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História Príncipe de Gelo - Capítulo 8


Escrita por: LollipopChu

Notas do Autor


Galera, aqui rapidinho! Eu comecei a escrever essa história em 2014 e terminei em 2015, então, não me matem porque a história tá mal escrita em alguns capítulos e então outros não, ok?

No final das contas, eu nunca imaginei a história levando ao rumo que levou, e talvez isso decepcione alguns de vocês, e justamente por isso, já quero pedir desculpas.

Boa leitura.

Capítulo 9 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction Príncipe de Gelo - Capítulo 8

Vó Alice me parecia extremamente feliz com toda essa situação, afinal ela queria um herdeiro e agora teria dois.

-É um milagre! Uma bênção sem tamanho! Dois netinhos. - riu.

-Então, Elle e Connor.. Como vocês vão fazer agora? - Perguntou Alessa.

-Como assim? - perguntou vó Alice.

-Bom, vocês se casaram sem amor por causa do bebê, mas agora não tem só um bebê na história, tem dois. Connor me pediu em namoro e somos namorados, mas ele se casou com você. Então, devo esperar os bebês nascerem e então vemos?- perguntou confusa.

-Eu acho que deveríamos deixar para lá por enquanto, ainda faltam meses para os bebês virem ao mundo. - Disse Connor.

-Por mim, tudo bem. - Disse Alessa satisfeita, e logo depois Vó Alice e por fim Margô. Eu fui a única que se manteve quieta.

Eles entraram numa conversação sem fim. Vó Alice perguntava à Alessa como ela descobriu a gravidez, Connor ouvia tudo o mais atencioso possível enquanto acariciava o rosto de sua amada. Como ele parecia diferente assim? Ele me parecia o homem que um dia me salvou ee levou aquela festa, e depois do Fernando no trabalho. Aquele homem que disse que queria ser o melhor pai do mundo, mas tudo o que ele se parecia não era quando estava comigo, não era para o nosso filho e sim para o filho legítimo, o filho com a mulher que ele ama.

-Elle, vamos sair daqui?- Daniel falou, mas eu nem ouvi.

-O que?- perguntei distraída.

-Vamos sair daqui? Posso te roubar? Quero te levar em um lugar muito especial.

-Especial? E porque me levar?- Disse sorrindo.

-Por que eu quero levar a menina mais linda do mundo comigo.- Disse pegando a minha mão boa e rindo.- Aceita fugir comigo, senhorita?

-Fugir? Ah! Fugir me parece bom. E me diga, bom senhor, para onde vamos?- perguntei o mais educadamente possível, entrando na brincadeira.

-Vamos à um jardim secreto, bela dama. - diz com um sotaque engraçado. Ele falava inglês britânico, noto. Sotaque adorável.

-O senhor é muito galante, mas eu não sei se é certo fazer isso. - digo.

-Por que, bela dama? - Beijou minha mão.

-Não tente me convencer com beijos, bom senhor. Eu não sei se seria seguro nós sairmos sozinhos. - sorrio fingindo timidez.

-Eu não vou fazer nada com a senhorita, bela dama.- E riu.

-O perigo é para o senhor, bom senhor. Posso te agarrar enquanto saímos, ou sequestra-lo e fazer do senhor meu escravo.- Disse entrando de vez na brincadeira.

-Por Deus! Pode me sequestrar! Eu deixo. Vou adorar ser seu escravo, bela dama.- E novamente beijou minha mão, mas dessa vez enquanto beijava minha mão me olhou, e seu olhar foi do tipo 'molha calcinha', combinado com o sorriso travesso, super sexy e provocativo.

-Qual o seu nome, camponês?- mudei de repente e ele teve uma rápida crise de riso.

-Daniel, bela dama.- fingiu ter medo de mim, abaixou a cabeça e fingiu tremer.

-Daniel, não é?- peguei em seu queixo e o fiz erguer um pouco a cabeça. - Você é bonito, Daniel. Vou te trocar por 10 moedas!- Comecei a rir, e a fingir que sairia dali correndo.

-Não! - caímos na risada.

Eu gostava de como me sentia com o Daniel. Tudo era natural e nada forçado, tudo vinha com carinho e com força demais, eu queria protegê-lo, queria cuidar dele, queria mantê-lo perto. Ele era como um irmão ou um melhor amigo que eu nunca seria capaz de abrir mão, mas que queria ficar infinitamente.

-O que esses neurônios tanto trabalham aí?- Daniel disse, tamborizando os dedos da mão direita na minha cabeça.- Por mais que você só tenha dois, é melhor tomar cuidado com a dor de cabeça.

-Estava saindo fumaça?- brinquei.

-Parecia uma chaminé!- e começou a gargalhar alto.- No que estava pensando? Posso te ajudar? Você parece preocupada- falou quando recuperou o fôlego.

-Pensava em como tenho sorte, por ter te conhecido.- Ele me pareceu surpreso.

-Pare, senão eu vou chorar.- colocou as mãos nos olhos fazendo uma careta super engraçada.

-Chore mesmo seu homem mau! - Disse rindo e me divertindo com aquela pessoa que hoje, significava tanto.

-Você sabe, que estou sempre aqui, não é?

Apertou minha mão boa e sorriu gentilmente, e chegou muito perto novamente, quase como se fosse me beijar ali mesmo, e nesse momento eu me perdi em pensamentos, aqueles olhos me chamando e a boca me convidando. Mas eu não podia. Vó Alice tirou-me de meus pensamentos sórdidos.

-Queridos, podem nos dar um minuto de sua atenção? Daniel? Elle?- Saímos do transe e observamos que os três nos fitavam, e Alessa sorria.- Vocês vão fazer aulas de pré-natal, ok? Vocês tem que aprender! Já que ninguém tem experiência. Então, os quatro podem ir para a aula que começa em duas hora no centro?- deveria ir? Como eu poderia arrastar Daniel comigo?

-Vó.. Eu não acho que ..- Tentei dizer, sem muito sucesso.

-Eu vou sim, Elle. Tenho mesmo que saber como que segura e troca frauda do bebê, não é? A final de contas, pretendo ficar um bom tempo com ele nos braços.- Disse Daniel alto, enquanto me dava o seu melhor sorriso.

-Eu tenho consulta hoje, não posso ir para as aulas, se qualquer jeito. E Daniel, você tem que ir para o compromisso que me falou ontem, esqueceu?- tentei fugir.

