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História Professionnel - Jikook, Kookmin - Vingt-sixième


Escrita por: Lover_Jeikei_ e soopjm

Notas do Autor


Oioi, vidinhas. Como vocês estão? O ano novo foi bem aproveitado? Espero que esteja tudo bem e tudo certinho!

Obrigada por tudo. E a, não se preocupem, o próximo não será completamente focado nisso de hospital e pipipi popopo.

Ignorem os erros, ótima leitura. 💜

Capítulo 26 - Vingt-sixième


Se as coisas se complicarem, você nunca estará sozinho. As sombras nunca te abandonam.


A cada barulho que o aparelho de Joong fazia, mais Jungkook se sentia mal. Mais seu coração se apertava, e mais sua respiração falhava. 

Jeon não esperou para ouvir mais algo, simplesmente saiu correndo do quarto. Com o coração na mão e preocupação à mil, chamou o médico mais próximo. Disse com dificuldade, mas conseguiu proferir as seguintes palavras:


— Doutor, doutor.. céus, o paciente do 1B acordou e os aparelhos estão apitando muito. Ele.. ah, ele está passando mal, doutor. — e assim que proferiu, apoiou as mãos nos joelhos, se agachando ali. Notou quanto o médico chamou outros colegas, e quando cinco deles correram até o quarto de Joong e fecharam a porta.

Jungkook não sentia suas pernas. 

Não sentia nada.

Suas mãos suavam e tremiam, era como se fosse seu pai ali, como se fosse a pessoa mais importante para si.

E talvez por ser a pessoa mais importante para Jimin, ele acabasse sendo importante para si também.


Como já dito, Jeon queria que Joong ficasse bem para que Jimin também ficasse.

Não seria a mesma coisa. Jimin não seria a mesma pessoa sem o pai. 


— Jeon, meu Deus, o que foi? — a secretária surgiu atrás do maior, tocando no ombro deste e observando quando a bunda do outro bateu contra o chão.

Jungkook se sentou no piso gélido. Não se importava, apenas estava cansado.


— Como assim cuidar de Jimin? — falou consigo mesmo. Levou uma das mãos ao couro cabeludo, puxando os fios e sentindo quando aquilo começou a doer. Estava endoidando. — Meu Deus, meu Deus, meu Deus..


— Jungkook, caralho! — a mulher deu um tapa no ombro do outro, o tirando do recente transe. — O que aconteceu, inferno? — se preocupou. 


— Aconteceu que Joong acordou e os aparelhos começaram a apitar muito, bem rápido.. — explicou baixinho. — Aconteceu que aquele idiota mandou eu cuidar do filho dele. — soltou os fios negros, pousando a mesma mão no chão. — Droga, é ele quem vai cuidar de Jimin, não eu.


— Jeon, ele vai ficar bem. — a secretária disse com calmaria. Mas do que ela sabia? Do que ela entendia? Ela era médica, afinal? 


Talvez pensar assim sequer ajudasse.


— Ele falou que estava morrendo.. — murmurou. — Jimin não pode ficar sem ele. Você entende, não é? — levantou o olhar para a moça, cujo agora se agachava ao seu lado, no chão.


— Sim, eu entendo. Mas o que adianta você ficar aí pensando nisso? Ele vai ficar melhor com você assim? — suspirou, não obtendo respostas. — Olha, eu sou uma funcionária aqui, não deveria lhe dizer isso e muito menos te passar informações credenciais. Mas eu chequei os exames de Joong, eu trabalho com isso e precisava entregar o relatório para o médico especialista em arritmia. — comentou, tendo a atenção de Jeon sobre si. Agora sim estava interessado. — Bem, não sei se você sabe, mas no relatório normalmente os médicos dão sua opinião sobre o paciente. Por exemplo, se eles acham que o paciente vai ficar bem, acordar, ou então piorar, não sobreviver e até mesmo detalhes do que fazer para ele ficar bem logo. 


