1. Spirit Fanfics >
  2. Prelúdio das Cinzas >
  3. 9

História Prelúdio das Cinzas - 9


Escrita por: rubiconvenus

Notas do Autor


Capítulo enooooorme valendo por dois!

Capítulo 10 - 9


Fanfic / Fanfiction Prelúdio das Cinzas - 9

Capítulo 09: Medidas drásticas

-- Vá buscar. - O Imperador jogou um galho ao longe, quase perto da melancia na qual eu atingi uma flecha.

Tentei não fazer uma careta, mas engatinhei sobre a grama até onde o galho tinha caído e o peguei com a boca. Havia essa coleira de ferro ao redor do meu pescoço agora, presa por um cadeado e o meu nome inscrito nela. Um médico foi enviado para fazer o curativo no meu braço e o forjador tirou as medidas do meu pescoço, mas só acreditei que seria um cachorro quando o Imperador mandou o forjador colocar a coleira em mim.

Meu castigo consistia em andar de quatro pelo castelo, latindo e sendo afagado pelos nobres. Fiz uma volta por toda a Ala Vorsery, até que Lorde Kaiser resolver ir para o jardim e sentar-se ao lado de Lady Aysla, para analisar alguns mapas do Chão.

Trouxe o galho até o Imperador, ele pegou, sorriu e afagou meus cabelos com força, bagunçando:

-- Bom menino! - E jogou no chão um pedaço de pão para eu comer.

Fui pegar com a mão, mas senti os olhos do Imperador incinerarem-me, então abaixei e peguei com a boca. Sabe, como fazem os cachorros.

-- Que bom que está se divertindo com seu novo animalzinho, majestade, mas isso é mesmo necessário? - Lady Aysla ajeitou a farda no corpo, incomodado por me ver engatinhar.

Ela era uma bela mulher de cabelos loiros presos em um coque contido e rosto bem magro, com o queixo protuberante como o de um desenho de uma lua nos livros de criança, era bonita e não negava possuir os mesmos traços de Lorde Mikah, de quem era irmã.

-- Foi uma aposta justa, mas Eydwen trapaceou, é como vencedores se tornam perdedores, Major. - Lorde Kaiser sorriu vitorioso. -- Ainda assim, permitirei que Eydwen treine com o arco e flecha, o Tenente Trovan que é do seu esquadrão da guarda real parece ser mesmo bom professor como sugeriu o seu irmão…

-- Ah, sim. O Tenete Trovan é mesmo muito bom com as espadas, mas arco e flecha é sua especialidade. Ele comentou que ficou impressionado que o seu… - Seus olhos brancos bateram em mim. -- Cachorro, é isso?

-- Sim, extamente.

-- Possui talento para se tornar um dos melhores arqueiros se devidamente treinado nas batalhas, mas será que um cachorro pode ser um arqueiro? Quer dizer, meu esquadrão ficaria feliz em ter um oficial desse tipo em uma torre de vigia, mas ele teria que voltar a ser um homem, meu senhor. - Aysla sugeriu de forma até ousada.

Lorde Kaiser deu uma gargalhada e ela fingiu um sorriso.

-- Depois. Agora estou me divertindo, veja isso. - Lorde Kaiser pegou novamente o galho e atirou. -- Eydwen! Pega!

Como eu odeio Lorde Kaiser agora. Engatinhando, fui pegar o galho, sentindo os joelhos doerem por andar pelos pedregulhos.

-- Impressionante. - Lady Aysla quase bocejou.

-- Faço isso só para olhar para o traseiro dele, que convenhamos, é bem formatado. - O Imperador comentou.

-- Tenho certeza que Lady Raestra ficará contente em saber disso quando ela retornar de viagem para o festival em que vocês anunciarão a data de casamento. - Lady Aysla provocou.

Peguei o galho com a boca e comecei a retornar, vi quando Lorde Kaiser fechou a cara ficando sério e de mau-humor.

