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História Príncipe (Hiatus) - Impulso


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Olá gente, me desculpem mesmo pela demora de atualizar a fic, foram duas semanas sem atualizar a fic, realmente me perdoem... Mas trouxe um capítulo fresquinho para vocês, tenham uma boa leitura :)

Capítulo 8 - Impulso


Marcus acordou sentindo o peso de algo sobre o seu peito esquerdo.

Abriu vagarosamente os olhos se deparando com a cena que poderia facilmente descrever como a mais linda que já viu em sua vida.

Como Charlie conseguia ser tão lindo?

Como nunca antes havia reparado na beleza do menor?

Seu rosto era tão meigo tanto acordando quando dormindo, os cílios um pouco longos lhe caiam perfeitamente bem. Seu tom de pele médio, nem tem claro, mas também nem tão escuro... Tudo parecia se encaixar tão perfeitamente bem.

Apenas teve vontade de morder cada cantinho do seu rosto e fazê-lo acordar numa crise risos.

Sua gargalhada era contagiante.

Em pouco tempo passou a observar todos os seus traços e os decorou como se aprendesse algo importante para nunca mais esquecer.

Charlie era inesquecível e viciante.

Após despertar totalmente, Marcus tirou a parte do edredom que lhe cobria, tomando o máximo de cuidado possível para não acordar o mais novo.

Parou o que fazia apenas para observar por mais alguns segundos o rosto de Charlie.

- Hum... – Ouviu o mesmo resmunga e mexer, encolhendo-se mais sobre o seu peito desnudo.

Marcus paralisou no instante que sentiu e notou que havia algo sobre o seu membro desperto.

Estava tendo mais uma de suas ereções matinais e rezava internamente que não fosse à mão de Charlie sobre o seu “amigo intimo”.

Com cuidado desceu o edredom sobre os corpos até que cobrisse apenas os pés.

- Caralho... – Esbravejou vendo uma mão cobrir metade do volume coberto pela cueca boxer.

Charlie estava dormindo e mesmo que estivesse acordado jamais faria algo do tipo. Definitivamente estava tendo mais um dos seus sonos pesados. Quando dormia, só um barulho estrondoso para acordá-lo.

O loiro suspirou sentindo uma forte pontada em seu baixo ventre.

Estava sendo tentador demais.

Sentia sua ereção doer cada vez mais implorando para que fosse liberta da cueca.

Charlie ao seu lado, respirando perto da sua pele apenas piorava a sua situação. Precisava se levantar urgentemente, antes que fizesse alguma besteira que se arrependesse mais tarde.

Com cautela conseguiu afastar a mão de Charlie do seu falo colocando-a sobre o colchão.

Olhou por uma última vez o seu rosto antes de se levantar e ir em direção ao banheiro.

Achava sujo e errado, mas durante o banho criou em sua mente uma imagem de Charlie nú, sem roupa alguma para cobrir o seu corpo.

Com isso conseguiu se aliviar, livrando-se totalmente da ereção.

Não era a primeira vez que se masturbava pensando em Charlie, e não seria a última.

Charlie era tão puro. Achava errado associar a sua imagem a algo tão pornográfico e indecente, mas os seus instintos eram quase que incontroláveis.

De repente imagens da noite passada vieram á tona a sua mente.

Mason beijando Charlie.

Charlie dando-lhe banho.

Definitivamente fora uma noite intensa cheia de emoções.

Mas se acaso avistasse o seu, infelizmente primo, Marcus não saberia se conseguiria controlar a sua fúria. Estava possesso por ver o seu garoto aos beijos com o outro. O loiro tinha a total certeza de que Mason aproveitou do momento embriagado de Charlie e o usou.

Sabia das suas intenções com o menor e não permitiria que o mesmo encostasse um dedo em Charlie.

Esperava que o dorminhoco não se recordasse da noite anterior.

 

- - - - - - - - -

 

Revirando-se sobre a cama Charlie desperta sentindo uma forte luz machucar os seus olhos.

Estava mais sensível que o normal.

Sentia uma sede nada comum.

Levanta-se já pressentindo uma leve tontura, mas que não o impediu de chegar à cozinha.

A parte difícil fora descer as escadas.

Suspirou aliviado por não encontrar ninguém na casa.

Se deparar com a mãe de Marcus no estado em que se encontrava era a última coisa que desejava.

- Oh, querido. – O garoto trava antes de chegar à geladeira e abrir a porta.