— Se isso te prejudica, não me conte. — a interrompeu. — Não faça isso.


— Não há problemas, os médicos têm de falar isso de qualquer forma, contanto é para Jimin. E como vocês são próximos, acredito que o Park iria lhe contar de toda forma. — Jungkook assentiu, concordando. Possivelmente Jimin o contaria. — Continuando, o médico escreve em uma folha separada tudo isso, junto com os cuidados e tudo mais. E quando eu estava lendo, acabei vendo que se Joong acordasse, era mais provável que sobrevivesse.


— Mas ele.. — Jungkook iria explicar, contanto a outra o interrompeu.


— Jungkook, confie em mim, os médicos sabem do que fazem e falam. Se o doutor não achasse que Joong melhoraria quando acordasse, então ele jamais iria escrever isso. Você tem noção do quão uma informação assim pode complicar na melhora de Joong, caso fosse falso? — ela parecia entender, então Jungkook apenas assentiu, um pouco aliviado. — Olha, cara, eu tenho que voltar para o primeiro andar. Mas.. caso precise de algo, tem uma enfermeira que fica no quarto ao lado de Joong, se você quiser pedir ajuda, informações, ou então um simples café ou algo para comer, é só dizer que a Yo comentou com você.


— Hum? Como vou chegar em alguém assim? — arqueou uma sobrancelha, confuso. Yo soltou um riso com tamanha burrice.


— Ela é minha namorada, mas fique quietinho, ninguém do hospital pode saber. — falou mais baixo. — O que acha que eu estava fazendo aqui nessas horas? — questionou sorrindo. — O nome dela é Sonmi.


— Obrigado por isso, Yo, você está sendo legal para alguém que sequer conhece. — sorriu sem mostrar os dentes.


— Eu sei que você é alguém bom, Jungkook, não precisa agradecer. Agora levanta daí, ou se não quem ficará doente e precisará ser tratado é você. — Jungkook se levantou, notando quando a Yo afastou as mãos de si. — E olha, não surta quando coisas assim acontecerem com Joong, isso é normal, ele está em um hospital e em estado crítico. Ele vai ter recaídas mas logo ficará bem.


— Você é legal, Yo. — falou calmamente, vendo quando o sorriso da outra cresceu. Um belo sorriso, admitia.


— Você também é, cara. — parecia mais solta do que antes, o que fez Jungkook sorrir internamente. — Ok, eu realmente preciso ir agora, ou se não o médico que turna por aqui vai comer meu cú. — e então se curvou e saiu correndo, deixando Jungkook rindo com o comentário nada formal.


Yo parecia super certinha quando lhe deu um café mais cedo, e agora falava coisas assim? Céus.. o que ela e a namorada dela fazem a essas horas? 

Minha nossa, não pense nisso, não pense nisso. 


E com um pouco mais de alívio em mente, caminhou de volta em direção ao quarto. Claro, caminhou lentamente, tentando manter a calma a cada passo.


Demorou alguns minutos até chegar no local, contanto chegou, e assim que fez o ato, os médicos saíram juntos para fora. Alguns deles respiravam fundo, outros sorriam levemente por trás daquela máscara fina.


— Você é quem está acompanhando o paciente Joong? — um dos médicos se aproximou de Jeon, fazendo outros dois médicos os seguirem enquanto outros dois iam embora.


— Sim, foi ele quem me chamou. — outro médico disse, apontando para Jungkook com calma. — E que bom que você fez isso e não esperou.


— Ele está bem? — Jungkook questionou, se curvando em respeito e também para cumprimentar. Os homens a sua frente assentiram, como se cumprimentassem assim. — Boa noite.


— Qual seu nome? — o terceiro doutor que não dizia nada até então, tocou com delicadeza no crachá de Jungkook, apenas para confirmar se ele era visitante de Joong. Todo cuidado era pouco, e Jeon sabia disso.