-- Claro, o casamento. Que nós dois sabemos o quanto eu me interesso por ele e o priorizo na minha agenda. Teve mais alguma pistas sobre a pessoa que preciso encontrar, Major? - Ele perguntou se endireitando na cadeira, jogando o corpo um pouco para frente e olhando o mapa.

-- Já cercamos toda a região norte e oeste, meu lorde. Infelizmente, não temos nada. Nenhuma criatura que seja ao mesmo tempo homem e mulher foi encontrada nessa área, majestade. - Lady Aysla apontou as áreas no mapa.

Por que Lorde Kaiser queria encontrar alguém que fosse ao mesmo tempo homem e mulher? Isso era tão pervertido. Lembrei que esse foi o único motivo por ele querer me comprar e que depois de saber que não era eu, perdeu totalmente o interesse em mim.

Aproximei-me dele com um galho e Lorde Kaiser puxou o pau da minha boca e atirou para longe de novo, mas bem longe do que da outra vez.

-- Vá buscar logo! - Ele ordenou. Eu me virei e fui, afastando-me devagar. -- Não há como colocar um aviso sobre o que eu procuro?

-- Atrai muitos impostores! Perderemos muito tempo que seria melhor investido nas buscas, majestade. - Lady Aysla disse. -- Você olhou com atenção, não é mesmo o seu… Cachorro?

-- Lady Aysla… - O Imperador chamou, para ela se aproximar.

Suas vozes iam diminuindo conforme eu andava, mas da nova distância, muito maior que aquela, ouvi apenas um cochicho quando Lady Aysla aproximou o ouvido do Imperador. Ela fez uma cara de espanto. O que quer que ele tenha dito, não queria que eu escutasse.

Voltei o mais depressa possível para continuar escutando a conversa. Lady Aysla deu uma risada, pegou sua taça de água e deu um largo gole.

-- Encontrá-lo é a única coisa que posso fazer antes que a maldição me consuma, Lady Aysla, ele será nossa única salvação contra os Anjos. - Lorde Kaiser continuou. De novo essa história de maldição. Quem amaldiçoaria o Imperador?

-- Claro meu senhor, faremos todos os esforços. O que mais pode dizer sobre os Registros que ajudará nessas buscas?

-- Sei que em todas as encarnações ele veio como um hermafrodita devido a natureza dupla de sua alma. Os Registros não mentem. Pelos cálculos...

-- Talvez os cálculos estejam errados! - Lady Aysla abriu bem os olhos brancos constatando algo. -- Ou equivocados de alguma forma. Não ouviu-se sobre uma criatura com dois sexos até o boato que levou você até… - Novamente os olhos dela bateram em mim, mas ela desviou. -- Bem, vou enviar mais mensageiros e pesquisar com mais minúcia, majestade.

-- Eeer, com licença? - Tirei o galho da boca.

-- Eydwen, cachorros não falam. Shhh! - O Imperador pegou o galho da minha mão e colocou sobre os meus lábios, fazendo com que eu mordesse novamente.

-- Espere. - Lady Aysla puxou o galho dos meus dentes. O Imperador olhou para ela revoltado, mas notei que eles deveriam ser muito amigos, pois não brigaram. -- Você sabe algo sobre alguém com dois sexos, Eydwen? Por acaso era outra pessoa naquela fazenda da qual resgatamos você?

Olhei para o Imperador.

-- Que gozado, não sabia que você falava cachorrês, Aysla.

-- Oh, por favor. - Ela quase deu uma cacetada nele com o galho.

-- Pode responder a major Aysla, sem latir, Eydwen?

-- Hm. Sim. Quer dizer, não… Não tinha ninguém assim lá, senhorita Aysla… Mas meu antigo Senhor não era muito criativo, ele ouviu sobre essa criatura enquanto sobrevoava os vales de vulcão ao leste e achou que atrairia mais clientes. - Informei.

-- Vales de vulcão ao leste. - O Imperador abriu a boca, com a informação.

