História Professionnel - Jikook, Kookmin - Cinquième

No arco e flecha e na vida, ambos tem uma diferença comum: Aponte; atire. Pense; faça.

Duas noites. Se passaram duas noites, dois dias.

Após o dia do golfe, que foi o primeiro dia, no outro dia Jimin e Taehyung não incomodaram Jeon. Até porque o mais velho e Joong haviam saído juntos pela manhã e só voltaram quatro da tarde, a partir dali nenhum viu Jeon.

E, como já era o terceiro dia, Jimin e Taehyung aproveitavam ao máximo as aventuras daquela casa. Enquanto Joong e Jungkook saíam, resolviam coisas do trabalho no escritório ou, então Jungkook trabalhava e Joong fazia coisas quaisqueres, Jimin e Taehyung aprontavam.

Não haviam conseguido entrar na piscina ainda, e, naquele dia não seria possível. Era frustrante ter uma piscina tão maravilhosa e não poder entrar porque chovia, irritante, pensava Jimin.

Contanto, Taehyung e ele estavam juntos no quarto conversando enquanto ambos comiam chocolates e salgados. Sozinhos na casa desde manhã, afinal Joong e Jeon haviam saído outra vez. Só a chuva forte os fazia companhia.

Se assustaram ao que ouviram duas batidas na porta do quarto, e escandaloso da forma que Taehyung é, até mesmo o susto teve direito a um berro.

— Sou eu, Jeon. — Jungkook ditou do outro lado da porta, de forma calma e sutil. Tentou acalmar ambos, afinal não havia feito barulhos.

— Pode entrar, senhor Jeon. — Jimin respondeu com uma mão no peito pelo recente susto, olhando confuso para Taehyung que estava de pernas cruzadas igualmente a si, em sua frente. 

— Caralho, inferno! Precisava nos assustar dessa forma? — perguntou Taehyung assim que Jeon abriu a porta e colocou apenas metade do corpo para dentro do quarto. Ficou com as pernas do lado de fora.

— Eu só bati na porta, Kim. — Jungkook respondeu simplista. — Me desculpem por isso, não queria os assustar.

— Está tudo bem, senhor Jeon, apenas achávamos que estávamos sozinhos.

— Estavam sim, meninos. Acabei de chegar, Joong pediu para que eu avisasse que só voltará pela noite. — Jeon resolveu avisar. — Era apenas isso. Me desculpem pelo recente susto. — sorriu sem mostrar os dentes e estava prestes a fechar a porta quando fora interrompido.

— Onde meu pai está? — questionou Jimin. Era óbvio e com toda certeza ele já sabia, mas queria que Jungkook ficasse ali com ambos. Foi legal no primeiro dia, e estava sendo chato cumprir com aquela promessa que fez com Taehyung.

— Na empresa do Jackson, um dos empreendedores. — Jungkook abriu a porta outra vez. — Como ele falou que demoraria e voltaria tarde, mandou eu vir de táxi e fazer o jantar para vocês. Então me digam quando começarem a sentir fome, sim?

— Por que está agindo educadamente? — Taehyung resolveu perguntar enquanto mordia um pedaço do chocolate, fazendo Jungkook suspirar.

— Deixa ele, Tae. — Jimin reclamou. — Por que não entra e se junta a nós, senhor Jeon? Isso não vai te fazer ficar menos profissional, na verdade você vai ficar de olho em nós assim como meu pai quer.

— Por poucos minutos, Park Jimin. — Jungkook respondeu, cedendo e adentrando o quarto. Encostou a porta do quarto e se aproximou do sofá escuro que tinha ali, ao lado da cama. Ambos os garotos o olharam.

— Se fosse eu te pedindo, seria um "não vim para me divertir, vim para trabalhar". — Taehyung ditou com uma voz engraçada, ficando sério logo após. 

— Mas em momento algum eu disse que vim para me divertir. — respondeu normalmente. — Preciso cumprir com minha responsabilidade e cuidar de dois adultos.

