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História Primeiro amor (Fillie e amigos) - Dois extremos


Escrita por: RuhWolfBrown

Notas do Autor


Boa noite coisas lindas! Ainda acordadas e acordados? Bom, vamos para um novo capitulo, tive que dar uma editada para incluir um pouco de Total Eclipse, afinal essa cena existe e a que eu havia escrito talvez não tivesse, então melhor optar pelo real, não é mesmo? Espero que gostem. Boa leitura.

Capítulo 68 - Dois extremos


POV SADIE

- Sadie? – assusto-me ao ouvir meu nome dito de forma tão forte e insistente.

- Sim? – digo despertando de meus pensamentos.

- Está tudo bem com você? – Caleb pergunta e parece estar realmente preocupado.

- Sim, por quê? – pergunto tentando espantar minhas preocupações.

- Eu te chamei três vezes e você não respondia. – Ele fala.

- Desculpa, eu só estou pensando em algumas coisas que aconteceram nos últimos dias. – Falo, e era verdade. Para ser mais exata, estava preocupada com minha conversa com Millie no dia anterior. Ela não podia fazer aquilo, não podia.

- É algum problema? Com você, sua família...? – Caleb vira-se para mim e passa a mão pelos meus cabelos.

- Não, não se preocupe. – Digo e encosto meus lábios nos seus tranquilizando-o.

- Se você diz que não preciso me preocupar, eu acredito. – Ele diz e me puxa para seus braços, deito minha cabeça em seu ombro. Tento fingir que tudo está bem, mas não estava.

Conversei com Millie há dois dias, era Natal, então ela me ligou para desejar boas festas, mas pela sua voz, eu sabia que algo estava muito errado. Perguntei se tudo estava bem e ela disse que sim, mas eu sabia que nada estava bem, sua voz parecia tão distante. Depois de muita insistência, ela contou-me o seus planos para o ano novo. Quase não acreditei no eu ouvi, achei que ela não chegaria a tanto para afastar-se de Finn. Me pergunto se foi algo que aconteceu em novembro quando saímos os quatro juntos, ambos estavam tão estranhos, tudo parecia bem, eles haviam voltado a conversar e rir nas conversas por Skype do grupo, Caleb e eu até chegamos a apostar que logo, logo, eles estariam juntos novamente, mas pelo caminhas das coisas. Não acredito mais que isso vá acontecer. Não com essa besteira que Millie está prestes a fazer. Tentei mudar sua opinião, tentei de todas as forças possíveis mas ela permaneceu irredutível. Ela faria isso, não importava mais o que acontecesse.

- Você tem falado com a Millie? – Caleb pergunta de repente.

- O quê? – pergunto, será que eu havia pensado alto, e acabei falando algo sem querer?

- É que... o Finn disse que ela ligou para ele no seu aniversario e disse coisas estranhas, e desde então ela não tem mais atendido nenhuma ligação, nem sequer responde nada no nosso grupo do WhatsApp. – Ele diz.

- Uh, ela disse que passaria uns dias sem acesso à internet para relaxar do estresse do trabalho. – Digo.

- Sim, eu sei disso. Mas você acha que é só isso mesmo? Você sabe de algo que eu não sei? – ele pergunta desconfiado.

- Amor, você certamente sabe de coisas que eu não sei sobre o Finn, Gaten e talvez até sobre o Noah. Coisas que você não pode me contar, eu e Millie temos isso também. Mas, eu estou tão confusa com tudo isso quanto você. Não sabemos o que esperar, é isso. – Digo, não era bem uma mentira, eu só não poderia contar-lhe a verdade. A loucura que Millie estava prestes a fazer.

- Certo. Vou confiar que se você souber de algo, é por que é importante que apenas você saiba. – Ele diz e eu sorrio para o meu namorado compreensivo.

- Obrigada. – Falo agradecendo sua compreensão.

- Hey, pensei em algo. – Ele fala. – Quando você for me ver em New York em janeiro, poderíamos sair com Noah e Julia. Assim incluiríamos ela no nosso grupo, para que se torne mais próxima dos amigos dele, o que acha? – pergunta ele.

- Sim, seria ótimo. – Concordo, era uma boa ideia.

