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História Primeiro e único amor de Sirius Black - Bombons envenenados


Escrita por: Mirima

Notas do Autor


Olá meus caros leitores!
Desculpe a ausência por aqui fim de semestre da faculdade é sempre uma loucura e precisei me concentrar 100% na faculdade, mas estou de férias! E agora me concentro 100% a essa história.
Para recompensa-los postarei novos capítulos mais rápido e provavelmente teremos um cap a cada semana, quem sabe até dois.
Fiquem bem e obrigada por estarem comigo até aqui.

Capítulo 34 - Bombons envenenados


- O que?! Ela está bem?! Quem fez isso?! – perguntei desesperada a Alfredo.

- Está desacordada, mas já está no St Mungus – Alfredo disse colocando suas mãos em meu ombro.

- Preciso vê-la! – disse começando a chorar.

- Ô criança... – Professora McGonagall veio até mim e me abraçou.

- O que aconteceu com ela? – perguntei em meio as lágrimas.

- Ela foi encontrada na sua sala, no Ministério com alguns bombons envenenados, nunca foi visto essa forma de intoxicação e os curandeiros já estão correndo para acorda-la, mas o bom é que ela está estável – Alfredo disse segurando o choro.

- Certamente poções das Artes das Trevas – Dumbledore questionou e Alfredo o encarou.

- Eu não duvido que seja, a questão é descobrir quem está realizando tal coisas – Alfredo disse sério.

- E punir essa pessoa! Preciso ver minha mãe... – disse olhando para Dumbledore.

- Não se preocupe, Alfredo veio te buscar, você está liberada por quanto tempo precisar e as última prova do Torneio falta bastante tempo e a matéria você pegará depois – Dumbledore disse se aproximando e tentando me acalmar – Dei a liberdade de alguns elfos arrumar sua mala e seus amigos irão se despedir de você quando estiverem na saída já.

- Obrigada professor – fui e abracei Dumbledore – Temos que ir logo vô.

  Alfredo agradeceu Dumbledore e a professora Minerva foi nos acompanhando até o pátio de Hogwarts, ele estava abraçando comigo enquanto eu segurava o choro.

- Vocês já têm suspeita? – perguntei.

- Até agora nada, mas iremos descobrir – Alfredo disse me apertando mais contra seus braços.

  Quando chegamos no pátio lá estava meus amigos e minha mala, junto com Coky. Corri até Sirius e o abracei.

- A minha mãe... – disse em meio a lágrimas.

- Eu sei, eu sei. Tudo ficará bem amor, cuida da sua mãe – ele dizia me abraçando forte.

  Me despedi de todos e sem perder muito tempo parti com Alfredo para o St Mungus. Nossa viagem foi rápida e em menos de uma hora estávamos parados na frente de uma loja chamada “Purga & Sonda LTDA” que havia uma faixa escrito “reforma”, havia uma vitrine vazia e um manequim abandonado Alfredo logo disse as palavras certas ao manequim e então entramos na loja vazia.

  Em vez de entrarmos na loja acabamos entrando numa recepção um tanto lotada, havia alguns bancos de madeira espalhadas pelo hall com alguns bruxos sentados nela, acompanhei Alfredo até o balcão onde havia um bruxo que aparentava ser poucos anos mais velhos do que eu.

- O que precisam? – o bruxo perguntou.

- Sou pai da Katarine Paixão, deu entrada aqui a poucas horas atrás – Alfredo disse.

  O bruxo o olhou e depois pegou um pedaço de pergaminho que estava ao seu lado.

- Assinem aqui por gentileza – ele nos deu uma pena para assinar o pergaminho, Alfredo assinou e em seguida assinei – Perfeito, terceiro andar quanto 307.

- Obrigado – Alfredo agradeceu.

  Então fomos para o elevador que ficava no lado direito do balcão da recepção, entramos e Alfredo apertou o botão 3. Estávamos quietos e, ambos, preocupado, quando saímos do elevador tinha uma placa prateada indicando o lado dos quartos número ímpar e então viramos à esquerda seguindo a placa.

Era um extenso corredor branco, com portas de madeira, passamos por alguns curandeiros e medibruxos que vestiam uniformes verde claro e tinha ao lado direito na suas camisas o brasão do hospital, um osso e uma varinha cruzados.

- É aqui – Alfredo disse parando na porta 307.

Sem muitas demora abri a porta primeiro que ele e deixei minha mala e a gaiola de Coky, quando entrei vi minha mãe deitada numa maca e meu pai ao lado.

- Anna... – ele veio até mim e me abraçou forte, ele estava com os olhos bem inchados.

