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História Projeto MK-ULTRA - Prólogo


Escrita por: Primbomb

Notas do Autor


Olá galerinha, bom, já quero avisar que a séculos não escrevo uma fic, então talvez eu esteja enferrujada XD
A fic em si não se alinha com acontecimentos ocorridos na história (tudo fictício essa poar).
Então se vc não leu todos os quadrinhos e nem viu todos os filmes, RELAXA AHSUAHSUAHA, você vai entender a história do mesmo jeito.

Capítulo 1 - Prólogo


Eu realmente não sabia o que fazer. Fugitivos, vítimas, heróis? Eu não sabia na verdade o que éramos, e na verdade, não queria. 

Abro a porta da casa e aparentemente está vazia,  será que a tia May estaria trabalhando? Na polícia? Louca me procurando?

Por um instante paro e tento colocar a cabeça no lugar.

Respire.

Me viro e ela ainda está lá, iluminada pela fraca luz que vinha do corredor do lado de fora.

Os cabelos úmidos pela chuva, o vestido do hospital e os joelhos machucados a mostra.

Os pés descalços e arroxeados por conta do frio.

Ligo a luz da sala do pequeno apartamento. A chuva ainda caía lá fora, forte e silenciosa.

"Está tudo bem... pode entrar" digo tentando convencê-la. Ela olha desconfiada, dá uma última espiada no corredor. Encara sem piscaros cômodos da casa, e finalmente, dá o primeiro passo para dentro.

Seus dedos tocam o tapete aveludado. Ela parece desfrutar da sensação.

Quanto tempo ela havia ficado presa? A quanto tempo não sabia qual era a sensação de entrar em uma casa de verdade?

Ela volta a me olhar, com um leve sorriso no rosto e caminha lentamente em minha direção, como se cada passo dela fosse sagrado, como se armazenasse toda informação e sensação que aquele momento lhe proporcionara.

"Por aqui" fecho a porta e sigo em direção ao meu antigo quarto.

Tudo estava intacto, exatamente no mesmo lugar onde deixara meses atrás.

Tiro o casaco encharcado e o largo na cama.

Não conseguindo esconder sua curiosidade, seu olhar passeia vagarosamente​. 

Primeiro passa pela cama, depois vai aos posters nas paredes, ao computador em cima da mesa, aos tênis velhos, ao armário que um dia foi branco, aos livros empoeirados e depois para mim.

Pego uma toalha em uma das gavetas e dou a ela.

"Tem um banheiro com água quente, pode tomar um banho se quiser... vai se sentir melhor"

Seus dedos correm pela toalha, e ela acena positivamente com a cabeça.

Levo-a até o banheiro.

"É aqui... Você sabe como funciona, vou te dar privacidade"

Faço menção de trancar a porta mas ela me interrompe bruscamente.

Seus olhos estão arregalados, suas respiração volta a ficar ofegante e ela segura com firmeza a madeira, me impedindo de trancá-la.

Ela não quer ficar presa.

Não novamente.

"Tudo bem" digo com calma. "Vou deixar aberto então, estou no quarto. Grite se precisar de algo." falo. Ela assente, e lentamente se dirige ao box.

Dou meia volta e começo a procurar roupas que caibam nela.

Tento entrar no quarto da Tia May mas a porta está trancada.

Ouço a água do chuveiro jorrar.

Contorno, a fim de não passar na frente do banheiro.

Começo a vasculhar por roupas em meu armário.

Retiro a camiseta molhada que vestia e troco por uma azul escura.

Pego um casaco vermelho e uma calça de linho para Savanna vestir.

Consigo achar um par de meias e uma blusa pequena para ela.

Dobro tudo e volto ao corredor que nos liga.

"Achei umas roupas que você pode usar, estão aqui no chão, podem ficar um pouco largas em você... desculpe, foram as únicas que achei" falo em um tom de voz mais alto para que ela possa me ouvir sob o barulho da água.

Ouço um "obrigado" e volto ao quarto.

Retiro as roupas, o tênis e as meias.

Jogo tudo no lixo.

Não quero nada que me lembre daquele lugar.

Visto uma calça e me permito ficar descalço. A muitos dias não tenho tempo de sentir o chão, agora entendo a fascinação dela pelo tapete.

Depois de um tempo o chuveiro é desligado, ouço passos no corredor mas não me atrevo a ir olhar. 

Ouço o som dela se vestindo.

Me sento na cama, adimirando a vista da janela, o que antes era só uma mistura de prédios sem sentido, agora era um dos lugares mais bonitos do mundo para mim.

Meu coração aquece novamente, estava em casa, finalmente seguro.

Navego nos pensamentos ao ponto de nem perceber a hora em que Savanna se recosta na parede, logo na entrada.

Me viro e ela está me encarando, os longos cabelos negros estavam molhados, descendo em ondas até a cintura, o casaco vermelho ficara grande e as mangas cobriam suas mãos.

As calças sambavam em seu corpo, cobriam seus pés, e aposto que ela tinha que ter cuidado ao andar.

Mas olhando ela ali, com cabelos enxarcados, olhos brilhantes, roupas folgadas e uma expressão vitoriosa no rosto, nunca a vira tão bonita.

"Como você está?" Ela fala.

Fico surpreso com a pergunta, desde os últimos dois dias não tinha parado para pensar nisso.

Como estava? Como me sentia? Estava bem?

"Não sei" confesso por fim.

Ela se senta ao meu lado na cama, admirando a vista da pequena janela.

"E você?" Pergunto a encarando.

Ela continua imóvel, observando.

"Acho que finalmente vou poder me sentir bem"

Ficamos parados em silêncio. Não um silêncio constrangedor nem nada parecido, um tipo de silêncio novo, bom, diria até "reconfortante".

Os carros faziam barulhos a dezenas de metros abaixo de nós, as luzes da cidade pareciam pequenas estrelas naquele enorme universo.

"Você pode dormir na minha cama... se precisar, vou estar dormindo no sofá da sala"

Lhe entrego um travesseiro e uma coberta, e pego o mesmo para mim.

"Não sei se vou conseguir dormir" ela diz por fim.

Seguro mais forte minha coberta como se fosse um grande urso de pelúcia e eu ainda tivesse seis anos.

"É, sei como é. Eu ainda tenho pesadelos"

Ela olha para baixo e de relance vejo seus olhos marejarem.

"Posso ficar aqui até você dormir se quiser"

"Obrigada Peter"

Lembro das noites que ficamos separados por celas de vidro.

Pela primeira vez em meses estamos perto um do outro.

Então essa era a sensação...

Ela se cobre e se aninha num canto da cama, como se fosse uma pequena largata em seu casulo.

"O que será que acontece agora Parker?"

Suspiro com pesar, me sentando na poltrona. "Acho que agora nós sobrevivemos"


Notas Finais


O capítulo de vcs ficou bugado?


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