1. Spirit Fanfics >
  2. Professor Particular >
  3. Eu to com fome

História Professor Particular - Eu to com fome


Escrita por: joonmyeonie

Notas do Autor


Heeeey, galera!

Tudo sussa?
Mais uma vez eu apareço por aqui num Domingão, porque ontem eu estava dodói e não deu pra eu terminar de escrever e editar o capítulo, e eu confesso que eu ainda não terminei, mas vou postar e depois eu corrijo o resto. Ok?
Espero que aproveitem e se divirtam com esse capítulo (que é o meu fave)

Boa leitura.

Capítulo 4 - Eu to com fome


                                                                      BAEKHYUN

 

 

 

  O dia estava ensolarado, porém um pouco frio, o que tornava nossa caminhada mais interessante e menos estressante.

  Kyungsoo odiava quando estava calor e tínhamos que andar rápido para casa para não derreter debaixo daquele sol, e eu também.

  Não lembro bem quando mencionei o nome de Chanyeol na conversa, contando que tinha que terminar as lições que ele tinha me deixado no dia anterior, mas Kyungsoo apenas parou de andar e arregalou os olhos.

 — Seu professor é o Chanyeol? Park Chanyeol?

 — S-sim (?)— respondi desconfiado.

  Ele começou a rir e me deixou sem reação, tentando entender qual era o problema dele ou o problema como próprio professor que minha mãe tinha arranjado.

  — Não acredito. Baekhyun, você está diante do professor mais inteligente, bonito e ainda por cima, gay. — ele falou tentando manter a postura de hétero, mas o jeito que ele falava deixava as coisas mais homossexuais ainda.

  — GAY? — eu berrei na rua chamando atenção de alguns e levando um tapa na orelha que foi dado pelo mais velho.

  — Sim. Eu já estudei na mesma sala que ele em outro colégio. Ele tinha um namorado muito bonitinho e andavam juntos sempre. Esse cara é totalmente protetor e muito gentil como todo mundo, chegamos até a conversar uma vez. — ele falou serio, enquanto olhava para frente e eu apenas tentava processar as informações. — Qual é, Baekhyun, até eu que sou hétero admito que aquele garoto é foda, se eu fosse você eu não deixava essa oportunidade de lado não.

  Nunca neguei minha sexualidade a ninguém, e muito menos os tipos que me agradavam, mas Kyungsoo chegar falando aquilo para mim me deixava até sem graça, não só pelo fato do mais novo ser meu professor, mas também porque eu não conseguia o ver de outra maneira.

  —  Cala boca, eu mal conheço ele, e ele é todo estranho.

  — Ele não é estranho, você que é chato.

 

 

                                                                   ...

 

 

Talvez eu já estivesse começando a me acostumar com aquela rotina, e até estivesse mudando um pouco meus antigos costumes, pois eu sabia que não tinha jeito, ou eu aceitava aquilo, ou a tendência era piorar. 

  Eu estava sentado na mesa, com livros e cadernos abertos, tentando terminar a décima nona questão daquela lista que Chanyeol tinha me dado no dia anterior. A questão era horrivelmente grande, e eu já tinha gastado mais que uma folha para fazer, mas eu não iria desistir, meu orgulho era maior que a minha preguiça.

  Eu estava fazendo uma multiplicação de um número muito grande, quando o telefone tocou junto com a campainha.

 — Fala. — atendi ao mesmo tempo que me levantava para abrir a porta.

— BAEKHYUN, CADÊ VOCÊ, SEU BAITOLA? 

— Como assim “cadê você?" eu já falei que eu não vou mais para lugar nenhum essa semana, eu tô estudado, cara. — preguei a chave que estava na mesinha de centro e fui em direção à porta. 

— E desde quando você estuda? Vem logo, a gente tá te esperando, deixa de frescura.

Nesse momento eu abri a porta e dei um mínimo sorriso para Chanyeol, que estava escorado na parede. Ele retribuiu o sorriso e entrou. 

— Então se sentem e esperem. — desliguei o telefone antes que ele começasse a me xingar e encher o saco.

Fui junto ao mais novo em direção à mesa e nos sentamos nos lugares de sempre. 

Dei um riso soprado enquanto ficava pensando no que meu amigo tinha me dito e se ele estaria querendo me bater de raiva por eu ter ignorado o convite dele para fazer besteiras pelas ruas da cidade. Chegava até ser estranho pensar que eu realmente não queria mais fazer merda por aí e levar esculhambações e tapas quando chegasse em casa, mas realmente aquilo já nem estava me agradando tanto quanto antes.

Enquanto eu folheava o livro, sentia o olhar de Chanyeol sobre mim, o que me deixava levemente constrangido. Não sei bem o motivo, mas quando sinto que alguém está me observando eu começo a ficar nervoso.