- Se formos rápidos, tem como ir e voltar, minha musa.- Disse Daniel sorrindo- E o compromisso, era ir naquele jardim secreto que te disse, e você vai comigo de qualquer jeito, então podemos atrasar um pouco.- Explicou e fez todos a nossa volta sorrirem.

-Daniel..

-Vamos, vai?! Vai ser divertido.- Daniel implorava.

-Tudo bem, Daniel! Depois dessa carinha fofa, que vaca seria eu se não fosse por você? - me rendo.

-Obrigado! Vamos lá coisa linda. Troque de roupa e nós vamos. Certo?- perguntou olhando para os outros.

-Certo. Me espere aqui. - rio ao me levantar.

Saí do meu lugar, e relutante soltei a mão de Daniel e fui em direção ao quarto de Connor. Troquei de roupa no banheiro e fui para perto de sua cama, para ver no grandioso espelho como eu estava : Cabelo escorrido muito bonito e brilhante, maquiagem leve e aerada, vestido confortável e fresquinhos, e saltos bem altos pretos. Me vi a última vez e segui meu caminho.

-Nossa, uau! Que linda- Disse Daniel vindo em minha direção quando cheguei na sala.- Como está a mão?- perguntou pegando minha mão vagarosamente e analisando do jeito fofo dele.

-Muito bem, Obrigada por perguntar e se preocupar, doutor. - dramatizo.

-Que médico seria eu, se não se preocupasse? Ainda mais com uma paciente tão bonita? - sorri.

-Doutor! Eu diria que é um médico cego ou mentiroso. E mais, como pode falar uma coisa dessas?- me fingi de vítima- e se sua mulher nos ver? Sua esposa pode brigar comigo se ouvi-lo falar assim.- Choraminguei.

-Não tenho esposa, benzinho. Então não se preocupe.- disse pegando em meu queixo - Eu poderia beijá-la agora mesmo.

- Uou. Você está fazendo aquela cara. - digp e ele me olha confuso.

- Que cara?

- Aquela carinha. Você sabe. - digo tentando imitar, mas ele apenas a repete.

-Vocês vem?!- gritou Connor do lado de fora da mansão, acabando com nossa brincadeira.

-Por que tanta aflição? Nem vamos com eles.- perguntei à Daniel, e ele em resposta me olhou confuso.

-Maluco! Essa é a única razão.- e explodiu em gargalhadas.

-Com certeza maluco!- e me juntei a crise de riso, enquanto saíamos da mansão juntos.

Após uma pequena porém gritante e nervosa bronca de Connor por causa do atraso, fomos em direção ao prédio de Daniel, afinal ele também precisava se arrumar.

Como sempre, Daniel foi um amor comigo, até chegarmos a clínica. O médico que acompanharia meu pré-natal e faria o meu parto era o Dr. Rodriguez, o mesmo médico que realizaria o meu aborto assistido, ele pareceu bem feliz de eu ter resolvido cuidar e criar do bebê.

Durante a consulta me disse alguns pontos importantes: Não deveria me irritar, não gritar muito, andar em excesso, não brigar, não discutir, nem comer gordura por que isso poderia prejudicar o meu bebê.

O fato mais cômico do dia foi quando o médico me disse que a cabeça do bebê era um pouco grande. Apesar de eu estar com 13 semanas de gravidez e o bebê já medir 5 cm, sua cabeça era avantajada, Daniel foi rindo de mim e fazendo piadinhas da clínica até o endereço onde ocorreria as aulas que vó Alice nos obrigou a ir.

O prédio me pareceu um daqueles que estão condenados e prontos para demolição mas a sensação se foi logo que eu o vi por dentro, ele me ganhou com sua decoração de cores fortes e brilhantes.

Entramos no elevador e fomos em direção ao sexto andar. Assim que descemos do elevador, vimos apenas uma porta no corredor e nos entreolhamos sem entender. Nesse momento, o celular de Daniel tocou e ele se virou para atende-lo, quase que no mesmo instante em que Connor e Alessa chegavam.

-Ai está você- Disse ela- Como foi sua consulta, querida?- Querida? Essa mulher tinha problemas. Nós não éramos e nunca seríamos amigas.

-Bem, o bebê está perfeitamente bem e saudável- Disse olhando para Connor que me ignorava completamente.

-Elle, algo grande aconteceu- veio Daniel me abraçando- e infelizmente não vou poder ficar para a aula com você.- disse eufórico.

-Algo importante? Elle?- perguntei.

-Sim! É sobre o paradeiro de Elle. Preciso ir para Connecticut agora mesmo!

-Claro, Daniel. Vá agora!- comemorei com ele.

-Connecticut? - Perguntou Alessa- É onde eu nasci e fui criada e mamãe ainda mora lá. Aproveitando que está indo para lá, posso ir junto? Quero lhe fazer uma breve visita.- perguntou à Daniel.

-Claro. Mas eu vou agora.- explicou Daniel.

-Tudo bem. Vamos fazer assim: Eu vou com Daniel para Connecticut e vocês ficam e assistem a aula e depois me contam tudo. Ok? Que mandona.

-Certo.- disse Connor, triste. Ela o beijou nos lábios e chamou por Daniel, que me deu um beijo leve na bochecha e a seguiu.

olhei para Connor que me empurrou para dentro da sala sem ânimo. A instrutora nos mandou sentar em algum lugar e começou sua aula. Disse que seu nome era Amanda e pediu que repetissemos a posição que ela estava fazendo.

A grávida deveria se sentar de frente e unir os pés em frente a barriga, enquanto o pai do bebê precionava seus joelhos, fazendo força para baixo. Comecei minha posição sem Connor, por que o mesmo estava mexendo no celular, sem prestar a atenção em mim, ou em nada.

-Agora, indo para a frente, em direção aos pés. - disse a instrutora se levantando, para auxiliar alguns casais. Como aquilo era difícil. sozinha, é claro.- Não fique tenso- Disse a um dos casais. Agora os homens estavam quase de quatro em cima das mulheres. Então olhou para nós sentados um de costas para o outro, e eu fazendo a posição sozinha e disse- Aqueles sentados ali distantes! - Olhei assustada para ela e Connor se virou para olha-la.- Sim! Vocês dois. Vocês poderiam vir aqui na frente por um momento?- levantamos sem jeito, e fomos em sua direção.

