Acordei naquela manhã fria sem ajuda das meninas, aliás, todas dormiam. Arrumei o resto do meu malão a neve caia suavemente lá fora então fui tomar banho e troquei-me roupas típicas, all star, Jens e uma camiseta de manga comprida onde havia várias estrelas arrumei meu cabelo e coloquei um arquinho preto e sai do banheiro. As meninas haviam acordado e estavam terminando de arrumar o malão.
– Iremos nos ver esses dias! – Rosa disse escolhendo a roupa que iria colocar.
– Lógico que vamos! – sai do banheiro dizendo.
– São sós três semanas que vamos ficar longe – Tonks disse – Aliás, não sei se vou viajar.
– Bom, eu acho que vou para Oxford visitar meus avos trouxas – Nora disse.
– Mas mesmo assim a gente marca quando vocês voltarem – respondi.
– Ahh droga, também acho que irei viajar – Rosa disse.
– Ah gente marca quando vocês chegarem – eu novamente disse.
Saímos para tomar café, Eleanoro estava junto de Ed então nem prestava atenção em nós e Tonks e Rosa conversava com outros lufanos, os marotos estavam entrando no Salão Principal então deixei as meninas e fui falar com eles.
– Oi – eu disse.
– Oi Juba – eles disseram.
– Está melhor? – perguntei a Sirius.
– Ah sim, um pouco de dor de cabeça – ele disse meio envergonhado – E, sinto muito.
– Não tem problema – eu disse e caminhei com ele até a mesa deles.
– Você podia ficar com a gente hoje – James passou o ombro sobre mim.
– Mas, não vão achar ruim?
– Claro que não, você é uma de nós agora! – Remo disse animado.
Sentei-me com eles na mesa e logo veio mais grifinos juntar-se conosco. Veio um grifino falar comigo.
– Você que é Anna Paixão? A batedora mais gata do quadribol?
– A mais gata não diria, mas que eu sou a Anna Paixão isso eu sou – ri.
– Ela tem dono Charlie – Remo disse.
– Quem? Black? – ele riu e Sirius fechou a cara – Mas okay princesa, quando quiser pode vim falar comigo – ele piscou e beijou minha mão.
– Quem é? – perguntei.
– Charlie Marques – Sirius respondeu mordendo um pedaço da torrada com raiva – Idiota.
Sirius não estava bem, era visível que não. Terminamos o café e saímos com nossos malões era muita gente saindo então vi Luke indo a minha frente quis chama-lo, mas não era uma boa idéia.
– O que você tem? – perguntei a Sirius.
– Nada – ele disse secamente.
Ele era completamente louco em um dia dizia que me amava no outro estava completamente nervoso.
– Fale a verdade – eu disse entrando na fila para o trem.
– Sério, não tem... Tá tem alguma coisa – ele disse.
– Então me fala – eu disse.
– Depois eu te falo, a não ser que você esteja ocupada – ele disse naquele tom de ciúmes. Revirei os olhos e sai de perto dele e fui até as meninas que estavam mais atrás na fila.
– Sirius está um saco – eu disse.
– Por quê? – Rosa perguntou.
– Não sei – respondi.
– Ele ta voltando pra casa – Tonks disse – Não é fácil para ele voltar para casa.
– Por causa dos pais? – Nora perguntou ela estava abraçada com Ed.
– Provavelmente – Ed disse – Olhe quem está ali.
Viramos discretamente para frente onde Ed apontou. Havia um menino muito parecido com Sirius que foi até ele e ficou por algum tempo o garoto tinha o mesmo cabelo de Sirius apenas algumas marcas do rosto diferente.
– Régulo Black – Tonks disse – Irmão do Sirius.
Bellatrix Black e Narcisa Black juntaram aos dois.
– Ele deve estar odiando isso – eu disse – Eu deveria ir lá.
– Não, não vai – Tonks me impediu – Tenho certeza que ele não vai querer você fique perto deles, vocês sabem dos Blacks... – Tonks ficou em silêncio – Ahh cara! – Rosa olhou para Tonks e elas se olharam num instante e Rosa entendeu.
– Eu não acredito – ela abaixou a cabeça e a balançou.
– No que? Gente fala! – eu disse ansiosa.
