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História Predestinada - Quebrada


Escrita por: Maysants

Notas do Autor


Espero que gostem do capítulo.
Boa leitura.

Capítulo 5 - Quebrada


Era mais uma sexta feira e eu já estava ansiosa no sofá do apartamento, esperando a chegada do meu pai, Marcos e eu sempre nos divertimos nos finais de semana eram exatamente 7:00 em ponto quando meu pai adentrou o apartamento, levanto do sofá e corro em sua direção, pulo em seu colo dando-lhe um abraço de urso, como eu sempre fazia todos os dias.

— Como foi seu dia meu anjo? – Meu pai pergunta.

—Normal, estudei, fiz aulas de balé, mesmo não curtindo muito, você sabe que àquelas garotas metidas não gostam de mim e me obriga a frequentar aquele lugar, e por último mas não menos importante fui para a academia socar alguns sacos e garotos idiotas, essa última parte é a melhor do meu dia, mas eu só faço balé porque você me obriga. – Falo e faço um bico enorme nos meus lábios, arrancando uma gargalhada de meu pai logo em seguida.

—Meu amor um dia alguém vai morder esse seu biquinho lindo. – Meu pai caçoa de mim.

— Ridículo. —Falo e atiro uma das almofadas nele, que rir igual uma hiena.

— Tudo bem. – Fala e levanta as mãos em forma de rendição.

— Você sabe que eu te amo floquinho de neve, e um dia você vai encontrar alguém que te ame tanto quanto eu, que daria e faria qualquer coisa por você. – Meu pai fala e da um beijo em minha testa.

— Você acha que alguém gostaria de uma pessoa quebrada como eu papai? Você sabe que eu não sou normal e sou defeituosa. – Falo com semblante triste e abaixo a cabeça. Meu pai toca em meu queixo levantando meu rosto e olha bem no fundo dos meus olhos.

— Não meu amor você não é quebrada, você é a coisa mais certa nesse mundo, é um anjo que erradia luz, você é forte e já passou por tanta coisa, é a garota mais pura e delicada que eu conheci, apenas se esconde atrás de um muro e não deixa as pessoas se aproximarem, mas tenho certeza que um dia isso vai mudar mesmo que eu não esteja mais aqui para ver isso. – Fala enquanto enxuga minhas lágrimas, soluço baixinho e Marcos me abraça.



Acordo com os olhos cheios de lágrimas, meu coração se aperta, suspiro decepcionada foi apenas um sonho, pelo menos não foi um pesadelo. Limpo os resquícios de lágrimas e  observo as horas são exatamente 7:00 horas da noite só pode ser brincadeira.

Suspiro me levantando e adentro o banheiro, faço minhas necessidades e tomo um banho demorado, logo em seguida passo meus cremes corporais e sigo de toalha até o closet visto minha peça íntima e um moletom cinza.

Pego meu celular dentro da mochila e observo as várias mensagens e ligações de um único número, coloco na agenda vasculho meus poucos contatos ligando para a única pessoa que me conhece de verdade.

— Gabrielle Miller por que não me ligou antes? Sua ingrata, e por que não atende minhas ligações  nem responde minhas mensagens? Faz ideia do quanto fiquei preocupada hum? –Elena dispara assim que atende, ela parece bem irritada.

— Desculpa Elena, eu juro que iria ligar. Eu só tava cheia e confusa, você melhor que ninguém sabe o quanto está sendo difícil para mim. – Falo fazendo um pouco de manha, e Elena se derrete toda.

— Eu sei meu amor, mas eu fico preocupada. Chegou bem? Como você está? – Elena pergunta.

— Sim, e enquanto a segunda pergunta, digamos que eu tive uma crise hoje cedo.

— Elle eu sei que você está passando por um momento difícil, eu mais do que ninguém sei o quanto você está tentando ser forte e te admiro muito por ser esse ser tão iluminado, mas você precisa seguir em frente Elle, precisa deixar que outras pessoas atravessem essa barreira imposta por você, não estou falando isso como sua psicóloga mas como amiga.