- Tia! – Sorrir nervoso

- Adoro quando me chama de tia, sem essa de senhora. – A mulher caminha em sua direção para selar um beijo em sua testa – Vi que você e o Marcus chegaram ontem um pouquinho... Eh... Tarde.

- Então... – Charlie coça a nuca sentindo-se cada vez mais constrangido – O Marcus acabou passando um pouco dos limites... O Taylor nos trouxe para cá.

- Não posso reclamar. Eu também já tive os meus momentos ao lado de colegas... Enfim... – A mais velha olho-o no fundo dos olhos – Eu fico contente de você ter cuidado do meu filho, você é um anjo que caiu do céu.

- Ah, não é para tanto. – Sorrir acanhado. Lidar com elogios não era o seu forte – O Marcus é o meu melhor amigo. Me senti na obrigação.

- Amigo é?

- Quê? – Junta as sobrancelhas em confusão.

- Nada meu querido!

- Mãe, pare de encher a cabeça de Charlie com besteiras. – O loiro aparece agora vestindo um calça jeans clara e uma camisa com as mangas dobradas até o cotovelo.

- Pelo contrário, meu filho, estávamos conversando justamente sobre você. - A mulher direciona o olhar de um para o outro.

O loiro cerra os olhos – E sobre o que estavam falando sobre mim?

- Que da próxima vez você deve maneirar na hora de beber... Imagina se o Charlie não tivesse aparecido, hein mocinho?

- Mãe...

- E você sabe bem que eu não gosto que beba. – O repreende num tom pouco severo – Agora que o seu irmão largou com muita dificuldade o vicio do álcool, você vem com essa...

- Dona Júlia, isso não irá acontecer mais! – Sabia que a sua mãe odiava bebida, seja qual fosse.  As consequências de quebrar as regras seria um grande sermão, algo não tão severo assim, afinal como a mesma já disse, não iria esquentar a cabeça por irresponsabilidade dos filhos já crescidos. E apesar de tudo, não gostaria de ver sua mãe decepcionada consigo.

- É bom mesmo! Imagina um homem desse tamanho levando palmadas por ser desobediente.

Charlie tampa a mão com a boca para que o riso não escapasse.

Marcus coça a nuca, totalmente constrangido.

Tão crescido e ainda levava lição de moral da própria mãe.

- Enfim... Eu preciso ter uma conversa um pouco séria com você. – Seu tom havia mudado para um mais preocupado e receoso.

- Então eu vou subir! – Charlie dita já se pondo a sair da cozinha.

- Você pode ficar querido.

- Ah não, eu realmente preciso usar o banheiro. – Completa. Só fora a cozinha beber água.

Antes de sair lançou um rápido olhar para Marcus.

O silêncio imperou por segundos no recinto, até que a mais velha arrisca se pronunciar.

- Eu e o seu pai estamos nos separando!

Marcus mantém a mesma expressão. Não fora uma grande surpresa para si.

- Já imaginava mãe.

- Agradeço por você e o seu irmão já serem grandes o suficiente. Não foi uma decisão fácil, mas nem eu e o seu pai estávamos bem nesse casamento.

Os últimos dois anos foram complicados. Brigas e discussões constantes, o que acabou mexendo um pouco consigo e no seu comportamento.

O esporte simplesmente o salvou e libertou a tensão que havia dentro de si.

Mas a principal causa da sua mudança foi Charlie.

Estaria sua vida voltando aos trilhos novamente?

- Seu pai irá voltar para a cidade natal.

- Hm... Isso é bom, ele ama aquele lugar.

- Sim... Fale com ele mais tarde.

- Aham, eu irei telefonar para ele assim que tiver tempo. – O loiro recua pronto para deixar a cozinha.

- Querido.

- Sim?

- Não deixe o Charlie escapar. – A loira piscar um dos olhos.

Marcus acena com a cabeça deixando de vez a cozinha.

Não imaginava que a conversa seria tão tranquila assim.

Estava sem palavras.

Adentrou o quarto avistando Charlie revirar o seu guarda-roupa.

Aproximou-se calado. Sabia que o moreno estava atrás de algo para vestir, a dificuldade era encontrar algo que lhe coubesse.

- Use essa. – Sem cerimônia, colou o seu corpo as costas de Charlie, estendendo o braço para alcançar uma camisa no fundo do guarda-roupa.

Charlie sentiu um choque percorrer o seu corpo que o fizera ter que se segurar a porta do guarda-roupa por tamanho impacto.

