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História Prelúdio (Taekook - Vkook) HIATUS - Capítulo 32 - Promessa.


Escrita por: cureaqua2

Notas do Autor


Olá, pessoa! Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?

Antes de iniciarem a leitura, gostaria de pedir minhas mais sinceras desculpas pela demora em atualizar Prelúdio. Acho que já citei anteriormente, mas andei passado por muitas coisas nesses últimos meses e, por conta disso, acabei tendo várias crises de ansiedade e também bloqueios criativos. Questionei muito se conseguiria continuar a escrever a história, cheguei até a pensar na possibilidade de tirá-la do ar, mas me mantive forte e coloquei na cabeça que iria, sim, finalizá-la. Terminar Prelúdio é uma espécie de meta de vida e não vou desistir nos últimos capítulos. Enfim, esse capítulo acabou saindo um pouco atrasado conforme o planejado. Era para sair no Natal, mas não consegui. Então acabou ficando um pouco fora de época, desculpem-me por isso...

Sem mais delongas, boa leitura! Preparem os corações, porque me arrancou lágrimas enquanto escrevia!

Att,

cureaqua2.

Capítulo 33 - Capítulo 32 - Promessa.


A neve caía lentamente do céu, deixando a aparência da rua noturna de Seul ainda mais bonita e mágica. Estávamos de mãos dadas em frente ao shopping, sozinhos, e um sorriso de orelha a orelha se fazia presente em meu rosto enquanto contava a Jungkook sobre as cenas que mais gostei do filme que vimos. Gargalhamos por longos minutos na medida em que seguíamos nosso caminho, distraídos, até ele me perguntar o horário e, ao mostrar-lhe o horário no relógio digital do celular que marcava 21:30 do dia 30 de dezembro de 2020 – meu aniversário.

 

Depois, o verde do semáforo dos pedestres dando permissão para todos atravessarem a rua se torna o foco enquanto uma propaganda de cosméticos aparece na tela mais ao fundo. E, então, o barulho do motor de um veículo se torna cada vez mais alto. Em seguida, um estrondo.

 

Tudo em questão de segundos.

 

 

***

 

 

– JUNGKOOK! – Ouço minha voz ecoar pelo cômodo, cheia de terror.

 

Em uma tentativa desesperada de impedir aquela tragédia, percebo que estava, mais uma vez, com os braços esticados – trêmulos. Meu peito arde e aquela sensação de pânico tomava conta de cada centímetro do meu corpo, da minha alma.

 

Essa não é a primeira vez que desperto dessa maneira, à beira de um colapso físico e mental, sem conseguir conter as lágrimas. Desde aquele momento na pista de gelo, aquela visão aterrorizante me atormenta. Todas as noites, no instante em que volto a fechar os olhos. Então, não seria exagero dizer que não consigo descansar há mais de um mês e me sinto cada vez mais drenado, exausto… com medo. A possibilidade de perder aquele que amo, bem diante dos meus olhos. A dor da perda. Vivi tudo isso incontáveis vezes em pesadelos e não quero viver mais uma vez, dentro da realidade. E é por isso que vou precisar arriscar o meu único recurso, a única solução que consegui encontrar após várias análises e reflexões.

 

 

“Taehyungie-hyung, não se esqueça do compromisso de hoje hehe. Vou te pegar às 18h!”

 

 

Sinto meus lábios se curvarem levemente em um sorriso ao ler a mensagem com a tela do celular ainda bloqueada e enterro o rosto nos joelhos dobrados.

 

Hoje irei terminar com Jungkook.

 

 

 

Fico várias horas naquela posição, sem conseguir sair da cama. Apenas a sentir as dores físicas e emocionais tomando conta do meu ser.

 

Não foi fácil chegar a essa conclusão. Enxergar que é necessário desistir desse amor para que ele fique à salvo.

 

Voltei várias e várias vezes na morte do meu melhor amigo, pensando e repensando nas circunstâncias. Revivendo todos os meus passos naquela época para ver se encontrava alguma coisa que deixei passar. E percebi que nunca parei para pensar exatamente qual era a raiz do acidente, o que não mudava independentemente das circunstâncias. Em todas as visões, desde a primeira até as alteradas, todas estavam ligadas ao trabalho de Yoongi-hyung. Ou melhor, se ligavam a uma única empresa. A mesma que está sendo investigada por corrupção atualmente e levou à paralisação dos táxis.