– Sirius gosta de você Anna, gosta demais! – Tonks disse.
– Não, como vocês sabem?!
– Ele não te pediu em namoro para te proteger – Remo apareceu do nada e disse.
– Remo! Da onde você surgiu? E como assim?!
Remo deu o maior susto em nós, Tonks torceu os lábios.
– Eu já tinha percebido isso – ele disse.
– É, com certeza é esse motivo – Rosa disse.
– Ele gosta da Anna, como nunca gostou de alguém – ele disse.
– Só que se a família dele souber, pode fazer algo com a Anna – Rosa disse.
– Ainda mais que seu avô é um auror – Tonks disse – E também por ela ser lufana.
– E eles, serem comensais da morte – Remo disse baixo.
– Eu não acredito, Sirius ele... – eu estava boba, simplesmente boba. Isso era a maior prova de amor.
– Ainda mais que Bellatrix e Régulo mandaram uma carta dizendo a mãe de Sirius sobre vocês – Remo disse.
– Oi?! – disseram todas juntas.
– Sim, eles mandaram Sirius ignorou isso, mas ontem a noite veio uma resposta da mãe dele – Remo disse.
– O que ela disse? – perguntei.
– Se ele voltar a se aproximar de você era provável que depois do natal você não voltaria para Hogwarts.
– Ela é louca! – Tonks disse – Ela quase matou minha mãe quando soube que ela estava com meu pai!
– E ainda mais que Sirius não segue o caminho deles, Anna ia afastar cada vez mais ele desse caminho – Rosa disse.
– Ela não pode fazer isso! – eu disse nervosa.
– Ela já fez, acho que tem que ser assim mesmo. Anna ela é perigosa! Enquanto você estiver com Sirius você estará em perigo! – Rosa disse.
– Rosa está certa, Sirius prefere vê-la bem, mas longe dele – Remo concordou.
– Não! Tem que ter um jeito, não sou tão fraca assim, sei me defender! – eu disse.
– Anna Scrimgeour Paixão não é questão de se defender bem, você tem 16 anos eles são comensais da morte! – Rosa disse.
– Mas, mesmo assim! – não tínhamos percebido o quanto o trem havia andado e que nós seriamos o próximo a embarcar no trem, demos nossos malões e entramos.
Sentamos todos juntos em uma cabine.
– Eu preciso falar com ele – eu disse me sentando perto da janela.
– Ele não vai querer falar com você – Remo disse – É difícil para ele ter que dizer que não quer ficar com você, ele simplesmente prefere te ignorar.
– Se ele contar sabe que você não vai aceitar – Rosa disse.
– Geralmente era por isso que ele saia com outras meninas para disfarçar – Nora disse.
– Isso Eleanora, eles estavam de olho em Sirius a todo o momento – Remo concordou.
– Eu vou matar aqueles desgraçados – eu disse nervosa.
O trem começou a andar.
Ficamos quietos num momento. Remo começou a conversar com Rosa e Tonks (que tentava a todo momento ser seca), Ed e Nora estavam conversando como se estivessem apenas os dois e eu estava lá perdida em pensamentos olhando a paisagem branca. Depois de alguns minutos levantei-me.
– Onde você vai? – Rosa perguntou.
– Andar – respondi.
– Ah lógico, Anna não faz... – fechei a porta quando Tonks foi terminar de falar e sai pelos corredores, passei por uma cabine onde vi James, Pedro, Clara, Alice, Frank e Lily sem Sirius, em outra cabine Luke, mas continuei andando para achar a cabine de Sirius foi chegando os últimos vagões e a entrada para algumas mesas onde geralmente alunos da Sonserina ficava quando de repente Bellatrix saiu de uma cabine seguida de Régulo e Narcisa virei-me rapidamente para que eles não me notasse ouvi barulho de passos se acabarem me virei e não havia mais ninguém então abri a porta da cabine onde eles estavam, pois eu sabia quem estava lá dentro. Sirius tomou um susto ao ver-me.
– Anna?! O que ta fazendo aqui, vai embora! – ele disse desesperado.
Virei e tranquei a porta.
– Eles já foram – eu disse num tom firme – O que sua mãe escreveu na carta?
