1. Spirit Fanfics >
  2. Primavera >
  3. Uma estranha ligação.

História Primavera - Uma estranha ligação.


Escrita por: viosorio

Notas do Autor


Olá, só percebi que o capítulo anterior ficou curtinho depois de ter postado, me perdoem. Trabalhei mais nesse pra compensar. :p

Capítulo 3 - Uma estranha ligação.


A noite de sábado foi interessante, nem Shin Hye nem Woo Bin imaginavam que realmente seria divertido ter seguido seus amigos até uma balada, aquilo não era do estilo deles. Porém, na manhã seguinte o dia começou com um ar estranho, uma sensação de que algo estava acontecendo rondou Shin Hye, que foi acordada com um telefonema da sua mãe que tinha um tom diferente na voz, como se cada palavra que ela dizia se tornava um segredo que deveria ser guardado debaixo de sete chaves.

- Alô? - Atendeu o telefone.

- Filha? Shin Hye? Sou eu, sua mãe.

- Oi mãe, porque você está me ligando tão cedo, aconteceu alguma coisa?

- Não... eu só liguei pra saber se está tudo bem com você.

- Eu estou bem, mas porque isso tão repentino e... tão cedo, a senhora está bem? - Dizia franzindo o cenho.

- Não se preocupe comigo Shin Hye, eu só liguei pra saber como você está. Me diga, algo aconteceu com você esses dias?

- Não... - Respondeu achando aquilo meio esquisito mas resolveu não se importar, deve ser aquela paranoia materna de praxe. - Mas acredita que a Soo-Jung me levou pra uma boate ontem? Mas.. - Parou de falar quando foi interrompida por sua mãe.

- Você foi para uma boate ontem à noite? - Perguntou assustada.

- Sim mãe, mas... - Não conseguiu terminar a frase novamente.

- Shin Hye, eu sei que você é uma menina ajuizada, você é uma ótima filha, mas eu não quero que você fique fora tarde da noite e se acontecer alguma coisa com você? Os tempos estão perigosos.

- Mas mãe, foi a senhora que me motivou a ter amizade com a Krystal, justamente pra ela me fazer sair mais, e eu me cuido sempre. Porque isso agora? A senhora está muito estranha..

- Éé... Prometa pra sua mãe que você vai se cuidar, tome cuidado com estranhos... você e Soo-Jung. Eu ligarei para você depois, agora tenho que desligar. Tchau.

Fim de ligação.

- Mãe? Tchau, né... - Colocou o telefone no gancho ao perceber  que sua mãe tinha desligado antes dela se despedir.

- O que foi isso agora? Que estranho, será que minha mãe já chegou na meno-pausa? - A garota se questionava tentando encontrar uma explicação para aquela ligação estranha. - Hahaha, essa senhora Kim está enlouquecendo de vez.. Será que eu deveria fazer uma visita para ela nas férias?

O assunto ligação repentina e esquisita da mãe não acabou por ali, o domingo passou num piscar de olhos e na segunda-feira Shin Hye acordou cedo e se preparou para o colégio. Ela não estudava na mesma escola que sua amiga Krystal, e também não tinha muita intimidade com as meninas da sua turma, o que se tornava um motivo para a garota focar mais nos estudos e sempre tirar boas notas, mas ser a nerd da sua sala a deixava ainda mais neutra entre as garotas, nenhuma gostaria de ser vista como uma C.D.F.
  Infelizmente a única parte ruim da linda primavera da Coréia seria a coriza que surgia com a grande quantidade de polem das flores que desabrochavam e circulavam pelo ar e que acabou afetando Shin, que ao caminho do colégio ficou muito exposta e ao término das aulas decidiu passar numa farmácia para comprar alguns antibióticos. No grande portão de saída, onde havia um grande fluxo de estudantes retornando para suas casas era possível notar a presença de um carro preto não muito longe dali, com vidros escuros como a lente de um óculos de sol tornando impossível enxergar alguma coisa no seu interior.

Como planejado, Shin Hye passou por uma farmácia ao caminho de sua casa que logo em seguida e com muita pressa foi adentrada apenas para a garota se arrumar para seu emprego na loja de conveniência que não era tão perto dali. Ao chegar logo foi vestir seu uniforme e encontrou com o seu chefe, o senhor Park, que era um agricultor mas com a morte da sua esposa se mudou para a cidade e abriu a pequena loja.

- Ah, boa tarde senhor Park. - Disse entre espirros.

- Bá tarde, fia. Pegou das coriza, foi? - O senhor Park perguntava com seu sorriso acolhedor e humilde de sempre.

- Oi? Sim. - Sempre demorava um tempo pra traduzir o que seu chefe dizia, mas apesar de ter uma natureza caipira ele era um senhor muito gentil. - Sempre acabo ficando assim nessa época do ano. - Riu triste.

