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História Prazer, a filha do batman - Retorno


Escrita por: Hallsdeplyz

Notas do Autor


Gente esse capítulo ficou meio grande KKKKK
Desculpeeee

Capítulo 35 - Retorno


Fanfic / Fanfiction Prazer, a filha do batman - Retorno



 

Eu me encontrava em um metrô no centro de Gotham.
 

As pessoas corriam desesperadas enquanto gritavam de pavor. Haviam vários corpos ao chão já sem vida e sangue por toda a parte.
 

Ao me analisar, percebi trajar um macacão vermelho e preto junto de uma espécie de chapéu. Ao meu lado, estava Joker. Ele ria divertido enquanto atirava nas pessoas. Trajava um smoker preto, o que o deixava deslumbrante.
 

Eu não entendia o que estava acontecendo, mas estava feliz; Estava ao lado de meu amor e fazendo aquilo que mais me divertia: o mau.
 

De repente, ele parou de atirar e virou-se para mim.

 

- Linda... - Ele tocou meu rosto enquanto dizia. Suspirei me desfrutando da sensação de seu toque em minha pele. - Somos perfeitos um para o outro.
 

Sorri. Éramos, mesmo.
 

Mas então ouvimos uma explosão próxima de nós. Ao olharmos em direção ao barulho, avistamos Batman aparecendo no meio da escuridão.
 

- Batsy! - Riu o príncipe palhaço do crime. - Chegou bem na hora!
 

- Estou cansado de suas piadas, Joker. - Disse o homem morcego, se aproximando de nós.
 

E nos próximos momentos, vi Joker atirar diretamente contra o rosto de Batman. Sua cabeça explodiu-se em milhões de pedaços e vi seus miolos escorrerem nas paredes e seu sangue respingar em nós.
 

Joker sorria de orelha à orelha quando virei-me para fita-lo. Eu sentia a adrenalina passear por todo o meu corpo, mas não era algo ruim. Eu estava mais feliz do que nunca.
 

- Case comigo, Margot. - Seus lábios se aproximaram dos meus. Sorri. - Vamos ser o caos em Gotham, juntos.
 

- Sim! - Exclamei. Vi seu sorriso se aumentar ainda mais. - Eu te amo, Joker!
 

Seus lábios se aproximaram do meu ouvido e então ele sussurrou;
 

- Eu também te amo.
 

E logo em seguida ele buscou por minha boca, beijando-me.
 

Aquele momento era perfeito. Ele era perfeito. E eu queria que aquilo nunca acabasse.











 

Mas como em um piscar de olhos, o metrô desapareceu e já não me encontrava mais lá e nem com Joker. Vi então vários repórteres e câmeras na minha frente. Eles me gravavam para canais de televisão enquanto eu ouvia milhares de questionamentos direcionados à mim.
 

E então percebi que havia tido uma alucinação. A realidade é que eu estava junta de Bruce, vestida como uma princesinha (1) e em frente ao departamento de Polícia de Gotham enquanto via todas aquelas pessoas e câmeras na minha frente. Já haviam se passado uma semana desde o ocorrido no galpão e a morte de Jason, e mais uma vez, eu estava lá depois de depor contra Joker.
 

Era uma pura confusão. Por um momento, me vi sufocada naquela multidão de pessoas em cima de mim em busca de informações e repostas.
 

- Senhorita Wayne, como se sente após tantos sequestros? - Questionou uma repórter qualquer, e então todos esperaram para que eu respondesse.
 

- Eu... - Eu mal conseguia formular uma frase diante de tanta expectativa de resposta. - Bem, eu acho.
 

- Por que Joker sempre está atrás de você? - Questionou um outro repórter. Senti meu coração apertar.
 

- A senhorita Margot é filha de um dos homens mais bilionários do país, então, por conta disto, é claro que chamará a atenção dos criminosos. - Respondeu por mim a detetive Renee Montoya.
 

Renee trabalhava no departamento de Polícia da cidade. Sendo considerada uma das melhores policiais, foi recebida o cargo de detetive chefe.
 

- Mas, Margot, muitos especulavam que você estava apaixonada pelo coringa. - Disse uma outra repórter. - Isso é verdade?
 

- Eu quero ir embora. - Sussurrei para Bruce, que assentiu. Não estava aguentado mais tanta pressão. Eu sentia minhas mãos suarem e meu coração palpitar de nervoso.
 

- Tudo bem, pessoal! Já chega de perguntas! - Exlcamou Renee aos repórteres assim que percebeu minha reação. - Isso aqui é uma delegacia, não uma sala de entrevistamento!
 

Os repórteres então se afastaram, nos dando passagem, mas claro que as perguntas direcionadas à mim não pararam. Mas que inferno. Queria tanto uma arma em uma hora dessas.
 

