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História Primeiro verdadeiro amor (Obamitsu) - Capítulo Vinte e Cinco


Escrita por: lollaszz1

Capítulo 29 - Capítulo Vinte e Cinco


Fanfic / Fanfiction Primeiro verdadeiro amor (Obamitsu) - Capítulo Vinte e Cinco

— Ah, porcaria! — Nezuko bateu a caneca fortemente na mesa do bar.

Kanao deu um gole em sua própria bebida. — Você está brava de novo?

— Sim! — Nezuko afirmou.

Mitsuri somente enfiou outro bolinho de arroz na boca, não prestando tanta atenção na conversa das amigas. Elas já estavam no barzinho em que haviam combinado de se encontrar e Shinobu realmente não havia ido e nenhuma das garotas estavam realmente surpresas com isso.

Mitsuri jogou os longos cabelos para trás quando apoiou o rosto nas mãos. A garota usava um curto vestido rosa que era bem justo ao corpo e não possuía alças, os sapatos eram da mesma cor, também usava grandes brincos e alguns anéis, estava mais arrumada do que o normal e suas amigas notaram isso logo de cara. — Vocês precisam relaxar.

— Estou relaxada! — Kanao disse rapidamente. — Por que não está relaxada, Nezuko-chan?

— Porque notei que Shinobu-chan realmente parece chateada comigo, apesar de ter demonstrado estar sentindo-se culpada quando Inosuke disse que terminamos. — Nezuko respondeu enquanto continuava bebendo. — Conseguem entender isso?

— Eu não consigo entender nem porque esse senhor está nos vendendo bebida sem pedir nosso documento. — Mitsuri disse tranquilamente.

— Você nem está bebendo, Mitsuri-chan, não quer ficar bêbada com a gente? — Nezuko perguntou curiosa.

Mitsuri negou com um aceno de cabeça. — Não posso beber.

— Por que? — Nezuko perguntou.

— Oh! — Kanao arregalou os olhos. — Não olhem para trás, mas Kanae-san acabou de entrar aqui.

Mitsuri arregalou os olhos. — Mentira! — A garota virou o corpo levemente para poder ver a irmã de Shinobu ali com algumas de suas colegas de classe. — Shinobu não está com ela!

— Então ela deve estar vindo se encontrar com a gente, não é? — Kanao franziu as sobrancelhas.

— Acho pouco provável. — Nezuko respondeu. — E eu ainda quero saber o que Mitsuri-chan quer nos contar.

— Ah sim! — Mitsuri voltou a olhar para suas amigas. — A Kanao-chan já sabe o que é.

— Me sinto excluída agora. — Nezuko riu. — Me conteeee!

— Eu estou grávida. — Mitsuri apontou para a própria barriga.

Nezuko arregalou os olhos. — Mentira!

— Verdade! — Mitsuri riu. — No começo eu meio que queria que fosse mentira, mas eu estou me acostumando com a idéia de ser mãe agora.

— Meu Deus, Mitsuri-chan! — Nezuko continuava surpresa. — Uau! De quanto tempo você está?

— Oito semanas. — Mitsuri fez o número oito com os dedos. — A médica disse que minha barriga só começará a crescer quando eu estiver com doze semanas.

— Mas se olhar bem, você consegue ver, Nezuko-chan — Kanao esticou-se para tocar um pouco abaixo do umbigo de Mitsuri. — Bem aqui, ó.

Nezuko também tocou, sorrindo. — Que legal! Oh, claro, você ainda é nova e será complicado ir para a escola depois de um tempo, mas nossa, que legal, Mitsuri-chan!

— Sim! Vai ser difícil, mas é uma sensação tão estranha e gostosa saber que existe três seres humanos crescendo dentro de você. — Mitsuri comentou. Seu tom era surpreendentemente calmo, surpreendendo as outras garotas.

— Imagino, eu ficaria tão assustada. — Nezuko comentou. — Espera! Três bebês?!

Mitsuri concordou. — Três. São trigêmeos.

— Caramba, Mitsuri-chan, você vai enlouquecer! — Nezuko estava chocada. — Obanai-san sabe?

— Uhum, minha mãe também. — Mitsuri contou. — Só faltava dizer pra vocês. Foi uma falta de responsabilidade nossa, principalmente minha porque eu quase nunca tomava os remédios e quando tomava os tomava junto de remédios para dor de cabeça, e eu não fazia ideia de que cortava os efeitos do anticoncepcional.

— Sim, foi mesmo, mas pense pelo lado bom — Nezuko sorriu. — Você tem a gente, e tem o seu amorzinho.

— Ah! — Mitsuri sentiu as bochechas quentes. — Meu amorzinho ia contar pros meninos hoje.

— Uzui vai surtar. — Kanao riu.

— Sanemi provavelmente vai sair por aí pedindo filho pros outros. — Nezuko comentou divertida.

— Dê um filho a ele. — Mitsuri sorriu maldosa e riu alto quando Nezuko quase caiu para trás. — É brincadeira! Por favor, não engravidem agora.