- Tudo bem, príncipe? – O loiro fez questão de encostar os lábios a orelha de Charlie – Está tenso.

- N-n-na-nada não. – Vira-se dando dois passos para trás.

Suas mãos seguravam fortemente a camisa.

Marcus sorrir de ladino. O outro estava vermelho como um tomate, a coloração avermelhada chegava até mesmo as suas orelhas.

Tão fofo.

De repente um som de uma música agitada preenche todo o ambiente.

- Eh, eh... O meu celular. – O moreno retira de forma desajeitada o objeto do bolso da calça, quase o fazendo cair ao chão. Desliza o dedo sobre a tela, dando um “Oi” em seguida – Joey? – Franze o cenho – Por que está falando desse jeito? – Pergunta ainda sentindo o seu rosto arder – O quê? Você o quê?... Cadê a mamãe? Espera... Como assim?

Marcus arregala os olhos, rindo a cada expressão que o mais novo fazia.

- Mamãe não vai poder te levar para a escola?... Gastrite?... Ela ou você?... Ah, ok. – Acena a cabeça ainda um pouco confuso – Você o quê? – Aumenta o tom – Joey, aquilo não era refrigerante, e sim energético. – Tampa metade do rosto com a mão – Eu guardei no fundo da geladeira justamente para você não pegar... Oi?... Eu conheço bem você... Fala mais devagar!

Marcus já dava altas gargalhadas. Pelo pouco que entendeu, Joey havia aprontado uma, e bem grande.

- Ei! Não desligue! Joey! – Charlie tenta novamente retornar a ligação, mas o outro celular parecia estar desligado – Não acredito que ele fez isso.

- Seu irmão é uma pestinha.

- Oh não, mamãe deixou várias mensagens para mim. – Charlie deslizava o dedo apressado para ler cada mensagem – “Estou indo ao médico. Joey ficará sozinho, volte o mais rápido possível. Beijos”.

Charlie massageia a têmpora, já sentindo o estresse que teria para lidar com um Joey energético... Literalmente.

- Ei, ei... – Marcus retira a sua mão do rosto – Não se preocupe, eu irei buscar as chaves do carro e levarei Joey para a escola. Ok?

- Você faria isso mesmo? – Pergunta com os olhos brilhosos – Ah, mas não vai dar, temos aula e chegaremos muito atrasados.

- Sem estresse, vá tomar um banho. Irei tentar ligar para o pequeno de volta. – Charlie acena concordando, pegando a camisa que havia caído no chão e pondo o celular na escrivaninha ao lado.

- Marcus.

- Eu.

- Essa camisa vai ficar um pouco grande em mim, não acha? – O garoto põe a mesma sobre o seu corpo – E ela é a sua preferida. – Recorda-se de quando Marcus a havia usado amassada e com uma mancha de um molho esquisito. Havia milhares e mesmo assim ele insistia em usar a mesma.

“Por isso eu quero que use”. O loiro pensa – Sem problemas, pode usar.

- Ok, então. – Charlie passa rapidamente por si entrando ao banheiro em seguida.

Sabendo que o outro iria demorar um pouco dentro do banheiro, Marcus decidiu se entreter com um jogo em seu celular, esquecendo-se de buscar as chaves do carro com a sua mãe.

- Marcus! – Ouve o seu nome ser chamado, mas sua atenção estava unicamente voltada ao jogo – Marcus! – Um pano é jogado em seu rosto.

O loiro a retira olhando diretamente para a entrada.

- Algum problema? – Levanta-se andando em direção a Charlie. O mesmo estava molhado e com apenas a cabeça de fora do banheiro.

- Preciso de uma toalha.

- Oh, vou pegar. – O clima estava um pouco frio, e consequentemente Charlie sentia leves tremores em seu corpo molhado.

Já não aguentava mais a demora.

- Marcus!

- Calminha. Eu estou procurando! – O loiro às vezes olhava de relance para a entrada do banheiro. Charlie estava tremendo de frio – Aqui! – Retira a toalha da cômoda dando a Charlie – Seja rápido.

- Ok.

Minutos mais tarde Charlie reaparece enxugando seus cabelos com a toalha.

- Eu vou colocar meus sapatos.

O loiro acena descendo as escadas para esperá-lo na garagem.

- Vamos? – Pergunta ao ver o menor se aproximar mexendo em seu celular.

- Vamos!

 

                                                                    - - - - - - - - - - - - - - -

 

- Joey, se comporte. Por favor! – O mais velho pede ao que Marcus estacionava o carro de frente a escola.