- Eu tô aqui – o abracei forte – Cadê ela?

Meu pai se afastou permitindo que eu fosse vê-la e lá estava minha mãe, deitada desacordada na maca, me aproximei e segurei sua mão fria e pálida.

- Ei mãe, eu estou aqui – disse chorando – Volta para mim, por favor.

- Ela vai voltar querida – papai disse atrás de mim com as mãos no meu ombro.

- Algum curandeiro passou por aqui? – Alfredo perguntou para meu pai.

- Deram um corta poções feito de papoula da índia e agora é esperar o corpo dela reagir – papai respondeu.

- E já sabem o que foi? – perguntei.

- Não exatamente, mas já disseram que provavelmente é uma poção proibida e com cara de ser Artes Obscuras – papai disse.

- Precisamos seguir com a investigação – Alfredo disse sério – Preciso entrar em contato com o Ministério.

Alfredo saiu do quarto e ficamos só eu, minha mãe e meu pai. Passei a mão na sua testa e ela estava completamente gelada.

- Ela vai ficar bem né? – perguntei.

- Vai Anna, sua mãe é forte e não vai nos deixar – papai respondeu.

Então foi assim que passamos a tarde toda, papai sentado ao lado da mamãe e eu sentada em um sofá velho que havia lá enquanto Coky estava solta repousando em minha perna esquerda, enquanto fazia carinho nela.

Alfredo já estava movimentando uma equipe para descobrir quem havia deixado os bombons envenenados na mesa da minha mãe, ele não ficou muito conosco no quarto e claro que não disse o motivo, mas eu sabia bem qual era. Ele não suportava ver minha mãe daquele jeito, sendo que tudo aconteceu de baixo dos narizes deles.

Papai questionou algumas coisas de Hogwarts e sobre o Torneio, contei da novidade do baile e ele se alegrou um pouco.

- Por que não escreve para Sirius e seus amigos? Devem estar preocupados – ele disse.

E então peguei um pedaço de pergaminho que havia numa mesinha ao lado da maca da minha mãe, tirei o tinteiro e a pena da bolsa e comecei a escrever:

 

“Sirius e amigos,

 

Cheguei bem e minha mãe permanece desacordada. Parece que havia bombons envenenados na mesa dela, provavelmente poções proibidas e os medibruxos estão à procura do que havia de certo neles.

Ficarei aqui até ela ficar bem, me mandem notícias e já estou com saudades.

Amo vocês.

Anna Paixão”.

 

Então desde que cheguei foi a primeira vez que sai do quarto, caminhei até a enorme janela que havia no final do corredor branco, Coky estava repousada no meu ombro enquanto andava.

- É para entregar as meninas ou ao Sirius ok? – disse a ela que apenas piou.

Chegando na janela abri um pouco para que Coky passasse e depois dela encostar sua cabeça na minha bochecha saiu pela janela, voando até desaparecer.

- Bonita coruja – disse uma mulher morena atrás de mim.

- Ah, obrigada. Você é medibruxa? – perguntei.

- Sou sim – ela sorriu.

A medibruxa tinha um sorriso largo e transmitia muita calma, era um pouco mais alta que eu, tinha um nariz de batata e cabelos crespos.

- Sou filha da Sra. Paixão, você tem alguma novidade sobre o caso dela? – perguntei angustiada.

Ela sorriu e olhou meu uniforme.

- Saiu de Hogwarts diretamente para cá? – ela perguntou.

- Sim.

- Você é uma boa filha – ela sorriu e colocou a mão em meu ombro – Vamos, eu tenho novidades sim, mas vamos até seu pai para contar.

- Mas minha mãe está bem?? – perguntei desesperada.

- Está, está sim – ela sorriu.

Fomos juntas até o quarto da minha mãe e ela me encheu de perguntas sobre eu já ter escolhido uma profissão.

- Aurora, certamente deixaria sua família orgulhosa – ela disse enquanto entravamos no quarto.

Papai e Alfredo estavam lá, ao lado da maca da minha mãe, quando viram a gente entrando logo se aproximaram.

- Novidades? – papai perguntou.

- Sim – ela respirou fundo – Analisamos os bombons envenenados e vimos que realmente foi utilizado a partir de uma poção proibida das Artes das Trevas, uma poção que contém veneno de vampiro.

Papai suspirou.

- Vampiros? Como assim? – Alfredo questionou.