 

Claro, pode ser apenas uma especulação ou paranóia, mas tenho a impressão de que a causa da morte de hyung seja ainda mais profunda do que parece. Existe até a possibilidade de... Não sei. Queima de arquivo, silenciamento, destruição de provas. Pessoas poderosas e abastadas que possuem muito o que perder não pensam nem duas vezes em como se livrarão de qualquer um que possa manchar — ou trazer à tona — a (má) reputação de sua imagem, independentemente de seus meios, sejam eles lícitos ou antiéticos. Só que de nada adianta teorias agora. Se for isso mesmo, a empresa está a um passo de cair e ele não será trazido de volta dos mortos. Eu falhei em perceber isso antes. Eu realmente falhei em salvar meu amigo.

 

Entretanto, ainda não falhei em salvar Jungkook.

 

Essa situação ainda faz parte do meu presente e a única peça imutável apta a alterar tudo sou eu. Nossa relação. Em todos os cenários que eu conseguiria mudar, Jungkook estaria comigo. Assim como Yoongi-hyung sempre iria em direção ao chamado do trabalho, Jungkook estará comigo.

 

É possível que eu esteja enganado? Sim. Errei uma vez e nada impede de ter errado uma segunda. Porém, é a conclusão que cheguei após muita observação dos eventos. E… se deixar Jungkook vivo significa nosso término… eu não me importo.

 

Estar separado é melhor do que saber que ele se foi para sempre.

 

Sendo assim, quando o relógio chega perto das quatro e meia da tarde, finalmente me levanto da cama e começo a me arrumar para nosso último encontro.

 

É surreal falar isso – último encontro. Justamente na tão esperada Véspera de Natal, a data mais especial entre os casais.

 

– Você é realmente um babaca, Taehyung. Um babaca. – Penso em voz alta antes de entrar no chuveiro.

 

Eu sei o quão ruim isso é, anunciar o término de um relacionamento durante um dia que deveria ser mágico. Sou, de fato, um grande babaca por ter isso em mente. Entretanto, é exatamente esse conceito que eu quero que Jungkook tenha de mim. Um completo idiota, frio, sem considerações. Porque, dessa forma, ele não sentirá tanto a nossa separação e poderá ser feliz com outra pessoa posteriormente, sem quaisquer dúvidas. Poderá seguir em frente, embora eu talvez nunca mais consiga me apaixonar de novo.

 

Sendo assim, hoje vai ser perfeito. Como um conto de fadas. É a última coisa que posso fazer por ele. Por mim. Por nós.

 

Um último presente.

 

Portanto, coloco as roupas que Kookie tanto gostaria de me ver usar. Aquele sobretudo amarelo com alguns detalhes em marrom escuros, juntamente com uma lã branca de gola alta, o qual arrancou seu mais sincero sorriso ao dizer: “Hyung, essas roupas devem ficar incríveis em você. Poderia usá-las no inverno? Por favor?”. Os olhinhos brilhavam cheios de expectativas e sua expressão mudou drasticamente para uma de indignação quando eu lhe disse que nunca havia usado aquelas por achar que não ficariam tão boas em mim. Que eu já mudara muito desde o dia que as comprei. Ao olhar para o espelho agora, entretanto, devo dizer que estava errado. Eu realmente me sinto mais bonito. Acho que isso se deve ao fato de ter tido minha autoestima bastante elevada nesses últimos meses. Coelhinho nunca me deixa dizer que sou feio e parece que comecei a acreditar nisso de fato.

 

Abro um sorriso forçado enquanto aproveito o espelho, ensaiando para quando a hora chegasse. Kookie definitivamente não poderia enxergar esse homem desanimado e triste que encaro no reflexo. Isso estragaria nosso dia antes do momento. Não posso deixar isso acontecer. Mamãe costuma dizer que não sou um bom mentiroso e todos ao meu redor confirmam isso, mas agora era diferente. Eu preciso fingir estar bem com perfeição. Assim como tentei fazer desde a visão.

 

Sinto as mãos tremerem levemente ao ouvir a notificação da mensagem chegar. Era ele.

 

Ursinho, já estou aí em frente. Vamos direto ou quer que eu suba primeiro? rs”

 

Gargalho alto com o conteúdo apesar da tristeza iminente. Porém, apenas respondo que já estava para descer e que daria trabalho me arrumar novamente. Em outras circunstâncias, passar boa parte da véspera em casa, sem fazer nada além de amor, não seria uma má ideia. Existiriam outros natais para andarmos de mãos dadas nas ruas. Não teria dúvidas quanto a isso. Nosso amor não abria espaço para isso, um fim. Só que agora é diferente. Quero aproveitar cada segundo, fazer tudo aquilo que gostaria de fazer com ele em uma única noite – embora eu saiba que seja impossível.

