História Priority - Brawl Stars - Primo

Leon andava sobre a calçada, caminhando até o laboratório de Rosa, apenas pra ver como ela estava depois de três meses sem vê-la. Ela era uma mulher atrapalhada e extrovertida, gente boa, e também tinha sua parceira Bea. 

Estava se lembrando sobre o auge dos 5-11 anos, realmente uma fase agitada e sem seus problemas com sua saúde mental, que deveria estar no quinto dos infernos.

"Leon, você parece uma hiena engasgada com uma paçoca." Ele começou a rir quando se lembrou de quando El Primo disse aquilo á ele, tiveram que chamar a senhorita Pam, já que ele quase teve uma parada cardíaca de tanto rir. Inclusive, por onde andava o grandalhão? Bem, sem tempo pra isso, já que acabara de chegar no laboratório.

Bateu na porta, espetando alguém aparecer.

– JÁ VAAAI! – Rosa deu um berro, fazendo o garoto se assustar.

Ela caminhou até a porta.

– É você Leon? Que bom de te ver de novo, entre! – Ela estava mais calma, sorrindo, enquanto Bea parecia estar com a cara toda suja lá atrás.

– Obrigado.

Ele adentrou, e viu que teve uma belíssima reforma naquele lugar, algo pra se admirar! Mas tinha outra coisa para prestar atenção, o sujeito que estava sentado no pequeno sofá verde, que também era novo.

– Primo! – Ele correu até o grandalhão.

– Leon, é você! – Ele também foi em direção ao garoto e lhe abraçou com muita força. – Caramba cara, já se fazem sete meses desde a última vez que a gente se viu! Por onde andava por todo esse tempo?

– Eu que te pergunto, por onde VOCÊ estava andando todo esse tempo rapaz? Nunca mais visitou a nossa tribo!

– As lutas me exigiram muito tempo, mas avisa á sua mãe que logo logo eu vou visitar ela! Inclusive, como ela está? 

Leon e Rosa arregalaram os olhos, parece que ele ainda não sabia de nada do que havia acontecido.

– O que houve, algo de errado? – Ele ficou com medo de ter falado alguma merda, El Primo era daquele tipo de gente que se preocupava com o que dizia?

– A mamãe... ela... – O garoto não sabia como responder de maneira alguma, estava sem coragem para saber como seria a reação do grandalhão. – faleceu.

El Primo ficou com seus olhos arregalados, e caiu no chão, se segurando para não gritar e chorar, mas não tinha como, ele não tinha o total controle de suas próprias emoções. E foi assim, que ele caiu em lágrimas enquanto estava sentado no chão.

– Eu nem... tive sequer a chance de me despedir!  – Ele estava chorando demais. – Mas pelo menos... os outros estão bem... não estão? – O moreno perguntou, deixando Leon outra vez sem reação alguma, assim o assustando. –  Leonardo do céu, OS OUTROS ESTÃO BEM, NÃO ESTÃO?! – desesperado, ele indagou. – LEONARDO DO CÉU, ME RESPONDE! – mas uma vez, sem resposta. – LEONARDO DO CÉU, ME RESPONDE! ELE ESTÃO BEM, NÃO?!

– Todos foram assassinados. – Foi seco, já que finalmente criou um pingo de coragem para responder.

– Você sabe pelo menos quem foi o desgraçado? – Tentando se acalmar, ele perguntou. – Se ele estiver por aí, eu o mato com as minhas próprias mãos. 

– Eu sei, mas não vou contar. – cada vez mais difícil responder estava ficando, naquela situação triste e desesperadora.

– Leon, eu juro que eu não vou perdoar de maneira alguma quem fez isso, me responda, por favor! Eu lhe peço. – Estava com os olhos ardendo em chamas, nessa mistura de emoções, tristeza e ódio.

– Não.

Dia seguinte

Leon estava junto da garota, conversando no quarto, até Pam chamar o menino para conversar com uma visita que estava querendo bater um papo. Era o Primo, pedindo uma conversa á sos.

– Eu quero me desculpar por agir e chorar como um idiota ontem, realmente eu sou um tolo. – Não conseguia nem manter o contato visual.

– Relaxa Primo, não precisa ficar forçando o personagem. Admita, você não é o Primo bravo, valente e extrovertido, como na TV. Tem que parar de forçar uma personalidade que não é sua – Ele respondeu, com um sorriso no rosto.

– Você está passando por uma fase muito ruim, não é? – indagou o moreno. – Se eu acho que está difícil pra mim superar, imagina pra você, que conviveu com eles a vida toda. – Deu uma pequena pausa em sua frase. – Mas, não sobreviveu ninguém?

– Não, meu pai ainda está vivo.

– Vou tentar sair desse assunto, mas imagina quantas crianças morreram, a própria Nita. – Leon não queria mentir, mas ele não conseguia falar a verdade. – Bom, eu vou indo nessa, falou Leon!

Ele deu um tchau para o garoto e foi embora.