-- Vou enviar mensageiros para lá imediatamente meu senhor. - Aysla levantou-se, juntando os mapas e colocou a mão na minha cabeça, afanando. -- Muito bem, Eydwen! - Ela fez, ficando meio parada com as mãos no ar, sem saber se era assim que devia agir. -- Oh, isso é ridículo, liberte logo o menino. - Enfiou os mapas dobrados debaixo do braço, bateu continência e saiu.

Lorde Kaiser ainda ficou comigo no jardim em silêncio um pouco, ele pegou o galho, analisou as marcas dos meus dentes e jogou para longe. Suspirei e fiz menção de ir buscar, adiantando-me a ordem.

-- Vem aqui, garoto. - O Imperador me chamou. Olhei para ele, que acenou com a mão para eu me aproximar. -- Fique de joelhos aqui na minha frente.

Eu fiz exatamente como ele ordenou, ele bateu a mão na coxa e eu coloquei minhas mãos lá, como um animal. Mas foi diferente, Lorde Kaiser ficou me observando, encarando meus olhos com firmeza e eu estava exatamente na posição em que tudo isso começou.

Não pude evitar senão pensar em como foi vê-lo gemer e gozar com a força da minha língua em seu grande membro e isso me excitou. Péssima hora, a propósito. Mordi a boca por dentro da bochecha, com força para segurar a ereção.

O Imperador ajeitou meus cabelos com delicadeza, deslizou os dedos pelos meus cabelos e tocou meus lábios, analisando-os e se aproximou, de um jeito que sua respiração ficou tão próxima a minha que senti o seu hálito fresco de hortelã.

-- Aysla tem razão. - Ele disse, por fim, se afastando e tirando a chave da coleira do bolso frontal do paletó. -- Em agradecimento, eu deveria tirar a coleira de você, mas espero que tenha aprendido a lição de uma vez por todas, Eydwen. Você deve se por sempre em seu lugar, antes de tomar uma atitude que seja, inclusive, em uma aposta contra seu rei. Você sabe onde é o seu lugar, Eydwen?

Balancei a cabeça em afirmação, mas lembrei que ele gostava mais quando eu dizia em voz alta:

-- Uhum, senhor.

-- E onde é o seu lugar? - Ele ergueu uma sobrancelha perguntando.

-- Entre suas pernas?

-- Hmmm. Você gostaria disso, não é? - Um sorriso se formou em seu rosto sério. Ele segurou no meu rosto, deu um tapinha de leve na minha bochecha, depois, deixou um selinho em meus lábios. -- Não hoje. Eu mando chamar se eu quiser te usar de uma forma ou de outra. Vá para o seu quarto, seu treinamento com Tenente Trovan começa amanhã.

-- Sim senhor. - Deixei o jardim.

***

Fazia uma semana que o Imperador não mandava me chamar. Eu tinha bastante tempo livre para ficar com a minha irmã e ela estava contente com a companhia de Antonietta, sua nova galinha.

Como a maioria dos homens e mulheres tinham vendido suas galinhas de volta ao Imperador por apenas dez moedas de cobre, a venda dos ovos tinha sido boa. Odette e sua filha Fernanda aproveitaram em dobro a generosidade de Lorde Kaiser.

Pude treinar com o arco e flecha, Trovan estava me ensinando, era como eu queria e os remédios que puseram nos meus braços fizeram cicatrizar rapidamente e minha resistência tinha melhorado com as vitaminas e complementos que os bruxos mandaram eu ingerir.

Entretanto, aquele tratamento do gelo que ele estava me dando, começava a me preocupar.

-- Adivinha quem acabou de doar sangue? - Benjamin estava sempre sorrindo e com aquela notícia, eu estava prestes a perder o meu sangue.

-- Uau! Benjamin! - Os empregados do salão logo o cercaram, paparicando. -- Bem que você disse que Lorde Kaiser iria te chamar.

-- Ele não resiste sem mim. - Benjamin se gabou sentando-se na poltrona. -- Fiquei um pouco cansado, vocês não se importam se eu não ajudar pela próximas horas, não é mesmo?