 

Antes de respirar profundamente e descer ao encontro de Kookie, encaro a foto de Yoongi-hyung pendurada em um quadro de lembranças. Dessa vez, hyung, não cometerei o mesmo erro. Eu definitivamente vou salvá-lo. Você está torcendo por mim, certo?

 

– Eu devo ter salvado a humanidade em alguma vida para ter a sorte de ser seu namorado, hyung. – Essa foi sua primeira fala quando entrei no carro. Assim como naquele dia, seus olhos estavam cintilantes e o sorriso de orelha a orelha.

 

– Não, coelhinho. Eu que devo ter feito isso. Só de poder estar vivendo na mesma época que você já é uma sorte. – Entrelaço nossas mãos com carinho e vejo que o deixei extremamente contente e envergonhado.

Essas coisas geralmente são um pouco difíceis para serem faladas em voz alta sem sentir o rosto pegar fogo. Só que eu não preciso da vergonha nesse momento. Seria um aborrecimento tê-la agora.

 

Como imaginei, as ruas de Seul estavam completamente iluminadas e perfeitamente enfeitadas. Por conta do horário, ainda não havia muitas pessoas, mas alguns casais eram vistos de mãos dadas enquanto observavam as vitrines. Inclusive, nós dois. Sabe, o sentimento é realmente mágico, surreal, estar com a pessoa amada em um ambiente tão bonito e bem planejado. Rir de coisas sem sentido, desejar comprar um produto caro de uma loja de luxo enquanto se espanta com o preço junto de seu parceiro, apontar para uma decoração que lhe chamou a atenção, sorrir ao perceber outros casais LGBTs na multidão e parar para comer em uma barraquinha. Eu só tinha visto um momento parecido em livros, filmes, dramas, mas nunca pensei em poder vivenciar algo do tipo. Todos os anos, eu olhava para essas mesmas ruas através da televisão, imaginando como seria estar lá. E aqui estou.

 

– A sua boca está suja, amor. – Digo ao apontar para um canto e decido tirar a sujeira eu mesmo após ver que ele não a acharia. – Prontinho.

 

É nítido a expressão de espanto do dono da barraca, mas o ignoramos completamente.

 

– Ursinho. – Volto minha atenção para ele assim que termino meu Odeng. – Parece que lá na frente tem alguém cantando. Vamos assistir?

 

Olho para o horário em um relógio disposto na rua. Ainda tínhamos um tempo, faltava menos de duas horas para meia-noite, porém ainda tínhamos tempo para fazer tudo aquilo que nos desse vontade de fazer.

 

– Claro. – Abro um sorriso. – Ajusshi, aqui está o dinheiro. O valor está certinho? – Ele confirma com a cabeça. – Muito obrigado, seus Odeng são maravilhosos. Tenha um ótimo Natal. – Jungkook se junta a mim e faz o mesmo. – Vamos? – Pergunto com uma voz doce.

 

– Eu poderia ter pago, hyung. Da última vez foi você que…

 

Não o deixo terminar e o arrasto em meio à multidão. Pagar uma comida de rua era o mínimo que eu poderia fazer por ele hoje.

 

Não havia tantas pessoas dispostas a ouvir o artista que dedicava tudo de si em um canto da calçada. Muitas passavam reto por ele, outras apenas ficavam por um curto período de tempo e quase nenhuma colocava dinheiro na caixa aberta do violão. Ele estava aqui, em uma véspera de Natal, deixando as ruas menos monótonas e sonhando alto. Mas poucos o notavam. Ser artista deve ser bem difícil. Não é como se faltasse talento nele, pelo contrário. Assisto a programas de variedades sempre que posso e acredito que sua voz seja tão potente e bela quanto a de celebridades famosas. Uma pena que não são todos que enxergam isso.

 

Ao olhar para a expressão de Jungkook, acho que ele pensa o mesmo. Ele está concentrado, com os olhos fechados e um pequeno sorriso nos lábios. Imerso na música que é cantada e tocada.

 

Fico a observar cada detalhe de seu rosto, para manter em minha memória esse momento por vários e vários anos. Até o dia da minha morte. Essa expressão serena, de quem sente um amor imenso pela música, pela arte, e que tem um coração puro e gentil. As luzes douradas contornando seus belos traços enquanto eu sentia que todos à nossa volta nem mesmo existiam. Eu quero ser capaz de lembrar de cada detalhe e cada segundo que passei ao seu lado.