— Meu pai é engraçado, minha nossa! — Jimin soltou um riso. — Nós ficamos sozinhos ontem pela manhã e tarde inteira, sobrevivemos e não colocamos fogo na casa. Por que tanta desconfiança, você sabe, senhor Jeon?!

— Não é desconfiança, Park. — negou Jeon, cruzando as pernas. — Ele quer que eu fique com vocês, me divirta e aproveite já que, no ponto de vista dele, vocês são loucos. Então isso é uma desculpa para eu ficar próximo a ambos.

— Você concorda com ele? Nós somos loucos, Jungkook? — Kim questionou, fazendo Jungkook começar a tirar o nó de sua gravata.

— Quem sou eu para julgá-los, Kim. — respondeu, retirando a gravata do pescoço e suspirando aliviado. — Mas talvez eu concorde. 

— O que fizemos para merecer isso, senhor Jeon? — foi a vez de Jimin perguntar, valendo ressaltar que o baixinho não tinha motivos para socializar. Era estranho como a conversa entre Jungkook e Taehyung fluía, mas consigo Jeon não conversava normalmente.

— Bem, Park, ontem vocês quase mataram um peixe. — ditou convicto, fazendo Taehyung sorrir sapeca lembrando do ocorrido. — Isso não é uma brincadeira, Kim. Vocês poderiam tê-lo matado, a ideia de tirá-lo do lago para criá-lo em um aquário, foi estúpida. Sequer pensaram na possibilidade de que a água poderia ter cloro?

— E eu lá sei cuidar de um peixe, Jungkook!? — Taehyung falou sério. 

— É simples, Kim, se você não sabe, não faz.

— Bem, bem, bem.. — Jimin interrompeu a conversa, tossindo levemente e largando a barra de chocolates sob uma bandeja. — Vamos descontrair?

— Sugiro fazermos perguntas para Jungkook. — Taehyung disse, fazendo uma sobrancelha do mais velho se arquear.

— Por que para mim?

— Porque você é o único que paga de profissional, educado e formal aqui. Temos que descobrir coisas de você.

— Não se preocupe, senhor Jeon, não iremos ser invasivos. Sabemos que você não gosta de misturar o pessoal com o profissional, não faremos isso. — Jimin tentou o convencer.

— Eu conheço jovens, sei os tipos de perguntas que virão. Está na cara que não serão questões sobre trabalho, mas mesmo assim podem perguntar. Posso ignorar, estou no meu direito. — deu de ombros, fazendo Taehyung o olhar com certo deboche.

— Tá, eu começo e Jimin pergunta depois. — suspirou, pensando em uma boa pergunta. — Como é ser um dos empresários mais famosos da Coréia, Jungkook?

— Bem, Kim, não posso mentir em dizer que é uma boa grande coisa. Tem seus pontos negativos, como diversos rivais quando não aceito propostas ou coisas assim. Outro ponto é que não posso ser Jeon Jungkook em frente as câmeras, afinal preciso ser um profissional qualificado a estar nesse posto que hoje estou. — respondeu calmamente, fazendo os outros dois entenderem.

— É por isso que age assim o tempo todo, senhor Jeon? Se acostumou a agir seriamente e formalmente? — Jimin questionou já que era sua vez de perguntar.

— Talvez, não posso responder firmemente já que não me considero alguém formal e educado assim como muitos dizem. Ser assim é o básico do humanismo, não acha? — olhou para Jimin, vendo-o assentir. — Próxima! — voltou a olhar para o nada.

— Você tem medo de ser o Jeon Jungkook que poucos conhecem? — Taehyung perguntou por sua vez.

— De vez em quando sim, dependendo com quem. É como sempre digo, o profissional é o profissional, se a sociedade não sabe lidar com isso não posso mudar minha forma de pensar. O Jungkook que apenas meus amigos conhecem é apenas aquele Jungkook, não posso misturar o Jeon que leva o trabalho a sério demais. — estava gostando das perguntas. Eram perguntas fáceis.