— Não mesmo! — Nezuko fez uma careta.

— Eu e Tanjiro não chegamos nesse nível ainda. — Kanao sentiu as bochechas quentes. — Eu tento, mas ele sempre recua.

— Eu aposto que meu irmão é virgem — Mitsuri e Kanao olharam para Nezuko quando ela disse isso. — É sério! Eu nunca vi ele saindo com ninguém e nunca levou ninguém lá em casa.

— Oh, Tanjiro-kun é tão perfeitinho... — Mitsuri disse encantada.

— E tão meu! — Kanao comentou feliz.

[🌸]


— Você quase fez o quê, Sanemi?! — Uzui jogou um travesseiro no amigo.

— Quando eu penso que você não é tão burro assim, você vai lá e me surpreende. — Tomioka revirou os olhos.

— Eu não estou surpreso. — Rengoku respondeu enquanto tinha os braços em volta de Aoi.

— E não é por nada não, mas vocês viraram um só? — Sanemi perguntou, referindo-se à Rengoku e Aoi.

Aoi olhou feio pra ele. — Fui convidada diferente de uns e outros ai...

— Olha só! Ela é abusada ainda por cima! — Sanemi comentou ultrajado e todos na sala riram, menos ele mesmo e Obanai.

— Por que chamou a gente? — Tomioka perguntou. — Você nem vai com a nossa cara.

— Ele gosta um pouco da gente sim. — Uzui disse. — Quem não gostaria de mim? Eu sou incrível!

— Muita gente não gosta de você. — Rengoku riu da careta que Uzui fez.

Obanai sempre foi próximo de Tomioka, Sanemi, Rengoku e Uzui, gostava de seus outros amigos, mas nunca se envolveu muito profundamente com eles como se envolvia com os outros quatro. Como Rengoku estava com Aoi o tempo todo, Obanai havia a chamado para ir até sua casa tambem, já que ele não queria parecer uma pessoa má educada.

— Vocês vão dormir aqui? — Obanai perguntou. Ele não queria dizer em voz alta, mas esperava que pelo menos Aoi fosse embora, porque ele não queria ficar com suas bandagens dentro da própria casa assim como estava agora.

— Aoi precisa ir pra casa, então eu levo ela e volto depois. — Rengoku respondeu.

— Eu vou ficar por aqui. — Sanemi disse.

— Eu vou dormir com o Zenitsu. — Uzui bocejou. — Mas não tenho pressa pra ir embora.

— Vou ligar pra Shinobu a chamando pra vir, se ela vir eu fico. — Tomioka respondeu.

— Muito bobão mesmo. — Sanemi resmungou.

— Olha quem fala, a pessoa que disse agora pouco que estava quase indo conversar com Kanae. — Uzui disse. — Nossa, Sanemi, você é burro assim mesmo ou fez cursinho?

— Olha só, — Sanemi apontou enraivecido para Uzui. — Você nem pense em falar sobre isso perto da gatinha.

— Porque a preocupação? — Uzui perguntou.

— Porque ela me mata! — Sanemi disse alto. — Àquela garota é baixinha, mas é perigosa, é sério.

— Engraçado — Tomioka comentou. — Inosuke vive dizendo que Nezuko é calma demais, nada a tirava do controle.

— Não podemos esquecer que ele disse que Nezuko brigou por um cara ai como nunca brigou por ele. — Obanai deixou suas palavras no ar.

— Estão falando sobre mim? — Sanemi apontou para si mesmo. — Não levem isso pro outro lado, Nezuko só me vê como um amigo agora.

— Será mesmo? — Rengoku arqueou a sobrancelha.

— Quê? — Sanemi franziu o cenho.

— Nezuko não é a fofinha dos olhos rosa-claro? — Aoi perguntou e Rengoku concordou. — Puff, só cego não vê que ela gosta do Sanemi.

— Gente, não, sério. — Sanemi negou. — Ela está tão triste ultimamente com a coisa do término e tals, não viram o texto dela pra aula de literatura? Ela nem está pensando nisso, e outra coisa, eu perguntei sobre os sentimentos dela.

— O que ela disse, senhor esperteza? — Uzui perguntou irônico.

— Que gostava de mim mais do que antes, mas não desse jeito que estão pensando. — Sanemi cruzou os braços.

Todos olharam para Obanai quando ele riu alto. — Porra, Sanemi, você é burro pra caralho!

— Meus ouvidos estão sangrando — Uzui colocou as mãos nos ouvidos. — Deus, eu vou morrer!

— Ue gente! — Sanemi não estava entendendo os amigos.

— Sanemi, cara, pelo amor de Deus — Tomioka bufou alto. — Se a Nezuko tiver que demonstrar mais do que isso que é apaixonada por você, ela vai ter que ficar pelada na sua frente.

As bochechas de Sanemi ficaram vermelhas. — Ou! Qual foi, Tomioka?

— Você corou?! — Aoi riu alto. — Own, meu Deus, você também gosta dela!

