1. Spirit Fanfics >
  2. Princesas E Maldosas >
  3. Luta Contra o Luto

História Princesas E Maldosas - Luta Contra o Luto


Escrita por: KingInTheNorth

Notas do Autor


Com Hanna no hospital, as liars temem pela vida da amiga e Aria se questiona se isso não foi uma obra de Alison. -A continua a pertubar a vida das garotas, ameaçando contar aos pais de Aria sobre seu relacionamento com Hanna. As coisas se complicam e um final trágico para uma das liars pode acontecer.

Capítulo 3 - Luta Contra o Luto


Fanfic / Fanfiction Princesas E Maldosas - Luta Contra o Luto

Aria Montgomery

Eu estava conturbada, a segurando forte a mão de Hanna enquanto os paramédicos a arrastavam para longe de mim. Eu não podia soltá-la, se ela morresse, eu jamais me perdoaria. E em minutos, Emily e Spencer estavam cheias de lágrimas gritando desesperadas ao meu lado, sem entender o que estava acontecendo. Apenas a roupa manchada de Hanna, com o nome A. já dizia tudo.

- Ela não pode morrer... – eu gritei entre os soluços quando Emily me abraçou.

Todas nós levamos algum tempo para assimilar o real risco que corríamos. Entramos no carro, e minha mãe nos levou direto ao hospital, onde sentamos ao lado da mãe de Hanna aguardando notícias. Claramente, as meninas perceberam o meu desespero, mais do que todos ali, eu estava apavorada. Perder Hanna? A garota que eu amava? Não seria capaz de suportar tanta dor.

Eu me levantei e fui no banheiro limpar as minhas lágrimas, mas na verdade, tudo o que fiz foi me atirar no chão e chorar mais e mais. Spencer veio atrás de mim, e se sentou ao meu lado, segurou a minha mão e me ouviu chorar.

- A culpa é toda minha. – ela disse entre dentes. – Se eu não tivesse provocado a estúpida da A. a Hanna...

- A culpa não é sua, Spencer! Não importa de quem é a culpa, porque é a nossa amiga que está lá dentro, morrendo! E se ela morrer...

Minha voz falhou e eu comecei a chorar de novo. Hanna, por favor, não morra. E foi nesse momento que comecei a pensar nos momentos que havia passado com ela, nos beijos que haviamos trocado, no sexo que faziamos, nas besteiras que diziamos... Como seria nunca mais poder olhar para o sorriso dela? Se eu nunca mais pudesse vê-la, sentí-la ou amá-la? Eu queria contar tudo a Spencer, mas sabia que não podia. Ezra estava em jogo, outra pessoa que eu também me recusava a perder.

- Aria, ela não vai morrer. Tudo vai ficar bem e...

Spencer não conseguiu terminar a frase. Emily entrou como um rojão no banheiro, com os olhos perdidos, o rosto quase sem cor.

- É a Hanna! – ela gritou.

Eu e Spencer levantamos de qualquer jeito e saímos correndo em direção a porta. Passamos correndo pelos corredores até seu quarto, onde ela estava entubada, com fios em toda parte e médicos gritando instruções de reanimação. Eu levei às mãos a boca e senti as lágrimas arderem nos meus olhos.

- Carregue em 200! Afastar! – e eu ainda ouvia no fundo o barulho do bipe da linha da vida. Sem resposta. – Carregue em 350! Afastar!

Ainda sem resposta. Ela estava morrendo e eu não podia fazer nada, o que ela diria se fosse eu? Tão pálida e imóvel naquela cama, jamais tinha visto Hanna tão sem vida. Eu pensei que a qualquer momento eles conseguiram reanimá-la e mantive a esperança.

- Não tem pulso! – um dos médicos grita na ponta. – Carregue de novo!

- Brown, ela morreu, não adianta... – o outro disse baixo, mas o suficiente para se fazer claro.

- Carregue de novo! Afastem! – eles tentaram mais duas vezes, e finalmente conseguiram. – Temos um pulso. Isso!

O médico comemorou, e eu também, mal acreditava que ela viveria. Ou melhor, por hora, ela viveria. Emily apertou forte a minha mão e os médicos foram obrigados a retiram a força a mãe de Hanna, que estava quase passando mal de ansiedade. Os médicos deixaram bem claro que ela não estava estável, e que a qualquer momento, podíamos perde-la. Era demais para mim, era tudo que eu não podia aguentar. Quando eu me viro para o lado, Em e Spen estavam cochichando algo e eu me aproximei.

- Aria, é melhor...

- Eu quero ver! – eu a vi puxar o celular e escondê-lo. – Se é sobre A. eu quero ver!

“Cuidado vadia ou sua mãe pode acabar descobrindo que a falecida, era nada mais que o genro que ela sempre sonhou. Diga a Hanna que eu adorei a camisa.

A.

Eu não hesitei em atirar o meu celular na parede, minha mãe ficou extremamente curiosa para descobrir o que havia me irritado tanto. Eu estava com raiva, ficando doente por causa disso. Foi então que eu lembrei...

- Alison está viva. – eu olhei para as meninas. – Eu a vi.

- Aria, isso é loucura. – Spencer e Em se entreolharam incomumente e eu as encarei com raiva por duvidarem.

- Alison DiLaurentis está viva!

- Isso é impossível, Aria. Fomos ao enterro dela e...

- Não é impossível. – as três se viraram e encaram Mona, que estava parada diante das três. – Como ela está?

Spencer partiu para cima de Mona, mas Emily a segurou pelo braço e ela recuou.

- Sua vagabunda! Bem e não é graças a você! – Spencer se desvencilhou dos braços de Emily e ficou seria. – Agora volte para toca de onde saiu!