— Conosco você tem medo de se mostrar ser aquele Jeon Jungkook, senhor? — Jimin perguntou.

— Não é medo, é noção. Senhor Joong não me julgaria por isso, e no momento estou trabalhando consigo, ou seja, poderia ser amigo de vocês caso quisesse. Mas, no meu ponto de vista isso é um erro. Atrapalharia muitas coisas, existiriam muitos problemas a se tratar. 

— Problemas?! — Taehyung perguntou confuso.

— Imagine se eu os trato como trataria um amigo próximo, Kim, como eu conseguiria trabalhar aqui? Como eu iria a casa dos Park's, se Jimin estaria lá e eu deveria o tratar informalmente enquanto senhor Joong eu trato de forma educada? Nem tanto por isso, mas isso me atrapalharia.

— Entendi. — Jimin falou. — Então o senhor em hipótese alguma se soltaria conosco?

— Eu já me soltei com vocês no primeiro dia, não me atrapalhou porque não passamos do limite. É melhor impor esse limite, não arriscar em passá-lo. Por isso mesmo que estou novamente sendo assim. — respondeu enquanto abria dois botões de seu suéter, claro que os olhos ferventes de Jimin foram para o local.

— Você não fez nada demais no golfe, Jungkook, aquilo era irracional para você?

— Não era trabalho, Kim. — e disso sabia estar certo. — Em que década que eu poderia estar assim próximo do filho de meu colega de trabalho, quase que chefe? É loucura!

— Mas meu pai quer isso, senhor Jeon. Meu pai quer que você se solte, então não deveria ser um problema, deveria?

— Sigo regras, Park. Regras que eu mesmo criei. Uma delas é agir assim, ou seja, ter te ajudado no golfe tudo bem, porém encostar em você foi o erro. Reais profissionais que tem seu foco no trabalho não fazem isso. Eu não faço isso.

— Parece que para tudo tem uma primeira vez, então. — Taehyung ditou, o que fez Jungkook assentir um pouco apreensivo. — Próxima. Se você não tivesse isso de profissionalismo, iria querer se aproximar de mim e de Jimin?

— Vocês são ótimas pessoas, Kim. Com toda certeza seria uma idéia louca, mas eu cogitaria nisso. — Jungkook respondeu fazendo ambos sorrirem. Ao menos Jungkook gostaria de conhecê-los, por mais que difícil agora.

— Você vai ficar afastado, senhor Jeon? Ou vai agir normalmente?

— Vou agir formalmente, respondendo sua pergunta. Vou trabalhar, não ficar me divertindo com vocês. Então se, isso é anormal para vocês, eu não posso confirmar. Mas vou ficar próximo, observando e os repreendendo caso façam alguma besteira como quase matar peixes inofensivos.

Os três soltaram um riso pelo rancor. Era engraçada a forma que Jungkook os lembraria daquilo pelo resto da vida.

— Então.. qual foi sua primeira impressão do Jimin? — é claro que Taehyung não perderia uma oportunidade, afinal era considerado espertinho e não era atoa.

— Isso é irracional. — ao invés de responder, Jungkook fugiu do assunto. — Não há necessidades de falar sobre.

— A qual é?! Só essa, prometo que as outras podemos ter como foco o trabalho. — pediu, fazendo um bufar passar pela boca de Jungkook.

— A primeira vez que o vi foi na mansão de senhor Joong e ele. Bem, ele estava descendo as escadas então não consegui ter uma impressão convicta. — Jungkook começou, fazendo ambos prestarem atenção ali. — Assim como o chamei no primeiro dia, o achei parecido com um anjo. Essa foi minha primeira impressão de Park, me recordei de um anjo quando o vi.

— Isso porque eu sou um anjinho, senhor Jeon. — respondeu risonho, tentando não ficar envergonhado.

— Eu não tenho dúvidas disso. — Jungkook respondeu.