- Ah, se a minha esposa ainda tivesse viva eu ia pedir pra ela fazer um danado de um remédio do bão pra ocê. 

Ficaram conversando por um tempo e depois a menor seguiu para o serviço, o senhor Park até aconselhou ela à voltar para casa mas ela agradeceu e recusou, afinal de conta ela já tinha pego um ônibus até lá. O emprego não dava muito, mas era o suficiente para conseguir se manter em casa a mãe da menina também a ajudava com uma pequena quantia mensal.
Dado 19:00 horas em ponto Shin encerrou seu expediente, despediu-se do senhor Park e caminhou até o ponto de ônibus. A semana estava indo basicamente assim: do colégio para casa, da casa para o trabalho e do trabalho novamente para a casa. A única coisa que mudou foi o carro preto que continuava a surgir em frente a escola, mas que não causava nenhuma preocupação até então. A rotina de Park Shin Hye era muito esquematizada e raramente suas rotas eram alteradas. Naquele dia de noite após retornar da loja chegou em casa cansada, tomou um banho e se preparou para estudar algumas matérias, só que no meio dos estudos foi interrompida por um barulho que vinha da estreita varanda do seu apartamento. 

- Omo, o que pode ser isso? - Falou consigo mesma enquanto fechava seu caderno e saía em busca de algum objeto para se defender na cozinha. Ao barulho se tornar mais estridente Shin Hye tomou coragem para enfrentar o que quer que estivesse ali, e num jeito de encarar o problema de vez abriu rapidamente a porta da varanda.

- Aaaaah! - Um grito espantado da garota se tornou uma piada ao perceber o gato laranja que escalava entre a varanda dos outros apartamentos, deixando para trás um vaso de plantas caído no chão, espalhando pelo piso a areia macia. - Que diabos? Era você esse tempo todo, gato? - Disse colocando em cima da mesa o objeto que iria usar como arma de defesa: uma grande embalagem de noodles. Vai ver ela convencia o ladrão a não fazer nenhum mal à ela o convidando para jantar. - Que piada...

Depois da conversa com sua mãe, Shin Hye conseguia perceber uma pequena paranoia que fazia ela se assustar muito mais fácil com as coisas. Decidiu que iria parar de pensar nisso, iria acabar ficando louca igual sua mãe.

No dia seguinte enquanto estava na loja de conveniência deu de cara com a Krystal, que estava a sua procura.

- Soo-jung! - Disse chamando a atenção da garota que até então estava falando ao telefone.

- Ya, Park Shin Hye! - Exclamou quando viu a amiga.

- O que você está fazendo aqui? Veio me procurar?

- Não, eu vim comer um ramyun... É claro que eu vim por você, quando eu ligo pro telefone da sua casa chama e você nunca atende! - Soo-Jung mostrava o quanto estava irrita com isso.

- Você não está me ligando quando eu não estou em casa? - Perguntou num tom óbvio.

- Você por acaso estava fora ontem às 22:00 horas? - Krystal disse apertando os olhos.

- Hum.. Não, mas também não ouvi o telefone tocar. Que estranho.

- Fazem dias que eu não consigo falar com você, por isso eu tive que vir aqui. - Falou seguindo a amiga até sentarem em uma mesa do lado de fora da loja.

- Mas já é sexta-feira... Bom, a ultima vez que eu usei o telefone foi na segunda quando a minha mãe me ligou. - Explicou.

- Eu tento te ligar desde a segunda de noite. 

- Hum, olha, daqui à uma hora encerra o meu expediente. Me espera que a gente conversa com mais calma, pode ser?

- Ok, agora me trás um chá gelado enquanto eu espero. - Disse Soo-Jung folgada, recebendo os olhares reprovadores de Shin Hye, que mesmo assim trouxe o chá para a amiga.

Quando Shin Hye finalizou seu serviço encontrou-se com sua amiga e as duas decidiram conversar na casa de Shin, por sua vez Soo-Jung dormiria lá.

Chegando no apartamento.

- Chegamos. - Disse Shin desmontando-se em chaves, sapatos e mochilas na entrada de casa.

- Eu vou pegar alguma coisa pra gente beber na geladeira, Shin.

- Ok. Eu vou dar uma olhada no telefone, talvez esteja sem linha. - Disse a garota indo em direção a parede onde seu telefone ficava pendurado. - Omo, Soo-Jung! Venha ver uma coisa. - Gritou espantada.

- O que foi? - Krystal perguntou voltando da cozinha que era aberta para a sala.

- O fio do telefone está cortado, veja. - Disse dando espaço para a garota passar e ver com seus próprios olhos.

