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História Duquesa Anastásia - Once upon a december - A revolução Russa


Escrita por: Victoriamiranda17

Capítulo 3 - A revolução Russa


Fanfic / Fanfiction Duquesa Anastásia - Once upon a december - A revolução Russa

15 dias depois

Palácio de Peterhof – (22:00hrs)

Quinze dias se passaram desde a ameaça de Rasputin, que está se cumprindo neste exato momento. Estou de mãos dadas com minha vó, correndo imediatamente deste castelo, nosso povo está fazendo uma revolução e estão quebrando os portões do castelo prontos para invadir.

Guardas bolcheviques já entraram e mataram minha família, estou chorando horrores! Todos estavam desesperados, minha avó só conseguiu proteger a mim, eu e ela nos escondemos e os outros membros da família foram pegos e mortos a tiros e pancadas! Meu pai, minha mãe, Olga, Tatiana, Maria e... Alexey.

As pessoas de todo o castelo estão correndo para lá e para cá tentando fugir de nosso povo que estão tentando quebrar os portões, sim! Alguns deles se viraram contra nós. Rasputin já havia previsto isso antes de suas ameaças. Eu não sei onde está Dimitry! Estou preocupada com ele! Já perdi minha família, não quero perdê-lo também, se eu soubesse onde ele está eu iria agora atrás dele.

Continuo correndo pensando em tudo que perdi, minhas irmãs, meus pais, o castelo. Não quero perder mais nada! Tudo aqui é importante para mim, eu preciso...

— Minha caixinha de música! — corro do lado oposto para pegar a única lembrança que me resta deste castelo. 

— Anastásia! Não! Volte! Volte! — ela grita vindo atrás de mim, eu corro bastante e consigo entrar no meu quarto, apanho a caixinha e me preparo para voltar. 

— Anastásia! Você enlouqueceu? — diz ela passando e trancando a porta atrás dela.

— Elas estão aqui! — ouvimos vozes masculinas atrás da porta. Ah não! São os bolcheviques. Minha vó se deita no chão ao meu lado e começa a me abraçar forte enquanto olha para a porta, meu Deus!  O que foi que eu fiz? Eu acabei de condenar a nós duas por um simples objeto, o que deu em mim!? 

A morte está atrás dessa porta pronta para nos pegar.
Começamos a chorar, quando de repente algo me puxa pelo braço, eu grito.

— Anastásia! - olho para trás e vejo ele...

— Dimitry! — ele sai de uma porta escondida atrás da cômoda de meu quarto, como eu nunca vi isso antes? Parece um tipo de passagem secreta. Ele começa a nos empurrar para dentro, sem querer entrar também.

— Dimitry não! — ele tenta me empurrar para a passagem, eu entro, mas não fecho a porta, estou tentando puxá-lo junto.

— O que você está fazendo Anastásia? Vá! Eu vou ficar bem.

— Dimitry eu não posso deixar você...— choro pegando forte em suas mãos. Estou com medo. Ele segura as minhas também e me olha nos olhos, sua boca está a alguns centímetros da minha, consigo sentir sua respiração quente batendo em meu rosto.

— Se você não for... eles te mataram! Eu devo ficar para que eles pensem que eu que entrei aqui. Olha, vai dar tudo certo... e-eu alcanço vocês mais tarde! Agora vá. — Ele me solta e me empurra para dentro da passagem, eu sem pensar ô puxo pela camiseta e o beijo rapidamente, como se fosse um beijo de adeus.

Ele se surpreende no começo, mas depois me abraça e me beija de volta, com mais intensidade. Nossos lábios apenas se entrelaçam, mas com um grande significado! Pois sinto que nunca mais ô verei de volta. Ele me solta e coloca as duas mãos em meu rosto, enxugando minhas lágrimas, depois ele fecha os olhos e encosta sua testa com a minha.

— Adeus Anastásia...

— O que? Dimitry! Não — ele me empurra com força e rapidez para dentro da passagem, me fazendo deixar cair a caixinha de música do outro lado. Começo a bater na porta! Tentando abrir, mas não adianta! Ele colocou algo pesado do outro lado da porta. Não consigo abrir. — Não! Abra essa porta Dimitry! Agora! ABRA, eu te ordeno —, eu fico empurrando a porta tentando abri-la, mas não consigo, estou presa! Se eu também perder o Dimitry não sei o que vou fazer.

— Anastásia fique calma! Vai dar tudo certo meu amor... ele vai ficar bem. — Eu e minha vó dentro daquela escuridão nos abraçamos, eu começo a chorar desesperadamente quando ouço gritos de Dimitry por trás daquela porta, os guardas parecem ter entrado e agora parecem estar o espancando. Minha vó me abraça mais forte, e depois ela começa a cantarolar nossa música, ela cantarola baixo em meu ouvido, para me acalmar.