- Calem a boca, eu quero ouvir o que ela tem a dizer. – eu disse empurrando Spencer para trás. – Quero saber agora tudo o que você sabe sobre a Alison. Do contrário, deixo a Spencer quebrar a sua cara. Ou eu mesma faço.

As meninas me encararam surpresas. Normalmente, nos meus momentos de fúria, eu não me excedo tanto, mas hoje meu sangue fervia nas veias. Eu cerrei meu punhos e joguei Mona contra a parede e coloquei minha mão direita ao lado da cabeça dela.

- Eu não vou repetir!

- Se quer saber alguma coisa sobre a Alison, deveria perguntar a ela.

- Sem joguinhos Mona, eu quero que diga com todas as palavras.

- Alison está viva.

Nesse momento, eu, Spencer, Emily nos arrepiamos, sentimos um enorme aperto e pelo menos a minha cabeça começou a dar voltas. Como Mona poderia saber? Ela não era de confiança.

- Será que vocês nunca a sentiram?

Alison poderia não estar conosco, mas em nenhum momento elas nos abandonou. Suas lembranças estavam preservadas em A. que parecia saber de tudo. E quem é A.? Se não é Mona... Quem é? Alison seria capaz dessa crueldade, mesmo custando seus próprios segredos?

- Fibrilação Ventricular! – um dos enfermeiros gritou.

Era Hanna de novo, eu empurrei Mona para o lado, e nesse momento, eu esqueci completamente da presença dela. Eu corri e atravessei a barreira de médicos para segurar a mão de Hanna e implorar que ela ficasse comigo. Não demorou muito, me afastaram dela e eu assenti com as mãos na boca, eles tentarem mais uma vez reanima-la. Eu tinha esperança de que mais uma vez eles conseguiriam e sabia que conseguiriam.

- Carregue em 300 e aguarde. – um médico jovem, de uns trinta anos, conduzia toda a operação. Ele já tinha salvado Hanna uma vez, ele iria salvar de novo. Precisava salvar. – Afastar!

Sem resposta.

- Tente de novo, me dê duas doses de atropina e carregue em 350! – os enfermeiros agiam tão rápido que eu não conseguia entender o que falavam por completo. – Afastem!

Sem resposta.

- Tentem de novo, ela vai conseguir.

E eles tentaram várias vezes. Não havia nenhum sinal, a linha era continua. Aos poucos, fui caindo a real, que dessa vez, eu estava assistindo Hanna morrer mesmo. Eu me desesperei, pulei entre os médicos e fui retirada a força da sala, aos prantos. As meninas tentaram me segurar, mas foram precisos três enfermeiros para me barrar de novo.

- Tentem de novo! Tentem de novo! – o médico continuava repetindo sem esperança.

- Está em VFib a dez minutos, Brown. Acabou. – os enfermeiros tentavam fazer o médico parar de reanima-la, mas ele não podia parar. Hanna não podia morrer!

- Hora da morte, 20:37. – Brown tirou as luvas e jogou em um canto e saiu arrastando os enfermeiros com ele.

Eu gritei, e gritei muito. Não pude acreditar que estava mesmo acontecendo. Os enfermeiros me seguraram e me doparam, e no fundo agradeci por isso. Meus pensamentos vagaram até meu primeiro beijo com Hanna, a primeira vez que dormimos juntas... Como se estivesse mesmo acontecendo. Os momentos iam passando pela minha cabeça até eu desmaiar e não pensar em mais nada.

 

Alison DiLaurentis

- Mona está entregando os pontos, se ela começar a falar demais, vão saber sobre mim.

- As pessoas acham que você foi assassinada, a sua mãe leva flores para você todos os dias. Se sua preocupação é com as pessoas...

- Minha preocupação é A. Se essa vadia me achar, aí estarei morta.

- Seu segredo está guardado comigo Ali. – CeCe sorriu e me deu um forte abraço. – Senti a sua falta.

- Estive aqui o tempo todo, onde você estava?

- Não é só a você que A. atormenta. Tive que cuidar dos meus próprios problemas. Falando disso... Onde você vai escondê-la?

- Não tenho certeza, mas assim que acordar vai querer saber o que aconteceu. Provavelmente vai atrás da Aria, e se A. souber que estamos juntas... Já a salvei uma vez, não sei se consigo da segunda.

- Hanna sabe demais. Não deixa que ela fuja da sua vista.

- Se ela fugir, está assinando seu atestado de óbito. E dessa vez, vai ser para valer.

- Ela está apaixonada pela Aria, acha mesmo que vai conseguir separá-las? Já é como matá-las.

- Não sei por que A. está obcecada em me matar, mas tentou matar a Hanna e a próxima é a Aria e Deus sabe quem. Hanna sabe que eu estou viva, por isso A. quer matá-la. Não vou deixar nenhuma delas se machucar!

- Então estou com você, mas... Seja sincera comigo Ali.

- Vá em frente. – eu já sabia qual era a pergunta, mas não sabia se deveria dizer a resposta.

- Qual delas você mais amou?

Eu pensei por um segundo. Elas eram as minhas amigas, que eu jamais seria capaz de ferir ou deixar ser ferida. A. estava sempre a três passos na minha frente, e quanto mais eu me aproximava de encontrá-la, mais longe eu estava. Algo me dizia desesperadamente para não confiar em CeCe, mesmo assim, aqui estava eu cometendo os mesmo erros. Quanto tempo até A. chegar a CeCe, que com certeza me entregaria se isso salvasse a sua pele? Não me arriscaria a dizer.

- Todas.

E era verdade. E todas também não já me amaram? 


Notas Finais


Próximo Capítulo: Negação
Enfrentando as primeiras fases do luto, as liars tentam superar a perda de Hanna, enquanto Alison está de volta, com maiores problemas do que elas poderiam imaginar.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...