- Então Sr. Scrimgeour, o bombom foi feito com veneno de vampiro que, obviamente, da uma reação em contato com o corpo. Ela não vai virar vampira nem nada, pois a dose foi pequena, mas suficiente para causar uma parada definitiva nos funcionamentos dos órgãos. Por sorte entramos rapidamente com o soro de papoula da Índia que corta todo o efeito dessa poção e limpa o organismo da Sra. Paixão.

- Graças a Merlin – papai disse.

- Então ela vai ficar bem? – perguntei de novo.

- Sim Srta. Paixão ela só precisa de mais repouso e esperar que todo veneno do vampiro saia do seu corpo e aí ela irá acordar – a medibruxa respondeu.

- Medibruxa quanto tempo mais ou menos para ela acordar? – Alfredo perguntou.

- Creio que hoje a noite ou amanhã de manhã ela acordará – ela respondeu – Poderíamos acelerar o seu despertar com algumas ervas, mas como não sabemos o que pode acontecer com essas ervas em contato com o veneno de vampiro achamos melhor esperar o despertar natural.

- Melhor, com certeza é melhor – disse papai indo até minha mãe.

- Obrigado! – Alfredo disse a medibruxa – Preciso atualizar o Ministério.

- Magina – ela sorriu e se virou para mim enquanto Alfredo saia – Eu disse que ela ficaria bem.

- Não tenho nem como agradecer – disse quase chorando.

- Não precisa agradecer, cuide da sua mãe, quando ela despertar vai precisar de você.

Alfredo acionou uma equipe de aurores para irem atrás de vampiros, enquanto eu e meu pai ficávamos no quarto com minha mãe. Já estava certo que eu ficaria com ela naquela noite, enquanto meu pai voltaria para casa e fortaleceria a proteção que havia.

A noite logo chegou, papai havia voltado para casa e Alfredo se juntou a caçada dos vampiros, tomei um banho e coloquei uma roupa confortável para me juntar a minha mãe novamente, havia uma pequena janela na parede do quarto e vi um vulto, logo reconheci que era Coky, me aproximei e abri a janela, Coky entrou, sobrevoou o quarto e logo posicionou-se no braço do sofá, fui até ela e tirei o pergaminho enrolado que havia em sua pata.

 

“Anna,

 

Ficamos feliz que esteja bem! Sua mãe logo, logo acordará e ficará bem. As coisas aqui seguem tudo do mesmo jeito, mas é claro, tudo mais chato sem você, porém ocorreu algo estranho... Tia Walburga estava aqui de novo e dessa vez veio conversar especificamente com Sirius, ninguém sabe o que foi a conversa, mas pelo jeito o abalou muito e ele não participou das aulas depois disso.

Remo disse que James estava com ele, mas pelo jeito a coisa foi feia. Espero que você volte logo, Sirius vai precisar de você.

Amamos muito você.

Da sua melhor amiga, Tonks”.

 

- Ai não... – disse sozinha.

Será que aquela cobra peçonhenta sabia que eu não estava lá e aproveitou para maltratar Sirius? Que raiva! Eu tinha que estar lá, protegendo-o de qualquer coisa... Virei e vi minha mãe deitada na maca, então me aproximei.

- Mas você precisa mais de mim agora né? – disse tentando sorrir e coloquei minha mão em sua mão – Olha, sua temperatura está voltando ao normal – depois que senti o calor voltando ao seu corpo pude sorrir de verdade.

Então beijei sua testa e fui em direção ao sofá, me deitando enquanto Coky se aconchegava nos meus braços. Meus pensamentos voaram longe, em Sirius, no Torneio, em Régulo e até mesmo em Remo e Tonks que eu não sabia o que de fato tinha acontecido naquele banheiro, em tantos pensamentos fui fechando os olhos lentamente até cair em um sono profundo.

 

Senti a grama sob meus pés e o vento soprar movimentando meu cabelo curto, olhei em volta e vi as medias árvores do bosque da Floresta Proibida, estava noite e as estrelas e a Lua brilhavam alto no céu.

- O seu amor pela sua mãe me comove – alguém disse atrás de mim.

Me virei e vi Rowena, séria e pensativa.

- Rowena...

- Ela ficará bem – ela disse se aproximando.

- Você sabe quem fez isso com ela? – perguntei.

- Existem coisas que eu não posso lhe dizer – ela disse tristonha – Mas em breve você saberá de tudo, mas hoje eu vim te dizer que cada vez mais precisara ser forte.

- Como assim?

- Tempos sombrios se aproximam e você precisará ficar forte.

- Eu não entendo.

