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História Powerless Wings - Capítulo 5


Escrita por: An_celes

Capítulo 5 - Capítulo 5


-Se sente melhor Hunter? -Pergunta Belos.

-Sim meu senhor. Lamento que a minha falta de cuidado pessoal tenha me comprometido temporariamente. -Hunter esperava algum tipo repreensão ou coisa parecida, afinal ele viveu dezesseis anos com Belos sob o mesmo teto. Mas ele só recebe um leve sorriso do seu tio.

-Não se preocupe. Não tivemos nenhum trabalho para o seu nível. -Belos abaixa o capuz de Hunter e coloca sua mão sobre sua cabeça e a movimentar lentamente. -Você tem feito um trabalho excelente, e o titã está satisfeito. O titã me disse que você merece um dia de descanso, e eu concordo.

Belos dá um último sorriso e vai para seu trono. Hunter estranha, Belos nunca faria isso, ao menos era o que ele pensava.

-Obrigado meu senhor. -Hunter faz uma referência e vai embora.

-Apenas tome mais cuidado com sua saúde, ter que chamar um membro do coven dos curadores seria desnecessário. -Ai estava o seu tio que ele não sabia se odiava ou ainda o amava por ter o acolhido, ou uma amálgama de sentimentos.

-Sim tio. -As últimas palavras de Hunter antes de ir embora.

Tá certo. Mas e agora? Ele não tinha nenhum plano, não tinha idéia do que fazer. Ele não estava apenas da sua chamada "folga", mas também de tudo. Agora que ele tinha perdido sua base, o que ele faria? A opção de continuar do lado do imperador era estável, mas não era o que ele queria.

Se ele realmente continuasse, o que faria? Caçaria mais vidas para serem entregas a morte, ou talvez apenas as trancafiassem em um lugar escuro? Acreditar que isso era o certo para a proteção de todos já não funcionava mais. A magia selvagem pode ter destruído sua família, mas ela não é diferente da magia atual.

E sua outra opção era descartar todas as suas crenças e jogar sua vida no lixo, para se arriscar em um mundo onde Hunter não significava nada. Não poderia negar o quanto era tentador, agir por si mesmo, criar seu futuro com as próprias mãos, talvez até alguns amigos no futuro.

Um sorriso brota em seu rosto. Era uma fantasia adorável que Luz o sempre fazia pensar. Ele sabia que seria uma péssima idéia ter concordado em se aproximar da Noceda, mas no momento não era, não mais. Estava feliz que tinha concordado, seus dias tem sido mais fáceis graças a ela.

Bem..."fácil" não é a palavra certa, afinal sua dúvida aumentava mais. Mas...viver se tornou mais fácil.

Se é que isso é possível.

Hunter fecha a porta de seu quarto e joga as suas coisas de lado para se arremessar na cama. Rascal voa até a cabeceira da cama e pia, fazendo o loiro se deitar direito na cama.

-Belos falou que eu tinha um dia de descanso, e é isso que vou fazer. Não pretendo me mover tão cedo. -Falava Hunter jogando suas asas cada uma para um lado. As vezes era estressante não ter como se livrar dessa "capa", mas nada que ele não pudesse cuidar.

Rascal dá um pio animado e pousa no seu segundo ninho favorito, o peito de Hunter. Sentindo a pressão em seu peito o bruxo pega um dos lados da sua "capa" e cobre seu amigo.

Um barulho interrompe a tentativa de sono de Hunter, ele abre relutante seus olhos e encontra uma figura feminina o encarando ao lado de sua cama. Então ele faz o mais racional no momento.

-GAAHH! -E com um grito capaz de rachar vidros ele cai da sua cama com o susto e bate a cabeça na sua estante de livros, o que cria um efeito dominó que só faz com que alguns livros caiam em cima de si.

Aparentemente ele nunca tinha um "dia de descanso".

-Desculpa! Você está bem? -Perguntava Noceda tirando alguns livros de cima de Hunter.

Por que mesmo que eu estou indo contra tudo que eu acreditei a minha vida inteira? Hunter se perguntava sentindo seu nariz transportar um líquido quente. Seu campo de visão é devolvida quando o último livro é retirado, e a resposta para sua dúvida estava a sua frente.

-Ai meu deus, você está sangrando. -Ele coloca o dedo embaixo da sua narina e o coloca a sua frente, assim percebendo o sangue. Estava fazendo uma nota mental sobre arrumar seus livros e colocar os menos pesados no topo. -Desculpa Hunter! Eu vou dar um jeito nisso.

Luz tira um pedaço de papel do bolso e rabisca alguma coisa colocando no nariz sangrando de Hunter, poucos segundos depois - e de secar o sangue - ele não estava mais sangrando. Ela ganhou um olhar intrigado e alegre por parte dele, era sempre uma surpresa quando Hunter ficava alegre, mas ela sempre se sentia bem.

-Isso foi magia de cura? Como você conseguiu? -Hunter se sentou em poucos segundos e seus rostos ficaram a uma proximidade assustadora, mas ele não pareceu notar.