-Aqui, esses dois vão ser um exemplo, por favor aplaudam- Disse ao pessoal, olhando para nós.- Connor me olhou apreensivo e olhei para ele sem jeito, enquanto todos davam uma salva de palmas.- Qual o nome de vocês?- Perguntou.

-Elle Cameron- disse.

-Connor. Connor Cameron.

-Vocês já deram um nome ao bebê?- Perguntou Amanda.

-Ainda não- respondi olhando para Connor.

-Temos que fazer um nome para isso?- perguntou Connor e eu abaixei a cabeça.

-Aqueles de vocês que já deram um nome de feto ao bebê, levantem as mãos- e então todos levantaram suas mãos.- Vocês vêem? todos já deram nomes. Como ainda não tem, essa é a lição de casa. Agora por favor se sentem.-Enquanto saíamos ela deu mais uma instrução: Massagear os pés das grávidas.

Pouco a pouco, Connor foi chegando e pegando meus pés, e uma massagem incrível se deu inicio. Havia tempos que eu não me sentia tão bem e relaxada.

-Obrigada, Connor.

-Isso relaxa mesmo?- Eu balancei a cabeça dizendo que sim, e ele continuou.-Quem é Elle?

-Irmã do Daniel, ele a está procurando a alguns anos.

-Agora, por favor, Massagem nas costas. Grávidas se virem e homens massageem suas costas e seios.- O que? Ela disse seios?

Completamente estranhos e desconfortáveis tentamos fazer, mas a instrutora não estava convencida, por isso se ajoelhou ao nosso lado e me fez encostar em Connor, e pegou suas duas mãos e as colocou inteiras em meus seios e mandou que ele apertasse firme. Assim que suas mãos tocaram meus seios nós dois nos repelimos e Connor deu um grito olhando incrédulo para as suas mãos. Saí correndo daquela aula de malucos, mas logo senti uma dor desconfortável no pé da minha barriga, então olhei para Connor nervosa.

-O que foi?

-Nada.

-Uma vez que já sofremos assim, não precisa continuar a vir. Bssta tomar os nutrientes, eu não virei mais.

-Foi bom.- disse sorrindo.

-O que?-Ele parecia confuso

-O bebê e o pai.. fizeram alguma coisa juntos, plea primeira vez.. então.. foi bom.- A dor se intensificou mas eu não disse nada.- A criança aqui dentro, deve ter sido feliz porque veio com o pai. Muito obrigada.

-Como.. como você sabe disso?- ele parecia emocionado, talvez?

-Depois de me tornar uma mãe, eu acho que sei. é realmente interresante.- E exclamei de dor.

-O que? onde dói?

-Não é exatamente isso.. meu estômago.

-Estômago? onde?- e me puxou para a cadeira mais próxima.

-Está com fome. - Falei sem graça.

-O que? Você está brincando?- Brigou comigo.- Tome, leve e compr o que quiser.- Disse pegando a carteira e me dando um de seus cartões.

-Obrigada, mas eu tenho dinheiro. Obrigada.

Corri para peerto do elevador e ele veio atrás de mim, quando as portas se abriram uma menina muito bonita e aparentemente jovem olhou séria para Connor.

-Hey! Como está? o que faz aqui?

-Mary?- perguntou ele branco,

-Sim! Olá! Não vai me apresentar?- ela girava o copo em sua mãoe apontava para mim.

-Então, CEO- Falei sem pensar muito- Foi muito boa a palestra para as crianças da companhia. te vejo amanhã na empresa.- me curvei e saí de lá. Ele me olhava sério. -Ah, certo. até amanhã.

- Secretária.- ele disse a garota, apontando para mim.

-Ei, você- disse ela e eu gelei no meu lugar. Ela veio devagar e olhou séria para mim.

-Pode..- Olhou fixo nos meus olhos- Jogar isso fora?- e sorriu, me entregando o copo em sua mão.

-Claro que posso! Sem problemas- Disse rindo para ela e ao fundo ouvi Connor dizer " Será que elaa não tem mãos? Será que é tão burra que não acha uma lixeira?" e me fez sorrir.

-Obrigada.

Ela se virou e foi falar com um Connor com uma arranca horrível no rosto, e sem sorrisos. eu me virei e fugi sde lá o mais rápido que consegui.

[11 SEMANAS DEPOIS.]

Estava deitada no jardim tentando refletir sobre os meus sentimentos. O que estava acontecendo? Eu gostava de Connor? Tudo o que ele fez por mim, inclusive o que falou para a neta de um dos anciões do conselho me deram um pouco de esperanças de que talvez Connor possa gostar nem que seja um pouquinho de mim e eu gostava disso.

Não sabia se queria ficar com Connor, mas eu gostava do fato dele estar por perto e por cuidar de mim. Se fizesse mais vezes como fez na última vez que nós saímos, para mim estaria ótimo.

******
-O que acha dessas roupinhas?- estavamos em frente a uma loja de bebê, comprando roupinhas brancas por que vó Alice mandou- Não são lindas?- perguntei à Connor que sorria.

-São todas iguais, Elle- disse a mim rindo.- Mas se você gosta vamos comprar! O que importa é se você gosta! - Disse rindo e me fez cair na risada também. Essa foi a primeira vez que ele me fez rir.

******

A música tocando no meu celular, fazia eu me acalmar, e me acalmava porque essa música me fazia pensar em Daniel.

A drop in the ocean, essa era mesmo a música dele, a história de alguém que pensa ser só uma gota no oceano, não ser nada de importante, e não perceber a importância que tinha. Pensar em Daniel fez eu questionar se gostava do fato de Connor mexer comigo.

Era impossível eu pensar lógicamente perto de Daniel, seus olhos sempre tão intensos e sua boca tão convidativa, combinados ao fato de ele sempre me provocar deixavam isso impossível.

Lembro do quanto ele voltou triste e inconsolável de Connecticut, quando descobriu que não era a sua irmã, passou semanas sem falar comigo direito e sempre cabisbaixo. há duas semanas tinha voltado a ter notícias do detetive que procurava a sua irmã, ele havia achado a irmã de Daniel, e ele a tratava como uma rainha, Mas algo naquela moça me deixava inquieta. As vezes parecia que ela comia Daniel com os olhos. E que tipo de irmã faria isso? Estamos em Game of Thrones por acaso?

-Pode abaixar isso?- disse Connor atrás de mim- É irritante.

-Desculpe- disse desligando o som.- Quer me falar alguma coisa?- perguntei, observando sua inquietação.