— Gente, gente.. já que está chovendo e não tem muitas coisas a se fazer, que tal arco e flecha? — Taehyung sugeriu.

— Se esqueceu, Tae? Senhor Jeon não quer se divertir ou misturar as coisas. — Jimin ditou um tanto quanto desanimado, deveria pensar em outro algo.

— Está chovendo e eu não tenho nada a fazer. Podemos pensar na sugestão de Kim, mas sem passar dos limites. — Jungkook respondeu, fazendo ambos os amigos sorrirem.

[...]

Acontece que para Taehyung não haviam limites. 

Jungkook havia acabado de entrar na terceira porta do segundo corredor, acabando por chegar ao salão de arco e flecha. Notou ambos os amigos juntos ali, conversando entre si.

— Desculpem-me a demora, precisei tomar um banho também. Estive em contato com muitas pessoas desconhecidas. — Jungkook avisou ajeitando o cabelo em sua testa.

— Não demorou. — Taehyung respondeu. — Você fica menos medonho sem aquele terno de velório.

— Taehyung! — Jimin o repreendeu, tentando soar baixo mesmo que Jungkook tivesse ouvido.

— Terno de velório cujo custa seu rim, senhor Kim. — respondeu Jungkook, fazendo Jimin rir da cara do amigo. — Não repare tanto nas roupas que uso, não é como se eu fosse utilizar roupas formais até mesmo para dormir. 

— Você fica bem assim. — Jimin foi quem disse, sorrindo em seguida. Aquilo sem dúvidas amoleceu o coração de Jeon. — Tem tatuagens, senhor Jeon? — questionou, assim se aproximando juntamente ao amigo.

— Há três anos, Park. — respondeu Jungkook, mostrando o braço tatuado juntamente a mão. Sem dificuldades já que utilizava uma camiseta de mangas curtas, o que de fato deixou Jimin e Taehyung hipnotizados.

Não parecia que um cara tão sério continha tatuagens, o que o deixava com cara de chefe do crime. Se bem que, no carro já haviam notado, mas não iriam comentar sobre.

— Vocês tem vontade de fazer alguma tatuagem? — questionou Jungkook, não seria chato em encerrar o assunto ali.

— Sim, mas não ainda. Esperarei por um tempo. — respondeu Taehyung.

— Tenho uma pequena aqui. — Jimin apontou para o treze no pulso, tão pequenino e disfarçado entre as pulseiras que Jungkook sequer havia reparado. — E outra em um lugar que não seria nada profissional lhe mostrar, senhor Jeon.

— Park?! — Jungkook arregalou os olhos e riu, assim como os dois amigos que negaram com a cabeça. 

— Então mesmo sério você ainda leva as coisas para outro lado, senhor Jeon? — Jimin questionou. — Não pense coisas erradas. A outra é na costela, Nevermind está escrito. — Jungkook coçou a nuca, não havia pensado em coisas inocentes.

— Desculpe-me. — pediu um tanto quanto constrangido pelo pensamento recente. 

— Não, não, sem problemas senhor. Minha mente nem sempre colabora com as coisas que dizem a mim, ou então que fazem em mim. — Taehyung apenas ficou observando a indireta que Jimin soltou no ar. Obviamente Jungkook não teve reação, não fez nada já que achou ser apenas uma frase qualquer. Ou seja, pouco se fodeu.

— Vamos competir então?! — Taehyung quebrou o pequeno clima que se formava.

— Todos sabem jogar? — Jungkook perguntou antes de tudo.

— Então.. — Jimin sorriu sem jeito, fazendo Taehyung se virar e andar até uma parede, batendo com fraqueza sua testa no local. Era impressionante a burrice de Jimin.

— Sério, Park? — Jungkook questionou, fazendo Jimin assentir.