— O que foi? — não pude evitar de perguntar, mesmo sem tirar os olhos do livro.

— Nada. Só te olhando, mesmo. Desmarcou com seus amigos?

Nesse momento eu parei o que estava fazendo e subi o olhar, o encarando.

— Desmarquei. Não quero mais causar tantos problemas. — fechei o livro e entreguei a ele.

Em menos de 10 segundos ele abriu na página certa.  Ele tinha essa habilidade, nem olhava o sumário, parecia já ter gravado os capítulos.

— Baekhyun? Você ta bem? Usou drogas? — ele pegou na minha testa, e eu afastei sua mão com um tapa.

— Que imagem você tem de mim, heim?

Ele suspirou, olhou para o livro e começou a folhear, como se estivesse procurando a página. Eu o parei e voltei para a página certa.

— Você já achou.

Então finalmente ele me encarou e respondeu.

— Acho você danadinho, chatinho e teimosinho. — ele afastou o meu braço e colocou o livro de frente para mim. — Mas não é má pessoa.

  Dei um riso soprado, e ele sorriu para mim. Finalmente tínhamos parado um pouco com as brigas, depois de um mês eu não diria que nos tornamos amigos ou algo do tipo, mas pelo menos não tínhamos discussões diárias, como nas duas primeiras semanas.

Ele também não me parecia ser má pessoa, aliás, parecia ser até gente boa. Uma pena que tinha jeito de nerdzinho chato às vezes.

— Vamos começar?

 

 

 

                                                                   ...

 

 

 

  A aula foi se passando admiravelmente bem, sem briga ou discussões, tudo estava indo bem. Eu já conseguia me concentrar um pouco mais, estava fazendo tudo direito e ele estava até me elogiando.

  Estávamos concentrados numa explicação de uma teoria de física, quando minha mãe nos atrapalhou.

— Meninos, eu vou ao supermercado. Mais tarde eu volto. Não ponham fogo na casa. Até mais tarde.

— Vai sozinha? — perguntei quando ela já estava quase fechando a porta.

— Não, vou com a sua tia. Tchau. — ela foi aumentando o tom de voz enquanto a porta se fechava.

— Tchau! — eu e Chanyeol falamos juntos.

  Nesse momento eu senti um leve nervosismo por estar sozinho em casa com o maior. Não que ele fosse tão estranho, mas ainda assim era um pouco desconfortável de pensar que não tinha mais ninguém em casa.

  Ele pareceu nem se importar, e continuou me mostrando o vídeo que explicava a teoria, e eu voltei a prestar atenção.

  O tempo passou e eu resolvi mais um monte de questões chatas, cansativas e gigantescas. Todos os dias ele me obrigava a resolver pelo menos 10 para treinar e aprender a fazer, e não apenas decorar fórmulas.

  Chanyeol era muito inteligente para alguém da idade dele, e isso me causava inveja. Não tinha nada que ele não soubesse como resolver, e caso não conseguisse uma resposta, ele sempre pesquisava, aprendia e me trazia todas as explicações no dia seguinte.

  Eu coloquei o lápis sobre a mesa para estalar os dedos e descansar as mãos enquanto ele copiava uma questão para mim e fiquei olhando para o tempo esperando ele terminar. Faltavam uns 20 minutos para o fim da aula e minha barriga fez um barulho horrivelmente constrangedor.

  — Porra. — dei um tapinha na mesma.

  Nada nesse mundo me envergonhava, mas se tinha uma coisa que me tirava do sério e me dava vontade de cavar um buraco e fugir era quando o meu estomago roncava alto e todo mundo me olhava. Infelizmente isso estava sempre acontecendo, afinal eu sempre estou com fome, mas era terrivelmente embaraçoso.

  — Eu também to com fome. — Chanyeol suspirou e parou de escrever, direcionando seu olhar para mim.

  Levantei-me da cadeira e fui até a cozinha, olhar o que tinha na geladeira, e ele se levantou também, encostando-se na porta com os braços cruzados. Eu juro que até queria dizer que tinha alguma coisa, mas só tinha suco, chá e um resto do almoço.

— Nada. — fechei a geladeira e fui em sua direção. — Você acha que se a gente... — eu queria terminar a frase, cheguei a apontar para a porta, mas vi que ele nunca aceitaria, então apenas despistei a situação levando o braço até a cabeça. — É...

— Saísse pra comer algo...? — ele tentou ajudar, e um fio de esperança surgiu.

Eu sorri sem graça para ele, ele infelizmente tinha entendido então eu apenas terminei o que ia dizer.

— A mamãe iria desconfiar? — finalmente tomei coragem para terminar a frase.

Ele não falou nada, apenas me lançou um olhar desconfiado e começamos a rir juntos.