 

– Eu posso sentir você me encarando, hyung. Sou tão bonito assim? – Sou surpreendido com aquele sorriso travesso e deixo-me ser contagiado por ele.

 

– Sim, o mais bonito de todos. – Respondo e noto suas orelhas ficarem vermelhas.

 

É fofo vê-lo coçar a ponta do nariz na tentativa de afastar a sua vergonha.

 

– O seu mais bonito de todos. – Sinto meu coração pular com a forma que essas palavras foram ditas. Não, as palavras em si já seriam capazes de causar esse efeito em mim.

 

– O meu mais bonito de todos.

 

Agora, ele nem mesmo conseguia olhar para o meu rosto direito, embora no seu tivesse um largo sorriso. Como se estampasse que era o homem mais feliz do mundo naquele instante, o mais sortudo. E aproveitei o silêncio, a felicidade que conseguimos provocar um no outro, até que o horário me lembrasse do nosso fim.

 

– Feliz Natal! – O músico anunciava após finalizar a tradicional música natalina All I want for Christmas is you, da Mariah Carey.

 

– Feliz Natal! – Exclamamos em conjunto e colocamos cada um uma quantia na caixa aberta.

 

Meu coração pesa no peito.

 

– Feliz Natal, Taehyungie-hyung. – Agora a sua atenção estava voltada para mim e a sua muito mais doce e suave.

 

Aqueles olhos pareciam abrigar todas as estrelas e invadir a minha alma.

 

– Feliz Natal, Kookie.

 

É difícil conter a umidade que quer preencher meus olhos. Essa é a nossa primeira vez dizendo essas palavras um para o outro, mas também é a última. O que era para ser só o começo, infelizmente já é o fim.

 

Aproveito a sua companhia por mais alguns longos minutos na tentativa de atrasar o máximo possível o que não poderia ser adiado. Sinto pela última vez o calor de sua mão entrelaçada na minha e nossos braços se encontrando como se fossem um só devido à proximidade que nos encontrávamos. Sinto pela última vez aquela energia que apenas Jungkook podia transmitir para mim, aquela conexão única que nós dois possuímos. Vejo pela última vez os dentes branquinhos e avantajados que tanto lembram um coelhinho. E o vejo pela última vez. O homem que tanto amo. Que amo mais do que tudo e que não gostaria de ver se machucando por minha causa.

 

Então, lentamente afasto nossas mãos, vendo-as se desvincularem como uma trança, e dou alguns passos adiante. Deixando uma certa distância entre nós. Aquele sorriso que tanto lutei para manter nessas últimas horas, agora estava completamente desfeito.

 

– Hyung? – Sua voz era confusa e cautelosa, com uma leve ponta de apreensão.

 

Meu coração dói. Me sinto sufocado. Não consigo encará-lo. Não consigo dizer essas palavras enquanto olho para ele. É impossível. Só de ouvir sua voz já me faz querer desistir de tudo.

 

– Vamos terminar, Jungkook-ah. – Preciso manter minha voz firme, não posso deixar que ele saiba das lágrimas que caem emudecidas.

 

Silêncio.

 

Maldito silêncio que destrói a alma.

 

– Não estou entendendo, hyung. O que você quer dizer com “terminar”?

 

Merda. Sua voz está trêmula.

 

– Eu quero dizer exatamente isso, Jungkook. Acabou. Nós precisamos acabar nosso relacionamento aqui.

 

Assim que finalizo minha fala, começo a andar rapidamente. Ponho-me a fugir. Eu havia falado e não sei por quanto tempo conseguia impedir que meus ombros tremessem.

 

– HYUNG! – Escuto-o gritar de longe. O desespero era nítido em sua voz e isso me mata. – Hyung! Por que está fugindo?! Por que você não diz isso olhando pra mim?! – Em questão de segundos, a voz que parecia tão distante agora estava bem ao meu lado e ele agarrava meu braço com força. Suas mãos tremendo.

 

Acabou.

Já era.

Estou exposto.

 

Ele vê as malditas lágrimas que não param de sair e sabe a dor que estou sentindo.

 

– Porque eu não consigo! – Grito com ele antes de me entregar completamente ao pranto. O sufoco cada vez maior. – Porque se eu olhar para você, não vou conseguir terminar tudo entre nós!

 

Jungkook me encara, atônito. A força de sua mão diminuía gradativamente, mas seu olhar permanecia sobre mim, em busca de respostas.