E ao pensar em armas de fogo, lembrei do dia em que Joker me ensinou a atirar e as outras coisas que rolaram. Automaticamente senti meu rosto esquentar.
 

Passamos pelos repórteres e finalmente alcançamos a porshe preta de Bruce. Sentei no banco de carona e ele ao lado, no de motorista. Dando partida com o carro, saímos dali deixando milhares de repórteres para trás. Rapidamente chegamos à mansão, e por um momento parei para observa-la.
 

Havia se passado tão pouco tempo, mas muita coisa aconteceu tanto fora quando dentro desta imensa casa. Eu nem conseguia acreditar que estava de volta.
 

Bem, depois que eu desmaiei no galpão com a explosão, Batman me resgatou e me deixou no hospital. Dias depois, Bruce foi contactado e foi me buscar. Tive de passar na delegacia com ele para eu depor contra Joker e mais uma vez inventei uma história de que o príncipe palhaço do crime havia me raptado.
 

Todos pareciam ter acreditado parcialmente, menos Bruce. Eu sentia que seu olhar sob mim era sempre desconfiado e de vigilância, como se eu estivesse prestes a tentar alguma coisa a qualquer momento. Eu não entendia bem o por que, mas parecia que ele sabia que tudo o que eu dizia era mentira.
 

Mas ele não me disse nada. Pra falar a verdade, mal nos falamos desde que eu apareci.
 

Tive de passar também em um hospital psiquiátrico. Segundo os médicos, eu estava com uma síndrome pós traumática, ou algo assim. Foi receitados alguns remédios para eu tomar a cada três horas. Ótimo, agora eu teria de passar o dia sendo dopada. Estava sendo tratada como uma louca.
 

Assim, desci do carro em silêncio e caminhei até a entrada da casa quando ouvi Bruce me chamar;
 

- Margot. - Virei-me para fita-lo, à espera de que prosseguisse com suas palavras. - Podemos conversar?
 

- Não pode ser outra hora? - Perguntei enquanto adentrava à mansão e ouvia Bruce vir atrás. - Estou tão exausta.
 

- Não, Margot. - Sua voz soou duramente fria. - Vamos conversar agora.
 

Revirei os olhos e então me joguei no sofá. Ótimo, que comece o teatro de pai que se importa com a filha.
 

- Não haja como se nada tivesse acontecido. Completou uma semana desde a morte de Jason, - Dizia ele com um semblante e timbre sérios com uma pitada de amargor. - não compreende como isso influencia agora?
 

- Ah, não vem com essa! - Interompi aquele papo furado. - Não é como se eu estivesse feliz com tudo o que está acontecendo!
 

- Margot, só não quero que mantenha segredos. - Ele se aproximou de mim, e por um momento recuei. - Ainda sou seu pai.
 

- Como se eu fosse a única que mantivesse segredos nesta casa. - Sorri irônica. Bruce me fitou confuso com minhas palavras e então decidi dar uma procedência. - Você também parece esconder algo.
 

- O que? - Seu olhar transpassava indignação, com um leve traço de desespero. Percebi então que estava conseguindo o atingir. Sorri com aquilo. Adorava entrar na mente das pessoas e depois cospir lá dentro. - Margot, saiba que sou um livro aberto.
 

- Bem... - O fitei por alguns segundos enquanto analisava-o, coletando informações que sua essência transpassava. - Você teve uma infância difícil. Com certeza, de alguma forma, tenta aliviar isto. Como se tivesse uma segunda identidade e escondesse isso de todos.
 

Por um momento, seu olhar vacilou e pude perceber o quanto ele me fitava surpreso com minhas palavras. Bingo!
 

- Bem, - Disse ajeitando sua gravata desconfortávelmente enquanto retomava sua postura. - talvez você tenha algo a me dizer sobre essa reviravolta em sua vida.

Droga, não fuja do assunto.
 

- Pai, - O fitei com a minha melhor cara de tristeza. Sou uma ótima atriz. - ...Foi horrível para mim. Não tem noção do quanto senti falta daqui. - O ouvi suspirar.
 

- Olha, vamos esquecer este episódio. - Ele se sentou ao meu lado, me abraçando logo em seguida. - Veja isto como uma segunda chance.
 

Assenti com minha cabeça deitada em seu peito. Eu podia ouvir seu coração bater.
 

Depois disso fui para meu quarto tomar um banho e tirar aquela roupa desconfortável. Eu não me sentia autêntica com aquele vestido idiota. Eu me sentia como a antiga Margot, e eu não queria ser ela novamente.
 

