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História Powerless - Jace


Escrita por: SonTata

Notas do Autor


Hello, como vão?
Mais um cap
Boa leitura

Capítulo 3 - Jace


Eu estava paralisada. Dylan me balançou, mas não consegui desviar o olhar principalmente quando vi de quem se tratava.  

Meu mundo desabou. Minha mente não conseguiu mais se focar, ouvi meu próprio grito se mesclando com algo mais. E depois só passei a ouvir meus batimentos cardíacos.

-Lucinda! – Ouvi alguém gritar meu nome e era Dylan. Ele cobriu meus olhos e me abraçou, só aí gritei com todo fervor.

-Mãe! – Berrei, com meus músculos tremendo. Eu simplesmente não acreditava, fiquei em choque.

-Tirem a caixa daqui! – Gritou Dylan. Pude ouvir pessoas no quarto, levando minha mãe. Eu não queria consolo, queria minha mãe. Eu tentava empurrar o Dylan, mas ele era mais forte então me deixou ali enterrada em seu peito.

Fiquei cansada de lutar então apenas caí em choro desesperador. Senti minha mente turva, perdendo a força,  minha visão escureceu e meu corpo faleceu.

 

Pov Dylan

-Lucinda? Lucinda! – A balancei, a mesma tinha desmaiado em meus braços. Com toda a delicadeza que pude a coloquei na cama.

Saí do quarto e desci as escadas. Encontrei meus homens esperando a bronca... Coloquei as mãos no bolso tentando controlar minha irritação.

-Vocês... – Comecei, mas eu estava tão puto que esbravejei – Como isso aconteceu? – Gritei duro e juro vê-los tremer com meu tom que eu nunca usava. – A pergunta mesmo é: Como deixaram isso acontecer?

-Sr, devo pedir desculpas, era desconhecido. Mas o senhor sempre recebe pacotes com o emissário desconhecido, não tínhamos como saber! – Falou Boyd desculpando-se.

-A menina acabou de ver a mãe esquartejada. – Só foi preciso dizer isso para saberem que desculpas não adiantavam. – Quem está metido nisso?

Erikee, o asiático que cuida das investigações via net, deu um passo à frente.

-Sr, em base nas minhas pesquisas até agora só sei que os albaneses estão diretamente ligados com a morte dessa mulher e com a encomenda!

-Hm, os albaneses? – Coloquei a mão no queixo e pensei melhor. – Por que eles? Não vejo motivo, nossa família juntou-se a dele em 1997, por que isso agora?

-Não sabemos senhor!

-Então pesquise mais! – Eu já ia saindo da sala, mas Erikee pigarreou. Virei-me novamente para ele sem paciência.

-Sr Walker, a encomenda não veio da Albânia.

Semicerrei o olhar tentando entender seu ponto de vista.

-Está me dizendo que os responsáveis pela morte da mãe de Lucinda são apenas rebeldes? – Perguntei.

Chamávamos de rebeldes aqueles Mafiosos que se viravam contra a sua família. Havia os pacíficos e os maléficos. Nem um deles jamais me fora uma preocupação, mas agora eles deram um jeito de entrar em minha casa, e isso significa que estão mortos.

Ele assentiu. Isso me irritou profundamente saber que um bando de pirralhos fez esse maldito estrago.

-Rebeldes albaneses. Quando se rebelaram contra sua família decidiram que ao fazerem isso, também fariam mal às famílias a qual os albaneses tinham trato. Nós.

-Mas por que a Sra. Singer foi a escolhida para isso? Não faz sentido. Se estão se rebelando contra  as famílias o que ela tem haver?

-Isso que estou tentando descobrir, mas temo que esse lugar não seja seguro para ela senhor.

Concordei, eu sabia muito bem um lugar seguro para ela.

 

                                       ...

Olhei-a enquanto dormia, o rosto dela estava inchado, mesmo dormindo sua feição era transtornada. Suspirei, não era justo alguém passar por isso, muito menos uma pessoa boa e doce como ela.

-Lucinda? – Chamei-a e a mesma abriu os olhos em um salto. Ela me olhou e pareceu confusa, logo ela começou a chorar.

