, ele sempre virava o rosto. Talvez se sentisse culpado, por que por algum motivo desconhecido Lupin nunca entregava seus amigos, nem mesmo nas rondas de monitor. Ainda se lembrava da primeira brincadeira dos marotos, o famoso "balão d ' água" no primeiro dia de aula. Enquanto era alvo dos balões de água de James e Sirius, lembrava de pedir ajuda a ele, um pedido que nunca foi atendido. Foi aí que passou a amaldiçoar todos os Marotos, fazendo parte ou não das brincadeiras, odiava todos eles. 

Levou seu olhar até a mesa da Sonserina, todos quietos, conversando entre si educadamente. Tão nobres. Sentia uma falta enorme da casa das cobras, nunca achou que sairia daquele lugar e lá estava ela. Transformada em menina e numa casa em que aprendeu a odiar. 
 

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    As aulas do dia já haviam acabado. Eram por volta das 6 da tarde. O sol estava se pondo no Lago Negro e Serina observada apoiada em sua árvore. Estava com a lições de poções terminada em mãos.

Com um suspiro, levantou se do chão e arrumou o material na mochila nova. O jantar seria daqui a pouco mas não estava a fim de comer. Seu corpo estava cansado e dolorido. Estava com alguma dor desconhecida na barriga e um pouco de dor de cabeça pelos os estresses rotineiros do dia. Colocou a mochila nos ombros e caminhou em direção ao Salão Comunal da Grifinória.

 22:00 ​

      O toque de recolher tinha acabado de bater. Serina levantou da cama devagar, estava com receio de suas colegas de quarto acordarem. Não tinha nem uma hora que deitaram e tinha alguma desconfiança se estavam dormindo. Estava com fome, havia dormido durante todo o jantar e agora sua barriga reclamava. Também estava com um curioso desejo de comer chocolate. 

  Desceu as escadas com cuidado e se certificou que não havia ninguém no Salão. Cutucou o quadro da Mulher Gorda, que não gostou nem um pouco de ser acordada naquela hora, mas abriu pro obrigação.

 O caminho até a cozinha não foi nem um pouco complicado. Tinha a achado por algum acaso. Na verdade não, tinha acabado de sair de uma das brincadeiras dos marotos e acabou apoiando se no quadro para respirar. O movimento dos ombros fez uma leve cócegas na pera verde e acabou virando uma maçaneta, dando Snape o descobrimento da cozinha. Chegando lá, fora recepcionado por muitos elfos que trouxeram tudo o que pediu e algo a mais. Adorava a cozinha por isso, seus desejos culinários eram sempre atendidos. 

Com a barriga cheia e os bolsos com cookies de gotas de chocolate, seguiu com cuidado pelos os corredores. Não gostaria de ser pega por um professor ou por um aluno monitor. 
     
        De repente, quando estava cruzando o corredor em direção a Torre da Grifinória, foi prensada bruscamente na parede ao lado. O impacto pegou forte no ombro e na cabeça fazendo a soltar um gemido de dor. Um segundo depois seu cérebro voltou ao normal e olhou com um pouco de medo para o menino a frente. Era Jackson Trip, fazia parte da Sonserina mas era do último ano. Calado e sempre na dele, Serina não sabia muito sobre o mesmo, mas sabia que estava bêbado e levemente chapado pelos os olhos vermelhos e pelo o bafo de whisky de fogo. Tentou pegar sua varinha no bolso da calça mas Trip  pegou seus braços e os colocou acima da cabeça.

-Olha o que temos aqui, se não é a prima do Snape. Eu não sabia que ele tinha uma prima tão gostosa como você. Acho que ninguém sabia, não é mesmo? - soltou uma risada fraca e sarcástica.

 -O que você quer comigo? Eu não tenho nada com você e pelo o que eu sei, meu primo também não.

  -Escuta, eu preciso foder alguém, já que a idiota da minha namorada não quer fazer isso comigo. - disse com amargura na voz

  -Ela foi bem inteligente de recusar alguém bêbado e estúpido como você. - não conseguiu evitar, aquela situação estava lhe deixando nos nervos. Sua língua se moveu sozinha e as palavras saíram de sua boca involuntariamente, apesar de ter gostado muito de ter dito aquilo. 

 Mas foi tudo tão rápido, sentiu a parte esquerda de seu rosto quente e virado para o lado. Não ouve tempo para raciocinar, ele havia lhe dado um tapa! Esperneou tentando sair do aperto em seus braços para pegar a varinha. Sentiu - lhe apertar o queixo e dizer baixo em seu ouvido "Achei alguém melhor do que ela", antes de lamber sua bochecha. Nunca sentiu tanto nojo em toda a sua vida. Foi quando sentiu a mão sobre sua capa, tirando que qualquer jeito e enfiando a parte de cima em sua boca. Serina sentiu seus olhos se arregalarem e o desespero tomar conta de seu corpo. Tentou chutar as partes de baixo de Jackson mas não obteve sucesso. Sentiu uma mão apalpar a parte de cima de seu pijama indo em direção aos seios.