Mas, apesar disso, eu queria sim uma segunda chance. A morte de Jason foi algo triste para todos nós, e como eu acreditava que Joker agora me via como uma traidora, eu não tinha escolhas. Eu voltaria a ser uma pessoa normal.

 

Ou pelo menos não totalmente.
 

As vozes em minha mente haviam retornado. Elas imploravam por Joker. Imploravam pela insanidade.
 

Bem, eu também o queria, mas isso já não era mais uma opção.
 

Quando finalmente vesti meu pijama, ouvi batidas à porta e logo em seguida Alfred adentrou ao recinto.
 

- Senhorita Margot! - Exclamou surpreso, vindo me abraçar logo em seguida. - Nem acredito que está à salvo!
 

- Estou bem. - Forcei um sorriso. Voltei para a tediosa mansão novamente. Melhor impossível.
 

- Veja, o senhor Bruce me disse que você precisa tomar um remédio agora. - Informava-me enquanto me entregava um comprimido. Forcei um sorriso e o joguei dentro de minha boca como se fosse engolir. - Diga-me, quer que eu faça algo para você comer?
 

Balancei a cabeça negativamente em resposta. Fingi que havia engolido o remédio quando na verdade o joguei para debaixo da minha língua.
 

- Certo. - Ele disse e virou-se para sair. - Qualquer coisa, me chame.
 

Assenti em concordância e então o vi partir do meu campo de visão.
 

Me vendo sozinha naquele lugar, retirei o remédio da minha boca e o escondi embaixo do colchão da cama. Fiz o mesmo procedimento com todos os outros remédios que recebi. Me recusava a engolir aqueles comprimidos que me deixariam dopada como um animal selvagem.
 

Logo peguei meu antigo celular de quando ainda morava aqui e chamei por Rebeca. A garota parecia entusiasmada em me ver novamente. Decidimos então sair no dia seguinte para nos distraírmos. Como era final de semana, não teria de me preocupar com escola.
 

Quando o céu já se escurecia, decidi dormir. Minha mente estava confusa, tinha de descansar. Mais uma vez me vi refém de certos olhos azuis, que me perseguiram em meu sonho.
 

No dia seguinte, levantei cedo para o café em meu melhor astral. Estava decidida a viver uma nova vida.



 

Pela tarde, ao almoçar, subi para o meu quarto e vesti uma roupa (2) que estava em meu closet. Céus, era tanta coisa fora de moda. Não acredito que a 'antiga eu' tinha esse gosto para roupas.

 

Mas enfim, era apenas isto que me restava. Tinha de me acostumar. Era confuso, eu sei, mas agora eu não era mais a vilã. Joker, infelizmente, já não fazia mais parte de minha vida.
 

Passei uma leve maquiagem e então, assim pronta, mandei uma mensagem para Rebeca avisado que estava saindo e logo então parti.
 

Em pouco tempo cheguei ao parque em que nos encontrariamos e caminhei por lá até encontrar Rebeca.
 

- MARGOT! - A ouvi gritar, e então ela me abraçou forte, quase me esmagando.
 

- O-oi. - Falei já perdendo meu fôlego. E então a garota finalmente me soltou para fitar-me.
 

- Uau! Você está diferente! Gostei do cabelo.
 

- Obrigada! - Sorri. - Eu também adorei, me sinto outra pessoa!
 

- Vamos, temos muito o que conversar! - E então ela me puxou, animada.
 

Nos divertimos horrores nas próximas horas. Eu havia me esquecido de como Rebeca era tão god vibes.
 

Mas, por um momento, enquanto caminhávamos pelo parque, senti olhares sobre mim. Estranhando aquilo, me virei para Rebeca.
 

- Eu tô com um chupao? - Questionei.
 

- Oque? - Rebeca riu. - Não!
 

- Estranho. Estão todos me olhando. Por qual motivo será, então?
 

- Talvez pelo fato de você ser ninguém menos que Margot Al Ghul Wayne e ter vivido uma aventura ao lado do maior criminoso de Gotham? - Sugestionou óbvia.
 

- Mas eu era uma vítima. - Rebati enquanto ainda sentia os olhares sobre mim. Rebeca apenas suspirou, me abraçando solidária.
 

- Criminosa! - Escutei alguém gritar.
 

- Devia estar presa! - Esbravejou uma outra pessoa.
 

- Criminosa é a sua mãe! - Rebati assim que reconheci quem havia gritado. Eu sentia Rebeca me puxando para longe dali, mas não daria as costas para aquilo!
 

- Saia daqui, patricinha idiota!
 

- Eu não sou patricinha! - Gritei indignada antes que Rebeca que retirasse daquele maldito parque.
 

