1. Spirit Fanfics >
  2. Pretty Please - Jackson Wang >
  3. Despretensiosos

História Pretty Please - Jackson Wang - Despretensiosos


Escrita por: pandaamerica

Capítulo 6 - Despretensiosos


Fanfic / Fanfiction Pretty Please - Jackson Wang - Despretensiosos

— NÃO. Não viaja! — eu disse rapido em voz alta, o que fez Katie rir e eu e Kai a olhar sério. Eu contava para Katie, como foi o jantar na casa dos wang, quando ela enlouqueceu ao dizer que eu estou enxergando o wang com outros olhos. 

— Amiga, seus olhos brilharam quando, você falou dele...

— Não viaja, Katie. — Kai disse ríspido e se levantou da mesa, pegou a bandeja dele e saiu de perto de nós e foi sentar-se na mesa com os outros meninos do time. Kai, já não estava gostando muito dessa história e Katherine, vinha e falava mais besteiras. 

— Está vendo o que você fez? — indaguei séria e ela não respondeu-me, pois tinha ficado sem reação. — Está tudo bem, Ka. — fui mais compreensiva com ela. — Jong-in sempre foi assim. Ele sempre agiu assim, desde que o conheço por gente. Mas por favor, Ka... evita esses tipos de comentários, principalmente perto dele. Jong-in, é enciumado, e você sabe muito bem a opinião dele sobre toda essa história. — eu pedia aquilo não por Jong-in, mas sim por mim. Pois desde que aceitei essa situação, minha vida está voltada para Jackson. Nem em casa escapo de Jackson como pauta dos meus diálogos com meus pais. Minha mãe? Ah essa, só falta virar presidente do fã-clube de Jackson. Meu pai? Bom, esse nem tira o nome de Jackson da boca. De cada dez frase que meu pai fala, onze, são voltadas para citar o nome de Jackson. É Jackson pra cá, é Jackson pra lá. O wang parece que se apossou do controle da minha vida. Katie e eu, terminamos de comer e saímos do pátio, indo para o auditório. Pois a nossa última aula do dia, seria de música. Quando saimos do colégio, eu e katie fomos passear pelo centro da cidade, mas como nós duas estavamos lisas, voltamos sem comprar algo e já era de noite. Peguei um táxi e fui para casa, antes do taxista estacionar na frente da minha casa, avistei Jackson, sentado no degrau diante da porta, com a cabeça inclinada, para o céu, ele parecia bem ocupado, observando o céu escuro. Desci do táxi e ele pareceu reparar isso e levantou-se rápido e começamos a andar ao encontro um do outro. Quando nós dois se aproximamos, Jackson abriu a boca para falar algo, mas fui mais rápida e o interrompi em falar;

— O que faz aqui? — confesso que meu tom não foi muito caloroso e isso pareceu ter sido um balde de água fria para ele, pois Jackson apenas, enfiou as mãos nos bolsos do casaco dele e baixou o olhar. Esperei por uma resposta dele, mas nada veio. O que me fez outra vez indagar. — O que faz aqui? 

— Boa noite para você também. — suspirei fundo, e ele percebeu que eu não estava boa para as gracinhas dele. — Eu vou ser direto ao ponto... — ele suspirou fundo e tirou as mãos dos bolsos. — Eu preciso de um lugar para passar essa noite. Aí eu pensei que...

— Que podia ser na minha casa, não é isso?

Ele não respondeu, apenas sacudiu a cabeça. 

— Ah Jackson, não dá. 

— Mas por que não dá?

— Porque não dá. 

— Ah isso não é resposta. 

— Você ficou me esperando só para isso?

Outra vez ele sacudiu a cabeça. 

— Foi. 

— Vai me dizer o que aconteceu?

— Vai me dar abrigo? 

— Conta primeiro...

Ele suspirou fundo, derrotado e passou a contar o que, o levou até ali.

