História Predestinada - Macarons

Após Edward estacionar seguimos até o encontro das meninas que saiam do restaurante. Nós havíamos vindo no carro de Jessica e pegado um táxi até próximo a biblioteca e terminado o trajeto a pé.

— Oi meninas desculpem a demora nós só... – Bella fala quando nos aproximamos de Jessica e Angela.

— Onde vocês estavam? Deixamos um monte de mensagens. – Angela pergunta interrompendo Bella.

— É nós esperamos mas estávamos morrendo de fome então... — Jéssica se interrompe quando Edward e Jasper param ao nosso lado.

— Desculpem por ter atrasado Bella e Elle, nos encontramos e acabamos conversando e nem percebemos o tempo passar. – Fala Edward timidamente e esbanjando charme.

— É nos desculpem por isso. – Jasper completa encarando Jéssica e Angela que estampam grandes sorrisos.

— Não, sem problemas a gente entende...isso acontece não é mesmo!?– Jéssica fala um pouco abobalhada.

— A gente entende super. – Angela afirma.

— Que bom que entendem. – Jasper fala suave e com um pequeno sorriso de derreter qualquer coração.

Suspiro e mordo meu lábio inferior me recriminando por pensar dessa forma, não estou em minha melhor forma mental como posso ter deixado me envolver pelo charme de um cara como ele. Mas aí me pergunto, se seria possível resistir a ele? E concluo que dificilmente.

Jasper com toda sua gentileza, mistério e seu charme inegável me atraem mesmo que eu tente não prestar atenção nisso tenho certeza que sou incapaz, afinal não sou cega e apesar de ter muito receio nunca tive interesse em alguém do sexo oposto antes e isso me assusta por ser algo totalmente novo e diferente.

— Bem, nós já estávamos indo...vocês devem estar famintas. – Jessica fala vindo para nosso lado e Jasper e Edward se entre olham ficando a nossa frente.

— Achamos melhor fazermos as meninas comeram alguma coisa se elas quiserem claro. – Edward fala sugestivo.

— O que acham? Podemos levar vocês depois disso. – Jasper explica.

— Ótima ideia. – Angela comenta.

— Muito atencioso e gentil da parte de vocês. – Fala Jessica.

Dessa vez eu e Bella quem trocamos olhares.

— Claro seria ótimo. – Confirma Bella.

— Então até mais meninas. – Fala as duas garotas se despedindo indo de encontro ao carro. Apenas aceno com a mão. E olho os dois garotos a nossa frente.

— Vamos então. – Fala Jasper e seguimos para dentro do restaurante, eu ao lado de Jasper e Bella ao lado de Edward.

Cada casal se acomodou em uma mesa distante e reservada de onde estávamos eu tinha visão ampla da messa de Bella e dava para observar os dois perfeitamente o que seria ótimo para o que pretendia fazer.

— O que vai pedir? – Jasper pergunta arrancando minha atenção para se e é aí que percebo que a garçonete já estava esperando para anotar o pedido.

— Um suco natural e qualquer coisa comestível. – Falo desviando mais uma vez minha atenção até a outra mesa. Ouço Jasper falando alguma coisa para a moça que nos atendia mas não presto atenção, no momento estava muito curiosa para saber o que Edward falaria para Bella.

Leitura labial era uma das minhas especialidades, mas até agora não tive nada de produtivo então descido desviar um pouco desses quando a garçonete volta com meu pedido que nada mais era do que Boeuf Bourguignon um ensopado francês e um suco de maçã.

— Obrigada. – Agradeço a garçonete e observo ela se dirigir a Jasper.

— E você querido não vai comer nada. – Fala se insinuando para Jasper e bufo indignada e volto a prestar atenção no outro casal.

— Não obrigado. – Ouço Jasper sibilar sério.

E é aí que percebo meus olhos observam avidamente cada movimento dos lábios de Edward e Bella e me surpreendo com sua afirmação. Ler mentes é isso mesmo? E para confirmar o diálogo continua a me deixar surpresa afinal porque ele não consegue ler os pensamentos de Bella e quase nunca os meus. Então meus músculos se exaltam com a última dúvida que eu tinha realmente os Cullens não se tratavam de uma família comum, muito longe disso.

— O que está fazendo? – Jasper pergunta e percebo seu desconforto. — Não vai comer? – Fala desviando seu olhar até a mesa de Edward e suspira frustrado.

— Desculpe. – falo envergonhada. — Eu só...– sinto meus batimentos cardíacos acelerarem.