- Xiii... Bom, parece que eu sou vidente, né?

- Como assim? - Perguntou,

- Bom, considere esse um presente meu para o seu próximo aniversário. - Krystal tirou uma caixa de sua bolsa e entregou para a amiga.

- Um celular? Omo, Soo-Jung! Não precisava..

- Então devolve! - Disse quando Shin Hye Puxou a caixa para si, mostrando que falou da boca pra fora.

- Obrigada amiga. Você sabe o porque eu não tinha um desses antes.

- Quem agradece sou eu. Como condição você nunca poderá perder uma chamada minha.

- Sim. - Disse admirando o modelo do aparelho.

- Então, Shin Hye. Eu tentei te ligar a semana toda porque depois do final de semana aconteceu muita coisa. Sabia que o Woo Bin me ligou dizendo que não conseguia falar com você? - Shin Hye levantou a cabeça ao ouvir "Woo Bin" numa reação quase cronometrada.

- E-ele ligou? - Gaguejou.

- Sim, foi aí que eu não pude deixar você ficar incomunicável e te comprei o celular. - Respondeu.

- Mas o que ele queria comigo? E como o telefone ficou assim? - Dizia sem entender. - Ai meu Deus, minha mãe disse que ia me ligar, eu tenho que falar com ela.

- O fio foi o estopim para o ganho do seu celular, não vamos nos importar com isso agora. Amanhã de noite você liga pra ela. - Krystal disse solucionando os problemas. - Ah, nós vamos sair amanhã.

- Para onde vamos? Sabia que eu tenho outro emprego?

- Argh, aquele que você passeia com cachorros e limpa "tudo" o que eles fazem? Isso não é vida pra você amiga, desencarna dessa existência. Amanhã nós vamos nos encontrar com o...

- O? - Disse Shin Hye fazendo a amiga completar a frase.

- Woo Bin. - Sorriu e viu as bochechas de Shin Hye corar. - E antes de você fazer um escândalo e rejeitar, ele disse que tem uma coisa sua com ele e só quer devolver... - Riu baixinho.

As meninas ficaram conversando o resto da noite. Shin Hye contou para sua amiga sobre a ligação esquisita da sua mãe na segunda-feira, mas como de se esperar Soo-Jung só respondeu algo como "Mãe é assim mesmo, a minha vive se preocupando à toa comigo até quando eu vou no banheiro. Imagina só a sua que está em outro país.". Na manhã de sábado as duas acordaram por volta das nove horas, tomaram um café reforçado e pela tarde se arrumaram para encontrar com Woo Bin numa cafeteria em Hongdae. Ao chegar na cafeteria foram para o segundo andar, onde Kim Woo Bin esperava sentado em uma mesa ao telefone. Notando a presença das duas encerrou a chamada e fez um gesto para que se aproximassem.

- Então você ainda está viva? - Disse o garoto direcionando sua pergunta para Shin Hye.

- Eu sou uma pessoa ocupada. - Respondeu tímida.

- Então a encomenda está entregue, adeus. - Krystal falou num tom de alívio e foi puxada de lado pela amiga que sussurrou em seu ouvido.

- Ei, o que pensa que está fazendo? Você vai me deixar sozinha aqui? - Perguntava nervosa.

- Eu disse que nós nos encontraríamos com ele, mas quem vai ficar é você. Eu já testei muito a paciência da minha mãe essa semana, preciso ir pra casa. 

- Ei, mas não foi você mesma quem disse pra não se preocupar com as neuras das nossas mães? - Disse Shin Hye tentando evitar contato com o maior.

- Sabe como é... Se divirta Shin, tchaaau. - Disse correndo para as escadas.

- Tudo bem? - Perguntou o rapaz que parecia estar se divertindo acompanhando o diálogo.

- Claro, quem não gosta de ser abandonado com um desconhecido? - Deu um sorriso amarelo.

- Desconhecido? Aish, assim você parte meu coração.

- Hum... Então, a Krystal disse que você tinha uma coisa minha para me devolver, acredito que seja o meu livro.

- Calma, pra que tanta pressa? Eu vou pedir um café, você quer alguma coisa? - Disse tentando acalmar o ânimo da garota sem perder o charme.

- Ok... Eu aceito um suco. - Acalmou-se e Woo Bin fez o pedido ao garçom.

- Então, você disse que é ocupada. O que você faz? - Puxou assunto.

- Eu estou no ultimo ano no colégio, de manhã eu estudo e pela tarde eu trabalho.

- Uau, porque você trabalha se ainda está no colégio? - O rapaz se surpreendeu com a resposta da garota, trabalhando sendo tão jovem.

- Eu não moro com os meus pais, então decidi trabalhar para não dar tanta despesa para a minha mãe que não mora aqui. - Explicou.