 

– Isso é por conta do meu futuro, hyung? – Olho-o surpreso, assustado. Ele… sabia? – Você andava estranho desde aquele dia no Lotte World, desde que viu o futuro daquela criança. Todas as vezes que eu segurava a sua mão, sentia que você paralisava por um instante, com medo. Então, fiquei relembrando aquele momento e tive cada vez mais certeza que eu tinha impedido ela de se esbarrar em você. Eu havia sido o único a encostar em você. Mas tudo não passava de especulações, queria acreditar no que você disse. Só que… agora ficou claro que a morte não é o futuro da criança, e sim o meu.

 

 

Sim. Era exatamente isso e tudo o que eu precisava fazer era afastá-lo de mim para protegê-lo. Eu só precisava afastá-lo, mas... Mas...

 

– ...!

 

E então, sou surpreendido com um abraço. Um forte e apertado abraço.

 

Ao invés de ficar bravo e chateado por ter escondido isso dele, Jungkook estava me abraçando.

 

– Você sofreu sozinho até agora? – Sua voz era carregada de compreensão e dor. Como se ele pudesse sentir o mesmo sofrimento que eu. – Você aguentou toda essa dor sozinho até agora?

 

Finalmente, termino de desabar em seu corpo e o envolvo com força. Com medo de soltá-lo, de perdê-lo. Todos os meus sentimentos lutavam para sair.

 

– A gente precisa terminar, Coelhinho. A gente precisa terminar. – Repetia isso freneticamente, me entregando cada vez mais ao choro. – A gente precisa terminar ou você vai morrer. O nosso relacionamento é a chave para impedir isso, eu tentei ver de outros ângulos, mas tudo indicava que é por minha causa que você vai morrer.

 

– Hyung. – Ele me chamava, mas eu mal conseguia ouvi-lo.

 

– Você precisa ficar longe de mim. Você precisa viver, Kookie!

 

– Hyung!

 

Encaro-o no instante em que desfaz o abraço, surpreso com seu tom de voz firme e imponente. Nunca havia visto aquela expressão antes.

 

– Taehyungie-hyung, me escuta. – Tenho meu rosto envolvido pelas duas mãos quentes de Jungkook. Ele queria que eu não desviasse meu olhar. – Me escuta. – Pedia mais uma vez em súplica. – Eu não quero desistir de nós dois. Eu nunca vou desistir de nós. Mesmo que isso signifique a minha própria morte. Alguns dias de felicidade ao seu lado é melhor do que uma vida inteira sem você.

 

Não, ele não pode morrer. Não pode. Não pode. Não pode. Dói muito pensar nisso, muito.

 

– Hyung. – Chamava-me para continuar a olhá-lo. – Se eu morrer por você, por nós, terá valido a pena. Eu não vou me arrepender se esse for o caso.

 

– Eu não posso te perder. Não posso. Eu não suportaria isso, Kookie, não suportaria.

 

Seus olhos me analisavam com cuidado e da mesma forma ele secava os meus já vermelhos e inchados por tanto chorar.

 

– Eu não sou tão fraco, hyung. – Diz ele de forma a me tranquilizar ao mesmo tempo em que juntava nossas testas. – Vou fazer de tudo para me manter vivo. Nós dois, juntos, vamos conseguir dar um jeito e sair dessa. Eu prometo. Não vou morrer.

 

Àquela altura, minha respiração se atropelava com os soluços que não pude mais evitar. Quero acreditar. Eu realmente quero acreditar que as coisas poderão ser diferentes. Que poderemos passar por isso juntos e  que o nós poderá existir enquanto o amor nos unir. Eu não quero perdê-lo. Eu não vou perdê-lo.

 

Assim, levou minhas mãos aos cabelos dele e os seguro enquanto ainda nos mantemos próximos e a fitarmos com nossos olhares.

 

– E eu prometo que vou te salvar, Junkook… Eu definitivamente vou te salvar. É uma promessa.

 

 

 

 

 


Notas Finais


E, então, meus amores? O que acharam desse capítulo?

Confesso que ele se tornou o meu favorito até o momento. Chorei muito, mas o coração ficou quentinho com as promessas dos dois e pela ligação que eles possuem (queria namorar assim). Não irei dar spoilers dos próximos capítulos, porém deixem preparados lencinhos e, principalmente, os seus corações rs Muita coisa vai acontecer e vou comer muito vidro quando escrever~

Até a próxima! Tentarei ao máximo deixá-los avisados sobre eventuais hiatus ou atrasos no meu twitter pessoal (@/hongfIower) e nos recados (não sei como se chama, aviso sla KKKK) para aqueles que me acompanham por aqui ^^

Att,

cureaqua2


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