— Bem, eu meio que discuti com meu pai.

Eu não sabia o que falar, então apenas fiquei o ouvindo.

— Eu estou cansado... estou cansado de ser tratado como um bosta por ele. Ele tá sempre duvidando da minha capacidade. Nunca acha se quer uma qualidade em mim... sempre defeitos. Hoje, discutimos por conta da minha mãe... — Jack suspirou fundo e voltou a falar. — Hoje, ele chegou mais cedo em casa e se irritou com ela e começou a falar de maneira agressiva com ela, sem motivo algum. Aí, eu saí do meu quarto e me intrometi. Começamos a discutir e acabei por... levar dele, um tapa no rosto. Antes que eu perdesse a cabeça e o respeito por ele, saí de casa sem rumo e acabei...

— Acabou aparecendo na porta da minha casa. — ele me observava em silêncio. — E fez certo, Jack... vamos entrar.

— Ah não, acho melhor não. 

— Vamos entrar! — teimei com ele. — Está frio aqui fora, estou quase congelando. Hoje você dorme aqui. Vou avisar sua mãe que essa noite você passa aqui em casa. 

Ele não disse nada, apenas me seguiu. Quando entramos em casa, demos de cara com a cena de meus pais, em um momento fofo, eles riam entre eles enquanto estavam sentados no sofá, ambos estavam coladinhos.

— Ayla, filha... — meu pai olhou para mim e não tardou em reparar que Jackson estava ali. — Boa noite, Jackie! 

— Boa noite, senhor lopes.

— Como vai garoto? 

— Bem e o senhor? — Jackson indagou e aproximou-se de meus pais e comprimentou eles em um apertado de mão. 

— Ele vai passar a noite aqui, ok? 

— Tranquilo pra você, linda? — indagou meu pai para minha mãe, e ela não demorou em responder que estava de acordo, com a visita de Jackson. — Mas ele vai dormir, aonde?

— É verdade, querido... 

— No quarto de Brandon. — solucionei. 

— Tudo bem para você Jack, se eu colocar um colchão no quarto do Brandon? — indagou minha mãe. 

— Sim, para mim está perfeito! 

— JACK? JACK?

Ouvimos Brandon gritar por Jackson, e não tardou para o garoto descer a escada correndo e vir contudo na direção de Jackson, Brandon, abraçou a cintura do wang, que correspondeu o abraço dele.

— Caramba, eu não sabia que gostava tanto assim de mim. — Jackson disse e riu quando Brandon soltou-se dele. — Mas e aí? Como você está, carinha?

— Estou bem, Jack e você?

— Eu também estou bem. 

— Jack, quer ver o meu boneco de gesso, que preparei para a minha feira de ciências?

— Quero sim! — Brandon agarrou na mão de Jackson e saiu puxando o mais velho para ir até a garagem. 

— Ele gosta bastante do Jack. — comentou minha mãe. — Nunca vi ele gostar tanto de alguém assim, é só dele e do Jong-in.

— Se Jong-in ouvisse isso, ficaria morrendo de ciúmes. — disse meu pai e eu concordei. 

— Nem contam isso para ele. — disse eu e ri. — Vou tomar banho...

Já de banho tomado, vesti meu pijama e decidi descer para a sala, mas quando passei em frente do quarto de Brandon parei ali, ao ver o garoto e o wang sentados na cama, Brandon tinha o caderno apoiado nas pernas e escrevia nele, enquanto wang parecia observar o garoto. 

— Não Brandon, tá errado o resultado é duzentos e doze. — Jack disse e riu.

— Nossa, achei que você não sabia o que era estudos. — disse eu, brincando e entrei no quarto, fazendo ambos perderem o foco e me olharem.

— Ah, eu sei tá. Sou bom em matemática, graças a você! — ele sorriu e caramba, que sorriso era aquele. Jackson era muito bonito e sorrindo então. 

