História Procura-se um namorado para Bae Joohyun - Capitulo 3 - Amigos.

Taehyung~

Game Over.

- MERDA! – Grito ao ver a tela preta cobrir toda a televisão assim que perco a batalha. – Não queria ganhar mesmo...

Me levanto e desligo o vídeo game. A casa está definitivamente uma bagunça. Travesseiros pelo o chão, sofá bagunçado, até cocô do Yeontan tem espalhado perto da poltrona preta.

- Aff. – Coloco as mãos na cintura e pego a vassoura junto com a pá. – O que vou falar para o Jimin quando ele perguntar se eu fui procurar emprego?

Olho para Yeontan. O cachorro apenas late.

- Você caga podre, amigão. – Digo, ele late. – Encare isso como um elogio.

Late mais uma vez.  O ignoro e procuro um desinfetante.

- Tenho que sair. – Digo. – Jimin não pode me ver aqui assim que ele chegar, Tan.

Tannie não diz nada, obvio né Taehyung.

Com a casa praticamente “arrumada” do meu jeito, pego meu casaco e minhas chaves, já que Jimin saiu com o carro dele.

Assim que estou prestes a sair, olho para Yeontan que me encara triste deitado no sofá.

- Não faz essa cara. – Peço. Ele murmura. – As vezes penso que você consegue me entender.

Ele corre até onde estou.

- Mas não. – Digo alisando sua cabeça. – Não quero que me entenda. Não quero que faça como ela. – Tannie faz uma cara confusa. –  Não quero me traia Tan, meu cachorrinho fofinho!

Ele lambe meu rosto.

Respiro fundo e me levanto.

- Preciso ir amigão, vou aproveitar e comprar uns nuggets, o que acha? – Sorri. – Vê se não come nenhum papel higiênico viu?

Ele apenas late. Saiu do apartamento trancando a porta, em seguida desço até o estacionamento.

- Boa Tarde, Senhor Jung. – Sorri para o porteiro que acenou de volta. – Entregue essa chave para o Jimin, por favor. – Assentiu. Ele nos conhece a uns quatro anos, desde quando eu e Jimin nos formamos e nos mudamos para cá. Ah, época boa. – Bem, não tão boa.

Pego meu carro e reparo na chuvarada que está caindo em Seoul.

- Que frio. – Entro e o ligo. – Só os nuggets e a gente vem pra casa. – Digo comigo mesmo.

Até que não era tão longe, mas as ruas de Seoul estavam definitivamente alagadas. Sai rápido e voltei uns dois minutos depois.

Guardei o guarda-chuva no banco de trás e liguei o carro.

Enquanto dirigia até em casa, noto as pessoas entrando em suas casas e fechando as portas para que nada molhasse.

E no meio disso tudo, vejo uma garota com um vestido vermelho e uma pasta nas mãos. Ela parecia sem rumo.

- Ei. – Abaixei o vidro. – Quer uma carona?

Ela me olhou. Poderia jurar que seus olhos me fizeram ficar com mais frio do que antes.

- Por que eu aceitaria uma carona vindo de você? – Ela devolve a pergunta, andando devagar, vou seguindo ela com o carro.

- Porque eu estou sendo gentil? – Pergunto como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

- Eu nem te conheço. Não quero sua carona, posso e muito bem para casa. – Ela diz, empinando seu nariz e ajeitando os óculos molhados.

Suspiro.

- Moça, você vai pegar um resfriado. – Digo.

- Já disse, não quero sua carona. – Ela continua andando.

- Grossa! – Subo o vidro do carro e acelero. Sem querer, acabo espirrando a água nela. – Não faz diferença, ela já está na chuva mesmo.

Irene~

Chego em casa totalmente encharcada e fedendo a esgoto.

- Irene! – Seulgi me olha assustada enquanto continuo parada na porta. – Vou pegar uma toalha.

Assinto. Ela chega segundos depois.

- O que aconteceu? – Pergunta me entregando minha toalha roxa.

- Me molhei quando estava vindo para o trabalho, e em recompensa, um idiota me encharcou com agua de esgoto.

- Que cheiro ruim é- Irene? – Wendy me olha também assustada.

- Vem, você vai pegar um resfriado. – Seulgi me abraça puxando para dentro de casa. Sinto uma coceira no nariz.