– Como assim?
– Eu sei Sirius, me diz! – eu disse.
– Quem te contou?! – ele perguntou bravo.
– Não interessa agora me diz!
– Não vou dizer – ele se sentou e cruzou os braços e eu ajoelhei na sua frente.
– Sirius para com isso, quero te ajudar.
– Você vai me ajudar estando longe!
– Não devemos ficar longe de quem amamos – eu disse e era notável que ele segurava lágrimas.
– Você não sabe do que eles são capazes.
– Não quero saber do eles são capazes, eles não podem fazer nada!
– Lógico que podem! - ele disse – Sério, vai embora é melhor para todo mundo.
– Não vou embora, isso não é melhor para mim! – eu disse me levantando e ele se levantou também.
– Não enxerga que quero te proteger! Comigo do seu lado você corre perigo! Prefiro que você fique com qualquer um, mas que esteja bem!
– Eu estarei bem ao seu lado – cheguei perto dele e coloquei minhas mãos em seu rosto – Sirius, eu escolho correr qualquer risco para ficar ao seu lado.
Ele me olhava espantado, aqueles olhos azuis me fitavam.
– Não me perdoaria se acontece algo com você! – ele disse colocando a mão em meu rosto também.
– Não vai acontecer – eu disse deixando uma lágrima rolar.
– Eu vou voltar para aquela casa, eu estarei com eles e não poderei te proteger de nada – ele disse e nossos narizes e nossas testas se juntaram.
– Você não precisa voltar para lá – eu disse – Fique comigo, eu posso explicar para meus pais.
– Não posso – ele disse – Tenho horror só de pensar no que eles podem fazer com você quando souberem que eu estou com você ou tento algo com você.
– Eles não podem fazer nada Sirius, nada.
– Anna...
– Sirius você não entende? Eu nunca vou está salva longe de você e, aliás, não sou uma criançinha que não sabe se defender.
– Você é complicada – ele deu um sorriso de lado e balançou a cabeça – Você é a complicada que complica meu coração.
– Ah... – quando eu fui falar ele me beijou, ele passou a mão pela minha nuca e minhas mãos apoiaram-se em seu peito. Quando soltamos olhe fixamente em seus olhos de boca aberta e puxei seu rosto até o meu para nos beijarmos de novo.
– Eu nunca senti isso – ele disse.
– Sentir o que?
– Não sei ao seu lado parece que o mundo não existe mais, nenhuma garota teve a mesma graça depois de você e parece que eu estou doente, pois sem você não tenho vontade de fazer nada. Eu posso sair com quantas garotas for, mas a única que nunca vai sair da minha cabeça e do meu coração é você. E pensar que alguma coisa de ruim pode acontecer com você é preferível morrer!
– Não fale besteira, seu idiota!
– Eu amo ouvir você me chamar de idiota – ele passou a mão no meu cabelo – Eu quero ouvir pra sempre você me chamar de idiota.
– Se você quiser, pra sempre você pode ser meu idiota – eu disse olhando para o chão e imaginando meu rosto queimar.
– Se eu dizer que eu quero ser pra sempre seu idiota?
Eu levantei a cabeça assustada.
– Hã? Oi? Isso seria um...
– ... Pedido de namoro? Aham, seria.
– Ah Sirius Black! – tampei a boca e o abracei.
– Okay, okay não precisa matar seu namorado sufocado.
– Idiota – bati em seu ombro e comecei a lhe dar alguns selinhos.
– Mas por enquanto ninguém poderá saber de nada enquanto não voltarmos para Hogwarts – ele disse – Pelo menos até eu ficar perto de você.
Sentamos-nos no banco, eu estava com meus pés no banco e apoiando minha cabeça em seu ombro e ele passava o braço em meus ombros sua cabeça estava repousada em cima da minha e ele estava sentado um pouco esparramado.
– Tudo bem, mas estaremos juntos. Quero que me conte sobre tudo! Ninguém, nem seus pais poderão nos separar.
– Eu nunca tive medo deles, mas agora tenho. Tenho medo do que eles podem decidir fazer com você eu os vi fazendo algo com pessoas inocentes.