— Jeon Jungkook.


— Oh, aquele empresário? — questionou o médico cujo Jungkook correu para chamar. Jeon assentiu meio receoso, afinal aquilo não o traria problemas, traria? — Ok, foco. — Jungkook sorriu levemente com aquela confusão toda. Era fofo.


— Então Jungkook, vou te chamar assim, se for um incômodo é só me dizer. — Jungkook negou com a cabeça, murmurando um 'tudo bem' baixinho. — Joong acordou naquele instante, e eu vi você entrando no quarto uns minutos antes. Digo, você entrou no momento certo, porque se demorasse um segundo a mais, poderia ser tarde para chamar alguém. 


— Eu tinha levado o filho dele para o primeiro andar. — Jungkook explicou. Não que precisasse explicar, porque de fato todos os médicos ali eram simpáticos. — Eu jamais sairia daqui se soubesse que ele estava acordado.


— Está tudo bem, você salvou a vida dele e talvez nem tenha notado isso. Sabemos que você não iria arriscar em sair do quarto ou algo assim. Passamos por isso a todo instante, acredite, sabemos como você se sente. — o médico que se aproximou de si primeiramente, disse. Ele era bem calmo, transpirava um ar mais simpático e leve. — Mas acho que não podemos lhe explicar o que ocorreu com ele.


— Como assim? — enrugou o cenho. — Algo anormal? — fanficou todo. Lembrou dos filmes cujo os vilões entravam no quarto do paciente e mudavam algum medicamento, fazendo assim a vítima quase morrer ou coisas piores.


Mas, era só um pensamento, porque de fato não era isso que havia ocorrido.


— Não, Jungkook, na verdade não é anormal, é só.. como se Joong quisesse isso. — um deles disse. O que havia tocado em seu crachá, se consta. — Me chame de James, sim? — notou os olhos de Jungkook vagando por seu crachá, procurando um nome. Jungkook assentiu. 


— Eu sou o Kai. — acenou o médico cujo Jungkook chegou a princípio, o chamando com desespero.


— Me chame de Sook. — este era o médico cujo se aproximou de si.


— Agora que você sabe nossos nomes, sabe quem chamar caso acontecer algo com Joong cujo você ache que ele precisa de um médico. — James disse com simpatia.


— Tudo bem, espero não ocorrer nada, mas caso ocorra eu os chamarei. — Jungkook disse. — E.. como assim Joong parecia querer isso? — voltou ao assunto anterior. — Como se quisesse ter esse problema?


— Não. — Sook rapidamente negou. — Na verdade ele parecia querer dormir. Dizendo em outras palavras, Joong não estava em seu estado mais consciente e não parecia querer continuar de tal forma.


— Ele comentou algo antes de eu sair correndo do quarto. Peço desculpas por não ir de imediato, mas eu juro, não deu dez segundos para que eu fosse chamar você, Kai. — se desculpou, primeiramente.


— Está tudo bem, Jeon. — Kai sorriu com simpatia. — Mas o que ele disse?


— Falou que estava morrendo. — Jeon continuou, estava convicto daquilo. — Disse para que eu cuidasse de Jimin, cujo é filho dele. 


— Vamos pedir para mudarem alguns dos remédios amanhã, pode ser que sejam os efeitos colaterais que embrulharam sua mente. — James disse. — O demos um calmante, Jungkook, então não se preocupe, ele possivelmente vai ter uma bela noite de sono daqui para frente.


— Bem, isso é certeiro? — Jungkook questionou, notando quando Sook olhou para os outros dois, confuso. — Porque da última vez, um outro médico disse que Joong não acordaria hoje e não deu uma hora até ele acordar. 


— Que médico? — Kai arqueou uma sobrancelha. 


— Ele não me disse o nome, mas era ele quem.. — foi interrompido pela voz suave atrás de si.