- Entendo, interessante. Não é toda menina da sua idade que conseguiria fazer isso, sabia? Que legal.

- Eu sei, acho que a Soo... Que a Krystal não duraria 3 dias, mas é tudo uma questão de se acostumar.

- E você consegue com seus amigos no meio dessa rotina? - Disse inclinando seu corpo para frente apoiando seu rosto na mão para encarar a garota.

- N-na verdade não. - Respondeu intimidada pelo contato visual. - E porque só eu estou falando de mim? Me conte sobre você. - Tentou virar o jogo.

- Opa. - Encostou na cadeira. - Vamos lá então... Eu também moro sozinho, terminei o colégio no ano passado e trabalho em alguns bicos, sabe. Eu também não sou de sair pra lugares muito movimentados mas gosto de frequentar lugares como esse, onde tem uma boa música e um bom café... e uma boa companhia. - O garoto finalizou com um sorriso de canto de boca fazendo Shin corar.

Os dois conversaram mais um pouco sobre as coisas do dia a dia quando Shin Hye achou que já estava na hora de ir.

- Mais já? - O garoto franziu a testa.

- Sim, eu ainda tenho uma coisa para fazer hoje. Ah, já havia esquecido, e o meu livro? - Disse a menina.

- O que tem ele? 

- Ué, você não vai me devolver? Achei que esse era o propósito para eu ter vindo aqui hoje.

- Sim, mas por o que eu pude perceber de você se eu te devolver ele agora as chances de eu nunca mais te ver são bem altas.. - Estalou a língua.

- E...? - Shin Hye perguntou como se a previsão do garoto estivesse certa.

- E daí que eu não quero que essa seja a última vez que nos vemos, então eu não trouxe o livro. - Zombou da menor que demonstrou um olhar surpreso. - Então esse aqui é o meu número, só no caso de você ter perdido da primeira vez que eu te dei quando nos encontramos na boate. Se você quiser ter o seu livro de volta pode me ligar para uma negociação.

- Omo! Você está sequestrando o meu livro? Saiba que ele tem muito valor sentimental para mim. 

- Então acho melhor você não demorar de me ligar, ninguém sabe que coisas terríveis eu posso fazer com ele! - Brincava ao ver a reação da garota mudando.

- De sequestrador para torturador.. Sabe quantos anos de cadeia isso pode levar? - Entrou na brincadeira. - O meu telefone tinha quebrado, mas agora eu estou com um celular... Você pode adicionar o número se achar melhor. - Disse olhando para a mesa e logo Woo Bin abriu um grande sorriso de orelha à orelha.

- Então pode deixar que o próprio sequestrador entrará em contato quando a vítima estiver prestes a ser solta. - Falou puxando seu celular e digitando os números que Shin Hye dizia.

Ali os dois se despediram e a menor retornou para casa, no caminho ligou para Krystal para dar uma bronca na amiga que à abandonou sem mais nem menos. Foi basicamente:

"O que você estava pensando?"

"Shin Hye, deixe de escândalo, ele é um gato e você merece alguém legal."

"E quem disse que eu vou namorar com ele?" 
 

Quando finalmente chegou em casa a primeira coisa que fez foi ligar para sua mãe.

Início de ligação.

- Alô, quem é? - Do outro lado da linha a senhorita Kim falava.

- Oi mãe, sou eu. 

- Shin Hye? Filha, eu tentei falar com você a semana toda, o que aconteceu? - Dizia assustada.

- Pois é mãe, eu não sei como o fio do meu telefone se partiu, mas agora eu estou com esse celular e a gente vai poder se falar onde quer que eu esteja, ok? - Disse para tranquilizar sua mãe.

- Filha, eu tenho muitas coisas para te contar... Sobre o seu pai.

- Sobre o papai? Mas já faz tanto tempo que ele faleceu, mãe. O que a senhora tem para me falar? - Estranhou.

- Nós tentamos não te envolver nisso Shin, mas você tem que se proteger deles. - A senhora Kim falava com a voz tremula.

- Deles quem? Do que você está falando mamãe? Estou ficando preocupada.

- A primeira coisa que você precisa saber é que o seu pai não está morto Shin Hye, o seu pai está vivo!





 




 


Notas Finais


Yeeeeey, terminei graças a Jisus Cristo! O que vocês acharam? Ficou muito random? Hahahaha, a verdade foi que quando eu estava escrevendo essa fic ela estava mais elaborada mas aí meu celular que tava escrevendo quebrou e... Boom, deu merda!

Se ficar muito confuso me avisem aushaush eu tentei trabalhar mais nesse capítulo mas muita coisa rolou e minha mente está voando. Beijinhooos x***


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...