— Não! — Sanemi rapidamente negou. — Não desse jeito, eu adoro aquela gatinha, mas nunca imaginei ser nada além de amigo dela, e é assim desde o colegial.

— Talvez você devesse reparar mais nela, Sanemi. — Rengoku disse.

— Você sempre a olhou com cegueira, já que vive pensando em Kanae. — Todos olharam para Aoi enquanto ela falava. — Mas todos conseguem ver o quão bonita e feminina ela é.

— Feminina? Ela é fofa. — Sanemi murmurou.

Uzui revirou os olhos. — Sanemi, todos aqui já quiseram ficar com Nezuko.

— Que patifaria é essa? — Sanemi perguntou irritado.

— A gente não pode mentir né — Obanai provocou o amigo. — Ela é bonita e é pequena, eu gosto de garotas pequenas.

— Mitsuri iria adorar saber que gosta de garotas pequenas. — Tomioka sorriu.

— Eu tô muito apaixonado, então é capaz dela me bater e eu continuar vendo ela como uma deusa. — Obanai respondeu.

— Eca, Obanai! — Tomioka riu alto.

— Continuando — Aoi riu. — Ela é linda, Sanemi, e é tão simpática e respeitosa, quem não ia querer namorar com ela?

— Eu já quis namorar com ela. Digo, não com ela, mas eu já quis que Kanae fosse como ela, já quis alguém como ela, mas não ela em si, sabe? — Sanemi sentiu-se tímido.

— É porque ela é seu tipo de garota, você só não se permitiu ver isso. — Aoi sorriu. — Eu e Rengoku somos o completo oposto um do outro, eu vivo com raiva e ele vive vendo o lado bom das coisas. Mitsuri parece um anjo e Obanai-san é mau encarado pra caramba. Shinobu é bem temperamental e prática bullying com o próprio namorado. Uzui é isso aí, né.

— Ou! — Uzui jogou outra almofada em Aoi, mas acertou Rengoku. — Não me arrependo.

— Opostos sempre se completam, e você e Nezuko são completamente opostos. — Aoi disse. — É só ver ela como mulher, qual é, Sanemi, ela não é sua irmã, não é errado.

Sanemi suspirou. — Eu só nunca pensei sobre isso.

— Deveria — Obanai disse. — Nezuko gostava de Inosuke sim, podíamos ver isso, mas ela sempre gostou de você, mas sabia que não teria chances, ela só afundou o sentimento por um tempo.

— Vocês estão realmente me dizendo que a Nezuko ta afim de mim? — Sanemi perguntou.

Uzui revirou os olhos. — Tipo pra caralho.

— Nossa — Sanemi sentou-se. — Caraca.

— Eu nem chamei vocês aqui por isso. — Todos olharam para Obanai. — Eu juro por Deus que se alguém dizer que eu fui irresponsável eu vou mandar embora.

— Você traiu a Mitsuri? — Sanemi perguntou.

— Puta merda cala a boca fazendo o favor. — Obanai respirou fundo. — E-

— Você tá vermelho pra caramba, cara — Uzui disse. — Cê tá passando mal?

— Tô. — Obanai respirou mais fundo ainda. — Ainda não me acostumei com a ideia.

— Ideia de que? — Rengoku perguntou.

— É sobre aquilo? — Tomioka perguntou e Obanai concordou. — Ela fez? Qual o resultado?!

— Do que estão falando? — Uzui perguntou.

— Nas férias, a Shinobu surtou e disse que estava com a menstruação atrasada — Obanai contou.

Todos olharam para Tomioka. — Isso aí, começa por mim mesmo, seu escroto!

— Epa, epa! Ela tá grávida? — Aoi perguntou. — Ela não tomava remédio?

— Então, — Tomioka riu sem graça. — Isso é engraçado até, porque ela toma, mas não sabia que outros remédios cortavam o efeito do anticoncepcional.

Aoi tossiu. — Nem eu sabia!

— Ou — Rengoku olhou pra ela. — Para com isso aí.

Aoi ergueu as mãos em rendição. — Não está mais aqui quem falou.

— Mas se estão nos contando isso, alguém ta grávida. — Sanemi franziu as sobrancelhas. — Quem?

— Deixa eu contar agora — Tomioka disse pra Obanai. — Mitsuri também não sabia sobre essa coisa dos remédios, e ela com o bonitão aqui não estavam usando camisinha.

— Porra, Obanai! — Uzui gritou.

— E eu que sou o burro? — Sanemi apontou para si mesmo.

— Você não conhece essa garota — Obanai suspirou. — Eu não posso ir contra ela, não dentro de um quarto.

— Uau — Aoi murmurou. — Eu com certeza vou virar amiga da Mitsuri!

— Isso, eu apoio. — Rengoku riu quando a garota o beliscou.

— Vão brincando, vão. — Tomioka revirou os olhos. — Shinobu fez dois testes de farmácia e deram negativo.

— Mitsuri fez três. — Obanai fez uma careta quando todos o encararam chocados. — Dois negativos e um positivo.

— Você está com medo dos resultados estarem errado? — Rengoku perguntou.