- Atchim! – Espirro.

- É melhor você trocar de roupa. – Ela sorri me levando até o quarto. – Vou fazer um chocolate quente pra você.

Assinto tremendo de frio.

- Seul. – A chamo, ela para na porta e me olha. – Obrigada.

Taehyung~

Vou correndo até em casa, me esquecendo completamente de buscar as chaves.

Assim que abro a porta, dou de cara com um Jimin e o Yeontan.

- Onde esteve? – Ele pergunta. – Procurando trabalho que não foi.

- Sua fé em mim é algo inacreditável, sabia? – Seguro a sacola com os nuggets na mão. – Mas não, eu sai pra comprar nuggets.

- Não fico surpreso. – Ele diz. Ao olhar para o redor da sala, percebo que todos os meus amigos estão ali.

Yoongi está sentado na poltrona preta com um notebook na mão, que olhando bem, é o meu!

Hoseok está tentando ligar a televisão, será que ele não percebeu que a tomada está tirada?

Jin como sempre na cozinha. Namjoon está sentando no sofá, e Jimin, na minha frente com o Yeontan nos braços.

- Precisamos falar sobre você, Tae. – Yoongi diz.

- Wow, que frase de série. – Digo entregando os nuggets ao Jin.

- É sério Tae. – Jimin diz me fazendo sentar ao lado de Namjoon.

(...)

- Ah fala sério... – Reviro os olhos. – Macumba online?

Namjoon riu.

- Não tem graça. E aliás, quem mandou vocês me meterem nisso? – Pergunto deitando minha cabeça no colo de Namjoon hyung.

- Você precisa Taehyung. – Yoongi responde pegando o notebook.

- Estão falando isso como se eu estivesse desesperado para encontrar alguém – Digo emburrado.

- Tae, só falta você. – Jin diz lá da cozinha.

- Eu sei conquistar garotas tá bem? – Sorrio.

- Ah tá, só se for aquelas garotas dos vídeos games. – Yoongi ri.

- Ih sem graça, elas não contam não? – Perguntei meio desapontado.

- Não. – Hoseok responde. – A ultima que você conquistou e se deu mal no final foi a Joy.

- Hoseok! – Jimin o repreende e Hoseok solta um “desculpa, Tae.”

- Tá tudo bem. – Digo, não vou negar, doeu um pouco ouvir o nome dela. Mas tudo bem, aprendi a seguir o baile.

- Por que vocês não colocam o Taehyung num site de namoros descente? – Jin sugere.

- Jin tem razão. – Namjoon diz. – Há um site criado recentemente.

- Diz o nome, vou procurar. – Yoongi abre o notebook. – Mas ainda acho melhor o MacumbaOnline.

Jogo uma almofada nele que, acaba o atingindo na cabeça.

- Ai! – Resmunga.

- Isso é pouco para o que você realmente merece. – Digo me levantando. – Você e o traidor do Jimin.

- Traidor? – O Park ri. – Estou tentando te ajudar.

- Vocês não sabem o quanto isso é perigoso. Imagina se eu encontro um ladrão com perfil de mulher?

- Seria engraçado. – Hoseok ri.

- Engraçado vai ser essa almofada na sua cara! – Jogo nele também.

- Estou falando sério. – Caminho até o balcão da cozinha. – Jin, o que você acha disso? Vai deixar eles me matar?

- Você precisa sair um pouco desse mundinho virtual que você criou, Tae. Não está fazendo nada bem pra você. – Ele diz.

- Começou o sermão. – Reviro os olhos e caminho até o corredor do meu quarto. – Não sou só eu o mais novo aqui. – Resmungo me referindo ao irmão do Jimin que também está na nossa trupe.

- Pode até não ser, mas é o que tem menos cérebro. – Escuto a voz de Yoongi. Ignoro o que ele disse e entro no meu quarto murmurando um “Vão pro inferno.”

Irene~

- Vem cá, vocês se apaixonaram pelo meu computador, não acham? – Pergunto enquanto elas escrevem algo nele, tão concentradas que acho que nem me ouviram. – Terra chamado Seulgi e Wendy!

- A gente não está falando com você. – Ouço Wendy dizer. Ri.

