História Preciso de você... - Juntos mais uma vez...

Era uma linda manhã quando Rin absorta em seus trabalhos assustou-se quando ouviu Chisuke gritando-lhe o nome.

            _ Rin olhe lá fora. – disse Chisuke – Está chovendo pétalas de flores.

            _ São rosas. – disse Sango.

            _ Rin são para você! – disse Korraku – Veja a faixa presa no helicóptero.

            _ Seu yokai é mesmo louco por você! – disse Oyakata olhando pela janela.

            “Amo você demais, minha hime. Volta para mim! Sesshoumaru” dizia a faixa. Rin sentiu o coração derreter diante dessa declaração de amor.

            _ Dê mais uma chance para ele. – disse Kagome – Ele te ama mesmo. Se não der certo o que você tem a perder?

            _ Isso mesmo. – disse Oyakata – Esse cara é louco por você, Rin. E você também o ama. Ele já mostrou que está arrependido do que fez. Dê mais uma chance para ele.

            _ É... Está difícil morar no mesmo apartamento e não me jogar nos braços dele – riu – Ele está adorando me torturar e ser torturado! – lembrou-se das vezes que ele passava só de toalha exibindo o peito nu quando voltava do banho – Vou ser sincera com vocês, já cheguei ao limite de minha resistência.

            _ Se não der certo estamos aqui para consolá-la. – disse Miroku. – Já está na hora de ir. – olhou no relógio – Chegue a casa e faça as pazes com seu yokai.

            _ Certo. – riu – Amanhã conto para vocês o que aconteceu.

            Chegou ao apartamento, Sesshoumaru ainda não havia chegado. Decidiu fazer-lhe uma surpresa. Tomou um longo banho, perfumou-se, vestiu apenas um par de meias-finas, pretas sete oitavos, cinta-liga, saltos da mesma cor e seu jaleco de trabalho. Ouviu a porta do quarto de Sesshoumaru se fechar. Ele havia chegado... Ficou quieta. Ele sempre ia ao escritório dar telefonemas para as filiais de sua empresa. Vigiou-o. Quando ele entrou no escritório esperou em pouco e respirando fundo abriu a porta.

            _ Boa noite, minha Pequena. Como foi seu dia? – disse ele se encostando à cadeira de sua mesa de escritório.

            _ Depois daquela demonstração pública de afeto – fechou a porta do escritório e contornou a mesa ficando ao lado dele – ótimo. Vim retribuir seu gesto. – dizendo isso abriu o jaleco e deixou-o escorregar até o chão.  

                 Sesshoumaru olhou aquele corpo tão desejado coberto apenas por uma cinta-liga e meias... Engoliu seco. E quando Rin abaixou o rosto beijando-o na boca, sentiu um aperto no estômago. Levantou e colocou-a sentada sobre a mesa de madeira.

            _ Minha Pequena, não brinque comigo assim... – beijou-lhe o pescoço – Eu te quero demais!

            _ Não estou brincando. Eu também te quero! – abriu-lhe os botões da camisa – Cansei de lutar contra o que sinto por você!

            _ Eu te amo, minha hime. Não sei o que fez comigo, como me enfeitiçou, minha humana. Só sei que não vivo mais sem você!

            _ Também te amo. – olhou-o nos olhos – Me faça sua. – colou o corpo no dele.

             E se amaram com uma urgência que parecia querer devorar-lhes o corpo e a alma ali mesmo sobre a mesa do escritório.

            _ Se eu estiver sonhando, não me acorde nunca! – disse Sesshoumaru após muito tempo se espreguiçando deitado no chão do escritório.

            _ Você não está sonhando, meu amor. – ela rolou o corpo para cima do dele – Vamos sair hoje?

            _ Sair? – franziu os supercílios.

            _ Quero exibir meu lindo marido por aí... – beijou-lhe o pescoço – Faz tanto tempo que não saímos somente nós dois. – deslizou as mãos pela lateral do corpo dele – A não ser que fiquemos em casa fazendo coisas... Digamos...  Mais interessantes!

            _ Humana, você me mata desse jeito! – rolou o corpo fazendo com que ela ficasse sob ele – E que jeito delicioso de morrer... – correu a mão pelas pernas dela – Façamos o que você quer minha hime. Sou seu fiel escravo.

            _ Escravo é? – enlaçou-lhe a cintura com as pernas – Deixe-me ver qual será a primeira ordem...

            _ Mande e eu obedecerei. – gemeu baixinho quando ela disse em seu ouvido o que queria – Humana má. – riu – Terei todo o prazer em obedecer.

            E se amaram mais uma vez.

            Eles estavam no quarto. Era a alvorada. Sesshoumaru levantou-se sem sono espreguiçou-se e a brisa do alvorecer tocou-lhe o corpo nu. Sentou-se em frente a um das imensas janelas de vidro que tinha em seu quarto e recostando-se no sofá, olhou para cama. Viu Rin dormindo tranquilamente enrolada em um felpudo cobertor com os longos cabelos espalhados pelo travesseiro.  Feiticeira! Pensou. Ela havia enfeitiçado seu corpo e sua alma de um jeito que não sabia mais viver sem ela. Como desejara tê-la assim... Em sua cama e sua vida novamente. Ligou o rádio baixinho e tocava True Collor sua música favorita e sua mente começou a vagar. Lembrou-se de quando a conheceu, de seu sorriso quando ele lhe contava algo engraçado, de como ela desafiava-o, de suas idéias, de como ela ressonava enrodilhada em seu corpo, de sua cara brava quando não conseguia convencê-lo de suas idéias, de como ficara assustada quando lhe pediu em casamento. Suspirou. Como amava aquela humana! Sua vida era um eterno marasmo sem a presença dela. Jamais a perderia de vista de novo. Perdera o chão quando ela o deixou e era uma sensação que ele não queria sentir novamente. Realmente havia conseguido ver as cores do interior dela, coisa que nenhum outro havia parado para observar. Elas eram realmente lindas. Riu novamente. Sorte dele.

Rin remexeu-se estendendo o braço e ao tocar o espaço vazio, franziu o supercílio e levantou um pouco a cabeça abrindo aqueles imensos olhos achocolatados assustados. Ao vê-lo sentado sorriu. Ele sorriu-lhe de volta levantou-se e deitou-se ao lado dela novamente, sendo imediatamente abraçado. Rin aconchegou-se e tornou a fechar os olhos adormecendo novamente. Sesshoumaru pensou que a vida não poderia ser melhor.