1. Spirit Fanfics >
  2. Pra Sempre >
  3. A Verdade se Aproxima

História Pra Sempre - A Verdade se Aproxima


Escrita por: TamyFranco

Capítulo 21 - A Verdade se Aproxima



 

John


 

-Rebecca é filha da Sarah! - invado a sala de Patrik.

-Que susto John! - Patrik coloca as mãos no coração. - Do que você tá falando?

-A Rebecca é filha da Sarah mano! - sorrio.

-E como pode ter tanta certeza disso? - Patrik cruza os braços.

-Simples… - me sento na cadeira de frente pra ele. - Encontrei a Rebecca no hospital antes de ontem e ela me disse que a mãe dela trabalha no hospital!

-Mesmo assim… Que garantia você tem que é a Sarah que é mãe dela?

-Mano… - encaro Patrik. - A Rebecca é igualzinha a Sarah quando era mais nova, e é justamente a Sarah que trabalha no hospital onde a Rebecca disse que sua mãe tambem trabalha, é só ligar os pontos!

-E…

-Bom… Agora sei que a Sarah tem uma filha…

-Que provavelmente deve ter uns 18 anos, pois até faculdade ela já faz. - observa Patrik.

-Sim, ela deve ter uns 18 mesmo, a mesma idade que não via Sarah… - um lapso me ocorre, me levanto de repente da cadeira e passo as mãos no cabelo. - Patrik do céu!

-O que foi agora?

-Eu acho… Acho… Que a Rebecca pode ser minha filha…

-Agora você pirou de vez mano! - Patrik revira os olhos.

-Faz as contas Patrik… - volto a me sentar e encaro Patrik. - Se a Rebecca tem mesmo 18 anos, ela foi concebida na época em que estava com Sarah…

-Mas já pra parou pra pensar que a Sarah pode ter tido essa filha de outro cara?

-Duvido! A Sarah não ia me deixar e logo em seguida já engravidar de outro assim! Conheço ela, jamais ela faria isso!

-Como pode ter tanta certeza disso? As pessoas mudam John, vai que a Sarah não é a mesma garota daquela época…

-Pare de ser negativo Patrik! - me levanto novamente e começo a andar de um lado pro outro. - Você conheceu a Sarah de agora, você viu que ela é a mesma pessoa!

-Olha John… Só não quero que você crie expectativas pra depois quebrar a cara… - Patrik vem até mim e coloca a mão no meu ombro. - Tudo bem, a Sarah não mudou, você a ama e tal, mas… Pensar que a Rebecca pode ser sua filha, você não acha um pouco demais não?

-Só estou ligando os fatos mano, e todos eles me levam a crer que a Rebecca é sim minha filha!

Patrik respira fundo e me encara.

-É uma loucura e você sabe disso, mas… Só tem um jeito de você saber…

-Vou conversar com a Sarah, e logo!


 

[…]


 

Sarah


 

Ando pelo corredor olhando os prontuários dos pacientes, vi dona Valéria logo que cheguei, mas ela estava dormindo, ainda bem! Ainda não vi John e ninguém da família dele. Uma moça chique sai do elevador e caminha em minha direção, realmente ela é linda, loira platinada, deve ser modelo pelo jeito como anda, usa grife da cabeça aos pés, um vestido nude bordado com pedras que marca sua silhueta perfeita, um salto alto escândalo, mas que jamais conseguiria me equilibrar, ela deve ser o tipo de mulher que por onde passa arranca suspiros e olhares furtivos, ela abra um sorriso ao se aproximar e tira os óculos de sol, e como previsível ela tem os olhos azuis cor do mar.

-Com licença… - diz ela.

-Pois não. - fico até meio sem graça diante dessa mulher marcante.

-Estou procurando uma paciente…

-Poderia me dizer o nome dela? - meu lado profissional aparece.

-Valéria Simon.

Tremo diante ao nome.

-O quarto dela se encontra no fim do corredor. - digo. - Mas ela está dormindo agora, acabei de ir vê-la faz uns 20 minutos…

-Você deve ser a doutora Sarah! - o sorriso da moça aumenta.

-Sou eu mesma. - tambem sorrio.

-Oh meu deus! - ela se joga em meus braços num abraço acalorado. - Você salvou a vida da minha sogrinha querida! - ela segura meus ombros, me encara e volta a me abraçar. - Você é um anjo!

-Que isso…

-É sim! - ela me encara. - Muito obrigada, de coração! - ela coloca a mão no coração dramaticamente.

-Só fiz meu trabalho, senhorita…

-Jéssica, pode me chamar de Jéssica, sou a noiva de John, o filho mais velho de dona Valéria!

“Ué, não era só uma namorada?”

-Então você é a Jéssica…

-O John deve ter falado de mim pra você…

-Na verdade estávamos conversando quando você ligou avisando que vinha.

-Pois é, era meu dever estar aqui, afinal é minha sogra né! - ela joga o cabelo.

-Com certeza!

-Mas sabe como é, vida de modelo não é fácil, Milão é uma loucura, meu empresário quis me matar quando disse que vinha pra cá!