— Tô mais não. — Obanai negou e quis rir quando seus amigos fizeram expressões mais relaxadas. — Não tô porque agora minha avó tem um quadro no quarto com o primeiro ultrassom dos bebês.

— Não! — Sanemi se levantou.

— Bebês?! — Aoi se levantou também.

— Mais de um? Plural?! — Rengoku se levantou rapidamente.

— Quantos? — Tomioka perguntou.

Uzui riu. — Você tá tão fodido. Gêmeos?

— Tri — Obanai fez o número três com os dedos. — Trigêmeos.

Uzui gargalhou. — Obanai do céu! Três bebês?!

— Pois é — Obanai coçou a nuca. — Três bebês, pai de trigêmeos.

— Agora entendo porque diz que sua família é amaldiçoada. — Tomioka murmurou.

— Não é por isso não. — Obanai franziu as sobrancelhas. — É amaldiçoada porque é uma família só de mulheres.

— O que isso quer dizer? — Aoi perguntou.

— Eu sou o único homem da família, eram tantas mulheres que eu não posso contar nos dedos, e elas eram loucas, não no bom sentido, só loucas. — Obanai passou os dedos por cima de suas bandagens. — Dizem que é amaldiçoada por isso, e eu realmente não quero ser pai de três garotas.

Uzui riu mais ainda. — Obanai, cara, você ta tão ferrado.

— Eu sei, obrigado. — Obanai agradeceu ironicamente.

— Quanto tempo? — Rengoku perguntou.

— Oito semanas. — Obanai respondeu.

— Por isso ela tá comendo mais que antes, afinal, ta comendo por quatro contando com ela mesma. — Tomioka disse.

— Eu posso ser padrinho? — Sanemi perguntou e todos o olharam.

— Não. — Obanai negou.

— Por que?! — Sanemi perguntou alto.

— Porque eu não quero, eu que sou o pai, eu que sei. — Obanai desviou quando Sanemi jogou seu sapato nele. — Vou te mandar embora da minha casa.

— Eu tô realmente feliz e chocada, Obanai, mas eu preciso ir embora agora. — Aoi abraçou Obanai rapidamente. — Já já o Rengoku volta, eu não moro muito longe.

Rengoku saiu da casa de Obanai com Aoi rapidamente.

— Vou ligar pra Shinobu. — Tomioka afastou-se dos amigos.

— Você é azarado pra caramba, mas, tipo, eu posso ser padrinho também? — Uzui perguntou enquanto esticava os braços.

— Não. — Obanai negou.

— Que bom, vou mimar muito meus afilhados. — Uzui sorriu grande. — Mas agora vou lá cara, Zenitsu parece calmo mas aquele louro é uma peste quando ta bravo.

— Tá. — Uzui puxou Obanai e deu dois tapas em seu ombro. — Até amanhã.

Uzui se despediu de Sanemi que ainda estava ali e saiu.

— Não sei se te avisei — Obanai olhou pra Sanemi. — Mas Mitsuri ta vindo dormir aí, não sei se ela vai trazer a Nezuko ou não.

— Não me importo não. — Sanemi respondeu.

— Tá. — Obanai se jogou no sofá e logo Tomioka voltou, se sentando ao lado do amigo. — Ela vem?

— Vem sim, disse que pega um táxi e já tá aqui. — Tomioka suspirou. — Você tá bem com essa história toda?

— Tô. — Obanai respondeu. — Antes eu não estava, mas agora... Sei lá, tô bem.

— Você pode me dar um se não quiser. — Sanemi disse.

— Pede um pra Kanae, trouxão. — Obanai retrucou.

— Ah, qual foi?! — Sanemi bufou.

— Por que Mitsuri e Shinobu brigaram? — Obanai perguntou para Tomioka.

— Esses babados vocês não me contam! — Sanemi sentou-se mais perto deles.

— Por causa da Kanae e da Nezuko. — Tomioka respondeu.

— Puta que pariu isso deve ser carma. — Sanemi resmungou.

— Por que por causa delas? — Obanai perguntou confuso.

— Mitsuri não gostou do jeito que Shinobu falou com a Nezuko, mas a Shinobu só ta indo em defesa da irmã, e sobre isso eu prefiro fingir demência. — Tomioka disse a última parte de forma rápida. — Só sei que Shinobu não sabe se toma as dores da irmã ou da amiga, então ela acaba fazendo tudo errado.

Obanai bocejou. — Culpa do Sanemi. Se ele tivesse dito lá na praia que não amava a Kanae de volta nada disso estaria acontecendo.

— Mas eu amo ela! — Sanemi bufou. — Eu sou um imbecil.

— É mesmo. — Tomioka concordou.

A campainha tocou e Obanai xingou-se mentalmente. Sua avó e seu irmão estavam dormindo e esperava que o barulho da campainha ou das conversas não os acordasse.

— Vai lá abrir — Obanai acertou a perna de Sanemi com um chute.