– Esqueça isso, esqueça – coloquei a mão em seu rosto – Eles não podem fazer absurdamente nada comigo, nem com você. Estarei protegida em casa, meu avô, meus pais estarão lá.
– Seu avô, um dos motivos que eu me preocupo também.
– Quero que os conheçam, todos eles afinal agora você é meu namorado – ele riu e me beijou.
– Tenho medo também que eles não gostem de mim – ele riu.
– Ahh não, vão gostar sim! – bocejei.
– Está com sono? – ele perguntou tocando minha bochecha.
– Não, não – eu respondi coçando os olhos.
– Ah não – ele debochou – Deita.
Eu obedeci e deitei em seu colo ele tirou meu arquinho e começou a mexer em meu cabelo.
– Sabe – ele disse me olhando – Quando eu descobri que lhe amava todas as garotas do mundo se tornaram idiotas e você a única.
– Eu fui à primeira? – eu ri – Você nunca se apaixonou?
– Nunca – ele riu – Quando eu comecei a sentir os... Hum “sintomas” eu achei que eu estava doente como eu disse – rimos – Sério! Eu não dormia, não tinha vontade de fazer nada e quando você chegava perto Merlin! Achei que ia parir.
– Parir sem útero – rimos.
– Sim, até o James dizer que ele sentia a mesma coisa com a Evans e ai percebi que o que eu sentia era amor e ver você com qualquer garoto quebrava meu coração.
– Quem diria em? – rimos.
– Você foi à primeira, a primeira e a única - ele disse passando a mãos em meu rosto.
Foi me dando um sono e adormeci.
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– Sirius!!!
Eu gritava, estava uma névoa tenebrosa e eu percebi que logo iria começar a chover. Senti meu corpo todo doer e senti alguns ferimentos em meu rosto, nos meus braços, na barriga e em outro lugares do meu corpo eu estava suada e com vontade de sentar no chão e chorar.
– Sirius, por favor!
Um grito doloroso saiu em meio às árvores e eu corri atrás de onde havia saído o grito.
– Sirius!! Sirius!! Largue ele, largue ele!!
Eu corria segurando minha varinha com força, eu não sentia mais minhas pernas.
– Estupefaça! – ouvi alguém gritar atrás de mim e logo me joguei ao chão. Fui me arrastando até a árvore mais próxima.
– Petrificus Totalus! – gritei e imediatamente uma figura encapuzada caiu no chão, corri até ele e peguei sua varinha e a quebrei e apenas por precaução comecei a chutar seu abdome com raiva descontando naquele ser tudo que havia acontecido, aliás, a culpa era dele... Ou melhor, deles. Novamente houve gritos. Parei rapidamente e pensei antes de agir, fui caminhando silenciosamente até de onde o grito saia. Fiquei escondida numa árvore e vi algumas pessoas encapuzadas em volta de uma fogueira havia um corpo caído no chão, era Sirius. Controlei-me ao máximo para não sair correndo.
– Você é um imundo! Sujou seu sangue! – alguém gritava com aquele corpo caído no chão que parecia estar sem vida, minhas lágrimas começaram a cair “Mantenha a calma Anna, espere o momento”.
– Maldito momento em que você nos desonrou – uma figura encapuzada não tão alta dizia num tom tranquilo.
– Sempre soube que nunca fora um de nós – outra figura com voz feminina se aproximou dele, eu sabia quem era e sabia que o momento chegava. A figura levantou a varinha pronta para lançar outro feitiço no corpo caído, mas eu nunca iria permitir isso de novo.
– Expelliarmus! – gritei de trás das árvores e a varinha da figura feminina voou até mim e todos viraram-se assustados e pude ver os grandes olhos azuis me fitando, aqueles olhos que não me eram estranhos.
– Vadia imunda! – ela gritou e as pessoas encapuzadas começaram a lançar feitiços em mim. Escondi-me novamente na árvore quando ouvi que uma batalha havia se começado meus amigos estavam lá, batalhando com aquelas pessoas meu único instinto foi correr até Sirius, eu precisava vê-lo e senti-lo.
Quando cheguei próxima ao seu corpo me joguei ao chão no seu lado e coloquei minhas duas mãos em sua face gelada, de seu nariz e de baixo de seu lábio sangrava, seus olhos estavam paralisados naquele azul sem vida meu coração começou a disparar e pulei em seu peito para ver se ouvia algum sinal de seu coração, nada foi ouvido.