— Foi eu. — o mesmo médico cujo, inicialmente explicou tudo para Jimin e Jungkook, apareceu ali. — Boa noite, garotos. — acenou sorrindo, e Jungkook captou quando os outros três se curvaram em respeito. — Joong acordou? 


— Acordou. — Kai entregou um papel para o médico que havia acabado de chegar. — O coração dele acelerou, e segundo o rapaz aqui, ele disse que estava morrendo. Podem ser os efeitos dos remédios, não é?


— Acredito que sim, vou falar com a Sonmi para mudá-los amanhã. — disse, lendo algo no papel. Parecia importante. — Os sinais dele.. isso é interessante. Eu preciso que vocês façam outra tomografia.


— Mas doutor, os exames se encerraram à meia-noite. — James ditou. Então aquele médico sem nome era tipo um chefe? Jungkook estava perplexo.


— Não precisa ser hoje, James. Vamos com calma. Amanhã pela tarde ele fará a cirurgia de CDI, então o importante agora é ter certeza que não há tumores cerebrais. Preciso dos exames ainda pela manhã.


— Já não fizeram esses exames? — foi Jungkook quem perguntou. Estava quieto até então.


— Fizemos sim, Jungkook. — ao seu lado, o homem falou. — Mas a reação dele e os sinais de aceleração, batimentos cardíacos e a forma cujo a respiração não estava sendo suficiente no oxigênio, podem ser por conta de um tumor cerebral. Estou torcendo para não ser isso, porque então todos os exames terão de ser refeitos em busca de algo cujo não apareceu nos primeiros.


— Vai dar tudo certo, faremos nosso melhor. — Sook disse. — Jungkook pode voltar ao quarto, vou buscar um café para ele. — e então, se curvou, saindo caminhando antes mesmo que Jungkook pudesse intervir e dizer que não havia necessidades.

Mas no fim de tudo, na verdade queria. O que Yo havia dado, tinha tomado em menos de dez minutos enquanto subia até o quarto. 


Cafeína demais faz mal? Dúvida descartável.


— Bem, Jungkook, qualquer coisa nos chame, por mais que seja difícil Joong acordar hoje. — o tal doutor sem nome disse.


— Hey, posso saber seu nome?


— Eu ainda não disse? — o moço riu. — Desculpe-me. Eu sou Jay.


— Ok, Jay. Vou indo então. — se curvou não só para Jay, mas para James e Kai também, e então entrou no quarto.

Fechou a porta atrás de si e rapidamente se aproximou da cama, com cautela, talvez medo. Joong parecia mais calmo agora, o rosto estava mais relaxado. A máquina não tinha anormalidade alguma, estava apenas apitando no ritmo correto.


— Jungkook.. — outra vez, a mesma voz se fez presente. Jeon já estava pronto para correr, contanto não haviam problemas na máquina, e dessa vez Joong parecia estar bem. Por que.. ué?


— Céus, mais uma vez não, por favor.


— Eu vou dormir logo mais. — falou com dificuldade, não conseguindo enxergar Jungkook com aquela luz toda. — O que há de errado, Jeon? 


— Uh? Você não lembra? — questionou confuso. Joong parecia mais confuso ainda, lento, estava lerdo nos pensamentos. 


— Jimin.. — murmurou mais baixo ainda. — Cuide dele?


— Pare com isso, você vai ficar bem para cuidar dele. — Jungkook sorriu amarelo, não sabendo se o que dizia era verdade. De qualquer forma Joong não parecia entender. Nem sequer parecia ouvir. 


— Você precisa cuidar dele, Jimin não consegue morar sozinho ainda, está cedo. — inspirou. — Ele pode morar com a mãe, mas é difícil para ela cuidar dele.


Jungkook sentiu seu coração se apertar. Porra, droga, caralho, buceta.. 


— Dorme um pouco, sim? — falou baixinho, fechando os olhos e respirando fundo. — Apenas durma, por favor.