- Você vai entender – ela disse colocando a mão em meu ombro – Lembre-se de mim e de toda sua linhagem, você carrega nossa força e sabedoria. Tempos difíceis não criam heróis, mas sim os desperta-os, não deixe seu medo decidir o seu futuro, seja resiliente! Momentos ruins não duram para sempre.

- Eu serei forte – sorri.

- Você é uma... – Rowena parou de dizer e seus olhos se encheram de lágrima.

- Filha?

- Isso – ela sorriu, mas um sorriso triste – Sua mãe deve ter muito orgulho de você, não sabe o quanto é doloroso uma mãe querer ver sua filha no seu último momento e não poder.

Encarei o belo rosto de Rowena Ranveclaw e a abracei, sem pensar duas vezes. Eu não sabia se podia realmente abraça-la, já que provavelmente ela era um fantasma, mas a abracei com o maior amor e carinho que eu tinha, senti que ela não esperava aqui, mas logo me abraçou de volta. Senti que aos poucos ela sumia dos meus braços.

- Rowena! – acordei assustada no sofá.

Olhei o quarto semi iluminado e não havia mais nada, nem Rowena e nem bosque, apenas um quarto do St Mungus onde minha mãe permanecia dormindo. Me virei para ver Coky e ela dormia profundamente, comecei então a relembrar tudo o que Rowena me disse, não sei se me preparou para o pior ou só aumentou a angústia que já estava dentro de mim.

Eu não sabia a dimensão das coisas que poderiam vim, mas eu precisava ser forte. Aliás Rowena passou por tudo aquilo e se manteve forte e o sangue que corria em suas veias corria nas minhas também.

- Anna... – uma voz fraca disse.

- Mãe?!

Me virei e lá estava minha mãe acordada e sorrindo.

- Filha, você está aqui – ela falava com certa dificuldade, mas parecia bem.

Imediatamente corri para abraça-la, senti seu corpo em meus braços e estava numa temperatura amena.

- Você está bem? Sente algo? – perguntei, soltando-a e olhando seu rosto.

- Estou bem, só um pouco dolorida – minha mãe disse.

- Preciso avisar a medibruxa! – disse animada.

Sai do quarto e logo chamei pela bruxa que estava cuidando da minha, em poucos minutos depois meu pai e Alfredo já estavam lá. Minha mãe já estava bem melhor, a papoula da Índia foi um sucesso para retirar todo o veneno de vampiro de dentro dela e agora só faltava uma transfusão de sangue, para que seu sangue fortalece após esse ataque.

Mamãe não lembrava de nada que havia ocorrido, apenas de comer os bombons da sua mesa e sentir uma dor intensa, como se algo queimasse dentro dela e apagar. Sem muitas pistas sobre o possível vampiro que poderia ter causado isso Alfredo seguia firme e forte na procura, além das novas proteções extras no Ministério.

- Bom, isso não enquadra aos ataques e mortes que vem ocorrendo – Alfredo disse cruzando os braços e dizendo ao meu pai.

- Mortes? – minha mãe questionou.

- Desde daquele ataque em Hogsmeade, cinco trouxas foram feridos e dois mortos – papai disse.

- Como assim? O que isso tem a ver conosco? – questionei.

- Foi magia que machucou e matou esses trouxas – Alfredo respondeu.

- Tem bruxos matando trouxas então?! – mamãe perguntou – Por Merlin...

- Parece que é uma seita ou algo assim, com certeza possuem uma filosofia anti trouxas – Alfredo disse.

- Isso é muito sério – disse.

- Nós sabemos disso e a demanda só vai aumentar – papai disse – Mas isso não é problema seu – ele disse indo ao meu lado – Amanhã cedo você volta para Hogwarts, não quero seus estudos prejudicados.

- E nem sua prova no Torneio – Alfredo completou.

- Mas e a mamãe? – perguntei.

- Estou bem filha, além do mais tenho os dois homens da minha vida que cuidaram de mim enquanto estiver na escola – ela disse sorrindo.

 

 

 

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Na manhã seguinte Alfredo me levou para King’s Cross, o expresso me levaria novamente a Hogwarts. Fomos caminhando no meio da multidão trouxa até a estação 9 ¾, passamos pela parede e lá estava o trem, como não era início do ano letivo estava bem vazio só apenas alguns bruxos que viajariam a Hogsmeade.

- Me avisa quando chegar ok? – Alfredo disse me abraçando.

- Tudo bem, me mande notícias em. Não me deixem preocupada.

- Nunca seu trasguinho – ele disse sorrindo e tocando no meu nariz – Inclusive seu cabelo tá muito mais bonito assim, parece menos velha.

- Então acho que é bom você cortar o cabelo também – disse rindo e me afastando para entrar no trem.