– Sirius, por favor! – eu gritava num suplico – Não faça isso! – as lágrimas caiam e embaçava minha vista eu novamente tentei ouvir seu coração, mas nenhuma palpitação se quer acontecia – Não, Merlin isso não, por favor, por favor! – beijei os lábios frios que estavam entre abertos e nada havia acontecido e abracei aquele corpo caído no chão, aquele corpo que não carregava mais a alma do meu amado – Não!!!! Não!!! Por favor Sirius, volta!!! Eu te amo!!!!
– Isso é o que acontece a quem não segue suas origens – não tive tempo de olhar quem disse isso, mas sabia que era a voz de quem eu menos suportava. A dor invadiu meu corpo fazendo-me retorcer de dor, mas nada se comparava com o que eu havia passado há poucos segundos antes – Cruciu.
Ouvi os corvos voarem assustados com meu grito.
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– Anna! Anna! – acordei assustada com Sirius balançando-me.
– O que houve? – levantei-me e coloquei a mão na cabeça.
– Você teve pesadelos e nós acabamos de chegar – ele disse – Está tudo bem?
– Aham – pisquei várias vezes – Minha cabeça dói um pouco, mas está tudo bem.
– Se lembra do seu sonho?
– Não, acho que... Não.
– Bom, então vamos sair?
– Vamos.
Levantei-me, antes que eu pudesse tocar a maçaneta da porta ele me puxou e colocou suas mãos em minha cintura.
– Esse está sendo o dia mais perfeito da minha vida.
– Pra quantas você já disse isso? – eu sorri e passei a mão pelo seu rosto.
– Apenas para uma.
– Jura? – ri.
– Juro – ele me beijou e logo depois saímos do vagão, a multidão estava espalhada pela estação Sirius segurou em minha mão gelada e fomos juntos pegar nossos malões avistei as meninas alguns metros de mim, Rosa fez um movimento com a mão para que eu fosse até elas, balancei a cabeça e apontei para Sirius que ajudava o maquinista a tirar meu malão. Elas, juntas, fizeram uma expressão de surpresa eu movimentei os ombros ele chegou ao meu lado e segurou minha mão e deu um leve aceno a elas e me puxou para o canto.
– Tentarei manter contato com você – ele disse segurando minhas duas mãos e as olhando fixamente.
– Você não sabe meu endereço.
– Anna, quando você vai aceitar que sou um maroto? – ele riu.
Mas na mesma hora ele fechou a cara, ele olhava alguma coisa atrás de mim e logo decidi virar-me.
Uma senhora que não aparentava ser mais velha que 39 anos estava parada atrás de mim, era alguns centímetros mais alta que eu, seu cabelo negro estava preso a um coque, sua pele era pálida, sua feição era séria e parecia não sorrir diariamente, estava com um vestido preto que marcava suas curvas e seus olhos eram grandes esferas azuis e eu conhecia aqueles olhos, eram iguais aos de Sirius. Ela o olhava seriamente, mas quando virei-me eu fui o alvo dos seus olhos, ela analisou-me dos pés a cabeça e quando terminou torceu o nariz.
– Quem é esta que lhe acompanha filho? – ela disse num tom de voz sério e preciso.
– Sua namorada – eu respondi e ela olhou-me novamente com mais desprezo ainda. Eu sabia o que Sirius pensava “Porra Anna, você quer morrer?!”.
– Uh, bom saber. Prazer...?
– Anna Scrimgeour Paixão – respondi sem gaguejar.
– Uma Scrimgeour..?
– Sim – eu disse.
– Walburga não podemos nos... Atrasar – um senhor muito bonito que também não parecia ser tão velho disse colocando a mão no ombro da senhora, mas ao perceber minha presença fitou-me. Ele tinha o cabelo curto, mas enrolado, era pálido também e tinha belos olhos castanhos – Não sabia que tínhamos companhia.
– Nem eu sabia querido. Está é a namorada – ela disse dando ênfase a palavra namorada – do Sirius.