— Graças a mim? — indaguei confusa. 

— É, não lembra que me deu algumas aulas de reforços quando estavamos no fundamental?

— Ah sim, eu fui obrigada pela a nossa antiga diretora. 

— É, mas por que mesmo ela te obrigou?

— Porque eu iria levar uma suspensão por ter matado aula com o Jong-in. Ou era uma suspensão, ou ajudar você na recuperação.

— Ah foi, era isso mesmo. — ele riu nostálgico e eu também. — Lembro que você me odiava demais, só em me olhar, você me dava medo. 

Eu ri. 

— Ah não era para tanto. 

— Não era para tanto? Você parecia me odiar.

— E odeio. 

— Mentirosa, você me ama. Sou um amorzinho. 

Eu ri. 

— Amorzinho? É sim, dormindo. 

Ele riu. 

— Deixa eu continuar ajudando seu irmão que ganho mais. 

    [●●●]

— Tá bom, tá bom Jong-in. 

"Pare de me chamar assim, eu odeio quando você me chama assim, sabe disso."

— Vai parar de pegar no meu pé? — indaguei e ouvi ele suspirar fundo no outro lado da linha, Kai me ligou, assim que soube por Yuqi, que Jackson estava aqui. Jackson contou para a amiga dele, e ela contou para Kai. — Jong-in? Posso te fazer uma pergunta?

"Começou, né? Mas faz..."

— Você estava com a Yuqi? Por que para saber que o Jackson está aqui, você pre...

"Ayla, é cada uma que você inventa."

Eu ri. Ele tinha ficado nervoso. 

— Estava sim, safadinho... — outra vez eu ri.

"Para de ser maluca, ela nem faz o meu tipo, não tem peitos grandes." "Mas e ele? Ayla, por acaso não está dormindo com ele, não né?"

— Estou sim. Somos noivos e seremos pais, não é? — brinquei e isso fez Kai resmungar como um velhinho ranzinza. — Tchau Jong-in,  até segunda. Boa noite e um beijo. 

Não deixei que ele se despedisse de mim e encerrei a ligação. Me joguei na cama e fiquei olhando para o teto, pensativa demais. Mas fui interrompida em meus devaneios, quando senti o colchão fundar um pouquinho e vi Jackson sentar-se na beirada da cama, me arrumei e sentei-me rápido no colchão, e fiquei o olhando. Ele já estava de banho tomado e usava um pijama azul claro do meu pai, o cabelo castanho escuro de Jackson, estava molhado. 

— Deveria secar esse cabelo, ou vai ficar doente. 

Por reflexo ele tocou a cabeça enquanto ainda me olhava. Jackson, nem um momento desviou o olhar do meu, isso me deixou ansiosa. Me levantei e fui até a cadeira minha de estudos e peguei minha toalha sobre ela e fui até ele e diante dele, fiquei e comecei passar a toalha nos cabelos dele, Jackson ficou paradinho, como se fosse uma criança. 

— Obrigado. 

Ele agradeceu.

— Tudo bem, mas ver se não esquece de secar na próxima. — eu disse e ele sorriu, aliás que sorriso era aquele.

— Não falo disso, boba. 

— Do que seria? — indaguei e parei de passar a toalha em seus cabelos. 

— Obrigado por me acolher, se não fosse você, eu nem teria lugar para dormir hoje.

— A Yuqi? 

— O que tem ela? 

— Ela com certeza te deixaria dormir lá. 

Ele riu. 

— Não, acho que não.

— Por que acha isso, ela não é louca por você?

— Que como assim? 

— Jack, qualquer um enxerga isso. 

— Não, somos só amigos. Nada mais do que amigos e aliás, o pai dela não gosta muito da minha companhia. 