Ele apenas me mostrou a língua e ficou lá me vendo entrar no trem, mostrei meu bilhete e subi no trem que estava bem vazio e entrei na terceira cabine. Sem meus amigos aquela cabine era muito sem graça, coloquei o malão em cima do banco e a gaiola de Coky ao meu lado e assim que o trem começou a andar pensei em mandar um pergaminho para Tonks dizendo que eu chegaria em poucas horas, então escrevi num pedaço de pergaminho entreguei a Coky e a disse que esperaria já em Hogwarts, abri a janela do meu vagão e Coky voou pelas imensas montanhas que havia no caminho, logo que a vi sumir no céu encostei a cabeça no vidro e cochilei.

Acordei algumas horas depois com o maquinista batendo na porta do meu vagão dizendo que a estação de Hogwarts havia chegando, então peguei meu malão e sai do trem, fui andando em direção ao castelo e em menos de cinco minutos vi um grupo de garotas vindo em minha direção, era Tonks, Rosa e Nora.

- Anna! – Rosa gritou ao me ver e foi correndo me abraçar.

Corri com o malão até ela e a abracei.

- Que saudades! – disse.

- Menina parece que você ficou três anos fora – ela disse sorrindo – E sua mãe?

- Está melhor, graças a Merlin – disse.

- Paixão! – Tonks disse me abraçando – Não desgrudo mais de você!

- Faça isso por favor – disse abraçando-a forte.

- Depois de três minutos não vou querer mais você – Tonks disse rindo.

- Ei – Nora disse sorrindo e fui abraça-la também.

- O que aconteceu mesmo com a sua mãe? – Rosa perguntou enquanto começamos a andar até Hogwarts.

- Deixaram um bombo na mesa dela envenenado com alguma coisa que continha veneno de vampiro.

As meninas se espantaram.

- Por Merlin! – Tonks disse – Isso é grave.

- Mas ela tá bem? – Nora perguntou preocupada.

- Sim, a medibruxa que cuidou dela era excelente – respondi.

- Pelo menos ela tá bem agora e já sabe quem fez isso? – Nora perguntou.

- Ainda não, mas meu avô tá procurando que nem louco o culpado. E gente que história é essa da Walburga de novo aqui?

- Pois é menino – Tonks começou a dizer – E Sirius não está nada bem em relação a isso.

- Sério? – perguntei preocupada.

- Sim, ele nem foi nas aulas depois e não vimos mais ele depois disso – Rosa disse – Ficamos mega preocupadas.

- Bom, vou resolver isso hoje e ver o que aconteceu.

- Sabe quem mais quase morreu sem você? – Nora disse.

- Quem? – perguntei preocupada.

- Amos Diggory, quando soube de tudo quase surtou – ela disse rindo.

- Ai meu Merlin... – disse rindo também.

- Como assim a mãe da Anna foi envenenada?! – Tonks disse imitando-o – E ela está sozinha! Eu deveria estar com ela!

- Foi desesperador ver ele bancando o herói e olha que gosto dele – Rosa disse.

- E a Bellatrix? – perguntei.

-Jurou que um dia vai te matar – Tonks disse naturalmente.

- Ninfadora! – Rosa a repreendeu.

Tonks revirou os olhos.

- É verdade, uai. Depois do sono que você deu nela a Madame Pomfrey ficou três horas reconsertando o nariz dela – Tonks disse.

 Chegamos em Hogwarts depois das meninas me contarem todas as fofocas, deixamos minhas malas no saguão e os direcionamos para o Salão Principal. Quando entrei todos logo viraram-se para mim, me senti desconfortável com tantos olhares.

- Todos eles já sabem sobre minha mãe? – perguntei a Nora.

- Já, em Hogwarts as notícias correm rápido – ela respondeu enquanto íamos andando até a ponta da mesa da Lufa-Lufa. E além da sua mãe você se meteu em uma briga antes de ir embora.

 Me olhei para a mesa da Grifinória para ver se via os Marotos, mas nada. Dumbledore e McGonagall estavam em pé na ponta da mesa da Lufa-Lufa.

- Srta Paixão! – disse a professora McGonagall – Como se sente? E sua mãe?

- Eu bem e ela também – disse dando um sorriso aliviado e sincero.

- Graças a Merlin! – ela respondeu.

- Ficamos muito feliz em seu retorno – Dumbledore sorriu.

- É bom estar de volta – sorri.

Logo eles saíram e me sentei com as meninas na mesa, começamos a pegar algumas comidas quando Amos apareceu do outro lado gritando por meu nome.