— Não gostou da sopa? Eu deveria ter pedido outra coisa desculpe. – Fala chateado e me sinto mal por isso.

— Não é isso. – Falo um pouco nervosa e tento me acalmar afinal eu já desconfiava de algo assim, mas então descido por a limpo de uma vez.

— Então Edward consegui ler mentes? – Falo desviando meus olhos até o mesmo que me olha com olhos abismados.

— Como sabe disso? – Jazz pergunta.

— Não respondeu minha pergunta. – falo seria.

— Bem...sim é um dom.

— O que vocês são? – Questiono baixinho, encarando os olhos de Jasper que ao contrário da última vez que os vi estão bem mais claros e dourados. Observo sua postura se tornar mais tença e seus olhos seguirem até Edward que parecia compenetrado em Bella e com a mesma postura de Jasper.

— Eu não sou cega Jasper qualquer cego em meu lugar perceberia, eu já li alguns livros a respeito de coisas sobrenaturais e tive acesso a lendas indígenas. – O afronto. — Eu sei o que vocês são e Bella não irá demorar a descobrir na verdade tenho certeza que não passa de hoje.

Ele suspira e me encara sério.

— Acho melhor conversarmos em casa, depois que deixarmos Bella te levo lá, minha mãe vai querer participar disso. Só...não tenha medo.

— Eu não tenho. – Falo e vejo sua postura mudar, seus ombros relaxam e ele suspira em alívio.

— É melhor você comer... Também pedi uma sobremesa espero que goste. – Jasper fala e percebo o quão cretina estava sendo ao ignorá-lo para prestar atenção na conversa dos outros, afinal Bella me contaria o que descobriu mesmo eu omitindo coisas dela. Jasper é sempre atencioso comigo.

— Desculpe. – falo sentindo minhas bochechas arderem em vergonha.

— Está com vergonha Srta. Gabrielle? – Jasper pergunta com um sorriso cretinamente charmoso o que me deixa mais envergonhada.

— Será que dá pra parar.

— Mas eu não fiz nada.

— Claro que não, só está me deixando constrangida. – Falo e ouço sua gargalhada. — Dá pra parar. Não gosto que me encarem desse jeito.

— Você não se importou a alguns minutos atrás enquanto encarava Edward e Bella.

— Já pedi desculpas. – Falo estampando um bico no final.

— Não condeno você por acha-lo mais interessante que eu. – Fala um pouco sem graça enquanto coloco uma colherada da sopa quase fria na boca. O observo atentamente e me sinto mais péssima ainda.

— Bem... não é bem isso Jazz... – Tento falar mas sou interrompida pelo mesmo.

— Como não? Eu senti o quanto você estava curiosa e frustrada.

— Não sou fura olho Ok. E Edward não está interessado em mim como pode perceber. – Falo e me arrependo na mesma hora. Jasper fica extremamente chateado seus olhos ficam nebulosos e me sinto uma idiota.

— Não estava interessada nele apenas curiosa para saber se ele falaria a verdade para Bella, Edward é um pouco bipolar as vezes. Estava os observando para descobrir o que eles conversavam sei que é invasão de privacidade só estava preocupada com Bella e foi assim que descobri que Edward consegue lê mentes. Enquanto a parte que me senti frustrada, eu só me senti mal por te ignorar. E o que você quis dizer com “SENTI”? – falo tudo rápido pausando apenas para respirar.

Jasper faz uma careta engraçada e me observa um pouco menos chateado.

— É um dom como o de Edward, ele pode ler mentes e eu consigo sentir e manipular emoções. – Fala simples me deixando surpresa.

— Nossa isso é...legal. então consegui fazer uma pessoa triste se sentir feliz ou vice versa. – Ele afirma com a cabeça. — Já usou alguma vez em mim? – Ele não responde confirmando minha pergunta. — Isso quer dizer que já sentiu o que eu senti em momentos delicados. – concluo abaixando a cabeça, me sentindo vulnerável e exposta e isso é tão ruim.

Sinto meu coração acelerar e minha garganta se fechar com a sensação de vulnerabilidade mas lembro o que causou isso e uso meu alto controle para não demonstra e nem sentir emoções, é como se fosse um botão que eu apertasse e proibisse meu corpo e mente de se alto flagelar em sentimentos confusos e agonizantes foi assim que consegui suportar a dor da perda do meu pai a tão pouco tempo, mesmo que tenha tido tantas recaídas em vários momentos.