Sanemi bufou e se levantou para abrir a porta, se deparando com uma Mitsuri risonha e sorridente e uma Nezuko com bochechas extremamente vermelhas e visivelmente bêbada. As duas haviam deixado Kanao em casa enquanto iam até a casa de Obanai, mas antes passaram na casa de Nezuko para que Kanao aproveitasse um pouco da companhia de Tanjiro, já que ela dizia estar com saudades de seu namorado.

— Boa noite, Sanemi-kun! — Mitsuri disse animada e riu quando Nezuko quase caiu para frente. — Opa, segura em mim, Nezuko-chan.

— Uau — Nezuko gargalhou enquanto olhava para Sanemi. — Você cresceu, Sanemi-kun!

— Eu não. — Sanemi negou e deixou que Mitsuri entrasse enquanto carregava Nezuko.

Obanai engasgou com a água que tomava quando olhou para Mitsuri. As pernas grossas estavam à mostra por causa do curto e justo vestido que ela usava, e suas pernas pareciam ainda mais bonitas por conta dos saltos altos, mais altos do que os que Obanai estava acostumado a ver a garota usando, sem contar que Mitsuri estava tão bem arrumada que conseguiu conquistar Obanai mais uma vez só por sua beleza. Obanai adorava a beleza de Mitsuri, no entanto se lhe perguntassem, adorava ainda mais sua personalidade bondosa e engraçada.

Depois de tudo que Sanemi ouviu de seus amigos àquela noite, ele finalmente decidiu reparar em Nezuko com olhos além dos amigáveis. A garota usava um vestido longo com estampa floral e seus cabelos estavam soltos como sempre e Sanemi não conseguiu reparar em nada além disso, ele só a achava extremamente fofa, não conseguia ver nada além disso.

— Boa noite, amorzinho. — Mitsuri acenou para Obanai e soltou Nezuko lentamente. — Fique de pé, Nezuko-chan, bem comportada, tá?

Nezuko apoiou-se na parede enquanto Mitsuri ia até Obanai, abaixando-se para beijar sua testa, já que ele estava sentado. Obanai manteve o olhar na roupa da garota. — Isso parece fácil de tirar.

Mitsuri ergueu-se novamente e olhou para a própria roupa. — Mais fácil pra ir no banheiro também.

— Que pernão, Mitsuri — Sanemi comentou.

— Não me irrita não. — Obanai apontou para Sanemi.

Mitsuri riu. — Obrigada, Sanemi-kun.

Obanai se levantou e Mitsuri apoiou-se nele para tirar os saltos altos, levantando um pouco do vestido no processo.

— Eu realmente to encantado. — Sanemi disse.

— Eu vou te dar um murro. — Obanai ameaçou.

Mitsuri riu e terminou de tirar os saltos, deixando sua bolsa no sofá e indo até Nezuko. A rosada levou a amiga até o sofá e fez com que ela se sentasse para que pudesse tirar seus sapatos.

— Levanta o vestido bebê. — Mitsuri pediu quando se abaixou para tirar os sapatos altos da amiga.

Sanemi franziu as sobrancelhas, nunca havia visto Nezuko usar saltos altos. — Desde quando ela usa saltos?

Tomioka revirou os olhos. — Ela sempre usou, Sanemi. Você é burro assim mesmo?

Nezuko puxou o longo vestido que usava rapidamente, deixando quase toda perna exposta. — Prontinho, mamãe.

Sanemi engasgou-se com a própria saliva. — Gatinha, pelo amor de Deus!

Nezuko olhou para Sanemi confusa. — O que foi? Minhas pernas não são bonitas?

Os garotos olharam para Sanemi com expressões banhadas em deboche.

— Não são? — Nezuko perguntou mais uma vez e então esticou uma das pernas em direção à Sanemi. — Uh?

— Nezuko! — Mitsuri puxou a perna da amiga rapidamente. — Você quer sair mostrando a calcinha por aí, maluca?!

— Sanemi-kun não ligaria, ele nunca olhou pra mim. — Nezuko respondeu com ar de riso, a garota estava tão bêbada que mal conseguia ficar de pé.

— Mesmo assim, poxa! — Mitsuri brigou com ela. — Amorzinho, eu posso dar banho nela no seu banheiro?

— Sem problemas. — Obanai respondeu. — Trouxe pijamas?

Mitsuri negou. — Não, mas eu deixei algumas coisas minhas aqui da última vez que vim.

A campainha tocou mais uma vez e Tomioka foi abrir a porta, recebendo a namorada com um abraço enquanto fechava a porta mais uma vez. Shinobu carregava uma mochila nas costas e usava roupas que facilmente seriam confundidas com pijamas.

— Imaginei que estariam aqui e trouxe pijamas. — Shinobu disse.

— Obrigada. — Mitsuri sorriu pra ela. — Como você está, Shinobu-chan?

— Bem. Tudo bem? — Shinobu referia-se à relação das duas e Mitsuri fez que sim com a cabeça. — Estou tão aliviada...

— Alguém pode fazer isso passar? Ela tá me assustando. — Sanemi apontou para Nezuko que encarava as próprias pernas com as sobrancelhas franzidas.