- Anna! Anna! – ele gritava enquanto corria até mim – Como você está? Como está sua mãe?

Ele disse enquanto praticamente me arrancava do banco para me abraçar.

- Ela está melhor Diggory, graças a Merlin – respondi dando palmadinhas em suas costas.

- Senti tanto a sua falta, você nem imagina – ele disse me soltando e com as suas mãos em meu ombro.

- Também senti falta de vocês – sorri.

- Precisamos comemorar que você está de volta! – ele disse – Vamos dar a melhor e mais divertida festa lufana.

- Ah eu dispenso Amos – disse me sentando.

- Por quê? – ele perguntou sentando-se ao meu lado.

- Amos a mãe da Anna acabou de ser envenenada! – Rosa o repreendeu – Ela não está a fim de comemorações agora.

- Talvez em outra hora – disse tentando não parecer grossa para ele.

 

 

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Depois do café fui até o dormitório para me trocar e ir para a aula de Trato Das Criaturas Mágicas, junto da Corvinal, as meninas já estavam no pátio me esperando e eu fui indo perguntando a todos os grifinos se eles haviam visto o Sirius, que tinha literalmente desaparecido, mas ninguém sabia nada. Fiquei chateada pois ele era a pessoa que mais queria ao lado depois de tudo, me senti sozinha e com vontade de chorar.

 - Ei Anna! – alguém disse atrás de mim.

Quando me virei lá vinha Luke Light vindo na minha direção, ele sorria e dessa vez tinha penteado o cabelo.

- Oi! – sorri e disfarcei toda a minha decepção.

- Tudo bem com você? Como está sua mãe? – ele perguntou quando chegou ao meu lado.

- Estamos bem – sorri – Ela está se recuperando rápido.

- Já descobriram que fez isso? – ele perguntou.

- Acredita que não, mas meu avô está bem empenhado em descobrir – eu disse.

- Minha aula é com você hoje, posso te acompanhar? – ele perguntou sorrindo.

  Olhei para os lados e não havia nenhum sinal do Sirius, respirei fundo e disse que sim. Luke logo fez-me sentir melhor, conversamos sobre a minha briga com Bellatrix e me contou que todos da Corvinal me intitulavam uma heroína por aquilo.

  Logo encontramos as meninas e nos juntamos a ela indo até os campos de Hogwarts para nossa nova aula, especialmente hoje Luke estava muito charmoso e comunicativo, conversou e brincou com minhas amigas e Ed.

- Desde quando Light é tão seu amigo assim? – Tonks perguntou.

  Luke estava um pouco mais a nossa frente conversando amistosamente com Ed, Rosa e Nora.

- Bom, a gente se aproximou, mas é só amizade mesmo – respondi.

- Sei... Sirius não deve gostar muito dessa amizade – ela disse rindo.

- Se ele aparecesse seria bom – disse rispidamente.

- Ele não veio te ver ainda?

- Não quero falar de Sirius agora tudo bem? – disse segurando a mão de Tonks.

  Tonks me olhou e fez que sim com a cabeça, ela era minha melhor amiga e sabia que eu estava chateada com isso, mas ela me respeitava acima de tudo e não iria fazer questionamentos.

- Uma coisa que eu não perguntei, o que rolou no banheiro com o Lupin? – perguntei com um tom de voz bem maroto.

- Ah – ela logo ficou vermelha – Nada de mais, a gente ficou conversando, próximos...

- Próximos quanto? – perguntei empolgada.

- Comigo deitada o ombro dele – ela disse sorrindo.

- Tonks! – disse a abraçando – Não rolou beijo nem nada?

- Infelizmente não, mas quem sabe no baile – ela disse rindo.

- Ai meu Merlin! – abracei ela de novo.

- Ei, vocês duas vão parar de fofoca? – Ed gritou um pouco mais a frente.

- Vou querer saber depois – Rosa disse enciumada.

- Eu também – Luke disse brincando comigo.

  A aula passou rápido e agora teríamos feitiços e finalmente seria com a Grifinória, estava com um frio na barriga, mas também um sentimento de tristeza no coração, voltamos novamente todos juntos para o Castelo, todos conversavam calorosamente, mas eu estava mais quieta Luke sempre tentava me colocar no meio da conversa, porém só trocava uma ou duas palavras e logo me calava de novo. Os alunos ainda olhavam toda hora para mim e isso começou a me incomodar.

- Paixão – Régulo parou ao meu lado – Podemos conversar?

  O olhei por um instante e fiquei olhando os detalhes que lembrava Sirius.