E então, sem nenhum comprometimento com nada, Joong fechou os olhos. Jungkook notou quando a mão deixou de se apertar e relaxou, dando sinal de que o remédio havia feito efeito.


Finalmente estava dormindo, sem pensamentos, memórias ou confusões. Apenas relaxando.


E ficou relaxando assim até de manhã cedo. Jungkook estava sentado no sofá próximo a cama, com os olhos focados na parede. Parecia um louco, mas não sentia sono, não sentia tédio. Apenas não sentia nada.

Não se importava com nada além de Joong. Porra, como assim Jimin ficar com a mãe? Seu coração doía, doía para caralho e só passaria quando visse Jimin. Precisava vê-lo.


Recebeu mensagens de Taehyung quando o menor dormiu, explicou ao garoto tudo que ocorreu e também, recebeu o bendito café de Sook. Mas nada além disso. Hoseok acabou não indo ao hospital, afinal Jeon mandou mensagem dizendo que não havia necessidades, afinal um médico simpático o havia dado um cobertor.

Sook havia lhe dado um cobertor, para ser exato.


E então quando menos esperava, a porta foi aberta com calma. A imagem de seu anjinho estava ali, bonitinho e perfeitinho como sempre. Jimin rapidamente levou os olhos a Jeon, fechando a porta atrás de si.


Jungkook levantou os olhos para o garoto, sorrindo pequeno quando Jimin se aproximou e se agachou em sua frente. 


— Como você está? — Jimin perguntou baixinho. 


— Estou bem, amor, e você? — retirou o cobertor de cima de si com lentidão, levando as duas mãos ao rosto delicado de Jimin.


— Estou bem também. — respondeu. — Eu queria que você tivesse descansado.


— E quem disse que não descansei?


— O médico disse isso. — Jimin rapidamente respondeu. — Um dos, na verdade. Alguns deles me disseram algumas coisas, explicaram que teria outro exame pela manhã e..


— Te disseram o por quê? 


— Não, tem um por quê? — Jimin enrugou a testa. — Aconteceu algo?


— Na verdade sim. — Jungkook não mentiria, seria injusto para Jimin. — Ontem pela madrugada, depois de alguns minutos que você foi embora, eu vim até o quarto e Joong acordou. — Jimin abriu a boca, sem saber o que dizer. — Os aparelhos começaram a apitar, ele.. não estava bem. — Jeon fez um carinho sutil no rosto alheio. — E ele disse algumas coisas, Ji, mas não são importantes. Chamei rapidamente os médicos, eles o sedaram e me explicaram o que havia ocorrido.


— O que ocorreu? — se sentiu apreensivo outra vez. Estava calmo quando chegou ali, tanto que conseguiu entrar no quarto sem ter um problema com isso. — Jungkook..


— Podem ser apenas os remédios, vida.. — suspirou. — Ou pode ser algum tumor cerebral. — Jimin assentiu algumas vezes, tentando assimilar tudo. Porra, poderia piorar? — Mas ele não está sofrendo, amor.. eu falei com ele.


— Você fez o quê?


— Ele estava acordado quando voltei ao quarto. Havia tomado calmantes, mas estava levemente acordado. — contaria tudo, só deixaria os detalhes dolorosos de lado. — Ele não parecia me ouvir.


— Ta. Tudo bem. — balançou a cabeça. — Está tudo bem. — suspirou fraquinho. 


— Amor.. — puxou o queixo delicado para cima, fazendo Jimin o olhar. — Me desculpe, eu não deveria ter lhe contado isso. — deixou um selo sútil na boca cheinha, fazendo Jimin quase derreter alí mesmo.


— Outro beijinho. — murmurou. Jungkook sorriu e se aproximou outra vez, deixando um beijo sutil na boca carnuda.


— Você comeu, príncipe? — questionou preocupado. — Dormiu bem?