— Tá bom. — ele tocou as laterais da minha cintura e eu engoli em seco, confesso que senti meu coração bater mais rápido do que o normal. Quando que aconteceu toda aquela proximidade entre nós dois? Voltei a secar o cabelo dele, como se nada tivesse acontecido e ele também não avançou o sinal, na verdade, estavamos os dois tentando agirmos naturalmente. 

— O que te faz pensar que eu e a Yuqi temos algo? 

— Ah sei lá, vocês não se desgrudam e ela tem um pouquinho de ciúmes de você. 

Ele riu baixinho.

— Ela é só minha melhor amiga.

— Mas nunca rolou nada entre vocês? 

— Nunca. — Jackson demorou um pouco para responder e isso me fez parar e observá-lo melhor. 

— Nunca? 

— Tá, só uns beijinhos. — Jackson era cara de pau. — Mas nada além disso, ela não faz o meu tipo. Não que ela seja feia ou algo do tipo, mas ela não é o tipo de garota que me atraem. 

— Qual séria seu tipo? 

— Não sei, muito bem... — ele disse um pouco em nervosismo e baixou as mãos para os próprios joelhos. Aproximei meu rosto do dele e isso fez ele engolir em seco. Eu sorri.

— Não sabe, ou não quer responder? — o que tinha dado em mim? De repente, ele ficou tão atraente. 

— Ay... — ele me chamou pelo meu apelido em uma voz um tanto rouca e baixa, e eu não pude evitar beijá-lo. Foi apenas um selinho, e me afastei.

— Me desculpa. — voltei, despertei e disse a flor da pele, eu fiquei nervosa. Jackson riu baixinho e se levantou e veio até mim. 

— Tudo bem. Tá tudo bem. — ele disse para me tranquilizar e segurou em minhas mãos e começou um carinho espontâneo. — Eu gostei, não precisa pedir desculpas. — ele disse e tocou meu rosto e sorriu. — Eu gostei em saber que não sou o único que sentiu essa vontade. 

Eu abri a boca para tentar negar, mas nada saiu dela, e Jackson aproveitou para beijar meus lábios. O beijo começou suave, ele agarrou minha cintura com uma mão, enquanto a outra permanecia em minha bochecha, minhas mãos foram para o peitoral dele, sobre a camisa do pijama e ali ficaram. Aquele beijo foi muito bom, não sei por quanto tempo ficamos naquele clima, mas foi tempo o suficiente para mim, querer mais e mais dele. Mas aquele momento foi interrompido, quando ouvimos os passos apressados e a voz de Brandon chamar por nós. Nos afastamos rápido e eu empurrei-o para o colchão e Jackson caiu deitado. Ele riu e eu também. Parecíamos, duas crianças dando o primeiro beijo, escondidos dos adultos. Brandon, abriu a porta com tudo e entrou no quarto.

— Por que a porta estava fechada? E por que você está assim Ayla? 

— Brandon, já falei quantas vezes para bater antes de entrar no meu quarto? — indaguei irritada com o garoto e suas perguntas. — Poxa, quantas vezes eu tenho que dizer que é falta de educação chegar assim nos lugares? O que você quer?

— A mamãe está chamando vocês dois para assistirem um filme com ela. — já tínhamos jantado e era quase às 22 horas. 

— Tá bom, diz que já estamos descendo. 

Ele não disse nada e saiu do quarto, iria fechar a porta, mas olhou para Jackson e depois para mim e parecendo estar desconfiado de algo, desceu para a sala. 

— Ele é bem desconfiado, né? Você viu do jeito que ele me encarou? Parecia saber todos os meus pecados. 

Eu ri. 

— Vamos, levanta logo e vamos. — disse eu e fui até ele e estendi a mão, Jackson pegou minha mão e se levantou quase em um pulo. Ele estava entusiasmado. 