-Li-Lilith que me mostrou! -Ela se afasta corando um pouco com a aproximidade, por um momento ela pensou mesmo que ele faria isso. -É um combo de glifos.

-Isso é incrível. Se com um combo você consegue criar outro feitiço, então outras combinações criam outras. E isso significa que o mais simples dos feitiços pode possuir uma complexidade desconhecida. -Hunter falava com entusiasmo, sempre que envolvia magia ele se empolgava, mas magia selvagem era em um nível totalmente diferente. Mas então ele percebe, Luz estava em seu quarto. -Espera. Por que você está aqui?

-Ah isso... -Ela parecia ter se esquecido da situação que estava. -a gente não se encontrou ontem e eu fiquei preocupada.

Hunter podia acreditar no que estava escutando, agir muito e pensar era o que ela fazia, mas chegar a tal nível era simplesmente..."Luz Noceda", não havia maneira melhor de definir isso. Ele desfaz a sua cara de raiva de sempre e começa a gargalhar como se tivesse escutado a melhor piada de todas.

-Por que você está rindo? -Luz perguntava confusa. Rascal pousa em seu ombro mas não diz nada.

-Você... -Hunter tentava se recuperar do ataque de risos, nunca pensou que respirar você tão difícil. -você veio me ver. O inimigo, na base do seu maior inimigo, com risco de ser capturada. -Suas risadas cessam imediatamente.

-Alguém viu você? Suas asas estão inteiras? -Hunter perguntou quase pegando as jóias plumadas de Luz, ele parou no meio do caminho ao perceber o que estava fazendo.

-Não, ninguém me viu. Você está bem Hunter? Eu não acho que magias de cura possam curar dano cerebral. -Hunter simplesmente ignorou o comentário.

-Sim, só tive mais outro da minha série de pesadelos. -Hunter falava levianamente e se sentando em sua cama, Noceda o acompanha e se senta na cama também.

-E o que aconteceu nesse pesadelo? Isso é, se você quiser contar. -Era normal Hunter falar que tinha tido pesadelos a semana toda, mas eram poucas vezes que ele contava. Ela imaginava que os que ele não contava estavam diretamente ligados ao seu tio.

-Você... -Sua boca começou antes da sua mente pensar. -Você estava lá, na minha frente...sem asas. Belos as arrancou em um tentativa de fazer você falar sobre a chave, mas quando ele se cansou falou que era a minha vez. -Hunter encarava triste o chão tão interessante e seus livros jogados de forma tão interessante.

-O que você fez? -Ela estava se sentindo nervosa de perguntar, Hunter nunca os reveriu como amigos, neutros ou outras coisas que não fossem inimigos. Apesar dele já ter mostrado bastante o quando ele gostava das suas conversas noturnas.

-Nada. Não pude fazer nada, não podia machucar mais você. -Ele olha para as asas prateadas ao seu lado e depois para os olhos castanhos de Luz. -Fiquei feliz que era só um pesadelo.

Ele deu um leve sorriso que fez Luz sentir seu coração correr como um louco, instintivamente ela cubriu o rubor que estava crescendo em seu rosto com suas asas.

-Está tudo bem Noceda? -Ela estava ficando nervosa de uma maneira que nem deveria ser possível.

-Sim, claro! -Tentava fazer a sua voz soar normal. -É só...pode tocar nelas se quiser.

Em uma medida desesperada ela se amaldiçoou em minimamente umas cincos línguas diferentes, era muito estranho isso! Até para Luz!

O ambiente ficou silencioso e ela ainda não se sentia pronta para encarar Hunter. Ela o conhecia melhor agora, certamente ele não iria fazer isso.

Era o que ela pensava antes de sentir uma mão deslizar por suas penas. Hunter passava seus dedos levemente como se estivesse com medo de quebrar algo, era uma sensação nova ter alguém tocando suas asas assim. Normalmente seguram sua asa rudemente e com força, mas com Hunter era mais gentil, afinal isso fazia sentido ele também tinha asas apesar de quase não as usar.

-E-e você não tem nenhum trabalho de Guarda Dourado hoje? -Sua voz falhou mas ele não pareceu ligar.

-Está querendo se livrar de mim Noceda? Pensei que gostaria de passar mais tempo comigo. -Hunter falava calmo e com uma voz baixa, ele estava tentando brincar com as ações de Luz mas tudo o que conseguiu foi fazer uma voz sedutora.

A asa saí das mãos de Hunter em um instante e Luz já se encontra contra a parede apenas alguns centímetros do loiro que a encarava com dúvida.

-Eu sequer vou perguntar sobre isso. Mas respondendo a sua pergunta, não. O imperador me deu um dia de descanso. Apesar de eu achar que isso era um mito. -A sensação macia e aconchegante das asas de Luz faziam falta, mas não iria continuar, ela já mostrou como odiou esse momento.