— Não costumo comer pela manhã, Jungguk.. — murmurou. — Mas dormi bem. Taehyung me abraçou e dormimos de conchinha.


— Pois agora você irá comer. — Jungkook praticamente ordenou. — Vá comer algo, amor, depois você volta e podemos conversar.


— Não estou com fome..


— Pois eu estou. Coma algo e busque para mim também. — tentou subornar, mentindo com algo óbvio demais. — É sério, por favor.. — quase implorou.


— Ta. — concordou com relutância. Jungkook parecia uma criança quando ganha algo, porque sorriu de orelha a orelha e pegou sua carteira no bolso, entregando dinheiro a Jimin. — Não precisa, Jungkook. — negou com rapidez, empurrando a mão do maior que, sinceramente, segurava uma quantia de dinheiro exagerada para um café da manhã.


— Eu perguntei se você queria? — forçou a mão, colocando o dinheiro na destra do menor. — Vá logo, anjo. 


Jimin se inclinou e deixou outro selo nos lábios de Jungkook, logo, saiu porta a fora.


Mas o que nenhum dos dois sabiam, era que, talvez, não eram os únicos conscientes dali.


— Você pode se aproximar? — Joong questionou com dificuldade. Jungkook jurou sentir a alma sair do corpo, porque porra, não era acostumado e ultimamente Joong só o assustava.


— Você tem seus momentos para acordar do nada e me infartar, não é? — nem notou quando as palavras já tinham saído. — Meu Deus, eu preciso chamar um médico. — arregalou os olhos, se levantando do sofá com pressa.


— Não vai se aproximar? — Joong perguntou. Jungkook estava confuso, se aproximava ou chamava um médico? 


Optou pela primeira opção.

Se a máquina não tivesse apitado com velocidade ou parado de apitar, significava que estava tudo bem. E enquanto estivesse tudo bem, não precisava chamar os médicos. 


— Nem um bom dia? — Jungkook perguntou baixinho enquanto se aproximava da maca. Joong estava péssimo, era assustador.


— É Jungkook quem está aqui, eu sei que é. — parecia perdido, olhando para o teto e somente para o teto. — Você precisa cuidar da empresa.


— Eu? Claro que não! — negou. — Você vai cuidar da sua empresa.


— Jungkook, é você, não é? — a voz rouca se fez presente outra vez. — Olha.. minha mente está confusa, mas eu consigo entender.


— Vou chamar um médico. — pensou alto. — Você não pode ter mais problemas do que já tem, está me entendendo? — Jungkook quase o repreendeu, saindo às pressas do quarto e dando de cara com Jay.


Jeon esbarrou contra Jay, o mesmo que arregalou os olhos e tocou o ombro de Jungkook, calmamente e sutilmente.


— Bom dia? — Jay estava confuso, talvez um pouco preocupado. — O que foi, Jungkook? Você está bem? 

A única reação de Jeon, foi de apontar o dedo para dentro do quarto. Jay rapidamente o soltou e se aproximou da porta com pressa, observando os olhos abertos de Joong.


— Sook! — chamou em alto som, logo adentrando o quarto. Sook veio correndo, já colocando a máscara e chamando com a mão os outros médicos. Kai e James.


A porta atrás de Jungkook continuou aberta, mas o sócio não conseguiu olhar para dentro. Aquilo era sufocante. Até quando iria ficar nessa de ir e vir?


James saiu para fora sozinho, fechando a porta atrás de si enquanto se parava em frente à Jungkook. Tocou no ombro deste, tendo a atenção sobre si.


— Jungkook, você está bem? — notou a palidez do garoto. 


— Não sei, Joong está bem? 


— Está, possivelmente. — pendeu a cabeça para o lado. — Quer que eu te dê algum remédio, injeção, soro..? — arqueou uma sobrancelha. Estava realmente preocupado.


— Não, obrigado, James. — agradeceu. — O que aconteceu? 