-Tive um pesadelo! – Ela disse abraçando a si mesma. Não soube o que dizer... O que eu falaria afinal? Não, na verdade, sua mãe está morta e nesse momento a estão tirando da caixa para costurá-la.

Peguei o rosto dela entre as mãos.

-Lucinda querida, não foi um pesadelo. – Falei em voz baixa, vi pânico em seu olhar.

-Não. Não! Mãe! – Gritou e ficou em prantos, abracei-a sem saber o que fazer.

 

 Pov Lucinda

A dor que eu estava sentindo parecia não ter fim. Eu estava sem ar e Dylan ainda tentava me abraçar. Dei um chute nele e me abracei, com minhas mãos cobrindo meu rosto. Eu soluçava sem parar. E alguém me veio em mente.

-Emma... – Sussurrei em meio ao meu pranto, olhei para Dylan em pânico. –Minha amiga, ela pode estar em perigo!

-Sua amiga? Diz aquela baixinha? – Perguntou ele e me lembrei do homem de terno que a abordou, mas duvidei que fosse Dylan.

-Sim, ela mesma. – Ele me olhou contrariado. Agarrei a gola de sua camisa em desespero, eu não podia perdê-la eu precisava dela. – Traga ela, por favor. Eu faço tudo o que quiser, eu sou obediente e fico quietinha, mas... –Parei um pouco sem agüentar a dor em meu peito – Traga-a pra mim.

Ele assentiu para mim e levantou, mas antes de sair ele me lançou um daqueles olhares de pena.

-É possível que você esteja em perigo, então você vai passar um tempo na casa do meu irmão. – Ele ia saindo depois de me soltar uma bomba.

-Peraí, quem matou minha mãe? – Perguntei com as lágrimas acariciando meu rosto.

-Você ainda não está pronta, Lucinda. – Falou ele com um suspiro. Ódio me tomou de dentro para fora. Levantei da cama em um pulo e dei uma tapa no rosto de Dylan. Um estalo ecoou pela sala.

-Isso tudo é sua culpa, se não fosse você minha mãe estaria viva!

-Tudo bem, eu mereço isso! Mas a culpa não é minha Lucinda, estou do seu lado e vou ajudá-la a descobrir quem fez isso, mas por enquanto eu tenho de protegê-la. – Ele virou de costas – Ah, e mais uma coisa. Ligue para sua amiga, diga que meus homens vão buscá-la.

E saiu. Sentei-me na cama novamente, lutando para não chorar. Mas só de pensar na minha... Não, não faça isso consigo mesma.

Abri meu celular e liguei para a Emma, a mesma atendeu na primeira chamada, como sempre.

-Em? – Falei já com a voz chorosa.

-Ah não! O que houve? Onde você está?

-Em, minha... – Não consegui terminar a frase, a dor era tão grande, tão insuportável! Caí em choro novamente. – Minha mãe morreu Emma.

-O que? – Esbravejou Emma do outro lado da linha. - Eu a vi ontem de manhã isso é... Meu Deus, como você está?

-Ah, estou bem, sabe como é. Perdi minha mãe, fui seqüestrada, e agora vou ser enviada para outro homem que eu não conheço para ser protegida, pois é provável que eu também seja assassinada. – Ironizei e logo me arrependi. – Desculpa, Em, me descu-u-ulpa. – Comecei a soluçar e me calei ao ouvir Emma.

-Amor, se acalma. Onde você está? Foi seqüestrada? Tudo bem, tudo bem. – Emma falava coisas positivas para se acalmar e pude ver que estava em pânico.

-Calma Emma. – Falei enquanto eu mesma estava desesperada.

-Estou calma, Lucinda.

-Escute, uns homens vão ai na tua casa te buscar para vir aqui. – Ela ficou em silencio na linha.

-Certo, vou tirar você daí.

-Não, não vai! Não é tão simples, acredite! – Tentei convencê-la a desistir logo de cara, eu não a queria se metendo com esse povo. Minha mãe provavelmente se meteu e olha no que deu.