 

 

 

 Até que ele era gente boa

 

 

 

                                                                   ...

 

 

 

  O plano era apenas passar numa conveniência qualquer, comprar uma besteira aleatória e voltar pra casa, mas quando me dei conta, eu estava andando com meu professor pelas ruas movimentas de Seul e comendo lamen.

  Desviamos o nosso caminho quando vimos que tinha uma pequena feira numa vila que eu nunca tinha reparado até então, e foi aí que começamos a olhar barraca por barraca esquecendo do tempo.

  — Olha só essa! — ele apontou para uma barraca cheia de coisas importadas. Eram coisas personalizadas de outros países.

  — Ah, fala sério, quero olhar as barracas de comida! — me afastei um pouco dele, mas ele me segurou.

  — Olha esses bonequinhos, eles são bonitinhos.

  — São todos iguais.

  — Já pensou se nós fossemos todos iguais? — ele perguntou enquanto mordia a casquinha do sorvete.

  — Deus me livre. Já pensou todo mundo com a sua cara?

  — Se um é bom, imagine vários. —  respondeu fazendo uma careta e me arrancando risadas.

  Continuamos andando pela feirinha e comprando coisinhas, Chanyeol já tinha umas quatro sacolas cheias de besteirinhas. Ele tinha comprado de bombons a livros, e eu só tinha uma sacola cheia de salgadinhos e doces.

  Eram muitas barracas em pouco espaço. Algumas vendendo pinturas, desenhos, roupas, comidas, bijuterias, bolsas e mais milhares de coisas. Eu só tinha ido nessas feiras duas vezes em toda minha vida, mas eu gostava muito da grande variedade de coisas para comprar.

  Numa das barraquinhas o senhor estava vendendo vários acessórios feitos com coisas naturais, o que chamou atenção do maior. Ele sorriu para o senhor e pediu um colar que tinha uma clave de sol. Eu já estava cansado de andar, então apenas o acompanhava e parava onde ele queria.

  A rua estava começando a ficar lotada, e eu confesso que tinha começado a me sentir mal com aquela multidão, que tornava até os pequenos passos difíceis de serem dados. Queríamos parar no moço das caricaturas e pedir uma nossa para rirmos daquilo eternamente, mas não conseguimos chegar nem perto.

  Saímos dali com bastante dificuldade. Eu sentia as mãos do maior no meu ombro, me guiando pelos lugares vazios dali, porque eu estava perdido, e segundo ele eu era um baixinho que poderia me perder facilmente.

  — Foi divertido. — sorri quando finalmente conseguimos respirar e sair dali vivos.

  — Foi. — O maior riu e me ofereceu os bombons de chocolate que comia.

  — Obrigado. Já comi demais. — neguei.

  Nesse momento ele olhou para baixo e deu um sorriso mínimo.

  — Você parece com... — ele não terminou a frase e o sorriso foi morrendo aos poucos. — Esquece.

  — Quem?  — indaguei.

  — Uma pessoa. Me perturbava pra sair pra comer, e quando saíamos, ela comia demais e ficava cheia rápido. — ele colocou mais um bombom na boca.

  Talvez fosse o garoto que Kyungsoo tinha me dito anteriormente, e isso me deixou curioso. O jeito como ele falava de tal pessoa era como se gostasse muito dela, mas ele parecia triste, então nem toquei mais no assunto.

  Nessa tarde eu descobri o quanto o maior podia ser divertido e brincalhão fora das aulas. Chegava até ser engraçado o fato de que eu aceitaria sair com ele mais vezes e que preferia mil vezes tardes como aquelas do que madrugadas fazendo coisas fora da lei.

  O maior não era só legal como também era bonito, e isso o tornava alguém interessante. Mas não, eu não queria e não podia estar nem um pouco interessado nele... ou podia?

  Chegamos em casa e minha mãe estava sentada no sofá de braços cruzados. Eram oito e meia da noite e tínhamos saído às cinco da tarde, sem avisar nada.

— Onde vocês foram, seus irresponsáveis?

Apenas nos entreolhamos e rimos. 


Notas Finais


Bendita fome pra unir esse Chanbaek, não?
Baekhyun está começando a ver o Chanyeol como uma pessoa legal e interessante. Eu ouvi um amém?
Kyungsoo sendo a melhor pessoa sempre.
Eu adoro feirinhas, vocês não estão entendendo o meu amor por feirinhas. A gente acha tanta coisinha bonitinha lá que aaaaa.
Semana que vem (talvez) eu posto o ultimo capítulo, tudo vai depender da minha semana e do meu tempo livre pra terminar o capítulo, mas vou tentar postar, se não, só no dia 14 ;-;



É só isso, galera, espero que tenham gostado, e se gostaram, digam o que acharam, por favorzinho <33
Beijos e até o próximo.
Fui.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...