— Sim, olhe. — Pegou um arco e uma flecha, e mesmo que distante do alvo, no lugar errado, mirou exatamente no ponto ao meio e soltou a flecha. A mesma atravessou com velocidade a sala, acertando bem o meio do alvo, fazendo Jungkook ficar surpreso e sorrir para o menor.

— Você é ótimo nisso, Park, parabéns! — Jungkook disse com educação.

— Por que mentiu, filho da pu..

— Taehyung.. — Jimin murmurou. Achava que Jungkook se incomodava com palavrões. — E, ué, bem, não menti para você.

— Vá a merda, meu filho! 

— Vai ser uma competição e tanto, não acham, meninos? — Jeon questionou pegando um arco ali disponível, mirando a flecha em outro alvo e sem mais nem menos, acertando igualmente Jimin. O meio, exatamente o ponto vermelho.

— Você é bom em tudo, Jungkook? — Taehyung questionou ao ver outra habilidade do mais velho. — Sabe jogar golfe, sabe dirigir, atirar arco e flecha, sabe ser sócio, empreendedor, diretor e administrador de empresas.. o que mais? Sabe nadar? — brincou.

— Fiz natação até os quatorze anos, desde que era bebê. — resolveu responder, fazendo Taehyung abrir a boca para falar, mas acabou deixando de lado.

— O próprio talento em pessoa. — Jimin mirou outra flecha, agora em outro alvo dali. Acertou, não era novidade acertar o local mais difícil. Sempre foi bom em pontaria. — Lutar, sabe, senhor?

— Autodefesa, apenas. Nada muito extravagante. — respondeu sincero. — Lutei boxe durante dois anos.

— E flutuar, você sabe? — Taehyung perguntou sarcástico, seria seu fim se Jungkook começasse a voar ali, porém não se surpreenderia.

— Não, não tenho talento suficiente para isso. — acabou soltando um riso soprado. — Vamos, pegue o arco, Kim. Vamos começar.

[...]

— Estou cansado e com fome. — Jimin exclamou, guardando seu arco e algumas flechas dentro do armário. Logo após se deitou no chão de forma despojada, lutando contra a preguiça.

— Vou fazer o jantar. — Jungkook acertou uma última flecha naquele boneco de papelão, exatamente na cabeça. — Levante, Park, irá ficar doente e não conseguirá aproveitar a viagem.

— Que coisa linda, Jungkook já cuida do meu amigo. Eu apoio! — Taehyung comentou, ajudando Jungkook a guardar as coisas, claro, ao invés e Jungkook guardar o último arco, apenas pegou uma flecha e mirou no boneco de papelão.

— Olhe para aquele boneco, Kim. — Assim que Jimin e Taehyung estavam olhando para o alvo, Jungkook mirou e acertou as regiões baixas do boneco. No membro inexistente, se consta, mas naquela região. — É isso que farei com você se, mais alguma vez você ousar se dirigir a mim e Park dessa forma.

— Credo, garoto! — Taehyung reclamou puxando o arco das mãos do mais velho, guardando enquanto Jungkook ria indo buscar a flecha recém arremessada.

Assim que guardaram tudo, Jungkook e Taehyung olharam para Jimin ainda deitado. O menor observava ambos arrumarem tudo, com preguiça. Já havia arrumado sua parte antes dos dois, então estava tranquilo.

— Eu falei para você levantar, Park. — Jungkook falou agora mais sério, não só causando arrepios no garoto loiro, como também um obedecer rápido. Jimin se levantou com pressa. — Ótimo! 

— D-daddy? — Taehyung provocou, se encolhendo e fingindo sentir medo. Logo rindo ao que Jungkook o olhou com fúria. — Desculpe-me, mas essa é a impressão que você nos passa.

— Sério mesmo? — questionou Jungkook.

— Dominador. É o que eu penso quando você ordena fazermos algo, senhor Jeon. — Jimin também disse, fazendo Jungkook olhar de imediato para o baixinho.

— Você pedir para Jimin chamá-lo de senhor também te dá um ar de dominador, não sei porque, mas dá. — Taehyung completou, e Jimin assentiu para confirmar.