- Eu vou me comportar. Por que não me comportaria? – Joey dita em um só fôlego.

- Olhe só para você. – Charlie nega com a cabeça – Mamãe só voltará à tarde, qualquer coisa ligue para mim. Nossa vizinha Deisy irá vim buscar você.

- Eu ligo. – Revira os olhos com a preocupação do seu irmão.

- Tchau, pequeno. – O loiro bagunça os seus cabelos.

- Não faz isso. – Afasta-se e emburrado tenta ajeitar os seus cabelos com o cabelo. Marcus rir, Joey era uma graça – Marcus aparece lá em casa a tarde para a gente jogar um pouco.

- Isso é um convite?

- Sim, ué... O Charlie depois faz algo para a gente comer.

- Ei! Quem disse que eu vou fazer alguma coisa? – Cruza os braços, olhando para o seu irmão pelo retrovisor.

- Seu chato! Não sei como você consegue namorar com ele, Marcus. – O pequeno sorrir maléfico descendo rapidamente do carro antes que alguém dissesse algo.

Charlie abre e fecha a boca descrente com o que o seu irmão disse.

- Então... – Marcus finge uma tosse – O que você pretende fazer para comermos quando eu for a sua casa à tarde?

Charlie fecha a cara não o respondendo.

O loiro sorrir. Era deveras maravilhoso despertar expressões do outro. Charlie era como um livro aberto que Marcus amava ler.

A trajetória fora um tanto silenciosa, com Charlie a mexer em seu celular o tempo todo, sem sequer a olhar para os lados. Marcus sentiu uma pitada de curiosidade para saber o que Charlie tanto fazia em seu celular.

Às vezes o via dar um risinho ou outro.

- Com quem está conversando? – Não conseguiu conter o ciúme no tom de sua voz. Era quase impossível não sentir quando se tratava de Charlie. Tinha plena certeza que o problema estava em si, sentir tanto ciúmes por alguém não era normal. O que poderia fazer se era tão inseguro

Queria Charlie unicamente para si.

Se Charlie sentia o mesmo, não sabia. Sua insegurança era justamente essa, medo de não ser correspondido, não ser reciproco.

- Com um primo.

Marcus junta as sobrancelhas.

- Primo é? –O sinal do trânsito fecha, podendo assim dar atenção a Charlie sem preocupação.

- Um primo distante. – Charlie volta a dar atenção ao seu celular.

- E onde ele mora?

- Eu nem perguntei. – Rir enquanto digitava em seu celular – Oh, Japão...

- Japão?

Charlie demora alguns breves segundos para responder – Aham... A esposa dele é japonesa, ela engravidou de gêmeos então eles decidiram voltar ao Japão.

Marcus entreabre a boca lentamente.

Havia sentido ciúmes á toa?

- Mamãe só me falou dele agora, ela me passou o contato dele e passamos a conversar... Incrível não é? – Um sorriso ilumina o seu rosto – Ele adorou me conhecer e me convidou para ir ao Japão quando eu estivesse com tempo disponível.

- Sério? – De repente sente um nó se formar em sua garganta. Charlie iria ficar novamente distante de si, isso não era bom, nada bom.

- Sim! Eu nunca fui para um lugar tão distante em toda minha vida... Quer dizer eu estive fora do país, mas não tão distante assim, nossa... – Fala em um só fôlego.

- Isso... Isso é maravilhoso. – Engole a seco e decide voltar sua atenção ao trânsito.

O sinal abriria a qualquer instante.

- Demais... Sonho em poder visitar vários lugares. – Seus olhos nunca antes estiveram tão cheios de brilho.

Marcus sentiu inveja.

Queria ser o causador de toda essa felicidade repentina, que o sorriso crescesse em Charlie por sua causa.

Fazê-lo ser feliz e realizado era o seu sonho.

- Eu posso te levar a um lugar mais distante.

- Duvido. – Charlie olha-o de relance com as bochechas vermelhas pela emoção.

- Já foi ao Hawaii? – Pergunta voltando a dirigir após o sinal abrir.

- Não. Você já foi?

- Já.

Charlie junta as duas mãos de frente ao rosto, desacreditado.

- Marcus!

- É sério. – A expressão no rosto do mais jovem era um tanto engraçada – Minha tia-avó mora lá, mas já faz um tempo que não vou e não a vejo... A minha última visita eu ainda era pequeno... Que nem você.

Charlie descruza os dedos dando uma tapa em seu ombro – Ok, Homem Monte-Everest.