- Claro. Gente encontro vocês na sala – disse aos meus amigos, mas nem esperei respostas e já sai com Régulo.

 Andamos contra o fluxo de alunos e paramos em uma das janelas que havia.

- Diga – respondi seca.

- Como sua mãe está? – ele perguntou.

- Bem – respondi seca novamente.

- Mas o que aconteceu? – ele perguntou novamente.

- Ela foi envenenada com veneno de vampiro – disse cruzando os braços.

  Na hora que eu disse isso Régulo ficou branco e percebi que ficou muito incomodado em saber.

- Régulo o que você quer?

- Eu queria conversar...

- Não tenho nada para conversar com você – disse e já me projetei para o lado e sair dali, mas ele segurou meu braço.

- Espera Anna... Eu preciso de você...

- Pra que exatamente?! – perguntei brava enquanto ele ainda segurava meu braço.

- Você acha mesmo que eu posso... Mudar? Eu fui destinado a viver algo que eu não sei mais se quero viver.

  Olhei fixamente os olhos de Régulo que começaram a encher-se de lágrimas.

- Régulo, mas o que certamente você foi destinado? – disse voltando a ficar de frente a ele.

- A machucar pessoas, a ser tirano, frio e servir ordens muito ruins – ele disse angustiado – Machucar pessoas como a sua amiga trouxa sabe? E eu não quero mais isso.

- Você tem o direito de não querer, na verdade você nem deve machucar ninguém!

  Sentia a dor de Régulo a vomitar todas aquelas palavras para mim, pensei em Dumbledore e em como ele me ajudaria naquele momento e com certeza ajudaria Régulo.

- Eu machuquei pessoas... – ele disse em lágrimas – E parece que nunca vou conseguir me livrar disso, como se fosse uma sina em que eu preciso viver.

- Mas você não precisa viver – disse colocando a mão em seu ombro.

  Ele olhou em volta e já não havia mais alunos, imediatamente ele disse “Olha” e levantou sua blusa me mostrando seu pulso direito havia uma espécie de tatuagem, era uma caveira bem assustadora que tinha a boca aberta e saia uma cobra de dentro dela, mas que eu já havia visto em algum lugar.

- O que...

- Eu já faço parte disso tudo – ele me interrompeu – Estou condenado para sempre a seguir e obedecer a um líder tirano! Eu sou um monstro!

- Não, você não está e você não é um monstro – peguei seu braço que tinha a tatuagem – Isso aqui não define quem é você, isso é só uma imagem. Eu conheço o verdadeiro Régulo e você não é assim, sei que não da pra mudar o que você já fez, mas você pode mudar suas atitudes agora. Não da para voltar e mudar o começo, mas a partir de agora você pode mudar o fim.

- Não, não, você não entende... Eu não posso! -  lágrimas desceram pelo rosto de Régulo.

- Reg – levei minhas duas mãos em seu rosto – Eu acredito em você e dentro de você existe um coração puro e bondoso que sofre toda vez que você se deixa levar por coisas malignas e ele tenta lutar a todo instante contra suas atitudes ruins. Escute ele, pois ele está implorando para que você siga o caminho certo, estarei aqui para te ajudar no que for preciso, mesmo.

- Você acha que eu consigo? – ele perguntou em meio as lágrimas.

- Eu não acho... – disse e ele abaixou a cabeça – Eu tenho certeza que consegue – ele levantou a cabeça na mesma hora e ensaiou um sorriso no canto da boca.

- Que merda é essa?! – Sirius gritou atrás de mim e logo soltei o rosto de Régulo e me virei para ele.

- Six...

Ele simplesmente me ignorou e foi em direção de Régulo que estava muito assustado.

- O que você acha que está fazendo seu babaca? – Sirius disse nervoso e empurrando Régulo.

- Sirius Black! – disse.

- Eu... Eu só...

- Eu sei o que você quer, quer machucar e foder com os outros, mas eu não vou deixar tá ouvindo?! Você deveria ter vergonha em falar com ela e você sabe o porquê! Quer ser perdoado pelo que já fez? Impossível! Você é um idiota que acredita em tudo que nossos pais falam!

 Sirius gritava e empurrava Régulo que ficava imóvel sem dizer um A, mas sua expressão de dor em ouvir tudo aquilo era nítido.

 - Chega! Acabou! – gritei e me enfiei entre os dois, me virei a Régulo que estava branco e assustado – Vai embora Régulo.

- Desculpa... – ele balbuciou essas palavras e sai pelo corredor a fora.

- Você está louco?! – virei para Sirius.

- Louca está você de dar ouvidos a esse psicopata! – Sirius disse nervoso.