— Talvez seja isso mesmo. — comentou mais baixo, acabando que como Taehyung estava distraído observando a sala, não ouviu. Apenas Jimin.

E claro que o menor sorriu disfarçadamente, totalmente sacana. Então se Jungkook era um dominador, ele seria com todo o prazer seu submisso.

[...]

O jantar estava servido. Enquanto Jungkook implorou para que ambos os amigos o deixassem fazer o jantar, ficou na cozinha sozinho para que conseguisse se concentrar. Jimin e Taehyung assistiram um filme na sala, apenas aguardando a comida deliciosa de Jeon. 

Já haviam experimentado no primeiro dia e era impossível ficar mais perfeita, porém agora seria toda refeição por ele.

E como esperado, estava divino. Cada prato, cada comida. Tudo em ótimo e perfeito estado. Um ótimo gosto, uma delícia.

— Estava ótimo, Jungkook-ssi. — Taehyung disse ao que estava satisfeito.

— Ótimo mesmo, senhor. — Jimin concordou em seguida.

— Fico feliz que tenham gostado, meninos. — Jungkook sorriu pequeno, recolhendo as coisas sujas e levando até a pia.

— Junggu.. digo, senhor. — Jimin se levantou da mesa de jantar, sendo acompanhado por Taehyung. — Eu e Taehyung iremos lavar as louças, não se preocupe. — falou ao que Jungkook já estava com a esponja em mãos.

— Pode deixar que eu faço isso, Park. — Jungkook ditou simpático.

— Você já preparou o jantar, fez da nossa noite uma coisa divertida e animada, fez o suficiente para estar cansado. Vá dormir, Jungkook, nós terminamos por aqui. — Taehyung o convenceu, fazendo-o soltar a esponja e olhar para ambos os garotos.

— Obrigado por hoje, meninos, vocês são pessoas boas. — e então curvou-se. — E obrigado pela compreensão agora. Irei apenas assinar outro papel, deixar no escritório e dormirei. Espero que durmam também.

— Iremos assim que acabarmos por aqui. — Taehyung confirmou.

— Boa noite, senhor Jeon. — Jimin disse, não recebendo respostas, apenas um sair breve de Jungkook.

Assim que o moreno já possivelmente estava longe dali, Jimin se jogou de volta na cadeira.

— Esse homem é muito gostoso! — afirmou Jimin, apoiando uma das mãos na bochecha direita. Estava com uma expressão sôfrega no rosto, cujo fez Taehyung rir.

— Credo, Jimin, se apaixonou?

— Você faz ideia do que é aquele homem dizer que a intenção era ele agir como um dominador esse tempo todo? Taehyung, porra, Taehyung.. — eram rara as vezes que Jimin falava palavrão perto dos outros, mas com Kim ele era um boca suja do cão. — Vou morrer de tesão.

— Ai ai se Park Joong ouve isso. Ele jamais imagina que o filho dele de santo e educado não tem nada. — Taehyung se aproximou da pia, começando a organizar ali. — E Jiminnie, aconselho você a baixar esse seu fogo. Jungkook sequer é informal, quem dirá irá querer foder com o filho de seu braço direito.

— Pelo amor de Deus, eu necessito daquele ser. — escorou a testa na mesa. — Vou obrigá-lo a me prensar contra uma dessas paredes e me fazer gritar de prazer. — Jimin disse o que fez Taehyung rir alto. 

— É engraçado, mas devo admitir.. — cessou os risos. — Ele parece ser experiente, não parece?

— Eu não mereço isso. — resmungou com uma voz chorosa. — Ele parece muito experiente. E mesmo que não fosse, foda-se, contanto que enfi..

— Jimin! — Taehyung outra vez gargalhou. — Você age tão naturalmente perto dele, com vergonha, timidez. Nem parece que quer sentar nele tanto assim.

— Querer sentar é algo diferente de ter modos.

[...]