Noah estava tão feliz, era maravilhoso vê-lo radiante, ele e Júlia haviam se acertado e eu esperava que um dia, pudéssemos sair todos juntos, Caleb e eu, Noah e Júlia, Millie e Finn, e Gaten e alguém. Falando em Gaten, me sinto feliz que ele tenha superado tão rápido os seus sentimentos por mim, ultimamente havia saído com frequência para festas e shows, e sempre que os garotos perguntavam como havia sido a festa, ele respondia “tinha uma garota legal lá, a gente ficou”, era engraçado ouvir ele relatar seus encontros, era engraçado principalmente por que as vezes ele dizia que não havia perguntado o nome da garota, havia apenas salvado o se número no celular sem nome algum, e tinha medo de ligar e não ser a garota certa. Todos acabávamos rindo de seus relatos, Gaten havia feito alguns shows com sua banda e Caleb e eu prometemos que iriamos quando houvesse oportunidade, soubemos que haveria um show em New York e estamos nos programando para comparecermos, só precisamos nos planejar melhor para não irmos à sós, não queremos que na saída todos já estejam comentando que chegamos e fomos embora juntos. Seria incrível curtir um show de nosso amigo junto com Caleb. Seria algo público, mas seria algo que curtiríamos muito. Imagino o dia em que Caleb e eu poderemos assumir nossa relação para o mundo e sorrio com as possibilidades.

 

POV KENZIE

Johnny e eu havíamos gravado nossa ultima cena do dia para Total Eclipse, confesso ter sentido ciúmes quando Nádia tentou tocar a mão de Johnny pois sua personagem está apaixonada por ele, enquanto assistiam The Hunger Games, é muito difícil trabalhar com seu namorado. Principalmente quando seus personagens ainda não estão como casal, lógico que seremos o casal principal da história, mas Total Eclipse se trata da amizade de Lauren e eu.

Caminhamos Johnny e eu rumo aos camarins para trocarmos de roupa para finalmente irmos para casa, haviam apenas dois camarins nos estúdios de Brat para Total Eclipse, um era usado pelos garotos e o outro pelas garotas, Johnny sempre acompanhava a Lauren e a mim, mas hoje, Lauren não havia nos esperado e havia ido rápido para o camarim, afinal não queria atrasar-se para o compromisso da noite.

- Que pena que você não vai poder ir lá para casa. – Falo para ele enquanto caminhamos de mãos dadas.

- Eu queria muito ir, mas você sabe que meus pais acham muito importantes essas reuniões de família. – Ele diz, e era verdade, a família Orlando sempre prezou muito os bons costumes.

- Sim, eu entendo. – Falo compreensiva.

- Eu sei que entende. – Ele diz e leva minha mão até seus lábios e a beija.

- Mas não deixo de quer que você estivesse lá. – Falo e ele sorri para mim. – Faz dias que não ficamos a sós.

- Bom, estamos a sós agora. - Ele diz e passa a mão nos meus cabelos retirando a mecha que caia em frente aos meus olhos. Ele para em minha frente, segurando minha mão com a sua mão direita e com a outra mão em meu queixo, ele se aproxima devagar para me beijar, eu fecho os olhos e...

- Ai meu Deus. – Ouço a voz de Emily dizer e quando abro os olhos a vejo virando as costas.

- Tudo bem, Emily. – Digo.

- Eu não queria atrapalhar, juro! – Ela diz sentindo-se culpada, voltando a nós olhar. – Eu só ia para o camarim.

- Eu sei, tudo bem. – Johnny fala rindo. Era realmente engraçado como tudo parecia cooperar contra.

- Ai, com licença. Desculpa. – Ela fala e por nós quase correndo sem graça.

- Bom, não foi dessa vez. – Ele diz.

- Que droga! – reclamo do destino.

- É melhor tomarmos maior cuidado, muita gente passa nesses corredores, é constrangedor. – Digo.

- É, você tem razão. Não tem como ficarmos a sós aqui. Vai sempre passar alguém. – Lamento, ele fica em silencio como se estivesse pensando em algo.

- Tem uma armário de vassouras no corredor seguinte. – Ele fala de repente e levanta a sobrancelha para mim.

- Você está brincando, não é? – pergunto, só podia ser brincadeira, okay, somos adolescentes, mas isso é coisa de filme com amor proibido e tal, parecia demais para mim.

- Não, eu não estou. – Ele diz e sorri.

- Alguém vai nos ver entrando ou saindo, ou até mesmo pior, o zelador pode chegar e nos ver. – falo, seria uma vergonha, o que ele pensaria?

- Mas não estaremos fazendo nada demais, é só uns beijinhos. Quando a gente não namorava, você sempre topava. – Ele reclama.

- Ai, sei lá. Eu tenho medo de alguém ver e pensar besteira. – Falo.