-- Claro que nãaaao, Benjamin! - A maioria suspirou, aclamando.

Vi Fernanda revirando os olhos e continuei secando os copos de cristais, enquanto aos pouquinhos, ela que estava varrendo o chão, se aproximou de mim:

-- O dinheiro de todos já acabou, o que é para fazer com os ovos? - Ela cochichou.

-- Cozinhe para que durem mais. Adicione na sua comida, sei lá. - Dei de ombros, sem resposta. -- Vai ter um lugar para mim na sua casa?

-- Mamãe disse que te deixa ficar no sofá da sala… Pensa em integrar o exército? Todos estão impressionados que você é bom com o arco, Lorde Gavril disse. Os soldados da Casa Ingwor abriram vagas. - Fernanda contou falando baixinho. -- Além disso, eles são mais generosos com seus escravos, dão mais moedas. Embora, por lá, nunca sobre comida.

-- Por quê? - Estranhei.

-- Já viu quanto um dragão come? - Fernanda riu. -- Lorde Gavril disse que é muito mais do que as lavouras podem suportar.

-- Você sempre fala desse Lorde Gavril… - Reparei.

-- Sirvo como sua escrava de sangue e ele é o major, fala sempre das batalhas. - Fernanda pisca um olho. -- Talvez se eu falar com ele, ele compre os ovos que sobraram da galinha de sua irmã!

-- Seria ótimo. - Abri bem os olhos, admirado pela ajuda. -- Não sei o que será de mim e qualquer ajuda é importante.

-- Não fique chateado, Eydwen, provavelmente Lorde Kaiser repasse você para Lady Lannah ou Lady Aysha. Ele não é assim tão rancoroso. - Ela varreu mais para o canto. -- E ele olha diferente para você.

-- Sim, olha, com muita raiva. - Solto o copo e pego outro, para secar. -- Sei que tenho que fazer alguma coisa para mudar a situação, mas ele não me dá oportunidade.

-- Bem, faça a oportunidade. Ele toma banho às três, todas as madrugadas. - Fernanda informa. Olho para o relógio da sala e ele marca duas. -- Você ainda está com o broche, menino, aproveita.

-- O que vocês estão conversando aí? - Benjamin ergue a voz lá do sofá, colocando uma almofada no colo.

-- Nada. - Fernanda se afasta.

Continuei secando os copos, mas com mais pressa, para terminar e pedir licença para a faxineira chefe. Ela me deixou ir, afinal, eu ainda tinha mesmo o broche, como Fernanda me lembrou. Subi as escadas e encontrei as garotas que preparam o banho do imperador, juntei-me a elas ajudando-as com as toalhas e fiquei na sala de banho enquanto elas preparavam a mistura de erva e flores.

Normalmente ficam duas meninas para esfregar as costas do Imperador e lavar seus cabelos, mas eu disse que eu assumiria dali e para elas saírem. Fiquei meio nervoso em dispensá-las e mexer com a ordem de Lorde Kaiser, ele ficava mesmo uma fera quando contrariado, mas poxa, ele tinha chamado Benjamin! Eu precisava tomar atitudes extremas para conversar com ele de novo.

A porta se abriu e eu fiquei em pé, com as mãos para frente. Tinha prendido os cabelos em um rabo de cavalo e arregaçado as mangas do macacão.

-- Ah, você. - Lorde Kaiser revirou os olhos vermelhos-sangue quando me viu. -- Onde estão as meninas que preparam meu banho?

    

-- Eu as dispensei, meu senhor. - Abaixei a cabeça, esperando a bronca.

-- Hm. - Ele ventou, rindo e fechou a porta da sala de banho, virando de costas. -- Então venha logo tirar minha roupa que tenho um almoço com Aysla, ela irá me apresentar uma amiga que é decoradora da Casa de Adrawor para a decoração do festival... Acho que sabe que minha noiva Raestra chegará para a festa.

-- Não sabia. - Segurei em seu paletó e tirei pelos ombros, dobrando para por em cima da cadeira. Lorde Kaiser começou a tirar a gravata. -- O senhor não tem me chamado para conversar, estou por fora das novidades.