-Sim. Elle eu não vou poder ir com você amanhã.- Disse se referindo a ir a clínica. Isso não era justo. Iriamos descobrir o sexo do bebê, uma vez que finalmente completei 24 semanas de gestação.

-Isso não é justo, Connor! Por que não vai poder?- perguntei incrédula.

-Preciso ir com Alessa até a casa da mãe dela. - explica e eu me irrito.

-Alessa? De novo, Alessa? Será que só ela esta grávida, Connor?- falei me levantando e indo até ele.- Só ela carrega um Cameron no ventre?

-Elle, ela tem prioridade. - diz.

-Prioridade? Eu sou sua esposa! Quem tem mais prioridade que eu? - explodo mesmo já sabendo a resposta.

-A mulher que eu amo, Elle! A mãe do filho que eu quero!- aquilo foi uma facada sem tamanho, doeu tanto que meus olhos se encheram de lágrimas no mesmo momento.- Pode ser que eu ter saído com você a algumas semanas, e estar te tratando melhor te confudiu não foi? Então me deixe esclarecer as coisas: EU NÃO SOU SEU ! NÃO TE AMO! NÃO QUERO ESTAR PERTO DE VOCÊ! - E as lágrimas resolveram tomar banho de piscina nos meus olhos, que ótimo!

-Você.. - tentei falar- Disse que não quer o meu filho? Foi isso que eu entendi?

-Sim, Elle. Você sabe bem disso. Ele não foi planejado, nem querido, nem concebido com amor. Nós não nos amamos, nem ao menos temos consideração um pelo outro.- e saiu andando sem dizer mais nada. eu sou mesmo muito burra.

Como se tudo não pudesse ficar pior, meu celular tocou e vi no visor MAMÃE e meu coração se afundou. Saí de perto de onde briguei com Connor e vi algumas lágrimas caírem. Peguei o celular e coloquei no ouvido.

-Hmm..

-Elle?- disse mamãe. Como era bom ouvir sua voz depois de tanto tempo.

-Aqui, mamãe.- tentei controlar a voz.

-O que aconteceu? Por que essa voz?- Não se pode enganar uma mãe, afinal.

-Saudade mãe. Queria você perto de mim. - digo tentando mudar de assunto.

-Foi por isso que eu liguei! Para te dizer que nós abrimos um novo restaurante. E aqui em NY!

-Novo? Mas como? - pergunto confusa.

-Os negócios melhoraram e nós ampliamos. Venha nos ver amanhã tudo bem? Estou louca para te ver minha menina, e traga o genro com você.

-Ele não pode. Posso levar um amigo? - pergunto.

-Claro, querida. Ele está te tratando bem?- Não

-Sim, mamãe. Connor é o melhor marido do mundo, me trata bem e me faz perceber o quanto sou amada.- minto - Mas nós não vamos dar certo como casal. Estou apaixonada.

-Eu não disse que era questão de tempo vocês começarem a se dar bem? Apaixonada, é? Por esse seu amigo? Quero muito conhecê-lo. Agora vá descansar, ok? Peço para a sua irmã ligar para te passar o endereço... - fez uma pausa e eu ouvi gritos ao fundo.- Ela disse que te manda uma mensagem no Line. Mas eu não sei o que é isso.- Sorri ao imaginar a cena.

-Tudo bem. Eu espero. Te amo mãe. Até amanhã.- Ao fundo ouvi minha mãe me dar thau e perguntar a alguém "Como desliga isso?" e sorri tristemente sobre isso.

-Desculpe, mãe.- disse à mim mesma.

-Elle! -Alguém chamou no portão e vi que era Daniel. Como eu precisava dele agora. Enxuguei as lágrimas imediatamente.

-Entra!- Liberei sua entrada com o controle da minha chave que sempre estava comigo.

- Que saudade!- disse me abraçando.

-Você voltou para mim? Porque agora só liga para a Elle - disse ciumenta.

-Desculpe minha musa, muitos anos para repor em poucos dias.- disse se fazendo de culpado.

-Desculpa meu anjo. Eu estava brincando. - sorrio e ele abaixa e beija minha barriga.

Daniel riu e me soltou, então eu o arrastei para o lugar onde eu estava antes de brigar com o Connor.

-Aqui é lindo a noite.- disse.

-Mas vai chover. Olha só como o céu esta nublado?!- quase não se via o céu e não tinha nenhuma estrela.- Não tem estrelas.

-Você é uma estrela linda!- disse rindo.

-Estrela? Não use suas falas clichês comigo.- Disse rindo para ele.- Você vai a exposição da Alessa amanhã?

-Claro que devemos ir! Nós tiramos aquelas fotos no elevador!- é mesmo.

-Tinha esquecido..

-Elle? - falou.

-Oi. - disse rindo.- que?

-Quer dançar? - Se levantou e esticou a mão para mim.

-Qual música? Tenho algumas aqui no celular.

-Você tem "You and me -Lifehouse"?

-Claro que tenho. A música é perfeita.

Coloquei ela bem alto e suas estrofes começaram. Não tinha música mais linda que essa. Antes de ir para os braços de Daniel, coloquei o celular dentro da varanda, porque se chovesse não o molharia. Depois corri para seus braços e começamos a dançar.

'Cause it's you and me and all of the people

With nothing to do, nothing to lose.

And it's you and me and all of the people and

I don't know why I can't keep my eyes off of you.'

[TRADUÇÃO]

"Porque somos eu e você e todas as pessoas

Com nada a fazer, nada a perder.

E somos eu e você, e todas as pessoas, e

Eu não sei porque não consigo tirar meus olhos de você."

-Elle.. Me perdoe por isso.- Disse sem me dar muita chance de responder.

-O que?- e então senti um pingo de chuva cair no meu braço, e outro e mais outro.- Daniel a chuva! Corre!

- Não. - Ele segurou meu braço. - Como diz uma frase que eu amo ".. E nesse momento, somos infinitos".

-O que? Vamos entrar! Você está ensopado!- protestei.

-Você já vai entender- disse se aproximando de mim.

Não entendi o que quis dizer, só pensava em como estava encharcada agora. Quando achei que Daniel correria para a varanda, seus braços vieram para a minha cintura e então seus lábios se grudaram aos meus.

Um beijo forte, e nem um pouco casto, um beijo do tipo " Beijão de filme ". Seus lábios começaram a se mover e entrei em seu ritmo, lento e forte e então evoluímos para um beijo mais profundo e carnal. Nosso beijo finalmente sentido, tanto esperado, tanto provocado e tão sonhado era tão bom e reconfortante que eu entendi o que ele quis dizer com " Somos infinitos".