- Vai ser rápido, ninguém vai ver, é só um beijo, um único beijo. - Ele fala e eu concordo.

- Okay, mas só um beijo. – Digo, e ele sorri e nós caminhamos até a minúscula porta do armário. Olhamos para os lados e não vemos ninguém, Johnny abre a porta rápido e me puxa para dentro.

Ele não perde tempo em me beijar, ali mesmo, num armário minúsculo. Ele encostasse em uma estante com produtos de limpeza enquanto me beija e suas mãos estão em minha cintura, as minhas mãos percorrem seu cabelo, eu amava finalmente poder dizer que Johnny era meu, que todos os seus beijos eram exclusividade minha. E agora, eu me sentia completamente louca por concordar com tudo o que ele me propunha, Johnny era um bom garoto, nunca me desrespeitaria, e talvez fosse isso que me fizesse não ter medo de tal proposta, qualquer outro garoto, nesse minuto estaria tentando tirar minha roupa, mas o que Johnny eu temos não tem espaço para algo que ambos sabemos que ainda não está no momento certo. Era bom saber que estávamos numa mesma vibe. Nosso beijo ganhou velocidade, eu não queria que acabasse nunca, mas infelizmente, sabemos que em poucas horas Johnny terá um compromisso, ele desce os beijos para meu queixo, e morde levemente ali.

- Johnny. – Falo com voz fraca, mas ele não me responde, muda os beijos para minha face, a sensação ali também é boa. – Johnny... – chamo novamente.

- Sim. – Ele finalmente responde entre os beijos que está distribuindo por todo meu rosto. – Eu adoro tudo em você. – Ele diz começando a descer para meu pescoço.

- Você tem um jantar na casa dos seus avós, Johnny. – Digo, lembrando-o, ele para de beijar meu pescoço e suspira alto.

- Ai que droga, eu não queria ter que ir agora. – Ele fala.

- Mas você precisa ir, logo Lauren vai sair gritando nossos nomes. – Digo.

- Você tem razão. – Ele diz e me dá um selinho.

- Vamos sair daqui então. – Falo e lhe dou outro selinho.

- Okay. – Ele diz e faz uma cara dramática de tristeza.

- Vem. – Digo o puxando para fora do armário. O corredor estava vazio, olhamos para os dois lado e sorrimos um para o outro.

- Corrida até o seu camarim? – ele pergunta.

- Claro que não. – Digo.

- Falou isso por quê sabe que eu ganharia. – Ele provoca.

- Até parece. – Revido.

- Ah, qual é... é só até o seu... Hey, isso é trapaça. – Ele grita, mas eu já estou distante, corro rápido por que sei que ele corre mais rápido que eu e facilmente me acompanharia.

- Para de chorar e corre logo! – grito de volta, e poucos segundos depois, ouço os seus pés batendo contra o chão enquanto ele corre atrás de mim tentando vencer a corrida até o camarim 2.

 

POV FINN

Os dias estavam passando rápido e ao mesmo tempo lentamente. Eu sentia falta da correria, sim, sentia falta da correria, das gravações, de tudo, de todos. Logo começaria a correria com a Calpurnia, e eu estava ansioso por isso. Eu desejava isso com todas as minhas forças. Eu estava feliz, mas vez ou outra me preocupava, não conseguia falar com Millie há dias, ela não atendia minhas ligações, não respondia mensagens. Noah disse-me que ela estava sem internet, okay, mas e o sinal de celular? Ela também havia ficado sem sinal, tudo estava tão estranho, e o que ela quis dizer com “não me odeie, Finn”? Eu jamais ousaria a odiar novamente, eu a amava. Oh, Meu Deus, sim, eu a amava. Agora eu tinha certeza, agora tudo ficava claro demais em minha mente, eu sempre soube que a amava, mas nunca havia chegado isso ao meu pensamento com tamanha certeza. Eu queria dizê-la isso, dizer o quanto eu a amo, precisava. Mas as palavras sempre me fugiam, quando havia oportunidade, eu simplesmente não dizia. Agora que ela está focada nessa história de sermos apenas amigos, eu me sinto péssimo, me sinto um tremendo babaca. Eu fui muito burro, meu Deus.

- “Idiota”! – falo para mim mesmo.

- Hey, calma aí amigo. – Jack fala parado na porta do meu quarto.

- Ah, oi! Faz tempo que você está aí? – pergunto confuso, não ouvi Jack chegar.

- Não, logo que cheguei você me chamou de idiota. – Fala Jack e eu rio.

- Desculpa, não era com você. Eu estava falando sozinho. – Digo.

