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História Presente de Natal - Cinzas


Escrita por: Bryhanny

Capítulo 20 - Cinzas


Os portões abriram-se e de dentro de uma mansão ricamente ornada saiu correndo uma mulher, pequena em estatura, tão frágil que parecia feita de vidro. Seus lindos olhos verdes se destacavam por sobre seus pince-nez dourados. Sua empolgação foi tamanha que dissipou a tensão que se formava entre os dois rapazes que começavam a franzir os cenhos.

-Kentin! Ah, meu Deus, é você mesmo? Nem acredito no que meus olhos veem!

Suas lágrimas caíram de seus olhos antes de chegar ao portão. Naquele momento, Manon havia esquecido de todos os seus modos de dama fina da alta sociedade. Não queria saber o que diriam os empregados ou os transeuntes. Tão grande era a sua empolgação que sequer notou que nenhum dos dois rapazes lhe sorriram de volta de cima de seus cavalos. Armin foi o primeiro a desmontar e abraça-la:

-Eu disse que voltaria, não foi?

Ela o abraçou carinhosamente ainda encarando Kentin que não fizera menção de descer de seu cavalo. Em sua cabeça enuviada aquela mulher lhe era familiar e em seu peito um sentimento agradável se desenvolvia, embora não soubesse o motivo. Nada daquilo lhe era familiar, mas por algum motivo também não lhe era estranho. Tão logo desceu do cavalo ela soltou Armin de seu abraço imenso e correu em sua direção. Não sabia o motivo, mas pela primeira vez sentia-se em casa, ainda que algo dentro de si o chamasse para longe daquele lugar.

-Senti tanto sua falta! Até cheguei a pensar o pior.

Kentin a abraçou carinhosamente sentindo o calor de seus braços pequenos ao redor da sua cintura, braços tão quentes quanto o sol que levantava às suas costas. Sabia que a conhecia de algum lugar, que já havia visto aquele sorriso quente como o sol, então sabia que podia confiar nela. Seus olhos incidiram sobre Armin que o encarava com um sorriso embaraçoso. Decidiu que teria uma conversa séria com ele mais tarde.

Enquanto isso, em uma casinha deteriorada uma sombra  se esgueirava para longe de alguns sinais de fumaça. Mais tarde, Bryhanny não encontraria nada de seu quando voltasse. Havia seguido o conselho do padre Nathaniel e resolvera encontrar uma casa que pudesse comprar com o dinheiro que Armin lhe dera. Só não esperava em seu retorno encontrar sua casa, mesmo que temporária, em com nada mais que cinzas.

-Mas... o que aconteceu aqui?

Não podia imaginar que mais uma vez perdera tudo. Perdera sua família, seu amor e agora todos os seus pertences. Alguns curiosos já começavam a se amontoar nas imediações da construção a fim de obter mais informações. E só. Nenhum comentário de condolências, nenhuma mão amiga lhe foi estendida, nenhum ombro amigo. Nada. Como foi escrito pelo destino, nada lhe estava destinado, não tinha direito nem a ter algo seu. A não ser sua irmã que olhava perdida por todos os lados:

-E agora, onde vamos morar?

Bryhanny percebeu que Rosa tentava não chorar.



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