– Bom, pelo que eu saiba nosso filho não tem... Hum... Vocação para namoradas.
– Mas isso mudou, pai – ele respondeu.
– Ótimo – ele disse também num tom sério. Aquela família não parecia sorrir – Quem sabe está garota não o ajeita no caminho – ele olhou-me maldoso.
– Discordo meu caro, quando saber de que família ela vem certeza de que...
– Algum problema com os Scrimgeour Sra. Black? – Alfredo havia chegado atrás de Sirius sem ninguém perceber.
– Ah Scrimgeour não me vá dizer que está adorável garota é de sua família? – O Sr. Black perguntou ainda me fitando.
– Pois sim, está é minha neta – ele colocou a mão em meu ombro e Sirius andou mais para perto de sua família – Está havendo algo de errado aqui?
– Claro que não Sr. Scrimgeour só estamos nos atualizando, como o senhor devia fazer – a Sra. Black disse num tom “elegante”.
– Atualizar? – Alfredo disse sem entender e me olhando com um olhar do tipo “Você está bem fodida dependendo do que é”.
– Sim, atualizar-se de que nós faremos partes de uma só família.
– Hã?
– Estou namorando o filho do Sr.Black – me virei a ele e obviamente ele me olhou pasmo e depois olhou Sirius.
– Ah, uou. Temos que conversar dona moçinha – olhei Sirius que agora sua palidez converteu-se ao vermelho.
– Digo o mesmo ao meu filho, mas como são já responsáveis com suas atitudes eles sabem o que é melhor para sim – Sr.Black disse – Quero convidar-te, Srta. Paixão, para um jantar qualquer dia desses em nossa casa – A Sra.Black olhou o Sr.Black e revirou os olhos – Aliás, como um novo membro da família, temos que conhecê-la.
– Nem pensar! – Alfredo disse.
– Aceito o convite Sr.Black – eu disse – Manterei contato com Sirius e marcaremos.
– O que?! – Alfredo novamente disse.
– Bom, temos que ir Sr e Sra. Black foi um – fitei a Sra.Black e ao olhar seu rosto pude lembrar-me de meu sonho no trem, a figura feminina que estava prestes a fazer mais maldades com Sirius era aquela senhora, sua própria mãe! – prazer.
– Igualmente Srta. Paixão – ele estendeu a mão e eu a apertei, balancei a cabeça a Sra.Black que não retribuiu e caminhei até Sirius e lhe dei um abraço apertado.
– O que você fez?! – ele sussurrou em meu ouvido.
– O certo, vai ficar tudo bem. Rua da Solidão, número 68. Eu amo você – eu o olhei mais uma vez e sai.
Alfredo segurou meu malão e foi atrás de mim.
– Que história é essa?! – ele perguntou alterado.
– Estou namorando – respondi calma.
Atravessei a parede e logo ele atravessou também.
– Você está louca! Com tantos garotos legais você foi logo escolher um Black?!
– Ele é diferente Alfredo.
– Diferente?! Talvez não te contaram que a família Black é suspeitar de seguir Você-Sabe-Quem!
– Me contaram sim, mas Sirius é diferente você não o conhece como eu conheço.
– Não vou deixar que você continue com essa loucura!
– Você vai me impedir? Alfredo eu o amo! Nunca amei ele como eu amo alguém, ele é diferente, para seu governo ele é grifino!
– Grifino?
– Sim.
– Hum – ele resmungou – Pelo menos veio de uma casa boa, mas ainda sim quero conhecer melhor este garoto.
Ele estava abrindo o porta malas para colocar meu malão e eu já estava sentada no banco da frente olhando os flocos brancos da neve.
– Seus pais vão saber disso.
– Eles têm que saber né?
– Meu SANTÍSSIMO Merlin você é minha menininha! Você não pode beijar ninguém!
– Alfredo! Eu cresci cara, acorda!
– Não cresceu não, você é ainda uma desmiolada que é capaz de provar titicas de coruja!
– Ei, credo! – eu ri – Caduco, não é porque estou namorando que não sou mais sua menininha.
– Mas agora tenho que dividir você sua inútil! Estou ficando velho.
– Sem crise, por favor.
– Precisamos castrar você e seu namoradinho.
– Ei!
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