 Em nenhum momento de sua vida achou que uma coisa como aquela iria acontecer consigo. Ela nunca achou que uma coisa dessa fosse possível em Hogwarts. Rezava para Merlin  para  algum monitor aparecer. Maldita hora que saiu de seu quarto.    

   NÃO!
 
     Não podia deixar algo tão nojento e horrível acontecer consigo. Não passou por tudo o que passou durante toda a sua vida pra ser abusada por um aluno bêbado mimado. 

  Fazendo força com a língua, empurrou o pano da capa com impulso da cabeça sentindo a boca livre pra gritar.  

-SOCORRO! - gritou com toda a força quando sentiu a mão de Jackson entrar em sua blusa e apertar um dos seios. -SOLTE ME! 

-Cala a boca! - grunhiu batendo a cabeça de Serina contra a parede. A Snape viu o mundo girar em sua volta e uma ânsia de vômito subiu pelo o bile. Sentiu beijos sendo distribuídos em seu pescoço e a mão apertar mais ainda o seio fazendo o ficar dolorido. A vontade de vomitar nunca foi tão grande em toda a sua vida.  "Merlin, ajude me, por favor" pensou sentindo seu corpo não reagir mais aos seus pensamentos. 

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   Remo caminhava entre os corredores cumprindo seu dever de monitor. Apesar de ter a face tranquila por dentro estava desesperado, sentia a dor da transformação se aproximar a cada dia. Faltava apenas dois dias para a lua cheia e teria que submeter a sua forma lupina novamente.

  Odiava isso. Odiava ter sido mordido por um lobisomem quando criança. Ter que sentir a dor da transformação, ter medo de ser tratado como uma aberração se soubessem de seu segredo. A única coisa boa era seus amigos, que quando souberam não tiveram medo mas  tentaram ajuda-lo o máximo possível até virarem animagos. Sua pequena parte humana se sentia mais confortável quando estavam consigo durante as noites de agonia

   Devia tudo a eles, e a simples hipótese de machuca - los ou magoa - los feria a si mais que a transformação. Por isso sempre tentava ajuda - los durante as detenções que pegavam, principalmente James e Sirius. Ou  quando pegava os dois fora da cama depois do horário de recolher. Até mesmo durante as brincadeiras que faziam. Algumas eram engraçadas, admitia, mas outras -como as que faziam com Snape- não achava certo. Mas nada falava, afinal não queria se intrometer. 

Apoiando se na parede, sentiu a tontura rotineira e seus instintos ficarem sensíveis. Praguejou baixo. Uma das partes que não gostava era quando suas orelhas e visão ficavam sensíveis. Podia ouvir e ver com mais clareza, e as vezes acabava ouvindo coisas que não devia. Afinal ninguém em Hogwarts, a partir do quinto ano, era inocente e acabavam fazendo coisas que não deviam em solo escolar.

 -SOCORRO! SOLTE ME!

    Num salto, soltou se da parede com os gritos que ouviu. Eram femininos e não  precisou ficar muito tempo parado para saber o que acontecia. Já tinha lido de abusos em Hogwarts nos arquivos secretos da biblioteca, mas eram muito poucos e aconteciam antes de Dumbledore se tornar diretor. 

  Correu pelos os corredores com a varinha em mãos, rezando a Merlin que o desgraçado não tenha feito nada. Nunca em sua vida havia presenciado um estupro, mas sempre via notícias assim nos jornais e nunca havia gostado de ler coisas assim. Achava uma completa covardia e os que praticavam deviam merecer a pior das punições.

   Virando o terceiro corredor se deparou com uma das piores cenas, Jackson Trip abusava de uma garota que parecia estar desacordada e completamente jogada na parede. Ele estava com a mão escondida entre seus corpos e beijava desajeitadamente o pescoço da menina. 

   -Estupefaça! - lançou na direção de Trip que caiu inconsciente do outro lado do corredor. Se aproximou da menina que havia caído no chão desmaiada. Arregalou os olhos quando se deparou com Serina Snape. De todas, ela era a última pessoa que imaginaria numa situação como essa. Ela, que parecia ter a mesma frieza do primo e que podia fazer tudo sozinha. - Snape? Snape, acorde. Enervate.

  Serina acordou com um solavanco,  vendo a imagem turva de Remo Lupin a sua frente. Sua cabeça girava e quando teve a oportunidade virou para o lado e vomitou tudo o que tinha comido a alguns minutos atrás. Sentiu a mão de Lupin sobre seus cabelos os puxando delicadamente num rabo de cavalo pra que não a atrapalhasse. 

