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História Pretty Hurts - Amor próprio é nosso primeiro amor recíproco.


Escrita por: zuhairmurad

Capítulo 2 - Amor próprio é nosso primeiro amor recíproco.


Fanfic / Fanfiction Pretty Hurts - Amor próprio é nosso primeiro amor recíproco.

  

January 2th, 2017 — Canadá. 

 

Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições. Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar. 

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. 

Há uma imensidão colorida num degrade azul acima de Corinne Capucci. O azul começa a ganhar manchas de nuvens rosadas pelos raios de um sol e isso é o suficiente para iluminar seus fios ruivos e principalmente, iluminar sua alma. A ponta do seu  nariz e suas bochechas já estão avermelhados iguais as leves queimaduras no verão, porém estas se formaram devido a baixa temperatura no ar. E ela não reclama, amar o inverno, que sempre foi sinônimo de amar a si mesma. Fria como a neve e aconchegante como uma tarde regada de chocolate quente e de calor proporcionado pelas faíscas da lareira acesa, mesmo que ela não fosse tão doce quanto a bebida e nem tão quente quanto o fogo.

Enquanto se olha no espelho, Corinne reflete sobre tudo que passou até chegar a esse momento. Pela primeira vez não olha seu exterior, nem se cada peça da sua roupa se encaixa uma com a outra,  se esta devidamente maquiada ou se está parecendo feliz.

Fecha seus olhos e sussurra baixo, para a sua imagem que está refletida no enorme espelho a sua frente:

— Você não é o seu passado.  Você não é seu dia que deu errado. Você não é seu relacionamento forçado. Você não é essa fase ruim. Você não é sua aparência. Você não é a insegurança que te causaram. Você não é o que você criou. Você não é egocêntrica. Você não é fracassada. Você não é forçada. Você não é isso que fez com aquilo que fizeram de você. Você não tem medo de amar. Você não precisa se desculpar por ser quem você é. Você não pode acreditar em tudo que pensa. A felicidade do outro não é o seu fracasso. – Suspira pesado diante de tantos pensamentos e quis parar de pensar.  — Você merece ter amigos. Você merece ser amada. Você merece uma nova chance. Você vai lidar com dias ruins. Você vai fazer o seu melhor. Você será mais forte do que imagina. Você vai aprender a se amar. –  Diante de tantos sussurros, abriu os olhos e encarou aquilo que poderia chamar de uma Corinne mais confiante e verdadeira. Sabia que seria difícil, doloroso e que precisava libertar-se da mascara de eu-não-tenho-sentimentos. Sorriu, encarou os fios de luz solar que adentravam por entre as cortinas entreabertas e lembrou-se do seu ultimo pensamento. Então sussurrou. — Você tem um encontro com Justin Bieber.

 

Nem mesmo que os teus olhos não tivessem sido meus ou teus braços não se tornassem minha morada, ainda sim eu seria tão tua a ponto de não me aguentar. Você diz que meu sorrisos machucam teu coração, mas só de pensar na ausência dos teus me quebra a alma. Não me adiantaria tuas palavras, só eu sei, mas me apeguei aos teus silêncios. 

 

Eu não soltaria tuas mãos, se ao menos você tivesse segurado as minhas. Mas você continua a me deixar cair. Você continua a imaginar que eu preciso de resquícios do passado ou furos do futuro, quando na verdade eu só preciso da sua alma presente.


Acho que te devo um pedido de desculpas. É que nem eu mesmo gosto muito de mim, e fico meio assustada quando alguém me diz que consegue isso.

 

 


Notas Finais


Uma mistura de mim, Corinne, Martha Medeiros, Poesia Carbonizada e Douce Fée.


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