-- Claro que está. - Ele atirou a gravata no chão e impaciente, começou a desabotoar a camisa. -- Venha logo, seu inútil, estou em cima da hora!

Corri para ele e fiquei de frente, segurando nos botões onde suas mãos estavam e o ouvi suspirar. Eu estava tremendo novamente, mas não estava com medo nem nada. Meu coração palpitava bombeando o sangue mais depressa por estar na frente dele e falando com ele. Tentei me acalmar, pensar nas coisas certas de dizer e fazer, para não aborrecê-lo, mas aí eu lembrei que deixá-lo bravo era o que eu sabia fazer de melhor e que eu podia ver alguma vantagem nisso.

Abri a camisa e o empurrei, pegando-o desprevenido e atirando-o na piscina. Ele mergulhou entre a espuma e afundou. Pulei atrás dele, afundando e submergimos ao mesmo tempo, ele se preparou para gritar comigo e eu enlacei os braços ao redor de seu pescoço e o beijei, inspirando o perfume da água, engolindo o sabor da mistura de flores, ervas e sabonete.

-- O que está fazendo, criatura, ficou louco? - Lorde Kaiser ficou parado em pé, sem retribuir o beijo.

-- Dando um banho em você. - Afastei-me mordendo a boca, segurando o sorriso. Ele estreitou os olhos. -- De uma forma mais descontraída, meu senhor.

-- Eu diria ousada, não sabia que banhos incluíam beijos. - Vi o rosto de Lorde Kaiser amenizar, com um sorriso. -- Tudo isso por eu ter chamado Benjamin?

-- Quem? - Franzi a testa e juntei a espuma na mãos. -- Não é ninguém importante, não vamos gastar saliva conversando sobre ele… Em vez disso, apenas… - Assoprei a espuma, fazendo ela voar. -- Deixe-me tirar suas roupas. - Um sorriso malicioso apareceu no rosto do Imperador quando disse isso e gostei de causar essa reação. -- Quer dizer, tenho que esfregar suas costas, lavar o seu cabelo. A menos que o senhor tenha uma outra ideia do que fazer com tanta água e tanta espuma… Por sua conta e risco.

-- Ah, sim. - O Imperador me alcançou por entre a espuma, abraçando minha cintura, eu fiquei escorregando por entre os seus braços molhados. -- Acho que me lembrei o que faz de você meu prefer…

Eu o calei com um beijo, puxando seu pescoço na minha direção. Lorde Kaiser não demorou a se entregar ao beijo, pelo contrário, ele impôs um ritmo mais forte, deslizando a língua na minha boca e arrancando meu ar. Meu coração parecia um tambor de guerra, palpitando, um pouco com medo por aquele abraço de cobra que ele estava me dando, eu tinha receio que ele fosse me quebrar.

Logo, Lorde Kaiser estava me amassando contra a parede da banheira, com as mãos por baixo da água nas minhas nádegas, apertando e me prensando contra sua ereção de um jeito sensual. As sensações que ele causava em mim eram como choques elétricos e eu fiquei como se fosse um animal irracional, completamente dominado pelas sensações de prazer. Lorde Kaiser me ergueu na água, fazendo eu passar as pernas ao redor de sua cintura e ficou afofando seu membro ereto no meu corpo, rebolando e prensando, me deixando ainda mais cheio de vontade de fazer sexo com ele, embora, eu não soubesse exatamente como seria todo o processo.

Ele mordeu os meus lábios fazendo-os sangrar e a sensação foi tão boa e me deixou como se estivesse bêbado. Arrastei a língua contra seus dentes partindo-a e ele chupou com desejo, com força. Eu sentia o meu corpo inteiro em torpor, como e fosse dormir, talvez pelo calor da água do corpo dele e do esvair de sangue, eu estivesse tendo uma queda de pressão e amoleci, quase adormecendo em seus braços.