Vó Alice me parecia extremamente feliz com toda essa situação, afinal ela queria um herdeiro e agora teria dois.

-É um milagre! Uma bênção sem tamanho! Dois netinhos. - riu.

-Então, Elle e Connor.. Como vocês vão fazer agora? - Perguntou Alessa.

-Como assim? - perguntou vó Alice.

-Bom, vocês se casaram sem amor por causa do bebê, mas agora não tem só um bebê na história, tem dois. Connor me pediu em namoro e somos namorados, mas ele se casou com você. Então, devo esperar os bebês nascerem e então vemos?- perguntou confusa.

-Eu acho que deveríamos deixar para lá por enquanto, ainda faltam meses para os bebês virem ao mundo. - Disse Connor.

-Por mim, tudo bem. - Disse Alessa satisfeita, e logo depois Vó Alice e por fim Margô. Eu fui a única que se manteve quieta.

Eles entraram numa conversação sem fim. Vó Alice perguntava à Alessa como ela descobriu a gravidez, Connor ouvia tudo o mais atencioso possível enquanto acariciava o rosto de sua amada. Como ele parecia diferente assim? Ele me parecia o homem que um dia me salvou ee levou aquela festa, e depois do Fernando no trabalho. Aquele homem que disse que queria ser o melhor pai do mundo, mas tudo o que ele se parecia não era quando estava comigo, não era para o nosso filho e sim para o filho legítimo, o filho com a mulher que ele ama.

-Elle, vamos sair daqui?- Daniel falou, mas eu nem ouvi.

-O que?- perguntei distraída.

-Vamos sair daqui? Posso te roubar? Quero te levar em um lugar muito especial.

-Especial? E porque me levar?- Disse sorrindo.

-Por que eu quero levar a menina mais linda do mundo comigo.- Disse pegando a minha mão boa e rindo.- Aceita fugir comigo, senhorita?

-Fugir? Ah! Fugir me parece bom. E me diga, bom senhor, para onde vamos?- perguntei o mais educadamente possível, entrando na brincadeira.

-Vamos à um jardim secreto, bela dama. - diz com um sotaque engraçado. Ele falava inglês britânico, noto. Sotaque adorável.

-O senhor é muito galante, mas eu não sei se é certo fazer isso. - digo.

-Por que, bela dama? - Beijou minha mão.

-Não tente me convencer com beijos, bom senhor. Eu não sei se seria seguro nós sairmos sozinhos. - sorrio fingindo timidez.

-Eu não vou fazer nada com a senhorita, bela dama.- E riu.

-O perigo é para o senhor, bom senhor. Posso te agarrar enquanto saímos, ou sequestra-lo e fazer do senhor meu escravo.- Disse entrando de vez na brincadeira.

-Por Deus! Pode me sequestrar! Eu deixo. Vou adorar ser seu escravo, bela dama.- E novamente beijou minha mão, mas dessa vez enquanto beijava minha mão me olhou, e seu olhar foi do tipo 'molha calcinha', combinado com o sorriso travesso, super sexy e provocativo.

-Qual o seu nome, camponês?- mudei de repente e ele teve uma rápida crise de riso.

-Daniel, bela dama.- fingiu ter medo de mim, abaixou a cabeça e fingiu tremer.

-Daniel, não é?- peguei em seu queixo e o fiz erguer um pouco a cabeça. - Você é bonito, Daniel. Vou te trocar por 10 moedas!- Comecei a rir, e a fingir que sairia dali correndo.

-Não! - caímos na risada.

Eu gostava de como me sentia com o Daniel. Tudo era natural e nada forçado, tudo vinha com carinho e com força demais, eu queria protegê-lo, queria cuidar dele, queria mantê-lo perto. Ele era como um irmão ou um melhor amigo que eu nunca seria capaz de abrir mão, mas que queria ficar infinitamente.

-O que esses neurônios tanto trabalham aí?- Daniel disse, tamborizando os dedos da mão direita na minha cabeça.- Por mais que você só tenha dois, é melhor tomar cuidado com a dor de cabeça.

-Estava saindo fumaça?- brinquei.

-Parecia uma chaminé!- e começou a gargalhar alto.- No que estava pensando? Posso te ajudar? Você parece preocupada- falou quando recuperou o fôlego.

-Pensava em como tenho sorte, por ter te conhecido.- Ele me pareceu surpreso.

-Pare, senão eu vou chorar.- colocou as mãos nos olhos fazendo uma careta super engraçada.

-Chore mesmo seu homem mau! - Disse rindo e me divertindo com aquela pessoa que hoje, significava tanto.

-Você sabe, que estou sempre aqui, não é?

Apertou minha mão boa e sorriu gentilmente, e chegou muito perto novamente, quase como se fosse me beijar ali mesmo, e nesse momento eu me perdi em pensamentos, aqueles olhos me chamando e a boca me convidando. Mas eu não podia. Vó Alice tirou-me de meus pensamentos sórdidos.

-Queridos, podem nos dar um minuto de sua atenção? Daniel? Elle?- Saímos do transe e observamos que os três nos fitavam, e Alessa sorria.- Vocês vão fazer aulas de pré-natal, ok? Vocês tem que aprender! Já que ninguém tem experiência. Então, os quatro podem ir para a aula que começa em duas hora no centro?- deveria ir? Como eu poderia arrastar Daniel comigo?

-Vó.. Eu não acho que ..- Tentei dizer, sem muito sucesso.

-Eu vou sim, Elle. Tenho mesmo que saber como que segura e troca frauda do bebê, não é? A final de contas, pretendo ficar um bom tempo com ele nos braços.- Disse Daniel alto, enquanto me dava o seu melhor sorriso.

-Eu tenho consulta hoje, não posso ir para as aulas, se qualquer jeito. E Daniel, você tem que ir para o compromisso que me falou ontem, esqueceu?- tentei fugir.

- Se formos rápidos, tem como ir e voltar, minha musa.- Disse Daniel sorrindo- E o compromisso, era ir naquele jardim secreto que te disse, e você vai comigo de qualquer jeito, então podemos atrasar um pouco.- Explicou e fez todos a nossa volta sorrirem.

-Daniel..

-Vamos, vai?! Vai ser divertido.- Daniel implorava.