— Sou eu quem te pergunto isso. — o respondeu. — O que houve?


— Olha, eu estava sentado, ou de pé, não sei. — estava confuso. — E repentinamente ouvi a voz de Joong me chamando, achei que estava delirando e até mesmo tomei um susto, mas me aproximei da cama. Park estava olhando para o teto, disse algumas coisas sem sentido e, por mais que eu o respondesse, ele parecia não ouvir ou não entender. — explicou. Estava tão perdido quanto Joong, acreditava.


— Bem, quando entramos no quarto, o doutor Jay fez algumas perguntas e Joong apenas fechou os olhos, pegando no sono outra vez. — James sequer poderia dizer algo assim para alguém que nem da família era. Mas sabia que Jungkook era confiável, havia gostado do garoto e da forma que ele era cuidadoso e interessado naqueles assuntos. — Ele possivelmente está confuso, ou então pode realmente ter alguma doença por fora que não foram mostradas nos exames.


— Isso é um problema maior ainda.. — passou a mão sobre a testa, estava frustrado com o próprio Joong por ser um azarado do cão. — Ele ainda tem riscos de vida agora que acordou?


— Jungkook, se eu for sincero com você, aposto que irá ficar pior ainda. — James suspirou. — Pensávamos que ele iria sobreviver caso acordasse. Mas você viu ontem, aquela recaída, hoje também.. ele não quer ajuda, Jungkook, ou ele não entende. Mas é provável que ele tenha desistido de si mesmo, e isso é um problema à parte. — foi sincero. — É provável que ele.. morra. — notou quando a respiração de Jungkook se tornou mais pesada.


— Você pode não dizer isso ao filho dele? — James abriu a boca, não poderia prometer isso, era errado. Isso comprometeria seu trabalho. — Por favor, apenas por um tempo, até vocês terem certeza.. — implorou. — Eu entendo que isso pode ser um problema para vocês caso alguém descubra, mas será um problema caso Jimin descobrir. Joong é a única pessoa que ele tem na família, James, se vocês disserem isso, Joong não será o único internado. 


— Jungkook, cara.. eu não sei se posso te ajudar com..


— Hum.. oi? — o anjinho apareceu, tinha uma sacola de papel em mãos cujo, possivelmente havia comida para Jeon. O médico James se curvou e sorriu, logo dando espaço para Jimin fazer parte da rodinha.

Jimin se curvou e sorriu pequeno, acenando para o homem.


— Oi, amor. — Jungkook fingiu um sorriso, tentando não demonstrar o quanto aquilo poderia destruir tudo. Literalmente tudo.


— Jungkookie, aconteceu alguma coisa? — perguntou com calma, formando um bico fofo nos lábios. Até o médico teve que sorrir com a fofura.


Jungkook congelou quando James o olhou. Parecia que deveria falar.


— Jimin, certo? — o mais novo assentiu, olhando para o médico. — Seu pai ficou consciente por menos de cinco minutos, apagou assim que nós, os médicos adentraram o quarto. — explicou resumidamente. — Jeon teve tempo de falar um pouco consigo, mas segundo ele, Joong parecia fora de si.


Se fosse apenas aquilo que James diria, então tudo bem. Jungkook ficou nervoso repentinamente.


— Ah.. — piscou algumas vezes, logo voltando o olhar para o chão enquanto abaixava levemente a cabeça. 


— Eu preciso ir, meninos, acho que vocês precisam conversar. — Jungkook sentiu a indireta, contanto apenas suspirou. — Agora Jay irá fazer o exame que mencionamos, sim? Acredito que durará umas três horas. — e se curvou, saindo dali após dizer tudo.


Jimin olhou para Jeon, estendendo a sacola em sua direção enquanto deixava outro bico formar seus lábios. O outro sentiu seu coração apertar.


— Comprei algumas coisas, não sei exatamente do que você gosta. — disse. — Você gosta de chá? Eu comprei chá. — continuou a dizer, fazendo um sorriso bobo fugir dos lábios de Jeon.


