História Precisa-se de um namorado - XXIX: -Eu te amo Melissa.

Janeiro 29, 2017

P.O.V. MEL

-Isso...assim... –acordei confusa escutando alguns gemidos.

Olhei para o meu lado vendo  Justin suando. –Me chupa... –Que? Ele está tendo sonhos eróticos? Com quem?? –Pede...pra eu te foder... –ri imaginando ele falando isso pra mim. Obviamente ele nunca falaria isso pra mim, mas mesmo assim eu pensei na possibilidade.

-Drew, acorda... –disso o sacudindo. Ele se assustou, e eu continuei falando: -Você estava tendo um sonho erótico, me conta... com quem?! –disse me ajoelhando ao seu lado curiosa. Ele sentou na cama e me encarou por leves segundos, era fato a confusão eu seu rosto.

-Er, eu não tive sonho erótico com ninguém Mels. –falou ele constrangido.

-Ah teve sim. Você gemeu e disse “Isso...assim...me chupa” e finalizou com “ Pede...pra eu te foder”. Fala quem é a garota Drew? Eu preciso saber se meu melhor amigo está apaixonado, eu conheço? Vocês estão namorando? –falei rápido o enchendo de perguntas.

-Se acalma tá? Eu não quero falar sobre isso com você.

-Tudo bem, você não me ver como sua melhor amiga. –disse fazendo drama. Ele se sentiria no mínimo chateado por não ter falado a verdade pra mim. Comecei a vestir a minha roupa enquanto escutava ele falando:

-Não é isso morena, eu só...

-Tá tudo bem, eu vou nessa. quando você confiar em mim a gente conversa!

-Para com isso Melissa, entenda que pra mim é constrangedor falar disso com você!

-Mas por quê? É normal gostar de uma pessoa!

-Pode até ser normal, mas tenho certeza que se eu perguntasse pra você de quem você gosta, você não iria me contar também. –falou.

-Contaria sim!

-Ah é? Então de quem você gosta Melissa Campbell?

-Eu... se eu te contar você não vai gostar e muito menos aceitar. Provavelmente você vai achar que eu sou louca!

-Por que eu te acharia louca?

-Porque é uma pessoa que eu mal conheço. –falei suspirando pesado.

-Você é muito confusa Mel.

-Eu sei, não vamos falar sobre isso agora, ok?!

-Ok! Que tal darmos uma volta...ir ao Central Park? –perguntou animado.

-Por mim tudo bem. Minhas roupas ainda estão aqui? –perguntei.

-Sim! Vou tomar café da manhã enquanto você toma um banho.

-Tá... –disse por fim.

Fui até seu closet, abrindo o armário onde ficavam as minhas roupas. Estava um dia típico de inverno em NY, muito frio. Peguei um conjunto de sutiã e calcinha preta, uma blusa preta que era bem quentinha, seguido de uma saia preta, uma meia-calça da mesma cor que minha saia blusa e um sapato alto [1]. Entrei dentro do banheiro me despindo e entrando no box. Assim que acabei meu banho me vesti e fui até a cozinha onde Justin comia umas panquecas.

Justin me olhou por alguns torturosos minutos e depois seguiu caminhando em direção ao seu quarto sem falar uma palavra se quer.

Comecei a comer algumas coisas das muitas que ele havia preparado antes, enquanto ele tomava o seu banho.

[...]

Nos encontrávamos no Central Park, enquanto caminhávamos entre os pombos que haviam no local, conversávamos sobre as coisas que aconteceram nesse tempo que ficamos afastados.

-Melissa, eu preciso te contar uma coisa! –falou Justin assim que sentamos na grama.

-Fala. –disse tomando o meu chocolate quente.

-Hum... olha quero te dizer algo que pra mim é novo. Eu estou gostando de uma garota. Parecia que não era eu que estava gostando dela e sim outra pessoa ou eu queria acreditar que fosse outra pessoa. Bom vou direto ao ponto! Ontem quando você dormiu sobre o meu peito me fez acreditar que sim eu gostava de você, e não uma personalidade digamos...diferente. Bom, você não deve estar entendendo nada né?! Enfim, eu queria dizer que agora mais do que nunca eu gosto de você, e quando digo gostar eu não estou falando da maneira de amigos e irmãos, estou falando da maneira que um homem gosta de uma mulher! Eu te amo Melissa. –olhei-o de uma maneira espantada.

Hum... deixa eu ver se eu entendi. Meu melhor amigo disse que me ama?! O que eu faço agora? Afinal, antes eu o amava, mas agora eu estava totalmente confusa. Eu poderia até gostar ainda do Justin, mas eu tenho a plena certeza de que o sentimento de amor que eu sentia por ele começou a ficar desgastado e de que eu sentia algo agora, ainda mais forte, pelo cara que eu nunca vi pessoalmente, o cara que me deixava feliz com apenas uma mensagem de boa noite. Era loucura? Sim! Mas eu estava completamente e inteiramente apaixonada pelo “príncipe”, aquele pelo qual eu não sabia nada, mas ao mesmo tempo tudo! Eu via o príncipe como um futuro namorado, como o MEU príncipe.

Levantei da grama desnorteada. Minha boca se encontrava seca e dava para imaginar a minha própria feição de confusão na cara. Não falei nada, apenas segui o meu caminho. Sabia que Justin não iria atrás de mim, pois sabia que eu estava realmente confusa e que o que mais eu precisava neste momento era de espaço. Ele me conhece muito bem, por isso não deu um passo de onde estava. Chamei um táxi e fui direto para o meu apartamento.

Pediria para que Anna fosse ao apartamento de Justin buscar o meu carro, já que eu não estava com cabeça para dirigir hoje.

Assim que cheguei em minha casa, me deitei em minha cama e suspirei derrotada. Eu precisava falar com alguém.

“Hey” –mandei uma mensagem para o príncipe.

“Oi princesa, como vai?” –perguntou.

“Péssima e vc?”

“Também...por que está péssima??”

“Porque meu melhor amigo se declarou pra mim...”

P.O.V. JUSTIN

“E por que isso não é bom??” –respondi rapidamente. Estava confuso com a reação da Melissa. A algum tempo atrás, lembro muito bem que ela havia dito que gostava de mim, pensei que com a minha declaração ela viesse a falar de novo sobre o que sentia por mim.

“Porque eu não gosto dele.” –nesse instante meu coração se apertou. Uma dor incômoda se apossava de mim, era um sentimento de rejeição, de que eu não era mais correspondido.

“Nunca gostou dele?”

“Gostei, amei muito ele, na verdade. Mas tem uma hora que a gente cansa e desiste de um sentimento que ele próprio disse que nunca seria correspondido.”

“E os sentimentos dele mudaram, talvez você devesse dar uma chance à ele.” –mandei com esperança.

“Esperei pra ter uma chance com ele por anos e não recebi nenhuma se quer, não vou dar uma chance agora! Não agora que eu já o esqueci.” –ela não me daria uma oportunidade de faze-la feliz. E eu estava muito chateado com isso.

“Mas você gosta de alguém?”

“Sim!” –nesse instante meu coração rasgou.

Tive a certeza de que nunca teria uma chance com ela. Uma forte dor preenchia o meu coração, ela já amava outro alguém!

A única certeza que eu tinha era de que: quem ela amava com certeza seria o homem mais feliz do mundo.

“Posso saber quem é ele?”

A cada segundo que se passava meu coração batia mais, será que era alguém que eu conhecia? Um amigo talvez... Chaz? Ryan?

Quem seria o cara que tinha o que naquele momento eu mais desejava na minha vida inteira?