História Príncipe Encantado - Plano da Trish

Pov Ally

Estava totalmente envolvida naqueles intensos olhos de Austin, quando sinto uma coisa macia tocar meus lábios, fazendo-me sentir a melhor sensação do mundo. Austin estava me beijando... Isso não podia estar acontecendo. Provavelmente seja um sono apenas. Mas, na verdade, não é. Beijar é incrível, mas com ele era melhor ainda. Infelizmente, quando nossos pulmões necessitaram e imploraram por ar, nos afastamos, eu mais corada do que nunca.

-Austin...e...eu- Tentei falar, mas ele tapou minha boca com aquelas suas grandes mãos e disse, docemente:

-Shiu, não fala nada, só escuta, tudo bem?- Assenti –Allycia Dawson, desde o primeiro dia que te vi, percebi como era especial e tive a melhor oportunidade do mundo, que foi virar seu amigo e agora, parceiro... O que quero te falar faz tempo é que...- Ele foi cortado por um barulho horrível de uma trombeta. Olhei para observar de onde o som vinha e de lá veio Trish, carregando sua cadeira, com uma cara nada boa. Será que eles tinham brigado? Dei um suspiro. Queria ouvir o que o Austin diria, mas depois ele me contará, assim espero...

-Atrapalhamos alguma coisa?- Disse ela, se referindo ao jeito próximo que estávamos. 

-Ohh, nã..não...cl...claro que não...- Repondi, levantando-me. Percebi um olhar meio triste na expressão do Austin, mas logo voltou ao normal.

-Que ótimo, não queríamos atrapalhar nada Auslly!

-Hã? Auslly?- Perguntamos, em uníssono.

-Nada não...- Disse Trish, mexendo em seu cabelo. Era a mesma coisa quando ela queria dizer que estava sem jeito ou tinha falado demais.

Pov Trish

Resolvi deixar o quase casal sozinhos na praia e falar com o Dez a minha ideia de juntar Austin e Ally, o que forma o shipp = “Auslly”. Enquanto falávamos sobre como poderíamos juntar os dois, a mãe do Austin entrou na conversa. Acabamos a integrando ao grupo. Iríamos fazer o seguinte: Se eles não se resolvessem na praia sozinhos, começaríamos o “nosso trabalho”. Bom, nesse emprego não quero, nem vou ser demitida. Cumprirei minha tarefa de fazer minha amiguinha entregar o coração, se já não entregou, para um menino. Fomos dormir, pois amanhã seria um longo dia.

Dia lindo, como vai você? Virei para a cama da Ally e estava toda bagunçada, mas nenhum sinal dela, provavelmente acontecera alguma coisa. Acordei Dez e fomos a caminho da praia, mas o bendito levou sua trombeta e começou a tocar, o que atrapalhou alguma coisa de interessante acontecendo com nossos alvos...

-Dez, vou te matar!- Peguei a porcaria da trombeta, jogando no chão e pisando totalmente. Virou apenas pedacinhos pretos na areia. Fui até eles, que estavam abraçados e um no colo do outro. O que tinha ou iria acontecer, infelizmente teremos que marcar outra data, graças ao meu namorado!

-Ai gente, não quero ficar nesse tédio na praia, vamos jogar alguma coisa?

-O que? Banco imobiliário?

-Não, detesto esse jogo!- Falei, bufando.

-Perguntas e respostas?

-Você quer dizer verdade ou desafio, Austin?- Perguntei interessada, tinha vários desafios para fazer.

-Não, perguntas e respostas mesmo. Verdade ou desafio não dá para rodar a caneta na areia...

-Eu estou dentro.- Balbuciei.

-Também!

-E você Dez?

-Preferia Banco Imobiliário, Trish. Mas tudo bem.

-Quem começa?- Perguntei.

-Vamos começar pelo sentido horário.

-Não, anti-horário, pois odeio coisa sempre igual!

-Tudo bem, Ally. Trish, você começa.- Até sei o que perguntar.

-Austin, qual é o tipo de garota que faz você se apaixonar?- Ele pensou um pouco e respondeu:

-Fofa, tímida, carinhosa...

-Praticamente a Ally?- Ele corou.

-Já fez a pergunta, agora sou eu!

-Tudo bem...- Guardei fôlego para a próxima vez.

-Dez, qual foi sua primeira paixão?

-Pela Trish...

-Sei...

-Calado, sua vez, Ally!

-Austin, alguma garota já te traiu?

-Boa, Ally!- Falei, morrendo de tanto rir. Acabei me engasgando com o suco de laranja que tomava.

-Não.

-Finalmente, Ally você namoraria o Austin?- Dez, eu te amo! Ótima pergunta! Quando ela abriu a boca para falar alguma coisa, a mãe dele chegou e disse:

-Calma que também quero ouvir a resposta!- Ally corou e olhou para baixo, dizendo um "sim" baixo, mas confiante, ao mesmo tempo. É isso aí garota!

–Meu filho podendo!

-Mãe!- Austin corou mais ainda.

-Também quero jogar!

-Estou com fome! Vou fazer alguma coisa para comer, me ajuda, Alls?

-Claro! Tchau gente.

Pov Austin

Fiquei mexido com aquela resposta. Ela me namoraria! Resolvi que era melhor sair de lá, para evitar mais perguntas ou respostas constrangedoras, principalmente com minha mãe estando ali.

-Gosta de Strogonoff?- Perguntei, a menina mais linda do mundo, cortando meio que o clima de tensão lá na cozinha.

-Amo! Mas não sei fazer...

-Eu sei, bem é a única coisa que faço e fica bom.

-Então vou comer um prato a la Austin?

-Sim senhora, se sinta privilegiada! Eu O-D-E-I-O cozinhar!

-Que fofo! Vai cozinhar só para “Mim”- Ela apertou minhas bochechas.

Fiquei um tempo temperando e cortando os frangos, na companhia de Ally. Na hora de misturar o Ketchup “sem querer” derrubei na blusa dela.

-Está doido? Vai me pagar!- Pegou o pote de mostarda e jogou em mim. Ficamos um correndo atrás do outro, jogando mostarda e ketchup.

-Que bagunça!- Ops, minha mãe apareceu na porta da cozinha.

-Ferrou...

-Sim, vocês vão agora limpar tudo isso!

-Sem problemas, mãe.- Meia hora depois, estava a janta pronta e a cozinha brilhando. Apenas faltava nós nos limparmos, pois estávamos parecendo dois escravos. Minha mãe olhou e revirou os olhos. 

-Vão tomar banho.- Impôs, rindo. 

-Com prazer.- Fomos para nossos quartos. Antes de entrar no box, separei minha roupa. Era uma calça preta, uma camiseta vermelha e meu tão querido tênis preto.

Depois de comermos, pegamos um filme na internet e baixamos no notebook em que Ally tinha levado. Era um novo chamado “A Culpa É da Estrelas”, um livro perfeito que tinha lido. Ele foi o único do mundo de filme e esses gêneros que me fez chorar no final. Claro que o livro é 85% melhor, mas foi ótimo também. Tinha uma ruiva fazendo o papel da Hazel a que narra toda a história linda, mas ainda assim prefiro minha Allyzinha! Nem sei como tive coragem para quase me declarar... Porém, agora mais do que nunca, preciso esperar o momento certo...