- Você está mal, parceiro. – Jack diz enquanto passa a mão nos cabelos louros.

- Estou em dois extremos, um muito de extrema felicidade e outro de extrema preocupação. – Digo caindo deitado na minha cama com as mãos na cabeça.

- É ela? – pergunta Jack.

- É. – assumo. Jack e eu não éramos apenas parceiros de banda, éramos acima de tudo amigos. Ele sabia de tudo, morávamos perto, então ele sempre estava a par do que se passava comigo.

- Ayla disse que isso era bom. Pois sempre que você pensa demais nela cria músicas incríveis. – Jack fala.

Ayla tinha razão, Millie era o centro de minha música, se eu estivesse feliz ou triste por causa dela, isso me inspirava, ela era isso para mim: inspiração.

- E aí? Vai falar o que vem te perturbando dessa vez? – pergunta ele.

- Eu te falei cara, é ela. – Digo.

- Okay, o que ela disse, fez, não fez, dessa vez? – indaga.

- Ela me ligou no meu aniversário. – Falo.

- Ora, mas isso é muito bom. Nós já falamos sobre isso. – diz ele dando tapinhas em meu joelho.

- Mas ela disse coisas estranhas também. – Falo olhando meu amigo.

- Ah, você está com aquilo de “não me odeie” na cabeça. – Ele fala concluindo. Eu já havia compartilhado com ele e Malcolm sobre minha conversa com Millie.

- Sim, você precisa concordar que é estranho. – Falo.

- É. Mas ela é estranha... e doida. É o normal de vocês, por isso formariam um casal incrível. – Fala meu amigo e eu rio, ele e Ayla sempre foram super a favor de eu me relacionar com Millie, desde sempre, acham ela incrível, Malcolm é mais na dela, nunca se expressou contra ou a favor. Só disse “se você namorar com ela, podem se dar bem já que acima de tudo são amigos”. Não sei exatamente o que ele queria dizer com isso, mas eu gostei que ele houvesse dito algo pelo menos uma vez.

- É, ela é as vezes. Mas dessa vez estava além do normal. – Digo.

- Você conseguiu falar com ela depois daquele dia? – ele pergunta.

- Não, ela está sem internet por alguns dias. – Falo.

- Então liga para o celular dela. – Ele diz.

- Eu já tentei. – Falo sentando-me na cama.

- Já pensou que ela pode estar te evitando? – pergunta Jack.

- Já! E você não está me ajudando insinuando isso. – Digo.

- Okay, bravinho. Só quero dizer, que você sabe que ela é instável. Só Deus sabe o que está se passando na cabeça dela agora, mas com certeza, aquela garota ainda gosta de você e só veio com aquele papo de “não me odeie” por quê você disse que odiou ela por um tempo e isso a deixou chocada. – Ele diz tentando amenizar a situação.

- É, você deve estar certo. – Digo tentando convencer-me de que é realmente apenas isso.

- É, estou. Agora levanta e para de ficar agitado com isso, depois você pode acabar surtando e nós não queremos isso. – Fala ele. Era verdade, eu tinha o meu emocional um pouco instável, em alguns momentos ficava ansioso, estressado, e depressivo. Era difícil explicar o motivo, as vezes não precisava uma razão para eu me sentir assim, só acontecia e era ruim.

- Você tem razão. – Falo respirando fundo e ficando de pé.

- É isso aí. Relaxe e vamos para o nosso ensaio, não queremos nos atrasar. – Ele diz pondo suas mãos em meus ombros e me abrindo um sorriso, ele me abraça rápido e isso me tranquiliza, me sinto feliz por as amizade.

- Okay. Vamos para mais um dia em Vancouver, fazendo música boa entre amigos e nos divertindo com isso. – Falo a frase que Jack disse que poria no perfil da Calpurnia e foi barrada por Ayla que disse que a pagina da banda não era uma t-shirt de manifestação para ele por frases desse tipo e até hoje ele se irritava por ela ter barrado sua frase.

- Ah, cala a boca. Eu levanto seu moral e você vem me lembrar disso? – ele reclama mas acabamos rindo os dois.

- Só não chora, Jack. – Falo fazendo biquinho.

- Desgraçado. – Ele diz me dando um tapa no ombro e nós caímos na gargalhada enquanto pego meu casaco para irmos ensaiar.


Notas Finais


E aí? Gostaram? Tadinho do nenem Finnie. Mas vai ficar tudo bem, todos vamos ficar bem. 970 beijinhos, e durmam bem.


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