Naquela imensa escuridão só consegue se ouvir gritos, meus soluços e a melodia vinda de minha vó. O espaço que estamos é pequeno, então ficamos apenas abaixadas e encolhidas nos braços uma da outra, fecho meus olhos forte tentando convencer a mim mesma de que nada disso é real, de que não passa de um pesadelo.

                         [...]

Rio Neva – (23:00hrs)

Conseguimos, eu e minha avó corremos muito pelas passagens secretas do castelo, conseguimos sair daquele lugar e agora estamos correndo pelo rio Neva que está totalmente congelado! É um atalho para chegar mais rápido ao trem.

Se não corrermos rápido não dará tempo de fugir deste lugar. Continuamos a correr! O gelo escorrega, e o rio é imenso!  O frio e a neve quase nos fazem congelar. Mas não desistimos, estamos quase conseguindo, só mais alguns passos para chegar a linha do  trem.

Algo de repente me puxa forte pelo cabelo. Com isso acabo tomando impulso pra trás e caindo nos braços de alguém.

— Onde você pensa que vai garotinha!? — essa voz... não.

— Rasputin deixe-a em paz. — Minha vó diz vindo em nossa direção.

— Eu vou matá-la primeiro! E você vai ser a próxima Maria. — Ele aperta meu pescoço me deixando totalmente sem ar, começo aspirar o ar, meus olhos reviram, sinto meu sangue parar de correr e minhas vistas escurecerem. 

Tento a arranhar seu braço, mas ele não desiste. Minha avó começa a chorar de desespero sem poder sair do lugar, porque com o nosso peso corremos o risco de quebrar o gelo e todos morrermos.

Dou um pisão no seu pé! Ouço seu osso estralar como se tivesse quebrado. Ele me solta e pega no seu pé, encaixando no lugar. Dou as mãos a minha vó e juntas corremos. Temos que ser rápidas. 

Rasputin se joga no chão agarrando meu pé, eu caio no chão fazendo o gelo rachar.

— Me solte! — chuto a cara dele, o pescoço dele se quebra ao meio e volta para o lugar sozinho! Eu grito. 

Minha vó não pode se mexer para me salvar! Um só passo e o gelo quebra! Eu tento engatinhar para longe de Rasputin, mas ele continua segurando meu pé. 

Ouço um barulho estranho...

Quando olho pra trás vejo que Rasputin quebrou o gelo e está afundando e me puxando junto! Um sorriso demoníaco se estende por seu rosto seguido de um olhar maldoso.

— Se eu vou você também vai Anastásia. — Me debato mas não consigo fugir. Minha vó me pega pelas mãos e começa a me puxar para frente, tentando me soltar de Rasputin.

— Rasputin! Solte-a. — Berra.

— Vamos Anastásia! Não quer se juntar a sua família? 

— Seu... MONSTRO. — Chuto seu crânio com mais força! Esse meu movimento faz sua cabeça se distorcer para traz, o fazendo curvar e cair, afundando na água congelada. Ele começa a gritar enquanto tenta segurar em algo, mas o gelo é escorregadio, o que faz de sua fuga desnecessária. 

Vovó me ajuda a levantar, corremos em direção a multidão em volta do trem que já está partindo. Quando olho para trás vejo que Rasputin finalmente desceu para o inferno. O trem está lotado! Eu e minha vó corremos pelos trilhos tentando subir a bordo, mas tem muitas pessoas desesperadas tentando subir também. Esse trem é a única chance de sobrevivência! As pessoas que conseguirem subir irão sobreviver, mas... as que ficarem, irão morrer pelos soldados Bolcheviques e pelo resto do povo que se virou contra nós. 

Corremos, as pessoas que estão dentro do trem conseguem puxar vovó para cima, mas eu fico pra trás. O trem se distância cada vez mais! Vovó estende as mãos para mim, mas não consigo alcançar! Estou tentando correr na velocidade máxima! Mas nada adianta.

— Anastásia! — ela berra e estica mais seu braço, quando eu finalmente consigo agarrar sua mão alguém me empurra e eu acabo tropeçando e me soltando dela.

— Vovó não me deixe! — grito tentando pular em cima do trem, minha vó tenta pular do trem para me pegar, mas as pessoas que estão com ela a seguram impedindo de me buscar.

Eu corro mais rápido! Mas não consigo entrar. Um homem desesperado tromba comigo e me faz cair no trilho, minha cabeça bate forte no chão, e de repente tudo fica lento, minhas vistas escurecem e começo a ser pisoteada por pessoas que estão correndo atrás do trem.

Eu não consigo me levantar, meu corpo ficar mole e apenas ouço barulhos de tiros e pessoas gritando.

— Anastásiaaaaa....

— Vovó... 
                               [...]

 


Notas Finais


Como vocês puderam ver, a minha história aborda o mesmo enredo do desenho! Todo o caminho que ela percorre é o mesmo caminho do filme, mas decidi colocar mais sal! Expandi a história com mais acontecimentos, falas e sentimentos. E também não podia faltar acontecimentos reais não é mesmo?

Espero que estejam gostando, obrigado por lerem até aqui♥️


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