-- Ah. - Lorde Kaiser tirou os dentes dos meus lábios e eu o vi sorrindo, com a boca cheia de sangue e os olhos brilhando mais fortes. -- Sua pressão caiu.

Ele me puxou do meio da piscina para a borda, me ergueu e me colocou sentado para fora da água. Minhas bochechas estavam queimando pelo calor do vapor da água, mas quando saí banheira, eu senti o frescor do vento e isso me trouxe de volta. Lorde Kaiser beijou meus lábios, ajoelhando-se entre minhas pernas e eu retribuí, entregando-me.

Foi tão gostoso, ele me beijava tão bem e o roçar de sua barba no meu rosto era tão excitante. Eu queria mais que aquilo, eu queria tudo.

Lorde Kaiser interrompeu o beijo, se afastou, ficou em pé e começou a despir suas roupas, jogando-as no chão. Ele vestiu o roupão atoalhado branco e saiu para o quarto, deixando a sala de banho.

Fiquei em pé, escorrendo água do meu corpo e das minhas roupas, eu ainda estava de botas. Não esperei que toda a água escorresse e fui atrás dele no quarto. Lorde Kaiser estava de costas, de frente para o armário e virou-se quando me ouviu chegar.

-- Eydwen? Está molhando todo o chão.

-- Shhh. - Ajoelhei depressa no chão e ficando de frente para ele. -- Deixe-me fazer.

-- O quê?

-- O que fizemos... na fazenda.

-- Eydwen! - Ele abriu bem os olhos surpreso.

-- Deixe-me fazer de novo, não porque alguém está me mandando fazer, mas porque eu quero fazer.

-- Você quer fazer?

-- Quero. - Alcancei o laço do roupão e abri tendo acesso ao corpo torneado, branco e maravilhoso de Lorde Kaiser, o peito cheio de pelos que faziam um caminho do umbigo até mais embaixo.

Encarei os pelos pubianos pretos e a ereção ousada que não queria se esconder. Comecei beijando de leve a glande e abri a boca, recebendo-o. Lorde Kaiser exalou e tentou afastar minha cabeça, mas insisti, saboreando-o. Quando comecei a brincar com língua, ele soltou um gemido excitante e se segurou nas paredes.

Chupei com desejo, sentindo o cheiro do banho em sua pele e ele ainda estava tão quente e relaxado, que foi ainda melhor.

-- Oh, Eydwen.

Segurei em seu corpo passando as mãos por dentro do roupando, deslizando em sua pele macia, forçando-o para vir com mais rapidez para dentro de minha boca, entrando e saindo, em uma dança deslizante no meio da minha língua.

-- Ahhh! - Ele gemeu mais forte, e mais forte, conforme eu acelerava, lambia e chupava. -- Uhhhhhrgggh! - Então ele urrou com o corpo estremecendo, seu sêmen entrou todo na minha boca e eu engoli, chupando como um canudo e me afastei, limpando a boca. -- Eydwen… - Lorde Kaiser estava ofegante, mas fechou o seu roupão, dando um laço apertado no corpo. -- Obrigado por seu serviço, eu mandarei chamar… Quando e se precisar de mais.

-- Não foi um serviço. - Levantei na hora, ficando em pé na frente dele. Lorde Kaiser franziu a testa, mas eu já estava me segurando para não chorar. -- Por que você tem que estragar tudo me humilhando? Eu não sou sua puta!

Ele virou a mão no meu rosto, mas não forte o suficiente para me fazer ir ao chão, como todas as outras vezes. Prendi o ar, olhando-o com revolta e ele colocou as mãos na cintura, abaixando a cabeça e soltando um suspiro.

-- Exatamente. - Eu disse. Segurei na gola do roupão e o puxei na minha direção, beijando seus lábios o mais fervorosamente possível. Depois o soltei e virei as costas, saindo do closet. -- A próxima vez que quiser, pode me avisar. Se eu estiver com vontade, vou fazer.

E saí.

(Continua)

 


Notas Finais


Gostaram? Faça uma autora feliz e deixe um favorito.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...