-Lucinda...

-Não! – Gritei ao telefone, minha voz estava tremula e minhas mãos ao telefone também. – Emma, eu não posso perder você também.

Ouvi-a chorar do outro lado do telefone.

-Estou confusa, eu queria poder entender, mas você não deixa Singer! – Ela parecia aflita e me doía no peito. Mas eu só podia contar pessoalmente.

-Em, eu te amo você sabe disso, só confia em mim!

-Você está me pedindo algo difícil.

Apesar da situação eu dei uma risadinha. Ela suspirou.

-Tudo bem, eu vou esperar os homens de preto. – Eu sorri tristemente. – Eu te amo, eu vou sempre estar aqui pra você.

-Eu sei.

Desliguei o telefone e fiquei sem saber o que fazer. Onde é meu lugar? O que eu tenho que fazer? O que vai ser da minha vida agora? Frustrada passei a mão pelos cabelos. E me veio a idéia de tomar um banho.

Levantei da cama e escolhi uma blusa branca e um short jeans claro meio surrado, cores claras era a cor preferida da minha mãe. Fui até o banheiro e entrei no Box espelhado e me permiti chorar, esbravejar, chorar e chorar até não agüentar mais. Cheguei a um momento em que meu choro era só soluços e gritos, nem as lágrimas saiam mais. E por incrível que pareça ficou mais doloroso ainda. Vê-la daquele jeito... Eu preferiria morrer ao ver aquela atrocidade novamente. Saí do Box e me vesti lentamente após me enxugar.

Sequei meu cabelo com uma toalha e o amarrei desajeitadamente em um coque. Suspirei, eu estava sentindo como se eu nunca fosse respirar novamente. Olhei-me no espelho, e pude ver como a vida é morbidamente engraçada. Como alguém que estava tão feliz em 24 horas tinha virado essa besta ambulante?

Saí do quarto e minhas roupas novas já não estavam mais no chão, minha bolsa muito menos, somente meu celular que ainda pendia sobre a cama. Adentrei mais ao quarto e me encontrei com Dylan acompanhado com um homem de que mais parecia um armário de tão alto, ou eu sou pequena demais. Seu terno era cinza-carvão, ele me fitou diretamente. A barba estava bem feita, e por cristo ele parecia um Deus de tão belo. Ele olhou descaradamente para minhas pernas e subiu o olhar para meu rosto lentamente. Senti que seu olhar me despia e rapidamente me senti desconfortável.

-Lucinda esse é o Jace, meu irmão. – Apresentou Dylan e senti nojo ao achá-lo atraente, ele é a mesma coisa que Dylan, ou pior. Jace aproximou-se de mim e pude ver a cor de seus olhos, azul, não azul claro como o de Dylan, era diferente, mais profundo. Parecia que enxergavam a alma da pessoa. E seus cabelos eu nem iria comentar. – Ele quem vai cuidar de você enquanto eu não o puder.

Ele esticou a mão para eu pegá-la, mas o ignorei.

-E se eu não quiser ir? – Perguntei me direcionando para Dylan.

-Bom, se você quiser morrer você fica, quiser viver venha comigo. É simples e pratico, eu não tenho tempo para dramas adolescentes. – Fiquei boquiaberta com tanta arrogância.

Dylan ia falar algo, mas esbravejei antes.

-Vai tomar no cu! – Falei e tapei a boca um tempo depois de ouvir eu mesma o que falei. Dylan estava assustado como eu, já Jace estava rindo.

-Já fui há muito tempo, Lucy. – Ele falou sorrindo de lado, como alguém conseguia ser tão imbecil?

-Jace, podemos conversar? – Perguntou Dylan, Jace me deu uma ultima olhada com seu ar arrogante e me deu as costas. Eles ficaram sussurrando um pouco e depois se viraram para mim. – Lucinda, querida vai ser por pouco tempo, mas eu preciso que colabore!

Eu não respondi, ele falava como se eu tivesse escolha, eu sabia que não tinha. Baixei a cabeça para controlar o choro e o desespero que vinha logo em seguida. 



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