— Eu sei você é a minha única e melhor amiga, e conhece toda minha história, mas é difícil deixar pessoas se aproximarem isso significa que elas vão tentar me conhecer e eu não sei se quero que isso aconteça, é difícil me abrir para outras pessoas é complicado e doloroso.

— Eu entendo, juro que entendo Elle, mas Elle...você não é quebrada tem que se permitir desabrochar e eu vou sempre está aqui para te ouvir e te aconselhar amigas são para isso certo? – Elena questiona.

— Certo. – Afirmo.

— Você é pura Elle, e eu admiro você por isso e o quanto você é determinada, seu pai te amava e ele te amou até o último minuto. Enquanto as suas crises aconselho você a procurar alguém para te ouvir e te ajudar, só quero te ver bem meu amor então faça isso por mim e pelo seu pai tudo bem?

— Eu prometo que vou tentar.

— Tudo bem meu amor, fique bem te amo muito. Tenha uma boa noite.

—Tchau Elena, amo você. — Me despeço e encerro a ligação.

Desço para o andar de baixo e deixo o celular no balcão da cozinha, descido fazer uma lasanha para o jantar, começo separando os ingredientes e início o preparo.

Tudo fica pronto em uma hora, me sirvo com a lasanha resem tirada do forno e pego uma latinha de refrigerante na geladeira sigo para a sala e acomodo meu prato na mesinha de centro e me acomodo no sofá abrindo a latinha de refri, ligo a tv e coloco um seriado para passar, me delicio com a primeira garfada da minha lasanha.

Após terminar meu jantar lavo a louça e subo para o quarto, descido resolver meus exercícios e após terminar encaro minhas duas malas decido quardar as roupas das malas junto com as do closet e após terminar decido ler um livro de romance "Cem anos de solidão". 



Após ler várias páginas sinto o sono me atingir, arrumo meus materiais dentro da mochila junto com meu livro e coloco a mochila na comoda, coloco o celular para carregar e levanto indo até o banheiro escovo os dentes, faço minhas necessidades e volto para a cama e lembro que amanhã o restante das minhas coisas chegam, inclusive a moto BMW G310, que um dia foi de Marcos, meu violão e minha coleção de livros.

Fecho meus olhos e apago em instantes.


Acordo com os olhos molhados, odeio quando tenho pesadelos, mas curiosamente não me lembro com o que sonhei, melhor assim. Me alongo e sigo para o banheiro, faço um coque e tomo um banho demorado, passo meus cremes corporais e sigo para o closet, escolho uma lingerie preta, uma calça Skinner preta cintura alta e uma blusinha curta manga longa coladinha na cor creme, me troco e solto meu cabelo desembaraçando os fios e refaço o coque, em seguida desço preparo um café rápido e após terminar sigo lavar as poucas louças. 

Antes de seguir para o segundo andar ouço a campainha tocar, corro saltitante até a porta a destrancando e tenho o vislumbre de um homem alto, cabelos pouco grisalhos e aparenta ter uns quarenta e cinco anos.

— Bom dia, Srta Miller certo?

—Sim.– Concordo.

— Pode assinar aqui por gentileza? –Questiona me estendendo uma prancheta e uma caneta.

—Claro.– Falo e pego os objetos.

— Prontinho. –Falo lhe estendendo os objetos novamente.

—Obrigado. – Responde.

— Podem deixar a moto aí mesmo. Aproposito ela já está pronta para uso? – Pergunto para o homem.

—Sim, claro como a srta. recomendou. – Explica.

— Que ótimo. Podem colocar as outras caixas e pacotes lá dentro, no segundo andar segundo quarto.