- Pelo menos Régulo veio me procurar para saber se eu e minha mãe estávamos bem.

- E você acha que ele foi sincero ou só que informações?!

- Pelo menos ele se preocupou comigo diferente do meu namorado – respondi brava.

  Sirius calou-se e ficou imóvel.

- Você nem sequer estava lá para me receber – eu disse e comecei a chorar – Sabia que minha mãe poderia ter morrido e eu tive que voltar para cá e fica longe dela? Eu pensei que pelo menos aqui teria meu namorado para me dar apoio e me consolar – disse e abaixei a cabeça.

 Sirius não disse nada, apenas ficou imóvel e quieto na minha frente, o encarei mais uma vez e virei as costas para voltar para a sala, mas antes que eu pudesse dar um passo Sirius me puxou pela cintura para si e me abraçou.

- Desculpa, eu fui um péssimo namorado – ele disse enquanto me abraçava forte.

  Não resiste ao abraço de e retribui o abraço forte, comecei a chorar.

- Eu fiquei com tanto medo, se eu perdesse minha mãe minha vida acabaria de verdade – ele me soltou e acariciou meu rosto.

  Sua expressão era de dor e tristeza, com certeza agora ele sentia o que se passava em meu coração.

- Eu te prometo que nada de ruim vai acontecer com você e com a sua mãe tá? – na mesma hora ele começou a chorar.

- Six, você está...

- Eu prometo que vocês ficarão seguras e o que há de ruim irá embora – ele disse ainda em meio as lágrimas.

- Você não consegue cumprir isso meu amor – disse colocando minha mão na cintura dele.

- Isso eu consigo fazer – ele disse.

  Sem hesitar ele veio e me beijou, um beijo muito sincero, apaixonado, intenso, porém triste eu sentia que aquele beijou não estava acarretado de muita paixão como era nossos beijos, mas estava forte e repleto de um outro sentimento: despedida.

- Me encontra na torre de astronomia hoje tá? – ele disse assim que terminou de me beijar.

- Eu te amo Sirius Black – eu o abracei.

 Ele ficou imóvel sentindo meu corpo agarrado com o dele e suavemente ele foi me entrelaçando em seus braços.

- Eu te amo Anna Paixão e para te ver bem eu faço qualquer coisa.

 

 

 

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- Você nem voltou e já aconteceu um monte de coisa estranha na sua vida – Rosa disse.

  Estávamos no nosso dormitório depois que a janta acabou e eu me arrumava para ir ver o Sirius, Rosa estava organizando seus livros e Tonks estava deitada na cama balançando a varinha e fazendo faíscas saírem dela.

- Eu sei, parece que não tenho sossego – disse passando batom.

- Cadê a Nora? – Tonks perguntou.

- Ai eu não sei, ela sobe toda hora – Rosa disse.

- Vai ver está com algum boy por ai – disse enquanto arrumava meu vestido cor de abobora – Prometo não voltar tarde.

- Por favor – Rosa disse.

- Boa sorte lá com o Six – Tonks disse.

  Sai do dormitório e fui em direção ao Salão Comunal, falei com algumas pessoas, mas logo sai para a torre de astronomia. Estar de volta a Hogwarts era bom, muito bom para falar a verdade, porém ainda estava preocupada com minha mãe, sentia que Régulo pudesse saber algo sobre isso, mas não queria pensar naquilo agora era minha noite com Sirius.

  Que por sinal estava bem estressado..., Mas com certeza a visita da Walburga aqui deve ter mexido com ele e ele deveria saber da marca de Régulo, provavelmente ela veio jogar na cara de Sirius isso e deixa-lo mal por conta disso. O tanto que eu precisava dele ele precisava de mim. Eu sabia que as coisas só iam piorar, mas eu sentia que com o Sirius ao meu lado tudo ficaria bem.

 Cheguei nas imensas escadarias da Torre de Astronomia, então comecei a subir empolgada meus problemas ficariam para trás e agora eu seria somente a garota do Sirius Black. Abri lentamente a porta e vi a Torre toda escura, na sacada estava Sirius iluminado pela luz brilhante da Lua, entrei e fechei a porta e Sirius ainda estava lá distraído olhando para a escuridão, dei dois passos quietinha e logo foi invadida por uma sensação ruim que me deixou imóvel. Da escuridão eu vi uma figura feminina surgindo e indo em direção a Sirius, ele se virou para aquela figura e permaneceu quieto, a figura se aproximava cada vez mais e levou sua mão ao rosto dele e o puxou para si, lhe beijando os lábios.



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