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História Pregnant - Cinco


Escrita por: marquininha

Notas do Autor


Perdão pela demora, tô passando por cada coisa, que só por Deus. Uma das crianças que eu cuido inventou a maior mentira, e deu a maior condição. Mas enfim, espero que gostem e boa leitura!♥️

Capítulo 5 - Cinco


4° mês


Raquel estava no escritório junto à Sérgio, único local da casa onde havia um telefone codificado, que ele usava para entrar em contato com os assaltantes. Sérgio mantinha uma leve carícia em sua barriga, que agora, já aparecia um pouco mais, Raquel já conseguia sentir o bebê se mexer, o que deixava Sérgio ainda mais ansioso, já que o pequeno não o deixava sentir.


– Nairóbi, é ótimo falar com você, estava com saudade de ti.

"Professor, quanto tempo! O que te faz ligar para mim, está sentindo minha falta, não é?!" Ela riu do outro lado da linha, enquanto Raquel revirava os olhos. Ela sabia das tentativas dela de se aproximar. "Mas, me diga, aconteceu alguma coisa? Só me liga quando tem algo acontecendo!"

– Não se preocupe, não tem nada acontecendo, eu só estava pensando em algumas coisas, já entrei em contato com o resto do pessoal, e eles toparam, falta agora você e o Helsinki - Ele sorriu, encostando a cabeça na barriga de Raquel, enquanto ouvia Nairóbi gritar por Helsinki. – Bom, eu estive pensando em reunir o grupo novamente.

"O que vai assaltar dessa vez?"

– Nada, não iremos roubar nada, não é esse o meu propósito de reunir o grupo! - Sérgio sorriu, vendo a expressão seria de Raquel, sabia que ela não gostava de comentar muito sobre seu passado. – Queria reuni-los para que façam parte de um dos momentos mais especiais da minha vida.

"Vai se casar? Quando vai ser?" Ela perguntou, enquanto gritava do outro lado da linha 'Helsi, o professor vai se casar!'

– Não vou me casar, não agora - Ele riu, deixando um beijo no umbigo pontudinho dela. –, eu ligarei próximo a data para informar o endereço, eu só queria avisa-los!

"Certo, Helsinki e eu iremos, sem dúvidas, não perco essa surpresa por nada nesse mundo, e eu espero que tenha muita cerveja, ou eu vou ficar muito brava!"

– Até mais, Nairóbi, eu retorno em breve! - Sérgio se despediu, desligando o telefone em seguida. – Agora, nós só precisamos decidir a data para que eles venham.

Ela se sentou em seu colo, sentindo as carícias em sua barriga descer até suas pernas nuas.

– Teremos um certo tempo até o nosso bebê estar pronto para vir ao mundo - Ela sussurrou, sentindo os beijos que ele deixava em seu pescoço e ombros. –, para com isso, Paula pode aparecer aqui a qualquer minuto!

Sérgio se afastou, deixando um beijo em seu cabelo, sentiu sua mão ser levada novamente a sua barriga, e não pode deixar de sorrir ao sentir o bebê se mexer.

– Ele está chutando, estou sentindo! - Raquel sorriu, sentindo a animação dele. – Ele é bem forte!

Ela sorriu, se virando para ele, beijando-o com calma, sentiu as mãos dele irem até sua cintura, acariciando o local.

– Mamãe, tio Sérgio, - Paula gritou, entrando na sala. – tem um passarinho machucado no jardim!

– Vamos lá ajudá-lo então! - Raquel sorriu, se levantando, caminhando junto à filha para fora.

-×-

– Vocês duas vão mesmo ficar bravas comigo? - Sérgio se sentou no chão da sala, onde Raquel e Paula estavam.

– Você matou o passarinho! - Paula cruzou os braços, mantendo o olhar fixo na TV, que passava Meu Malvado Favorito, desse esse, que era o favorito de Raquel, mas ela nunca iria admitir isso.

– Cariño, ele já estava morto, não tínhamos mais o que fazer! - Ele sussurrou, olhando a garotinha.