  -Você está bem? - Ele lhe perguntou. "Ora que pergunta mais idiota" Lupin se amaldiçoou internamente ao ver a figura pálida da garota a sua frente. Viu a direcionar seu olhar para a figura do outro lado do corredor apagada. Serina se encolheu na parede atrás de si e sentiu os olhos se enchendo d ' água, até perceber que chorava em abundância mesmo em silêncio. - Snape, preciso levar você até Dumbledore. - sussurrou devagar pois não sabia o que fazer com a reação da grifinória a sua frente. 

 Serina olhou para Lupin e pela primeira vez se sentiu incapaz e indefesa desde que foi transformada em mulher. Não era só pelo o quase abuso, mas também por que seu "salvador" foi um dos seus inimigos. Nunca em sua vida se sentiu tão fraca quanto naquele momento. Não havia conseguido alcançar sua varinha a tempo e se não fosse por Lupin estaria sendo abusada enquanto estava desmaiada. 

-Não pode me levar a Dumbledore. Não vou me humilhar a esse ponto. - secou as lágrimas e tentou levantar, mas sem sucesso foi ao chão pelo o fraco movimentos das pernas. Sentiu as mãos de Lupin a segurando para se levantar novamente mas repeliu o toque o empurrando para longe. Não queria ser tocada por ninguém novamente, principalmente por ele.

   -Calma, eu só quero te ajudar. 

  -Não preciso da sua ajuda. - disse com frieza enquanto se apoiava na parede.

   -Claro que precisa, seu orgulho que não deixa. - isso era verdade, mas nunca admitiria para ele. - Por favor Snape, se não quer ir até Dumbledore me deixe leva - la até a Comunal em segurança.

-O que Lupin? Acha que vão tentar me abusar de novo? Não preciso disso. - rebateu com sarcasmo, mas sentia que precisava de ajudar e se odiava por isso. O simples pensamento de achar que iria passar por aquilo de novo a assustava ao extremo e fazia seus olhos marejarem novamente. Fazia se sentir insegura de não ter conseguido se defender. Quando se deu conta estava sentada no chão soluçando alto. O que seria dela se Lupin não tivesse aparecido? A resposta estava mais do que óbvia.

Remo olhava para Serina com pesar. Lembrava como ficava indefeso quando as transformações começaram e parecia exatamente como ela estava no momento. Queria ajuda - la, queria mesmo. Só não sabia como.

 Abaixou se ao seu lado e se apoiou na parede, esperando a parar de chorar. Não sabia por que ainda estava ali, possivelmente pelo o dever de monitor. Não, obviamente que não. Se não já teria ido embora esteja chamado Dumbledore. Estava mais por vontade própria, proteção para ser exato. Sim, por conta de seu coração grifinório não conseguiria deixar Serina ali nem se quisesse. 

  -Serina, eu quero lhe ajudar, de verdade. Só preciso que você me deixe te ajudar. - sussurrou olhando a pelo o canto dos olhos.

Quais seriam suas chances de voltar para seu quarto no estado em que estava sem ser pega por algum monitor ou até que Trip acordasse? Poucas com certeza. Por mais que quisesse, não poderia ignorar a ajuda de Remo. Devia isso a ele. Respirou fundo e guardou seu orgulho num lugar mais fundo antes que se arrependesse. Concordou com a cabeça e sentiu ser levantada devagar, colocando o braço em volta de seu pescoço apoiou se nele durante todo o caminho. O silêncio permanecia entre eles, mas era um tipo de silêncio suportável. Cada um perdido em seus pensamentos.  Aquela noite com certeza ficaria na mente deles durante muito tempo. 

 Chegaram no Salão Comunal algum tempo depois , tomando cuidado para não serem pegos por nenhum monitor. A Comunal estava vazia do mesmo jeito que saíram. Pararam nas escadas e continuaram em silêncio. 
 
     Remo tirou os braços de Serina e os colocou no corrimão da escada, coçou a garganta e a olhou.

-Bem, eu tenho que voltar pra monitoria. Não posso leva- la até seu quarto, meninos não são permitidos lá. Tome uma Poção Calmante, acho que deve ter alguma no seu banheiro. Espero que tenha uma boa noite e-

 -Sabe que não vou ter uma boa noite. - ela lhe interrompeu olhando para o fogo da lareira como se fosse acalma-la. Remo, ficou vermelho e mais uma vez se amaldiçoou por ter dito besteira sem pensar. Quando abriu a boca para lhe pedir desculpa, a viu subir as escadas devagar em direção ao seu quarto.

 Com um suspiro pesado, Lupin caminhou para fora da Comunal retornando para seu posto de monitor.