— Bêbada, Nezuko-chan? — Shinobu se aproximou da amiga.

— Bastante — Nezuko riu. — Você gosta das minhas pernas?

Shinobu olhou para as pernas de Nezuko. — São lindas, Inosuke vivia elogiando-as.

— Ele gosta porque são flexíveis. — Nezuko sorriu maldosa e Sanemi engasgou mais uma vez.

— Puta merda. — O garoto tinha os olhos arregalados.

Shinobu riu. — Ah é?

— Claro, Shinobu-chan. Quer ver?! — Nezuko perguntou animada.

— Não! Mantenha essas pernas fechadas! — Mitsuri franziu as sobrancelhas. — Me ajude a dar banho nela, Shinobu-chan.

— Sem problemas. — Shinobu concordou e então ela e Mitsuri levantaram Nezuko. — Oh, você ta pesada!

— Além de beber roubou todos os meus bolinhos. — Mitsuri fez biquinho.

— Tem alguns na cozinha. — Obanai disse.

Shinobu riu quando os olhos de Mitsuri brilharam. — Vai lá comer, Mitsuri-san, eu dou banho na Nezuko-chan. Daqui à trinta minutos vocês podem subir.

Dessa vez, Sanemi nem mesmo notou que olhava para o decote do vestido de Nezuko. O vestido floral tinha um grande decote V, o que chamou a atenção do garoto de cabelos brancos, ele também não deixou de notar quando Nezuko jogou os longos cabelos para trás e deu um meio sorriso para ele, porque aquilo pareceu sexual demais em sua visão. Sanemi sentiu as bochechas quentes e desviou os olhos, ouvindo a risada de Tomioka.

Shinobu levou Nezuko lá pra cima e Mitsuri pegou os saltos da garota e os seus, os deixando perto da porta. Logo a garota andou até Obanai e apressou-se para tirar as bandagens de seu rosto. — Oi, amorzinho, agora posso ver você.

Obanai sorriu. — Oi.

Mitsuri tocou seus lábios nos de Obanai, iniciando um beijo lento. As mãos de Obanai foram até a cintura da garota e se mantiveram ali, mesmo que estivesse tendo a tentação de desce-las mais um pouco.

Tomioka tossiu para chamar a atenção deles. — Rengoku acabou de me enviar uma mensagem dizendo que dormirá com Aoi.

— É bom que sobra espaço. — Sanemi disse, ainda meio desconcertado pelos últimos acontecimentos.

Mitsuri riu baixo ao afastar-se de Obanai. — Não tem tanto espaço, Sanemi-kun. Eu e o meu amorzinho dormiremos na cama, e Tomioka-kun dormirá com Shinobu-chan, então você ficará com Nezuko-chan.

— Ah, não! — Sanemi negou rapidamente.

Mitsuri franziu as sobrancelhas. — Por que não? Você dormiu com ela no outro dia...

— Ele finalmente está deixando de ver Nezuko como uma garotinha boba do fundamental. — Tomioka provocou o amigo. — Acho que ela está causando reações nele.

— Não! — Sanemi negou rapidamente. — Não é isso!

Mitsuri bufou. — Pelo amor de Deus, Sanemi-kun. É só manter suas mãos quietas mesmo que ela esteja ao seu lado, afinal, vocês sempre foram próximos.

— Mas eu nunca olhei pros peitos dela, e eu acabei de fazer isso! — Sanemi quase gritou. — Isso é grave!

Mitsuri e Tomioka riram.

— Que peito? — No entanto, Obanai não sabia onde estava a graça.

— Ei! — Mitsuri acertou um tapa no peitoral de Obanai.

— Aí! — Obanai alisou o próprio peitoral. — Isso machuca, você sabe!

Mitsuri cruzou os braços abaixo dos seios. — Iguro Obanai — A garota de cabelos rosas disse lentamente. — Isso fere os sentimentos de uma garota profundamente, sabia?

— Não...? — Obanai franziu as sobrancelhas porque ele realmente não sabia.

— Você é insensível! — Mitsuri disse.

— Completamente. — Sanemi concordou. — Se você não notou, Nezuko tem bel-

Tomioka gargalhou alto. — Você não ia falar isso!

— Ah, porcaria! — Sanemi puxou os próprios cabelos.

Sanemi franziu as sobrancelhas com força, não podia estar realmente reparando no corpo de Nezuko, sentia que isso era completamente errado!

— Eu tô com fome. — Foi tudo que Mitsuri disse antes de ir em direção a cozinha. A garota avistou o prato com bolinhos e o pegou, voltando para sala. — Quando poderemos subir? Quero me trocar.

— Logo. — Obanai parou atrás de Mitsuri e a abraçou, as mãos na barriga da garota. Mitsuri sorriu com o carinho, sentindo-se feliz.

— Eu posso tocar sua barriga? — Sanemi perguntou.

Mitsuri sorriu. — Você não vai sentir muita coisa, mas pode sim, Sanemi-kun.