Jasper me encara curioso e seus olhos me avaliam.

— O que foi isso? – Me questiona.

— Nada. – Falo desviando do seu olhar, e terminando minha sopa.— O que pediu de sobremesa?

— Você vai gostar. – Fala chamando atenção da garçonete que vai até o balcão e espera pelo meu pedido e em seguida retorna até nossa mesa e meus olhos brilham com o conteúdo que vem no recipiente da sobremesa. Arfo sentindo meus olhos arderem com lembranças tão distantes que ainda existem frescas em minha mente.

— Nossa eu amo macarons como você sabia? Minha mãe costumava fazer para mim, eram os meus doces favoritos entre todos. – falo um tom nostálgico já atacando a porção de docinhos coloridos.

— Não sabia.

— Obrigada Jasper, você é um doce...Jasper, como é a sensação de sentir o que outras pessoas estão sentindo? Quero dizer não é desconfortável para você.

— Sim! É incomodo as vezes, sabe adolescentes tem muitos hormônios. – Fala brincalhão me deixando envergonhada.

— Entendo, deve ser mesmo desconfortável. – falo me recompondo. — Mas qual foi a pior sensação que já sentiu vindo de outra pessoa? – Pergunto e vejo surpresa em seu rosto.

— Eu... – Jasper é interrompido por um Edward sorridente ao lado de Bella.

— Desculpe interromper o casal mas já está ficando tarde.

— Tudo bem, só vou pagar o jantar. Podem ir na frente. – Jasper fala e vai até o balcão enquanto sigo para fora ao lado de Bella e Edward. Me acomodo no banco de trás, Edward é o motorista e Bella se acomoda ao seu lado no banco do passageiro, observo pela janela Jasper se aproximando e adentrar o carro se acomodando ao meu lado.

— Pra você. – Fala me estendendo uma sacolinha, que pego curiosa olhando seu conteúdo. Meu coração se aqueci quando vejo que nada mais era que algumas porções de macarons.

— Obrigada Jazz, você é muito atencioso. – Falo o observando com carinho enquanto ele me sorrir de volta. É assustador a forma que ele me faz sentir coisas tão profundas em tão pouco tempo.

Deito minha cabeça em seu peito e percebo ele parar de respirar, suspiro e tento me afastar mas sou impedida pelo mesmo, então volto a me aconchegar ali enquanto Edward manobra o carro para longe.

— Tudo bem, já estou aquecida. – Ouço Bella falar e abro meus olhos ouvindo-a arfar em surpresa.— Sua mão é tão fria. – Completa ainda surpresa.

Fito a estrada e observo uma agitação fora do normal na delegacia onde o pai de Bella trabalha.

— O que tá acontecendo? Meu pai ainda tá aqui...pode parar. – Bella pede.

— É o carro do meu pai. – Edward afirma.

— O que ele faz aqui!? – Jasper completa preocupado e estranhando esse fato.

Descemos do carro e observamos Carlisle saindo pela porta.

— Carlisle o que houve? – Edward questiona enquanto o médico vem em nossa direção.

— Willow Fordy foi encontrado em um barco perto da casa dele, acabei de examinar o corpo.

— Ele morreu? Como? – Bella questiona.

— Ataque de animal. – Carlisle fala e percebo um pouco de tenção e sua nada sútil troca de olhares com Edward, Jasper perece também ficar tenso ao meu lado.

— Foi o mesmo que pegou o guarda de segurança em Maizom?

— Provavelmente.

— Está vindo pra cidade então.

— Bella é melhor você entrar Willow era amigo do seu pai. – Arfo em surpresa com a informação de Carlisle e uma enorme preocupação se apossa de mim, ele deve está arrasado.

— Tá... – Bella fala seguindo para dentro do local. — Vejo vocês depois.

Fico parada fitando nada específico, minha mente está distante e acabo me assustando com o toque gelado da mão de Jesper em minha mão.

— Vai ficar tudo bem.

— Olá querida, como está?

— Olá Dr. Cullen, estou bem. – Falo um pouco tímida. — Então...acham que seja vampiros? – Pergunto baixinho e vejo a surpresa nos olhos do mais velho.

— Eu escutei direito?

— Calma Carlisle, Elle já sabe, pelo menos suspeita. – Edward fala me encarando.

— Tudo bem é melhor irmos, conversamos melhor em casa.

Seguimos em silêncio todo o percurso pelo que percebi o acontecido gerou uma tenção entre eles e a preocupação é evidente.