-Tudo bem, Daniel! Depois dessa carinha fofa, que vaca seria eu se não fosse por você? - me rendo.

-Obrigado! Vamos lá coisa linda. Troque de roupa e nós vamos. Certo?- perguntou olhando para os outros.

-Certo. Me espere aqui. - rio ao me levantar.

Saí do meu lugar, e relutante soltei a mão de Daniel e fui em direção ao quarto de Connor. Troquei de roupa no banheiro e fui para perto de sua cama, para ver no grandioso espelho como eu estava : Cabelo escorrido muito bonito e brilhante, maquiagem leve e aerada, vestido confortável e fresquinhos, e saltos bem altos pretos. Me vi a última vez e segui meu caminho.

-Nossa, uau! Que linda- Disse Daniel vindo em minha direção quando cheguei na sala.- Como está a mão?- perguntou pegando minha mão vagarosamente e analisando do jeito fofo dele.

-Muito bem, Obrigada por perguntar e se preocupar, doutor. - dramatizo.

-Que médico seria eu, se não se preocupasse? Ainda mais com uma paciente tão bonita? - sorri.

-Doutor! Eu diria que é um médico cego ou mentiroso. E mais, como pode falar uma coisa dessas?- me fingi de vítima- e se sua mulher nos ver? Sua esposa pode brigar comigo se ouvi-lo falar assim.- Choraminguei.

-Não tenho esposa, benzinho. Então não se preocupe.- disse pegando em meu queixo - Eu poderia beijá-la agora mesmo.

- Uou. Você está fazendo aquela cara. - digp e ele me olha confuso.

- Que cara?

- Aquela carinha. Você sabe. - digo tentando imitar, mas ele apenas a repete.

-Vocês vem?!- gritou Connor do lado de fora da mansão, acabando com nossa brincadeira.

-Por que tanta aflição? Nem vamos com eles.- perguntei à Daniel, e ele em resposta me olhou confuso.

-Maluco! Essa é a única razão.- e explodiu em gargalhadas.

-Com certeza maluco!- e me juntei a crise de riso, enquanto saíamos da mansão juntos.

Após uma pequena porém gritante e nervosa bronca de Connor por causa do atraso, fomos em direção ao prédio de Daniel, afinal ele também precisava se arrumar.

Como sempre, Daniel foi um amor comigo, até chegarmos a clínica. O médico que acompanharia meu pré-natal e faria o meu parto era o Dr. Rodriguez, o mesmo médico que realizaria o meu aborto assistido, ele pareceu bem feliz de eu ter resolvido cuidar e criar do bebê.

Durante a consulta me disse alguns pontos importantes: Não deveria me irritar, não gritar muito, andar em excesso, não brigar, não discutir, nem comer gordura por que isso poderia prejudicar o meu bebê.

O fato mais cômico do dia foi quando o médico me disse que a cabeça do bebê era um pouco grande. Apesar de eu estar com 13 semanas de gravidez e o bebê já medir 5 cm, sua cabeça era avantajada, Daniel foi rindo de mim e fazendo piadinhas da clínica até o endereço onde ocorreria as aulas que vó Alice nos obrigou a ir.

O prédio me pareceu um daqueles que estão condenados e prontos para demolição mas a sensação se foi logo que eu o vi por dentro, ele me ganhou com sua decoração de cores fortes e brilhantes.

Entramos no elevador e fomos em direção ao sexto andar. Assim que descemos do elevador, vimos apenas uma porta no corredor e nos entreolhamos sem entender. Nesse momento, o celular de Daniel tocou e ele se virou para atende-lo, quase que no mesmo instante em que Connor e Alessa chegavam.

-Ai está você- Disse ela- Como foi sua consulta, querida?- Querida? Essa mulher tinha problemas. Nós não éramos e nunca seríamos amigas.

-Bem, o bebê está perfeitamente bem e saudável- Disse olhando para Connor que me ignorava completamente.

-Elle, algo grande aconteceu- veio Daniel me abraçando- e infelizmente não vou poder ficar para a aula com você.- disse eufórico.

-Algo importante? Elle?- perguntei.

-Sim! É sobre o paradeiro de Elle. Preciso ir para Connecticut agora mesmo!

-Claro, Daniel. Vá agora!- comemorei com ele.

-Connecticut? - Perguntou Alessa- É onde eu nasci e fui criada e mamãe ainda mora lá. Aproveitando que está indo para lá, posso ir junto? Quero lhe fazer uma breve visita.- perguntou à Daniel.

-Claro. Mas eu vou agora.- explicou Daniel.

-Tudo bem. Vamos fazer assim: Eu vou com Daniel para Connecticut e vocês ficam e assistem a aula e depois me contam tudo. Ok? Que mandona.

-Certo.- disse Connor, triste. Ela o beijou nos lábios e chamou por Daniel, que me deu um beijo leve na bochecha e a seguiu.

olhei para Connor que me empurrou para dentro da sala sem ânimo. A instrutora nos mandou sentar em algum lugar e começou sua aula. Disse que seu nome era Amanda e pediu que repetissemos a posição que ela estava fazendo.

A grávida deveria se sentar de frente e unir os pés em frente a barriga, enquanto o pai do bebê precionava seus joelhos, fazendo força para baixo. Comecei minha posição sem Connor, por que o mesmo estava mexendo no celular, sem prestar a atenção em mim, ou em nada.

-Agora, indo para a frente, em direção aos pés. - disse a instrutora se levantando, para auxiliar alguns casais. Como aquilo era difícil. sozinha, é claro.- Não fique tenso- Disse a um dos casais. Agora os homens estavam quase de quatro em cima das mulheres. Então olhou para nós sentados um de costas para o outro, e eu fazendo a posição sozinha e disse- Aqueles sentados ali distantes! - Olhei assustada para ela e Connor se virou para olha-la.- Sim! Vocês dois. Vocês poderiam vir aqui na frente por um momento?- levantamos sem jeito, e fomos em sua direção.

-Aqui, esses dois vão ser um exemplo, por favor aplaudam- Disse ao pessoal, olhando para nós.- Connor me olhou apreensivo e olhei para ele sem jeito, enquanto todos davam uma salva de palmas.- Qual o nome de vocês?- Perguntou.

-Elle Cameron- disse.

-Connor. Connor Cameron.

-Vocês já deram um nome ao bebê?- Perguntou Amanda.

-Ainda não- respondi olhando para Connor.