— Que abuso cara — Obanai murmurou quando notou Tomioka se aproximar para tocar a barriga de Mitsuri também.

— Mais pra baixo. — Mitsuri disse quando Sanemi tocou sua barriga. — Ai mesmo.

— Uau — Sanemi arregalou os olhos. — É dura!

— Deixa eu sentir — Tomioka empurrou Sanemi para tocar a barriga de Mitsuri. — É dura mesmo!

— É aí que eles estão crescendo. — Mitsuri disse enquanto pegava um dos bolinhos.

— Caraca, que louco. — Sanemi sorriu.

Obanai beijou o pescoço de Mitsuri. — Coisa mais linda do mundo.

Mitsuri olhou para ele com a boca cheia, as bochechas inflados por isso. Obanai soube que ela queria sorrir porque os olhos verdes estavam brilhosos e bonitos como nunca antes.

— Trinta minutos. — Tomioka avisou. — Vamos subir? Eu tô com sono.

— Eu sempre estou. — Sanemi disse e foi em direção às escadas.

Os quatro subiram e foram para o quarto de Obanai, encontrando Shinobu penteando os longos e molhados cabelos de Nezuko enquanto esta bocejava de forma sonolenta. Ainda estava bêbada, mas conseguia se manter de pé agora.

Mitsuri colocou o prato com bolinhos em cima da mesa de cabeceira de Obanai. A garota pegou um dos prendores de cabelo que estavam na cama e puxou os fios rosas e verdes para cima, prendendo-os em um rabo de cavalo no alto da cabeça, com os dedos a garota arrumou sua franja.

Sanemi fechou a porta do quarto e tirou a camisa. — Me empresta uma bermuda pra dormir, Obanai.

Obanai foi até seu guarda-roupa para pegar uma bermuda velha para Sanemi, jogando-a nele quando encontrou. O garoto também pegou uma de suas blusas grandes para que Mitsuri pudesse dormir e a garota sorriu com isso, indo em direção ao banheiro para se trocar.

Tomioka também tirou a camisa e sentou-se na cama de Obanai, Shinobu sentando-se em seu colo quando terminou de pentear os cabelos de Nezuko.

— Vou arrumar o chão pra vocês dormirem. — Obanai avisou. — Vai dormir os quatro juntos e não quero acordar com barulhos indelicados no pé do meu ouvido não.

— Relaxa, relaxa — Sanemi sorriu.

Nezuko bocejou. — Eu quero dormir com a Mitsuri-chan.

— Não. — Obanai foi rápido em negar.

Escutaram a risada de Mitsuri do banheiro.

— Dorme do meu lado, Nezuko-chan. — Shinobu sorriu pra ela.

Nezuko bocejou mais uma vez. — Você vai acabar abraçando Tomioka-kun.

— Então você abraça o Sanemi. — Tomioka sugeriu.

— É. — Shinobu fez uma careta ao concordar. Ainda não havia se acostumado com o fato de que uma de suas melhores amigas gostava do ex de sua irmã, claro que ela sabia que Nezuko gostava de Sanemi à muito mais tempo que Kanae, mas continuava a ser estranho.

Nezuko olhou para Sanemi. — Tá.

Sanemi abriu os braços. — Vamos treinar, gatinha.

Nezuko se levantou e caminhou até Sanemi, o abraçando. — Eu tô com sono.

— Também tô. — Sanemi concordou.

Os olhos de Sanemi examinaram Nezuko muito bem antes dela chegar até ele. A garota usava uma camisola que ia até um pouco acima de seus joelhos, e isso a deixou tão fofa que Sanemi sentiu vontade de gritar. Queria olhar mais para Nezuko, realmente queria, queria porque aquela garota era tudo que ele já quis em alguém, mas ao mesmo tempo ele sentia que era errado, porque seu coração ainda era completamente de Kanae.

Mitsuri saiu do banheiro usando a blusa de Obanai e um short de pijamas que havia deixado ali na última vez que foi para dormir. Ela já havia tirado os brincos e anéis, assim como sua maquiagem.

Obanai terminava de arrumar o chão para que os amigos dormissem quando ouviu a voz dela.

— Ok! Eu quero comer meus bolinhos sentada na cama do meu amor. — Mitsuri expulsou Tomioka e Shinobu da cama. — Porque estão sem camisa? — Referiu-se à Tomioka e Sanemi.

— Eu gosto assim. — Sanemi quase infartou quando Nezuko disse aquilo.

— Estou ao lado de Nezuko-chan. — Shinobu disse.

— Hm — Mitsuri murmurou. — Ah, Shinobu-chan, eu não te disse.

— O que? — Shinobu perguntou.

— O exame deu positivo. — Mitsuri contou. — Oito semanas, trigêmeos.

— Sua barriga vai ficar enorme. — Shinobu disse pensativa. — Eu quero ser madrinha!

— Muita gente quer. — Obanai respondeu.

— Ela só vai ser notável na décima segunda semana. — Mitsuri respondeu para Shinobu.