-Imagino! - sorrio sem graça.

-Mas cá estou, vim apoiar meu noivinho fofo!

-Que bom! Bom… Se quiser ver se a dona Valéria já acordou… - sugiro pra ver se consigo me livrar dessa melosidade toda.

-Ótima ideia! E muito obrigado mais uma vez, não tem preço o que você fez pela minha sogrinha!

-Só fiz meu trabalho.

-Um ótimo trabalho por sinal! Mas… Deixa eu ir lá, a gente se vê por ai doutora Sarah!

-Ah sim! - “infelizmente!”

Jéssica se vira e sai rebolando o quadril.

“O John caprichou nessa hein!”


 

[…]


 

John


 

-Sarah! - chamo ao avistá-la. - Que bom que te encontrei!

-Bom… Por que? - ela parece relutante.

-Acho que precisamos conversar.

-John…

-Por favor Sarah, eu preciso muito saber de uma coisa, sei que posso conseguir essa resposta de outras pessoas, mas eu quero que venha de você!

Ela fica me encarando, parece apreensiva, até mesmo com medo, mas eu preciso saber a resposta.

-John… Tambem preciso muito conversar com você, mas…

-Devemos isso um ao outro Sarah! - tento ser mais convincente.

-Aqui não é o melhor lugar pra isso John…

Me aproximo de repente e toco seu braço.

-Promete pra mim que vamos ter essa conversa? - a encaro nos olhos. - Promete?

-Mãe! - ouço uma voz se aproximando. - John? - me viro para ver quem é e me deparo com Rebecca nos encarando sem entender nada. - Espera… Vocês já se conhecem? - ela sorri.

-Oi filha! - Sarah se afasta do meu toque constrangida. - O que faz aqui?

-Tivemos uma aula vaga hoje na faculdade, como estou desde ontem sem te ver, resolvi dar uma passada aqui antes de ir para casa, estava com saudades! - Rebecca se aproxima da mãe e a abraça.

Sarah me observa por cima do ombro da filha.

-Mas vocês não responderam minha pergunta… - Rebecca me encara e depois Sarah. - Vocês se conhecem?

-Foi sua mãe quem salvou a vida da minha mãe Rebecca. - respondo colocando as mãos no bolso da calça.

-CARACA! Que coincidência maluca essa hein! - Rebecca fica super feliz com essa descoberta. - Tá… Mãe agora é você quem deve estar perdida, deixa eu explicar… O John é dono da empresa de engenharia que foi dar a palestra lá na facul que te falei outro dia.

Sarah me encara e volta a olhar para a filha, sinto apreensão em seu olhar.

-O senhor John filha? Que legal! - Sarah parece sem graça.

-E não é! - Rebecca apoia o braço no ombro da mãe.

-Sua filha é muito inteligente por sinal doutora Sarah! - resolvo elogiar.

-Tive por quem puxar modéstia parte. - Rebecca olha para a mãe.

-Você não faz ideia o quanto filha! - Sarah me encara. - Bom… Preciso ir, meus pacientes me aguardam…

-John! - “Opa, reconheço essa voz que me chama!”

-Jéssica! - digo segurando o ar. - “Era tudo o que eu não precisava agora!”

-Oi amor! - ela se aproxima e me abraça. - Faz tempo que chegou? Senti sua falta, estava lá com sua mãe, ela está horrível tadinha, mas como não ando sem um quite de primeiros socorros que toda mulher tem que ter na bolsa, dei um tapa no visu dela…

-É… Jéssica! - “Preciso conter essa gralha!” - Você já conhece a doutora Sarah?

-Ah sim, claro! - Jéssica sorri para Sarah. - A conheci logo que cheguei, ela que me disse onde sua mãe estava.

-Uma curiosidade… - Rebecca se pronuncia. - Que quite de primeiro socorros é esse que toda mulher deve ter na bolsa?

-Maquiagem né querida! - Jéssica sorri para Rebecca. - E você quem é?

-Filha da Sarah. - Rebecca aponta para a mãe.

-Jura que você já tem uma filha desse tamanho? - Jéssica parece chocada. - Mas você parece tão nova!

-Minha mãe me teve quando ela tinha 17 anos. - revela Rebecca.

Sarah me encara e fica branca.

-É… O papo tá bom mas preciso realmente ir, o dever me chama. - Sarah vai saindo.

-Mãe vou só dar um alô pra tia Loren e já vou pra casa tá. - diz Rebecca ajeitando a mochila nas costas.

Sarah se vira, encara a filha, depois a mim e depois Rebecca novamente.

-É… Tudo bem então filha. - Sarah gagueja.

-Te amo! - Rebecca acena para a mãe.

-Tambem te amo! - Sarah sorri para a filha e sai.

Sarah vai se afastando de cabeça baixa até virar um corredor e sumir de vista.

-John me leva pra comer alguma coisa, não comi nada desde que cheguei. - pede Jéssica.

-Vamos até o refeitório do hospital. - sugiro.