-Temos que fazer um nome para isso?- perguntou Connor e eu abaixei a cabeça.

-Aqueles de vocês que já deram um nome de feto ao bebê, levantem as mãos- e então todos levantaram suas mãos.- Vocês vêem? todos já deram nomes. Como ainda não tem, essa é a lição de casa. Agora por favor se sentem.-Enquanto saíamos ela deu mais uma instrução: Massagear os pés das grávidas.

Pouco a pouco, Connor foi chegando e pegando meus pés, e uma massagem incrível se deu inicio. Havia tempos que eu não me sentia tão bem e relaxada.

-Obrigada, Connor.

-Isso relaxa mesmo?- Eu balancei a cabeça dizendo que sim, e ele continuou.-Quem é Elle?

-Irmã do Daniel, ele a está procurando a alguns anos.

-Agora, por favor, Massagem nas costas. Grávidas se virem e homens massageem suas costas e seios.- O que? Ela disse seios?

Completamente estranhos e desconfortáveis tentamos fazer, mas a instrutora não estava convencida, por isso se ajoelhou ao nosso lado e me fez encostar em Connor, e pegou suas duas mãos e as colocou inteiras em meus seios e mandou que ele apertasse firme. Assim que suas mãos tocaram meus seios nós dois nos repelimos e Connor deu um grito olhando incrédulo para as suas mãos. Saí correndo daquela aula de malucos, mas logo senti uma dor desconfortável no pé da minha barriga, então olhei para Connor nervosa.

-O que foi?

-Nada.

-Uma vez que já sofremos assim, não precisa continuar a vir. Bssta tomar os nutrientes, eu não virei mais.

-Foi bom.- disse sorrindo.

-O que?-Ele parecia confuso

-O bebê e o pai.. fizeram alguma coisa juntos, plea primeira vez.. então.. foi bom.- A dor se intensificou mas eu não disse nada.- A criança aqui dentro, deve ter sido feliz porque veio com o pai. Muito obrigada.

-Como.. como você sabe disso?- ele parecia emocionado, talvez?

-Depois de me tornar uma mãe, eu acho que sei. é realmente interresante.- E exclamei de dor.

-O que? onde dói?

-Não é exatamente isso.. meu estômago.

-Estômago? onde?- e me puxou para a cadeira mais próxima.

-Está com fome. - Falei sem graça.

-O que? Você está brincando?- Brigou comigo.- Tome, leve e compr o que quiser.- Disse pegando a carteira e me dando um de seus cartões.

-Obrigada, mas eu tenho dinheiro. Obrigada.

Corri para peerto do elevador e ele veio atrás de mim, quando as portas se abriram uma menina muito bonita e aparentemente jovem olhou séria para Connor.

-Hey! Como está? o que faz aqui?

-Mary?- perguntou ele branco,

-Sim! Olá! Não vai me apresentar?- ela girava o copo em sua mãoe apontava para mim.

-Então, CEO- Falei sem pensar muito- Foi muito boa a palestra para as crianças da companhia. te vejo amanhã na empresa.- me curvei e saí de lá. Ele me olhava sério. -Ah, certo. até amanhã.

- Secretária.- ele disse a garota, apontando para mim.

-Ei, você- disse ela e eu gelei no meu lugar. Ela veio devagar e olhou séria para mim.

-Pode..- Olhou fixo nos meus olhos- Jogar isso fora?- e sorriu, me entregando o copo em sua mão.

-Claro que posso! Sem problemas- Disse rindo para ela e ao fundo ouvi Connor dizer " Será que elaa não tem mãos? Será que é tão burra que não acha uma lixeira?" e me fez sorrir.

-Obrigada.

Ela se virou e foi falar com um Connor com uma arranca horrível no rosto, e sem sorrisos. eu me virei e fugi sde lá o mais rápido que consegui.

[11 SEMANAS DEPOIS.]

Estava deitada no jardim tentando refletir sobre os meus sentimentos. O que estava acontecendo? Eu gostava de Connor? Tudo o que ele fez por mim, inclusive o que falou para a neta de um dos anciões do conselho me deram um pouco de esperanças de que talvez Connor possa gostar nem que seja um pouquinho de mim e eu gostava disso.

Não sabia se queria ficar com Connor, mas eu gostava do fato dele estar por perto e por cuidar de mim. Se fizesse mais vezes como fez na última vez que nós saímos, para mim estaria ótimo.

******
-O que acha dessas roupinhas?- estavamos em frente a uma loja de bebê, comprando roupinhas brancas por que vó Alice mandou- Não são lindas?- perguntei à Connor que sorria.

-São todas iguais, Elle- disse a mim rindo.- Mas se você gosta vamos comprar! O que importa é se você gosta! - Disse rindo e me fez cair na risada também. Essa foi a primeira vez que ele me fez rir.

******

A música tocando no meu celular, fazia eu me acalmar, e me acalmava porque essa música me fazia pensar em Daniel.

A drop in the ocean, essa era mesmo a música dele, a história de alguém que pensa ser só uma gota no oceano, não ser nada de importante, e não perceber a importância que tinha. Pensar em Daniel fez eu questionar se gostava do fato de Connor mexer comigo.

Era impossível eu pensar lógicamente perto de Daniel, seus olhos sempre tão intensos e sua boca tão convidativa, combinados ao fato de ele sempre me provocar deixavam isso impossível.

Lembro do quanto ele voltou triste e inconsolável de Connecticut, quando descobriu que não era a sua irmã, passou semanas sem falar comigo direito e sempre cabisbaixo. há duas semanas tinha voltado a ter notícias do detetive que procurava a sua irmã, ele havia achado a irmã de Daniel, e ele a tratava como uma rainha, Mas algo naquela moça me deixava inquieta. As vezes parecia que ela comia Daniel com os olhos. E que tipo de irmã faria isso? Estamos em Game of Thrones por acaso?

-Pode abaixar isso?- disse Connor atrás de mim- É irritante.

-Desculpe- disse desligando o som.- Quer me falar alguma coisa?- perguntei, observando sua inquietação.

-Sim. Elle eu não vou poder ir com você amanhã.- Disse se referindo a ir a clínica. Isso não era justo. Iriamos descobrir o sexo do bebê, uma vez que finalmente completei 24 semanas de gestação.

-Isso não é justo, Connor! Por que não vai poder?- perguntei incrédula.

-Preciso ir com Alessa até a casa da mãe dela. - explica e eu me irrito.