-E-e o que você pretende fazer? -Luz tenta voltar a agir normalmente, mas ela é incapaz de fazer tal coisa, não até seu coração parar de correr essa maratona.

-Nada. Bem eu ia ficar aqui e possivelmente arrumar meu quarto, e depois fazer algumas pesquisas. -Ironicamente o dia de descanso de Hunter envolvia trabalho, e ele insistia de que não era um viciado no trabalho. Luz levanta da cama abruptamente.

-Eu não vou aceitar isso! Vem comigo, como sua amiga eu vou te fazer se divertir. -Ela estende sua mão enquanto ignorava o fato da bomba que seu coração virou, só esperava que Hunter ignorasse o rubor em seu rosto. O loiro por sua vez encarou Luz por alguns segundos e deu um singelo sorriso tão puro que Luz agora devia ser chamada de Tomaceda.

-Se você diz. -Ele coloca sua mão sobre a dela e a fecha. -É normal os humanos ficarem tão vermelhos?

-Si-sim! Claro! Fazemos isso o tempo todo! -Podia agradecer pela biologia humana ser completamente desconhecida nas Ilhas Ferventes.

Mas o importante, por que ele estava segurando sua mão?! Ele achou mesmo quer era para fazer isso?! Ele não estava flertando com ela né?!

Não, isso é demais. Ela pensou consigo mesma, pensar em alguém como Hunter flertando com ela só acontecia em seus animes. Apesar de parecer um sonho um desses animes se tornando real, não devia ser nada e era ela que estava surtando atoa.

-Senhor. Guarda Dourado senhor. -Uma voz batia em sua porta.

Em poucos instantes ele pegou sua máscara, cobriu sua cabeça e escondeu a humana embaixo de sua cama.

-O que aconteceu? -Perguntou o Guarda Dourado abrindo a porta e vendo um dos membros do coven. -Se for algo relacionado ao coven eu não posso fazer nada, o imperador me retirou dos meus deveres por hoje.

-Na verdade senhor, barulhos foram escutados do seu quarto e eu vim verificar.

-E você vem verificar depois de quanto tempo? Se eu realmente precise de ajuda eu teria morrido, por sorte foram só alguns livros caindo. Agora volte ao trabalho e pare de perder meu tempo inultimente. -O guarda sai com a cabeça baixa.

-Olha Steve, eu estou estressado e não quis falar tudo isso. Obrigado por fim, mas seu tempo de reação tem que melhorar, a menos que queira pegar o meu cargo. -Hunter brincou sentindo uma vontade enorme de se justificar.

O guarda simplesmente balançou a cabeça e foi embora, finalmente deixando Hunter fechar a porta e tirar a máscara. Normalmente o Guarda Dourado nunca iria se explicar para alguém que não fosse o imperador, mas Steve cuidou tanto dele em seus treinamentos ao menos devia isso a ele. Bem, se fosse ele também, pelo uniforme incluir uma máscara e um capuz era bem difícil quem era quem até mesmo se você o conhecia á 10 anos.

Hunter coloca sua máscara sob a mesa com cuidado e a observa, não que ela fosse se mover ou tentar pular na sua cara. Mas estava pensando, pensando no que ela representava e o que significava ser o Guarda Dourado. Ele realmente queria o que ele era? Realmente queria ficar com sua segunda metade?

-Eeehh, estou interrompendo algo? -Luz perguntava retirando a atenção de Hunter.

-Não, só estou vendo se eu consigo disparar raios de fogo pelos meus olhos e pra minha surpresa eu não consigo.

Não tinha porque informar a ela sobre suas dúvidas, apesar dela não seguir o que seria considerado normal - como se tornar amigo do braço direito do seu maior inimigo - ainda acreditava que ela iria tentar convidar ele de novo para seu grupo revolucionista.

-Então agora vamos a uma aventura de folga. -Dizia Luz com a sua animação de sempre e Rascal voando para Hunter e se transformando em cajado.

-Eu não tenho certeza se isso se encaixa ao conceito de folga, mas tudo bem. -Hunter se preparava para voar. -Espera, como vamos sair sem ser vistos?

Luz puxa dois pedaços de papel com um glifo completamente estranho e coloca um no peito de Hunter e outro no próprio. De acordo com ela se eles prendessem a respiração ficariam invisíveis. Talvez nem todos os feitiços fossem combos então.

Hunter aponta para ela subir no cajado e ela o faz.

-Você pode ficar um pouco enjoada, mas vai passar logo. Eu acho.

-Relaxa, eu já voei muito com palismã.

Hunter só dá um sorriso como se estivesse esperando para ver o que fosse acontecer. Eles prendem a respiração e somem em um flash invisível.


Notas Finais


Frases incorretas:
Luz, abraça Hunter: Abraço surpresa!

Hunter, se afasta: Aahhhh! Invasivo!

Luz:

Hunter:

Hunter: Faz de novo...

Eu possivelmente vou fazer isso aleatoriamente durante as fics, eu adoro esse "quadro" e ele deve ficar por um bom tempo.


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