Após terminarem de organizar tudo eles se despedem e  vão embora, adentro a casa e subo para o quarto escovo os dentes, passo perfume, e faço uma máquiagem leve, visto uma jaqueta de couro preta, pego minhas chaves minha mochila e meu celular saio do quarto e desço para o andar de baixo, desfaço meu coque e pego o capacete no sofá, saiu de casa e tranco a porta, observo por um instante a moto na cor preta e cinza, meu pai e eu sempre fazíamos trilha juntos, era incrível a sensação do vento no rosto e a sensação que a estrada de terra proporciona. A observo por mais um instante antes de colocar o capacete e subir na moto acelerando com ela logo em seguida para a escola, e deslumbrando um pouco da sensação tão apreciada por mim.


Estaciono a moto bem próximo a escola, e sinto os olhares curiosos sobre mim, mas apenas ignoro. Engacho o capacete no retrovisor da moto e minha atenção é desviada para o outro lado de onde estou, posso ver o Jeep Wrangler 4×4 dos Cullens estacionando, suspiro e desvio meu olhar vendo Bella vindo em minha direção.

— Oi, bela moto. – Bella elogia.

— Sim, obrigada era do meu pai. – Falo com um pequeno sorriso em meus lábios.

Percebo Bella encarar os Cullens, acho que ela procura pelo galã da novela das oito, penso segurando uma risadinha. Parece que alguém está apaixonada.

— Parece que alguém aqui está intereçada em um certo topetudo.

— Na-nada haver. – gargalho baixinho e encaro os Cullens, Alice acena com um sorriso nós lábios e retribuo. Percebo que nem Edward nem Jasper vinheram hoje.

 

— Então como se sente? Soubemos que passou mal ontem. – Bella pergunta enquanto seguimos para dentro da escola.

— Estou bem na medida do possível, não é fácil perder alguém. Ninguém sabe mas, não faz muito tempo que perdi a pessoa mais importante da minha vida, ontem completou um mês de seu falecimento. – Falo encarando meus pés.

— Nossa, eu sinto muito, imagino o quanto deve ser horrível para você. – Apenas concordo com a cabeça.

Seguimos para a mesma sala já que teríamos duas aulas juntas. E sentamos na mesma carteira.

— Então foi por esse motivo que decidiu mudar de país? Aliás de onde você era exatamente? – Apesar de Bella ser um pouco tímida ela é bastante curiosa, mas por algum motivo ela me passa confiança.

— Sim e não, esse foi apenas um dos motivos, minha vida é bastante conturbada, já passei por momentos que não gosto de recordar e me mudar foi apenas uma forma de tentar escapar dos meus fantasmas, mas não acho que vá funcionar de uma hora para outra. Eu amo o Brasil, mas ele só me lembra o quanto meu pai faz falta.

Em instantes o professor adentra a sala e nossa conversa se encerra.

 As aulas passam rapidamente e em um piscar de olhos estamos indo para o intervalo. Descido seguir para a biblioteca e me despeço de Bella.

Adentro a sala com meu livro e meu celular em mãos, sento em uma pequena mesa e abro meu livro e começo a ler.

Levo um pequeno susto quando sinto uma pequena mão tocar meu ombro esquerdo.

— Oi. – Alice fala, depois de me assustar.

— Você costuma ser tão sorrateira assim? – Pergunto me recuperando do pequeno susto.

— Desculpe não quis te assustar.

— Tudo bem.

— Como se sente?

— Bem melhor que ontem.

— Mas por que está aqui sozinha? –Alice pergunta ainda em pé ao meu lado.

— Só estou evitando comentários, todo mundo deve saber que surtei ontem.

— Olha se te conforta ninguém sabe que você teve "um surto" – Alice fala fazendo aspas com os dedos — apenas que passou mal e teve um desmaio. Olha sei que está com fome e Emmett quer muito te conhecer, que tal centar com a gente, mas se preferir posso trazer um lanche para você.

Suspiro derrotada.

— Por que está sendo tão legal comigo? – Pergunto desconfiada.

— Porque você parece legal e tenho certeza que iremos ser grandes amigas. – Alice fala toda animada.

— Se você diz. – Falo fechando meu livro e seguimos para o refeitório. Espero não me arrepender disso.













Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo.


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