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História Princesa Despedaçada - Capítulo 3


Escrita por: glissbenevetti

Notas do Autor


Oi, gente! Os capítulos curtos já estão acabando e logo mais terão mais explicações. Música do capítulo nas notas finais. Espero que gostem. Boa leitura!

Capítulo 4 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Princesa Despedaçada - Capítulo 3

Katrina
 

Até aquele momento, não olhei para ninguém, exceto meu pai. Meus olhos estavam grudados nele, não conseguia mover meus olhos para meus conhecidos, não conseguia. Toda a sensação de poder que eu havia sentido até aquele instante tinha desaparecido.

Meu pai conduziu a mão para o trono do lado dele, e fui obrigada a virar de frente para todos e sentar.

- Boa tarde, meus súditos. Agora, acredito que também devo chamá-los de amigos. - Meu pai começou o discurso com a imposição e gentileza de sempre. - Acredito que todos estejam com medo e confusos com tudo isso, mas esclarecerei tudo agora, para que não restem dúvidas. O Reino do Sul foi invadido por inimigos dos quais eu nunca tinha visto ou ouvido falar. Eles têm um objetivo aqui, apenas: sequestrar minha filha, Princesa Katrina Castiel. Entretanto, chegar até ela não é uma tarefa fácil, pois este castelo tem a melhor segurança que eu poderia oferecer à minha princesa. Então, descobri por fontes próximas que os invasores iriam atrás de quem é, ou já foi, próximo de minha filha, os quais, no caso, são vocês, para sequestrá-los e torturá-los, pois eles sabem que assim ela se entregaria.

Naquele exato momento, todos que estavam olhando para meu pai voltaram os olhares para mim. Todos eles. Eu reconheci cada um dos rostos. Uns eu queria abraçar, outros, apenas mandar para o inferno. Mas isso não transparecia em mim, eu parecia indiferente, exceto pelos olhos. Muitos já me disseram que eu tenho olhos muito expressivos, talvez os mais expressivos que já viram na vida, porém apenas aqueles que me conheciam sabiam lê-los e decifrá-los.

O suspiro de meu pai tirou-me dos devaneios e voltou a atenção de todos para ele.

- Eu e minha corte decidimos, então, para a segurança de vocês e também da minha filha, trazer todos para morar aqui no Palácio da Neve, por um tempo… Indeterminado. - Ele pisava em ovos para falar. Escolhia cada palavra com uma cautela assustadora para não haver confusão. - Vocês morarão aqui até que meus soldados consigam lidar com os invasores. Tudo de que vocês precisarem, receberão, é só pedir. Participarão das nossas refeições no Salão de Refeições e terão seus quartos. Além disso, manteremos todos vocês informados sobre tudo que acontece a respeito dos invasores. Alguma pergunta?

Ninguém parecia capaz de se mexer. Estavam completamente paralisados processando tudo aquilo. Perguntava-me o que eles sentiam naquele momento. Angústia? Raiva? Alívio? Ódio? Desejo de me matar? Não sei ao certo.

- Eu compreendo que todos estejam em choque e confusos, todavia, se alguém quiser opor-se a isso, peçam a algum dos guardas que vos tragam até o rei para resolverem-se com ele. - Mal tinha notado a presença de Gabriel ali. Quando olhei para ele, apareceu um sorriso discreto em seu rosto. Isso já foi o suficiente para fazer-me sentir melhor e mais calma. - Agora eu, Katrina e alguns guardas levarão vocês até seus aposentos. Deem-nos um momento.

Minha calma desapareceu instantaneamente. Levar alguns até os quartos? Ah, não.

- Gabriel, não posso fazer isso! - Sussurrei o mais baixo que podia quando ele se aproximou. - Você sabe, mais do que ninguém! Eu não posso.

- Acalme-se, minha jovem princesa. Selecionei apenas seus amigos. - Ele e o dom incrível de acalmar-me. - Aqui está, quem você vai ter que levar: Ruby, Nathaniel, Isabela, Florian, Luciano, Lily e mais dois que, infelizmente, não consegui tirar da lista.

- Quem? - Pergunto quase chorando.

- Regina e William.

Esses nomes socaram-me mais do que os outros, não acredito que terei que levar a cretina e o abusador para os quartos.

- Vamos acabar logo com isso. - Falei levantando-me e pegando a folha com os nomes dos hóspedes e os respectivos quartos deles.

Os seguranças já haviam separado todos em grupos para facilitar. Avistei meu grupo. O primeiro que vi foi Florian, a altura e o cabelo loiro dele não podiam passar despercebidos. A vontade de abraçá-lo me consome de dentro para fora, era uma tortura infeliz não me jogar nos braços dele e chorar como nos velhos tempos. Eu preciso demonstrar indiferença. Pelo menos por agora…

Ruby. Nathaniel. Luciano. Isabela. Lily. Regina. William. Todos foram ficando visíveis e nítidos em meu grupo. Luciano quase veio abraçar-me, porém lancei a ele um olhar que ele conhecia bem. Chamávamos de “agora não”. Sempre que não podíamos fazer algo lançávamos esse olhar um para o outro. Esperava que ele entendesse meu recado. Ele não se mexeu.

- Olá, vou levá-los aos seus devidos aposentos para acomodarem-se. Lá haverá criados e criadas para auxiliarem-vos com seus horários, suas aulas e suas vestimentas. Sigam-me, por favor.

Virei-me rapidamente para que não tivessem tempo de contestar nem de falar nada, e, felizmente, me seguiram assim que comecei a andar.


 

A primeira que deixei no quarto foi Regina. Ela entrou sem nem olhar para a minha cara antes, e depois fechou a porta com um leve esforço, porque as portas eram imensas, e ela baixinha e magricela.

Seguimos adiante por um corredor mais largo. Deixo Luciano e Florian no quarto deles. Gabriel sabia sobre os dois e os deixou juntos. Algumas portas mais adiante, deixei Isabela, que se despediu com o sorriso fofo que só ela tem.

Subimos um lance de escada. Deixei William em seu quarto, que, por sorte, é bem longe do meu. Quase comecei a correr após isso.

A próxima era Lily, o quarto dela era próximo ao de Nathaniel. Merda. Quando chegamos ao quarto, ela fez uma reverência antes de adentrá-lo. Assim que ela abriu a porta, Nathaniel olhou para ela com aquele olhar apaixonado disfarçado em expressão de indiferença.

Ela retribuiu o olhar. Sorriu. Fechou a porta. Respire, Katrina. Respire.

Nathaniel.

O único que sobrou.

Indiferença, Katrina. INDIFERENÇA.

Chegamos no corredor perpendicular ao do meu quarto. Paro em frente a uma das portas gigantescas.

- Seu quarto, Nathaniel.

- Obrigado, Katr… Princesa Katrina.

Fiz um leve aceno com a cabeça e saí. Não consegui ficar mais um minuto sequer ali. Se ele me olhou, ou se já tinha entrado, não me importava. Só queria meu quarto. Minha cama. Minha paz. Ou quase isso.


Notas Finais


O que estão achando? Espero que estejam gostando! xoxo
Música do capítulo 3: https://www.youtube.com/watch?v=qg2t5Itz1ZY&list=PL7371E36E3CA34140&index=6


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