História Presságios - primeira versão - Twenty Six

AVISO: gente não esqueçam que estou avisando os imprevistos quanto a fic na timeline, caso alguém não saiba onde fica é so entrar no meu perfil e estará do lado de Historias. É isso amores, boa leitura.

Harry sentiu sua respiração travar e seu coração acelerar de forma dolorosa enquanto corria pelos corredores até a Ala Hospitalar. Madame Pomfrey estava em frente a porta, olhando com pena e compreensão para ele, isso não a impediu de tentar pará-lo antes que entrasse na enfermaria.

Antes que percebesse ou controlasse, seu lado veela tomou o controle usando uma de suas asas para afastar a enfermeira, que bateu contra a parede ao ser atingida. Ninguém viu o que realmente a atingiu, porém isso foi deixado de lado ao que todos observaram o estado desesperado do moreno.

Os presentes no corredor se apressaram para seguir Harry, não contendo a tristeza ao ver o moreno segurando firmemente a mão do loiro deitado. Lagrimas caiam lentamente por seu rosto e a culpa se misturava com a tristeza em sua expressão. Suspirando ele chamou fracamente Hermione, que se aproximou cuidadosamente.

- Leve esse livro por favor. – A cacheada arregalou os olhos ao ver qual livro era. -  A reunião hoje à noite ainda está de pé.

A Gryffindor assentiu, dando um semi abraço no moreno antes de deixar a enfermaria puxando Neville consigo. Precisavam avisar o resto dos amigos e preparar tudo para a reunião mais tarde. Enquanto isso Pomfrey decidiu dar uma pequena dose de poção calmante ao Slytherin, já que este ainda chorava e estava com o controle do seu corpo instável.

Harry não viu as horas passarem, ele só conseguia olhar cada detalhe de seu namorado e sentir a culpa de não lhe proteger o consumindo e o aperto em seu peito aumentava lentamente conforme seu consciente e seu veela processavam o estado do loiro. Isso até o moreno perceber que havia algo na mão pálida e macia do mesmo.

Abaixo do cabo de um espelho havia um papel, nele havia anotações e era parte do livro de criaturas que o grupo pesquisou durante tanto tempo. As anotações foram o que mais chamaram a atenção de Harry, nelas diziam a cura para os alunos petrificados. Era meio complicada e havia duas formas de fazê-la, uma mais rápida e eficiente e uma mais demorada e usada somente quando não havia todos os ingredientes necessários.

Havia também uma teoria sobre canos e como a criatura poderia se mover por eles, acessando qualquer lugar da escola que quisesse. Quando as anotações acabaram, o moreno finalmente se focou na criatura, arregalando os olhos ao ver qual era.

- Basilisco...- Um sorriso irônico tomou conta de seu rosto. – Uma cobra.... Não é à toa que eu entendia o que falava.

Finalmente tudo fazia sentido e agora poderiam curar todos que foram atacados. Animado Harry gritou por Pomfrey, fazendo a pobre mulher se assustar e correr de seu escritório. Sem dar tempo para perguntas o moreno mostrou a folha, apontando para a cura escrita ali e animando a enfermeira que se apressou para preparar tudo.

Harry finalmente percebeu que era quase hora da reunião, seguindo de volta até a cama onde o namorado estava para se despedir antes de ter que sair da enfermaria. Foi então que ele percebeu um outro papel caído sobre o peito do mesmo. Pegando cuidadosamente e lendo, Harry sentiu as lagrimas voltarem a descer por seu rosto antes de sair decidido a acabar com isso.

“ Hazz, espero que não esteja mal ou triste. Em minhas leituras vi que outras criaturas magicas não correm tantos riscos com o Basilisco quanto bruxos normais, não poderia deixar um dos nossos amigos ser atacados. Então assim que ouvi o rastejar perto da biblioteca pedi para que fossem pegar mais livros para mim. Não culpe ninguém e nem se culpe, em pouco tempo estarei de volta para você. Com amor, Dray”

Horas antes, dormitório feminino da Gryffindor.

Gina sentia cada vez mais o descontrole tomar conta de si. Quase todas as noites ela acordava suja de tinta e molhada, suas memorias eram vagas e praticamente nulas. A única coisa que ela lembrava era de ir à sala secreta que Tom lhe apresentou e depois tudo ficava turvo. Mais e mais ataques ocorriam e o medo dominava a escola.

Tom não estava a ajudando nos últimos dias, sempre dizendo para ela ir até a sala e insistindo que lá seria seguro. A ruiva não aguentava mais, seu confidente de repente havia virado uma espécie de ditador que pouco se importava com o que passava e sentia. Foi então que a ruiva decidiu ir uma última vez até a sala.

Porém ela não havia percebido que o colar que nunca tirava havia se soltado e ficado em sua cama. Cuidadosamente ela desceu até o banheiro interditado, sentindo seu coração acelerado e suas mãos tremerem. O aperto no diário era firme e seus lábios eram maltratados por seus dentes.

Finalmente ela chegara ao banheiro, pedindo para que a entrada abrisse e seguindo pelas escadas até o final. Ao chegar na câmara ela se horrorizou, ao invés da beleza que sempre vira ali tinham tuneis sombrios cheios de ossos e até mesmo resto de carnes que ela não conseguia distinguir se eram humanas ou de animais.

A sua frente uma enorme estatua se erguia orgulhosa e em meio a um mini lago havia uma cobra gigante, evitando fazer barulho a ruiva se virou, saindo apressadamente dali e parando no banheiro recuperando seu folego e processando o que vira. Se sentindo traída ela abriu o diário, escrevendo de forma tremida devido sua raiva e medo.

“ TOM! O que você fez comigo? Por que nunca vi aquele lugar horrível como ele realmente é e aquele monstro que vive ali? Como pode me enganar e se fingir de meu amigo? ”

As palavras sumiram e lagrimas surgiram enquanto ela esperava a resposta.

“ Vejo que finalmente descobriu a verdade, me surpreende que tenha sido tão ingênua e burra para não juntar os pontos antes, bem agora não importa. Seu trabalho foi muito bem feito e está tarde demais para se livrar de mim. ”

O choro aumentou, soluços saiam sem controle e a culpa e decepção comprimiam seu peito. Sem perceber a fantasma atrás de si e querendo descontar sua raiva, a ruiva jogou o livro naquela direção com toda a força que possuía antes de sair correndo até seu dormitório. Ao chegar lá ela encontrou o colar em sua cama e mesmo que tenha descoberto tudo ela mesmo assim recolocou o colar.

Ela só não percebeu que essa fora a pior decisão que tomara.