- Margot, calma. - Disse Rebeca ao me ver enfurecida. - As pessoas não tem culpa! Afinal, você cometeu certos crimes, mesmo sendo contra sua vontade.
 

- O que?! - Me virei indignada para a garota à minha frente. - Está dizendo que sou uma criminosa?
 

- Olha, Margot... - Ela se embolava com as palavras em um semblante assustado. - Não foi isso eu quis dizer. Apenas tem que entender que as pessoas tem medo de bandidos.
 

- Tanto faz! - Exclamei. - Eu vou embora. Pra mim já deu.
 

- Tudo bem. - Vi a garota em minha frente suspirar. - Até mais.
 

Revirando os olhos entediada, saí dali o mais rápido que pude.
 

Aclamei por um táxi e em poucos instantes já estava em casa novamente. As vozes em minha cabeça agora ecoavam de uma forma que eu nunca havia presenciado antes. Elas gritavam enquanto imploravam por Joker e por sangue. Minha cabeça chegava a doer e eu sentia que estava prestes a fazer uma loucura.

 

Desci do carro rapidamente sem se quer dar o trabalho de entregar o dinheiro ao motorista pela corrida. O ouvi gritar atrás de mim mas não dei ouvidos. Corri para dentro da mansão, e quando cheguei na sala tudo piorou.
 

Todas as vozes gritavam em coro e eu arfava sem ar, em pânico. Arregalei meus olhos ao perceber que estava tendo alucinações. Em um momento, eu me via mergulhando no tanque de ácido e logo em seguida estava junto de Joker em uma boate qualquer enquanto cantarolava uma música.
 

Em outro momento, eu tomava choques causados pelo palhaço no asilo Arkham e então, logo em seguida, estava junta dele matando milhares de pessoas inocentes. Eu podia ouvir a risada de Joker ecoar em minha mente e ver seus dentes metálicos expostos em um belo sorriso enquanto me feria.
 

Eu sabia que eram projeções da minha mente, mas era tudo tão real.
 

Os sentimentos revividos, as dores, as adrenalinas sentidas... Era como se eu ainda estivesse louca junto de Joker. E eu sabia que era aquilo que eu mais queria. Vivendo uma vida normal, eu estava em uma gaiola. Eu precisava de liberdade.
 

Eu sentia meu coração pulsar forte e o oxigênio escapar de meus pulmões. Minha cabeça latejava de dor quando me ajoelhei no chão quase que aos berros. As alucinações e gritos na minha mente não paravam, e isso parecia me consumir como o fogo do inferno.
 

De repente, no meio de todo aquele caos, ouvi vagamente Alfred gritar por meu nome enquanto sentia que balançava meus ombros. Mas eu estava em transe. Estava fora da realidade. Por mais que ele gritasse e estivesse em minha frente, era como se ele não existisse na minha cabeça. Em minha mente, era apenas Joker e eu.
 

- MARGOT! - Desta vez ele gritou mais alto, e então vi toda aquela projeção passar pelos meus olhos e sumirem em um passo de mágica.
 

Ainda meio atordoada, passeei meu olhar pelo recinto e então percebi que ainda estava na sala de estar com Alfred preocupado à minha frente.

 

- O que aconteceu? - Questionei franzino o cenho em reflexo à minha aguda dor de cabeça que surgira.
 

- Eu que lhe pergunto, senhorita! - Exclamou. O fitei consfusa. - Você parou do nada no meio da sala e começou a olhar para a parede, e então, quando vi, estava ajoelhada no chão com as mãos na cabeça enquanto gritava.
 

- Eu estou bem, velho. - Falei sem pensar, e só então percebi meu termo usado. - Quero dizer, Alfred.
 

- Está, mesmo?
 

Assenti em concordância. Alfred levantou-se e foi até o balcão da cozinha em silêncio. Pegou meu remédio e o me entregou. Fingi mais uma vez ter engolido e logo que ele deixou o recinto para fazer seu trabalho, subi para o meu quarto e me ajoelhei ao lado da cama, escondendo o comprimido embaixo do colchão.
 

Suspirei fundo quando levantei-me. Eu me sentia como um peixe fora d'água. Estava mais perdida do que nunca. Como eu queria que minha mãe estivesse aqui. Sempre que eu estava triste ou confusa, ela me abraçava forte e dizia que tudo iria ficar bem, e realmente ficava. Mas sem ela, eu não era nada.
 

- Esse não é o meu lar. - Falei para mim mesma me deixando levar pelo choro e pela frustração.
 

Enxuguei minhas lágrimas já decidida o que fazer. Peguei meu celular e disquei um número bem conhecido para mim.
 

- Alô, Hera? - Falei assim que a ligação fora atendida.

 

 

 


Notas Finais




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