-Alessa? De novo, Alessa? Será que só ela esta grávida, Connor?- falei me levantando e indo até ele.- Só ela carrega um Cameron no ventre?

-Elle, ela tem prioridade. - diz.

-Prioridade? Eu sou sua esposa! Quem tem mais prioridade que eu? - explodo mesmo já sabendo a resposta.

-A mulher que eu amo, Elle! A mãe do filho que eu quero!- aquilo foi uma facada sem tamanho, doeu tanto que meus olhos se encheram de lágrimas no mesmo momento.- Pode ser que eu ter saído com você a algumas semanas, e estar te tratando melhor te confudiu não foi? Então me deixe esclarecer as coisas: EU NÃO SOU SEU ! NÃO TE AMO! NÃO QUERO ESTAR PERTO DE VOCÊ! - E as lágrimas resolveram tomar banho de piscina nos meus olhos, que ótimo!

-Você.. - tentei falar- Disse que não quer o meu filho? Foi isso que eu entendi?

-Sim, Elle. Você sabe bem disso. Ele não foi planejado, nem querido, nem concebido com amor. Nós não nos amamos, nem ao menos temos consideração um pelo outro.- e saiu andando sem dizer mais nada. eu sou mesmo muito burra.

Como se tudo não pudesse ficar pior, meu celular tocou e vi no visor MAMÃE e meu coração se afundou. Saí de perto de onde briguei com Connor e vi algumas lágrimas caírem. Peguei o celular e coloquei no ouvido.

-Hmm..

-Elle?- disse mamãe. Como era bom ouvir sua voz depois de tanto tempo.

-Aqui, mamãe.- tentei controlar a voz.

-O que aconteceu? Por que essa voz?- Não se pode enganar uma mãe, afinal.

-Saudade mãe. Queria você perto de mim. - digo tentando mudar de assunto.

-Foi por isso que eu liguei! Para te dizer que nós abrimos um novo restaurante. E aqui em NY!

-Novo? Mas como? - pergunto confusa.

-Os negócios melhoraram e nós ampliamos. Venha nos ver amanhã tudo bem? Estou louca para te ver minha menina, e traga o genro com você.

-Ele não pode. Posso levar um amigo? - pergunto.

-Claro, querida. Ele está te tratando bem?- Não

-Sim, mamãe. Connor é o melhor marido do mundo, me trata bem e me faz perceber o quanto sou amada.- minto - Mas nós não vamos dar certo como casal. Estou apaixonada.

-Eu não disse que era questão de tempo vocês começarem a se dar bem? Apaixonada, é? Por esse seu amigo? Quero muito conhecê-lo. Agora vá descansar, ok? Peço para a sua irmã ligar para te passar o endereço... - fez uma pausa e eu ouvi gritos ao fundo.- Ela disse que te manda uma mensagem no Line. Mas eu não sei o que é isso.- Sorri ao imaginar a cena.

-Tudo bem. Eu espero. Te amo mãe. Até amanhã.- Ao fundo ouvi minha mãe me dar thau e perguntar a alguém "Como desliga isso?" e sorri tristemente sobre isso.

-Desculpe, mãe.- disse à mim mesma.

-Elle! -Alguém chamou no portão e vi que era Daniel. Como eu precisava dele agora. Enxuguei as lágrimas imediatamente.

-Entra!- Liberei sua entrada com o controle da minha chave que sempre estava comigo.

- Que saudade!- disse me abraçando.

-Você voltou para mim? Porque agora só liga para a Elle - disse ciumenta.

-Desculpe minha musa, muitos anos para repor em poucos dias.- disse se fazendo de culpado.

-Desculpa meu anjo. Eu estava brincando. - sorrio e ele abaixa e beija minha barriga.

Daniel riu e me soltou, então eu o arrastei para o lugar onde eu estava antes de brigar com o Connor.

-Aqui é lindo a noite.- disse.

-Mas vai chover. Olha só como o céu esta nublado?!- quase não se via o céu e não tinha nenhuma estrela.- Não tem estrelas.

-Você é uma estrela linda!- disse rindo.

-Estrela? Não use suas falas clichês comigo.- Disse rindo para ele.- Você vai a exposição da Alessa amanhã?

-Claro que devemos ir! Nós tiramos aquelas fotos no elevador!- é mesmo.

-Tinha esquecido..

-Elle? - falou.

-Oi. - disse rindo.- que?

-Quer dançar? - Se levantou e esticou a mão para mim.

-Qual música? Tenho algumas aqui no celular.

-Você tem "You and me -Lifehouse"?

-Claro que tenho. A música é perfeita.

Coloquei ela bem alto e suas estrofes começaram. Não tinha música mais linda que essa. Antes de ir para os braços de Daniel, coloquei o celular dentro da varanda, porque se chovesse não o molharia. Depois corri para seus braços e começamos a dançar.

'Cause it's you and me and all of the people

With nothing to do, nothing to lose.

And it's you and me and all of the people and

I don't know why I can't keep my eyes off of you.'

[TRADUÇÃO]

"Porque somos eu e você e todas as pessoas

Com nada a fazer, nada a perder.

E somos eu e você, e todas as pessoas, e

Eu não sei porque não consigo tirar meus olhos de você."

-Elle.. Me perdoe por isso.- Disse sem me dar muita chance de responder.

-O que?- e então senti um pingo de chuva cair no meu braço, e outro e mais outro.- Daniel a chuva! Corre!

- Não. - Ele segurou meu braço. - Como diz uma frase que eu amo ".. E nesse momento, somos infinitos".

-O que? Vamos entrar! Você está ensopado!- protestei.

-Você já vai entender- disse se aproximando de mim.

Não entendi o que quis dizer, só pensava em como estava encharcada agora. Quando achei que Daniel correria para a varanda, seus braços vieram para a minha cintura e então seus lábios se grudaram aos meus.

Um beijo forte, e nem um pouco casto, um beijo do tipo " Beijão de filme ". Seus lábios começaram a se mover e entrei em seu ritmo, lento e forte e então evoluímos para um beijo mais profundo e carnal. Nosso beijo finalmente sentido, tanto esperado, tanto provocado e tão sonhado era tão bom e reconfortante que eu entendi o que ele quis dizer com " Somos infinitos".


Notas Finais


Espero que curtam, escrevi esse um pouco maior né? tenham paciência por fravor. Obrigada por acompanharem ansiosamente a história desse casal.


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