— Tudo bem, vida, obrigado. — pegou a sacola. — Vamos dar uma volta? — rezou para que Jimin aceitasse, não aguentaria ficar naquele local por muito tempo. — Podemos caminhar pelas ruas daqui mesmo, não há problemas.


— Tudo bem, Gguk. — assentiu, acompanhando o mais velho até o lado de fora. Ambos estavam novamente com as mãos dadas, aquilo havia se tornado um gesto natural, algo que ocorria sem ambos de fato pensarem. Eles só queriam.


O vento soprou com força assim que ambos se puseram na calçada. Era outro ar, outra vibe e outro sentimento. Jungkook até mesmo se sentia mais leve.


— Jimin, podemos conversar? — questionou calmo, caminhando ao lado do baixinho bem devagar. Haviam poucas pessoas nas ruas, era calmo.


— Podemos. — respondeu sem de fato se importar. 


— Eu desejo tudo de bom para Joong, e quero que ele melhore e se recupere o quanto antes. — começou. — Mas, se caso acontecer algo com ele.. digo, se acontecer o pior com ele..


— Onde você quer chegar? — Jimin olhou para o lado, prestando atenção quando Jungkook engoliu em seco.


— Eu quero dizer que, se Joong morrer, Ji, eu quero que você more comigo. — Jimin parou de caminhar. Suas pernas travaram, assim como seu olhar que parou em Jungkook. 


— O que você disse?


Jungkook se virou para si, parando-se de frente para o menor.


— Joong pediu para que eu cuidasse de você. — Jungkook comentou. — Eu quero fazer isso. Sei que você é um adulto, tem vinte anos e pode muito bem morar sozinho, mas.. eu não quero deixar você sozinho.


— Jungkook..


— Jimin, por favor.. — suspirou. — Eu não falo isso porque me sinto obrigado. Eu sei que muitas coisas podem acontecer, e uma delas é.. isso. Eu quero que você more comigo, caso aconteça algo com Joong.


— Não é que eu não queira, Jungkook. — Jimin começou, umedecendo os lábios. — Mas eu não posso.


— Está dizendo que não pode porque não quer? — estava de frente para o menor, ainda segurando uma de suas mãos. — Tudo bem, eu entendo seu lado, entendo..


— Jungkook, por favor, cale a boca. — proferiu, logo se arrependendo das palavras. — Eu realmente não posso. 


— Me explique.


— Eu nunca comentei isso com ninguém, além de papai. — mordeu o lábio, apreensivo. — Eu sempre disse que eu e papai éramos a família um do outro. Disse que não havia mais ninguém, apenas nós, porque de fato sempre fomos apenas nós. Mas não significa que todas as outras pessoas da nossa família tenham morrido ou algo assim.


— Ta..?


— Eu quero dizer que, após a morte de minha mãe, os parentes dela passaram a me odiar. Eles me culparam, me fizeram passar por coisas horríveis e basicamente perdemos o contato desde então. — Jimin disse. Já não se importava tanto com aquilo. — Digo, partes da minha família me odiaram, outra parte.. ainda me quer por perto. Sou um pedacinho de minha mãe, dizem que sou muito parecido com ela e era hipócrita jogar a culpa em mim.


— Você está dizendo que, se caso acontecer o pior com Joong, você terá de recorrer a sua família?


— Sim. — suspirou, tomando coragem para falar. — O problema maior seria esse caso eles morassem na Coreia. — Jungkook travou, não estava preparado para o que viria a seguir. — Minha mãe era japonesa. — e foi então que as coisas ao redor de Jungkook pareceram parar.


[...]




Notas Finais


SHIAHSUAHSUAHSU EU SOU MUITO MÁ, P*** QUE PARIU.

Eu amo vocês, juro kkkkkkkk

Até mais, amores! ❤️


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