Não comentamos mais do beijo por aquela noite, assistimos o filme, mas praticamente sozinhos, pois no meio do filme, minha mãe foi dormir e ficamos às sós. Jackson tentou, avançar o sinal, se aproximando de mim e me abraçando, mas nada rolou. Eu até mesmo evitava olhar para ele, até porque eu não queria que ele confundisse as coisas. Aquilo não iria mais acontecer, foi um equívoco da minha parte, eu não quero que as coisas mudem entre a gente. Tudo que estavamos vivendo era uma mentira e eu já estava complicada demais, eu não queria causar mais conflitos e muito menos me complicar mais. Jackson é bonito, legal e engraçado, porém ele era muito complicado e diferente de mim, nunca que isso daria certo. Acabamos por dormir ali mesmo no sofá, acordamos de manhã cedinho, com o cheiro de bacon fritos e pão de queijo. Me animei com aquele cheiro, pois sabia que era meu pai que estava fazendo o café da manhã e ele arrasava nisso, e quando ele acordava assim, era sinal de que ele estava em um dia otimista. Jack e eu fomos para a cozinha e encontramos Brandon colocando a mesa do café, enquanto meu pai olhava uma forma cheia de pão de queijo no forno. 

— Bom dia! — ele exclamou ao notar eu e Jackson. — Me parecem tão bem, namoraram bastante né? 

Fiquei envergonhada e Jackson também o que fez meu pai rir.

— Precisam ficarem assim não, eu também já tive essa idade e podem ter certeza que aproveitei bastante. 

— Pai! — eu disse e fui até Brandon e ajudei ele levar para a mesa a jarra de suco e a de café. — Cadê a mamãe?

— Ela foi trabalhar. 

— Tão cedo?

— Sim, parece que hoje ela teria visita no consultório, foi até sem comer algo. Então hoje só será eu e vocês crianças, que já fazem crianças... — ele disse e eu ri. — Senta aí Jackie, já comeu pão de queijo?

— Ah, acho que não. 

— Então vai comer e será o melhor em toda sua vida. — meu pai adorava se gabar.

— O que aconteceu com o senhor? Está tão animado...

— É Estou sim. Eu decidi que vou procurar um emprego.  

Fiquei surpresa.

— Mas pai, como?

— Como vou trabalhar? — sacudi a cabeça.  — Ah eu dou um jeito.

— É isso aí, e com a fisioterapia, já já o senhor está para jogo. — Jackson incentivou aquela loucura e eu o olhei feio. Ele ignorou meu olhar e sorriu otimista para meu pai. Malucos. Eu era cercada de malucos. É cada ideia que meu pai tinha. 

Tomamos café e a louça ficou para mim e Jackson, enquanto meu pai e Brandon foram para o quintal, pois Brandon queria brincar lá fora e meu pai fazia todas as vontades do filho. 

— Sobre o beijo... — Jack disse mudando o assunto da nossa conversa, ele tinha o dom de estragar qualquer clima amigável entre nós. Olhei para o garoto que estava diante do armário, guardando os utensílios que ele já tinha secado. Fechei a torneira e coloquei o prato que tinha acabado de lavar, no escorredor de louças e fitei Jackson. — Eu não quero que fique algo mal resolvido entre nós, sabe?

— Tudo bem, Jackson. — eu disse e fui até ele e toquei seus ombros e sorri. — Vamos fazer assim... vamos fingir que nada aconteceu e que tal darmos uma trela nessa ideia de sermos inimigos? 

Ele riu baixo.

— Ok, posso fazer isso. Amigos? — sacudi a cabeça e ele me abraçou. Não sei por quanto tempo ficamos abraçados, mas foi tempo o suficiente para que de repente ouvimos a voz de Jong-in.

— Atrapalho algo? 

Jackson e eu nos afastamos e olhei para Kai, que estava na entrada da cozinha e nos olhavamos com um semblante debochado. Kai sorriu e eu sabia qual era a intensidade daquele sorriso do meu melhor amigo.

— Atrapalho algo casal? — suspirei fundo, eu não queria me estressar. 