— Grávidas falam em códigos. — Sanemi revirou os olhos. — Eu vou lá saber quantos meses é isso.

— Três. — Obanai terminou de arrumar o chão.

— Pronto, Obanai traduz então. — Sanemi disse.

Mitsuri riu. — Ok, bebês, vamos deitar.

Mitsuri sentou-se na cama para terminar de comer seus bolinhos e Obanai começou a trançar o rabo de cavalo da garota enquanto ela comia.

Shinobu foi a primeira a dormir, assim como Tomioka, que logo estava roncando.

— Vai dar isso aqui não em — Sanemi reclamou.

Nezuko riu. — Sanemi-kun.

— Oi — Sanemi virou o rosto para olhar a garota. Ambos estavam deitados lado a lado.

— Você é o garoto mais lindo que já vi. — Ela disse.

— Que mentira — Obanai disse. — Inosuke humilha o Sanemi em beleza.

— O amor é cego. — Mitsuri resmungou de boca cheia.

— Calem a boca! — Sanemi franziu as sobrancelhas e voltou a olhar Nezuko. — Você é a garota mais linda também, gatinha.

— Que bom que não disse que sou a mais linda do mundo, porque Kanae ocupa esse lugar no seu coração. — Nezuko murmurou.

— Ela ocupa muitos lugares na minha vida, gatinha. — Sanemi foi sincero ao responder. — Eu e você somos amigos, não somos?

Nezuko deu um pequeno sorriso. — Pra sempre, Sanemi-kun. Amigos à muito tempo, e eu espero que continuemos próximos assim por um longo tempo.

Mitsuri sentiu vontade de chorar ao notar o tom triste de sua pequena amiga, e por isso encheu a boca de bolinhos mais uma vez, para que ninguém notasse que ela chorava tarde da noite por algo que nem era problema dela. Obanai suspirou e abraçou Mitsuri por trás fortemente quando notou que sua garota chorava, com as mãos ele acariciava a barriga da rosada.

Sanemi suspirou. — Eu estive pensando sobre nós.

— Nós? — Nezuko perguntou confusa.

— Na nossa amizade, e eu não quero nunca que isso acabe. — Sanemi garantiu a ela. — Queria dizer que, se você realmente está apaixonada por mim de novo, por favor, tire isso do seu coração e da sua cabeça, porque não vai acontecer.

Nezuko continuou olhando para Sanemi. Não podia chorar, não queria chorar, ela sabia qual seria a reação de Sanemi ao notar seus sentimentos, ela já esperava pela negação, então não entendia porque seu coração doía tanto com aquelas duras palavras. A de olhos rosas balançou a cabeça em concordância e levou as mãos ao rosto como se fosse sua armadura, não queria ser vista chorando, não queria que ele soubesse que ela chorava por ele.

— Ei, ei, calma, gatinha — Sanemi puxou Nezuko para que ela deitasse em seu peitoral. — Não chora por isso, por favor, não fica assim...

— E-eu só preciso respirar. Tudo bem. — Nezuko mordeu o próprio lábio para que não soluçasse e então pressionou ainda mais as mãos no rosto. Droga, não conseguia parar de chorar, seu coração doía tanto.

Mitsuri sentiu-se ainda mais triste quando notou que seus bolinhos haviam acabado.

Sanemi não queria dar esperanças para Nezuko, não se sentia bem fazendo isso, a pequena garota era uma parte de seu coração e não queria vê-la longe, por isso escolheu ser sincero acima de tudo. Agora segurava Nezuko em seus braços com cuidado, sentindo-se a pior pessoa do mundo por tê-la feito chorar.

— Não se culpe — A voz de Nezuko soou baixa. — Você não tem culpa, meu coração é um idiota, Sanemi-kun. — A garota tentou fazer piada, mas as lágrimas não pararam. — Eu sei que deve estar pensando que eu estou romanticamente sozinha agora, mas eu não estou, digo, eu estou, mas tudo bem.

— Como você sabe que me sinto culpado? — Sanemi perguntou.

— Eu conheço você, bobão. — Nezuko respondeu. — Só me segure mais um pouco e me prometa que ainda será meu melhor amigo.

— Eu prometo. — Sanemi garantiu.

— Obrigada, e outra coisa — Nezuko fungou. — Não deixe que Kanae quebre seu coração de novo, por favor, eu não sei se vou ser pacífica se isso acontecer.

Sanemi riu. — Tão pequena e tão valente.

— Obrigada, Sanemi-kun. — Nezuko suspirou. — Obrigada.

Mitsuri secou as próprias lágrimas e se virou para Obanai. — Eu amo você, tá?

Obanai concordou. — Você é uma chorona.

— Eu sei. — Mitsuri respondeu. — Obrigada por estar na minha vida.

Obanai tocou a barriga de Mitsuri mais uma vez e sorriu. — Obrigado por ter pedido para Sanemi me levar até aquela árvore.

Mitsuri sorriu. — Foi meu melhor pedido.


Notas Finais


Saudade capítulos grandes, saudades.


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