- Ah é?E por que não?

- Porque Baek disse que você não almoçou de novo. Só você não vê Irene, mas o trabalho excessivo está fazendo mal a você. – Seulgi diz.

- Parem de bancar o Baekhyun okay? Eu sei que o faço. – Digo tomando meu chocolate quente.

- Não, você só sabe trabalhar. – Wendy resmunga. – Achei que me mudar pra cá, para morar com minha melhor amiga fosse uma coisa boa. Que só ia melhorar nossa amizade. Mas acho que me enganei. – Ela anda até a porta da sala.

- Wen, vai pra aonde? – Me levanto preocupada.

- Tentar sair um pouco de perto de você Irene, tenho medo de pegar a síndrome trabalhíose. – Diz, logo em poucos minutos vejo a porta bater com força.

– Ao menos leva um guarda-chuva...

Olho para Seulgi um tanto perdida.

- Dá um tempo pra ela. – É só isso que ela diz e em seguida volta a teclar no computador.

Taehyung~

Enquanto estava deitado em minha cama, olhando para o teto, fico pensando em como tudo aconteceu com a Joy.

Era nosso aniversario de namoro, o dia mais importante da minha vida. Eu estava indo na casa dela. Estava com a melhor roupa que havia achado e comprado em uma loja e um buquê de flores nas mãos, as preferidas dela.

A casa dela costumava ser após um beco, na mesma rua aonde a gente estudava. Passei pelo o beco fedido, naquele tempo eu achava que Joy iria se incomodar como meu cheiro, mas isso não aconteceu. Eu nem tive tempo de chegar lá.

Eram os mesmos suspiros, os que eu conhecia bem quando beijava seu pescoço. Eles viam do beco. Meu coração estava simplesmente acelerado, acho que nunca tremi tanto como naquela noite. Ao invés de seguir meu caminho, quis tirar uma duvida, acabei entrando no beco que, estava iluminado apenas por um poste que ficava na outra rua – já que o mesmo cortava passagem.

- Joy. – Foi apenas isso que consegui dizer, em um fio de voz ainda. Ela se virou rápido, os cabelos vermelhos voaram devagar. Sua expressão assustada denunciava seu ato, claro, na frente dela também havia alguém que eu não consegui ver muito bem.

O buquê cai no chão. Não porque eu derrubei, ele simplesmente escorregou. Nunca achei que isso poderia acontecer, não comigo, não com nosso namoro.

Ela não me chamou, não disse que era um engano ou não tentou explicar aquela situação. Eu apenas segui caminhando para fora do tal beco. Ao chegar em casa, os meninos estavam todos lá, e me perguntaram como foi e porque eu havia chegado tão cedo, não disse nada, apenas andei até meu quarto. Jimin foi atrás de mim, ele foi o primeiro a saber.

- Tae? – Ouço a voz do Park e logo duas pequenas batidas são direcionadas para minha porta. Saio das minhas lembranças e murmuro um “pode entrar” – Hoseok está se sentindo mal, por ter mencionado a Joy.

- Está tudo bem. – Minto. – Já faz quatro anos, Jimin. Não posso morrer sempre que o nome dela for mencionado.

Sem avisar, ele me abraça.

- Assim como eu estive no dia em que você descobriu, também estarei aqui sempre que lembrar. – Ele diz. Fecho os olhos.

- Obrigado. – Digo.

Irene~

- Desculpa. – Encontro Wendy sentada na calçada do prédio.

- Você não entende. – Ela diz, se virando para me olhar. – Eu quero minha amiga de volta, Bae. Ela não pode ter se quebrado inteira junto com o celular do Junmyeon.

Seguro um riso com a referencia.

- Prometo parar um pouco, sempre quando for necessário. – Digo.

- Não prometa o que não irá fazer. – Ela olha para os carros passando na rua. – Você não sabe a hora de parar, Irene.

Respiro fundo. Me assusto quando sinto seu abraço surpresa.

- Mas eu prometo te entender. – Ela diz. – Afinal, amigas são pra isso, não são?

- É, são. – Ouço a voz de Seulgi. Ela se senta no meu lado direito, acabo ganhando um abraço em dobro.

- Obrigada. – Sussurro. Se não fosse por elas, nem sei como estaria hoje.