-Jura? - Jéssica faz cara feia.

-Desculpa me intrometer… Mas já me intrometendo, conheço um lugar bacana pra comer por aqui. - Rebecca se manifesta. - Posso dizer onde fica.

-Tenho uma ideia melhor… - Jéssica olha para Rebecca. - Vamos com a gente, ai aproveito e te ensino uns truques que toda mulher deve saber!

-Não quero atrapalhar. - Rebecca fica sem jeito.

-Não vai atrapalhar nada não garota, aliás… Como é teu nome? - pergunta Jéssica.

-Rebecca.

-Gostei… Rebecca. - Jéssica pronuncia o nome e sorri. - Então… Vamos?

Rebecca me encara e sorrio para ela.

-Vamos. - respondo.

E assim seguimos os três para fora do hospital.


 

[…]


 

Sarah


 

Assim que viro o corredor me encosto na parede e fecho os olhos.

O que eu mais temia está acontecendo, Rebecca se encontra com seu pai, só que ela não sabe disso, bom… Nem o John sabe que tem uma filha, fiquei assustada quando soube que eles já se conheciam, Rebecca mostrou ter tanta intimidade com o John, será que isso é de família? O John quer conversar comigo, mas sobre o que afinal? Nosso passado? Dona Valéria diz que ele ainda me ama, e não duvido nem um pouco disso, pois o olhar do John para mim não mudou desde o passado, o mesmo olhar como se eu fosse o centro do Universo, e eu tambem não posso negar que meu sentimento por ele não mudou nem um pouco, mas… Essa tal conversa precisa acontecer sim, tá tudo acontecendo muito rápido, quanto mais eu adiar isso pior.

-Sarah! - Loren se aproxima. - O que você tem?

-Você não faz ideia mana! - respiro fundo e passo as mãos no cabelo.

-Até acho que faço… Acabei de ver Rebecca saindo com John e uma loira chiquérrima do hospital.

“OH MY GOD!”

-Tem certeza que viu direito? - fico perturbada.

-Se a garota que saiu acenando para mim e dizendo “tchau tia” não era Rebecca, não sei quem era! - Loren brinca.

-Loren isso é sério, minha filha tá andando por ai com seu próprio pai sem saber disso tá!

-Não sabe porque você não disse.

-Ainda… John me procurou hoje e disse que precisamos conversar.

-O QUE? - Loren fica chocada.

-Não sei exatamente sobre o que, mas ele disse que precisa saber de uma coisa que só eu posso lhe dar a resposta.

-Será que ele desconfia de algo?

-Se não desconfiava agora desconfia… - resolvo me sentar em uma cadeira ali perto. - A loira que você viu e a tal da Jéssica…

-A vaca da foto que a dona Valéria te mostrou? - Loren senta-se ao meu lado.

-Ela nem é tão vaca assim Loren…

-Tem jeito de ser tão metida!

-Ela é meio sem noção isso sim, mas… Isso não impede dela ser modelo em Milão.

-Uau! O John não brinca em serviço!

-Enfim… A Rebecca estava junto quando a Jéssica apareceu, ai ela disse que me achava nova quando a Rebecca disse que era minha filha…

-O que concordo plenamente com ela, você ainda tá com a bola toda mana!

Encaro Loren e reviro os olhos.

-Que? Até essa Jéssica, que é modelo, reconheceu isso oras! - Loren levanta as mãos no ar.

-Vai me deixar continuar ou vai ficar me interrompendo pra falar do meu estado de beleza?

-Tá, continua.

-Ok… Ai nisso a Rebecca me deixa escapar que tive ela com 17 anos, na hora o John me encarou procurando respostas né, eu não sabia onde enfiar a cara, se o chão se abrisse ali naquela hora seria uma boa!

-Maninha… Tu tá lascada!

-Obrigada pela positividade! - sorrio sem graça para Loren.

-É… Vocês precisam mesmo conversar.

-Sei disso, mas tô com medo!

-Tambem estaria no seu lugar, mas nós duas sabemos que isso ia acontecer mais dia menos dia, ainda mais depois desse reencontro.

Apoio o cotovelo nos joelhos e minha cabeça nas mãos.

-Saber que ele ainda me ama não facilita em nada as coisas. - digo.

-Mas ele tem a Jéssica, e olha que aquela lá não é pouca mulher não!

Levanto a cabeça e encaro Loren.

“Minha irmã é tão legal quando quer ser… Só que não!”

-Tá, parei. - Loren coloca a mão na boca. - Mas como sabe que ele ainda te ama?

-Dona Valéria me disse.

-Você conversou com ela? Quando?

-Ontem.

-Me conta essa história direito!

-Doutora Sarah. - uma enfermeira me chama. - O paciente do quarto 24 acordou.

-Ok, já vou lá vê-lo, obrigada. - respondo.

A enfermeira sai e Loren fica me encarando.

-Sei que o dever te chama, mas a noite te ligo e quero saber essa história tim tim por tim tim! - Loren se levanta, me da um beijo na testa e sai.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...