— Não cara. — Jackson rebateu na mesma intensidade de deboche que Kai e eu o olhei, repreendendo-o. 

— O que faz aqui? — Jong-in indagou a Jackson. 

— Eu que te pergunto, o que faz aqui?

— Vim ver minha gatinha, mas parece que ela está bastante ocupada. — Kai dizera enquanto me olhava.

Eu não disse nada e Jackson também não. 

— Vim chamar você para irmos no bistrô da minha mãe. Mas vejo que já tem planos para esse final de semana. — Kai olhou para Jackson e em seguida voltou me olhar. — Bom, curte seu final de semana, vou chamar a Katie... quem sabe né, ela não tenha marcado nada para hoje. 

— Jong-in? — chamei por ele, quando o mesmo virou as costas e foi embora. Eu tinha esquecido completamente que marquei esse final de semana em ser só eu e ele. — Jong-in? Kai, volta aqui... — eu iria atrás dele, mas Jackson entrou na minha frente, impedindo-me de sair do lugar.

— Deixa ele. Não é querendo me intrometer, mas acho que ele está sendo bastante infantil e você não precisa correr atrás dele, ele sempre agiu assim não é? 

Fiquei quieta.

— Ele faz isso porque sabe que você sempre vai atrás dele, mas ele precisa crescer e ver que você não é uma propriedade dele. Esse cara me irrita, como consegue ser mais mimado do que eu? É sério, ele acha que é quem? 

Não dei a mínima para o que Jackson falava, passei por ele e fui atrás de Jong-in. Ele já estava duas calçadas depois da minha, mas parou de andar, quando ouviu minha voz.

— Jong-in, qual foi? — indaguei um pouco ofegante por ter corrido. Me aproximei dele. 

— Qual foi? — ele soltou um riso indignado. — Eu chego na sua casa, encontro você nos braços dele, envolvida demais e você me pergunta qual foi? Acorda, garota! Não enxerga a merda que isso vai dar? — Kai estava bastante agitado. — Eu cansei de te avisar, essa é a verdade. Cansei de tentar abrir seus olhos. Esse cara vai te machucar, Ayla. 

— Jong-in, para. Vamos parar com isso. — pedi e me aproximei mais dele.

— Você ainda esquece de mim. Achei que eu tinha importância para você, mas parece que desde que você se aproximou dele, tudo é voltado para esse cara. Qual foi Ayla, saí dessa antes que você mesmo se sufoca, Jackson é furada!

— Eu sei. Aliás não tenho nada com ele. O que você viu ali, não foi nada além de um momento onde estavamos jurando uma trela das nossas indiferenças. Aliás, por que isso te irrita tanto? 

— Porque eu sou seu amigo e não quero te ver na lama. — Jong-in tocou em meu rosto e fez um carinho. — Se afasta dele, coloca um fim nessa maluquice, Ayla. Não deixa isso ir longe demais.

— Jong-in, eu...

— Só me promete que vai pensar melhor em tudo isso e que vai tomar a decisão certa? 

— Tá Jong-in. 

— Eu odeio que você me chama assim. 

Eu ri e ele sorriu. Kai me deu um beijinho na bochecha e se afastou. Sem dizer algo, ele foi embora. Voltei para dentro de casa e Jackson estava na sala, sem o pijama e sim, já vestido com as próprias roupas, ele estava sentado no sofá. Ele olhava para um ponto fixo, na verdade mesmo, Jackson wang nem parecia estar ali. Me aproximei dele, sentei ao seu lado e chamei-o baixinho, ele me olhou.

— Acho que já vou indo... — ele disse e se levantou. 

— Já? Por que? 

— Eu lembrei que tenho treino de esgrima hoje, com meu irmãozinho. — concordei. Ele se despediu com um tchau e me deu um beijinho na bochecha, antes de ir. 

Para não ficar sozinha, fui atrás de meu pai e irmão.





Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...