- Gostei do meu novo apelido. – O loiro estaciona o carro perto de uma árvore, vendo alguns alunos chegaram tão atrasados quanto a si mesmo.

- Marcus.

- Sim?

- Você me levaria ao Hawaii?

- Por que não?

Charlie baixa a cabeça, sorrindo de modo totalmente envergonhado.

- Eu prometo que te levo.

- Hum... Como?

Marcus respira profundamente antes de buscar levantar o rosto de Charlie com os dedos da sua mão. O mesmo não o olhava nos olhos, mas isso não o impedia de avançar e capturar os lábios do menor em um beijo.

Charlie arregala os olhos, prendendo a respiração.

Sua mente parecia processar lentamente o que estava ocorrendo, mas parecia estar travada. Todo o seu corpo estava travado, sem conseguir fazer nenhum movimento.

Marcus está me beijando.

Marcus está me beijando.

Impaciente por não poder se locomover, Marcus desprende-se do cinto de segurança, avançando contra Charlie que estático ainda se encontrava.

Sua mão agarra a nuca do mais novo, não deixando brechas para que o mesmo escapasse enquanto era beijado num modo quase que animalesco.

Charlie não tenta se desvencilhar, não tenta escapar. Apesar do choque, não tinha motivos para isso.

Sua mente despertou tirando-o do transe, seu corpo destravou amolecendo completamente nos braços de Marcus.

Aos poucos o beijo fora diminuindo de intensidade, Marcus sentou-se de volta ao banco do motorista trazendo Charlie para se sentar em seu colo.

Atacou novamente os seus lábios, como se o resto de sua vida dependesse totalmente disso.

Foram meses, quase um ano, tendo se conter, seus corpos necessitavam um do outro.

Sua língua buscou conhecer cada canto da boca de Charlie, seus braços apertaram fortemente o corpo contra ao seu.

O ar fez falta em seus pulmões, mas Marcus parecia não estar disposto a soltá-lo. Estava totalmente tomado pelos instintos mais primitivos.

- M-Marcus. – Gemeu entre o beijo e com esforço conseguiu uma brecha para afastar as bocas – P-preciso de ar. – Com vergonha escondeu o seu rosto entre o ombro e o pescoço de Marcus.

O loiro se desculpou ainda tomado pelo impulso, mas não estava disposto a parar tão cedo.

Seus braços continuaram ao redor do corpo menor, não deixaria que Charlie se afastasse. Precisava do moreno consigo. Colados, a ponto de se fundirem, se possível.

Os corações de ambos estavam acelerados pela grande carga de emoções.

Marcus deixou a boca de Charlie, mas buscou por sua pele, onde se aproveitou da aproximação e depositou inúmeros beijinhos molhados em seu pescoço.

Submisso pelas sensações, Charlie tombou mais a cabeça para o lado, deixando que sua pele ficasse totalmente exposta ao outro.

Tomado por uma vontade louca e insana de deixar sua marca, Marcus sem hesitação alguma sungou parte da pele do pescoço de Charlie.

Suas pupilas estavam totalmente dilatadas.

- Hmm... – Charlie se agarrou mais ainda corpo do loiro, sentindo a boca abandonar o seu pescoço e uma ardência tomar conta do local.

Marcus morde o próprio lábio ao ver a marca perfeita que deixou na pele. Grande e vermelha, com certeza ficaria roxa mais tarde. Estava satisfeito.

- Você me desperta tanta coisa... Meus instintos gritam por você... – Charlie arrepia-se com o grave da voz perto do seu ouvido sensível – Eu prometo te levar para qualquer lugar que você quiser meu príncipe. – Lambe o lóbulo de sua orelha.

Charlie esconde-se um pouco mais ao corpo do loiro, não tendo coragem o suficiente para responder ou encará-lo.

Marcus faz o mesmo, afundando o seu rosto no vão entre o pescoço e o ombro do menor. Era delicioso e excitante sentir o perfume que provinha da pele suave.

Ambos ficaram na mesma posição, agarrados por longo minutos, com apenas as respirações a quebrar o silêncio que havia dentro do carro.

Nenhum estava disposto a sair do lugar e tampouco estavam se importando com o passar do tempo.

Infelizmente tiverem de sair do carro antes que não pudessem mais entrar no colégio.

Estava os dois com os hormônios a flor da pele.

 

 

 

 

 

 

 


 


Notas Finais


Até a próxima, prometo não demorar :P


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