– Poderíamos ter levado ele ao veterinário. - Raquel o olhou, apoiando as duas mãos em sua barriga, para que ele não a tocasse. – Ele não poderia morrer daquela forma!

Ela sussurrou, e Sérgio pode ver que ela segurava as lágrimas.

– Se isso melhorar o humor de vocês, podemos fazer um enterro para ele, pode ser? - Ele sorriu, enxugando o rosto de Raquel, deixando um beijo em sua testa. – Não podemos deixar ele enrolado em papel em cima do balcão da cozinha para sempre!

Paula se levantou do chão, caminhando até a cozinha, colocou -se na ponta dos pés e pegou o corpo do pequeno passarinho, ela ainda não estava muito contente com isso, talvez houvesse algo que poderiam ter feito para salvar o pobrezinho.

– Vamos lá para fora, podemos enterrar ele próximo a árvore. - Sérgio sorriu e se levantou, estendendo a mão para que Raquel a segurasse, e ela o fez, apertando sua mão ao levantar.

– Isso ainda não muda o fato de que eu estou super chateada por você não ter deixado que nós o levassemos ao veterinário! - Raquel suspirou, o olhando nos olhos. – Ele poderia estar vivo quando o achamos, ele poderia ter uma família, poderia ter filhotes esperando por ele! - Ela fez bico, enquanto tentava enxugar as lágrimas que escorriam por seu rosto.

– Meu amor, não tínhamos o que fazer, mas, podemos deixar sempre uma florzinha onde enterrarmos ele, pode ser? - Ela concordou com a cabeça, enquanto via Paula voltar com uma pequena caixa nas mãos.

Sérgio caminhou para fora, mantendo a mão apoiada nas costas de Raquel, ela ainda deixava algumas lágrimas escaparem, e ele sabia que logo aquele choro passaria, e ela estaria sorrindo novamente. Paula se ajoelhou no chão próximo a árvore, deixando a caixinha ao lado, enquanto usava a pá de brinquedo para fazer um buraco. Raquel se virou, abraçando seu peito, ela andava muito emotiva nos últimos dias, acabava chorando por qualquer coisa.

– Que tal tomarmos um banho de banheira? - Sérgio propôs baixinho, deixando um beijo em seu ombro. – Vai te ajudar a relaxar um pouquinho.

-×-

Raquel estava deitada no sofá ao lado de Paula, a casa estava em silêncio, e o único barulho que ecoava por todo o local era o da forte chuva que caía do lado de fora.

– Mamãe? - Paula chamou, fazendo Raquel a olhar. – Agora que você e o tio Sérgio vão ter um bebê, ele vai ser o meu novo pai?

Raquel se sentou, olhando para a filha, sabia que Paula sentia falta de Alberto, eles se falavam algumas vezes durante a semana, mas ele não fazia questão de saber como ela estava.

– Cariño, você sabe que o seu pai é o Alberto, sim? - A garotinha concordou, a olhando. – Mas, se quiser, o tio Sérgio pode ser o seu novo pai, você não precisa fazer isso para que eu fique feliz, certo? Você pode o chamar de tio Sérgio ou de pai, faça o que te deixa mais confortável, tudo bem?

– Então ele pode ser o meu novo pai? - Ela sorriu, enquanto Raquel concordava.

Sérgio sorriu, encostando no batente da porta da sala, ele não poderia estar mais feliz. Quando conheceu Raquel sabia que ela tinha uma filha, e com o tempo, seu maior medo era de que a garotinha não gostasse dele, mas Paula era um doce, e gostou dele logo de cara. Ele tinha um carinho enorme por ela e por sua mãe, não poderia ter escolhido família melhor, apesar de tratar Paula como se ela fosse sua filha, não cobrava que a garotinha o chamasse de pai, esperaria até que ela estivesse confortável o suficiente para o fazer de conta própria.

Raquel havia dado à ele coisa que ele pensou que nunca teria, uma família, e ele nunca conseguiria a agradecer o suficiente por isso.



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