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História Projeto MK-ULTRA - A soma de todos os medos


Escrita por: Primbomb

Notas do Autor


Colé rapaziadaaaa

Tá aí, cap fresquinho pra vcs meu povo
O feedback dessa fanfic tá HORRÍVEL pfvr, comentem alguma coisa aí embaixo só pra eu saber se vcs existem msm

Capítulo 12 - A soma de todos os medos


“Hoje” o general fala “será um grande dia. Hoje, irá acontecer o primeiro corte do nosso esquadrão de recrutas” ele continua. “Essa etapa, será dividida em três partes.

A primeira: teste de velocidade.

Serão analisados seus reflexos e sua agilidade.

A segunda: teste de inteligência.

Vamos ver como seus cérebros funcionam em situações de risco.

E por último” ele suspira. A energia do ar, parecia uma corrente elétrica.

“A fase final. A última etapa será física. Queremos ver do que vocês são capazes.”

Desvio o olhar, só para ver Sarah me encarando.

Queria saber o que fiz a ela, para tanta antipatia. Prendo os cabelos num rabo de cavalo, preparada para o que vier.

Sinto a face esquentar, ao perceber que as pessoas da plateia encaravam meus olhos roxos e minha boca rasgada. Meu olhar encontra o de Mark, e nesse momento, lembro de algo que ele me disse enquanto conversávamos durante o treino da madrugada.

“Se quer ser um soldado, precisa aprender a não ter sentimentos. Não misture suas emoções com os interesses do estado”

Endireito a postura e sigo olhando para frente.

“Se você não se importar para o que pensam de você, você será invencível Eva.”

Sou colocada na frente de um grande monitor com tela touch.

“Você terá um minuto para achar o maior número de figuras iguais” disse um dos funcionários, enquanto ligava a tela.

Inúmeros ícones diferentes se espalhavam pela tela, e 4 deles estavam destacados na parte superior. Supus que deveria encontrá-los.

O alarme soou, meus dedos começaram a se mover e minha mente começava a fervilhar.

Perdi a noção de tempo, espaço e do som, nada existia naquele cômodo além de mim e do monitor.

Meus dedos pareciam se mover a velocidade da luz e meus olhos não paravam no mesmo lugar. Os reflexos estavam a mil, estava clicando nas figuras com tamanha destreza que parecia que já tinha feito aquilo milhares de vezes. Fico surpresa comigo mesma.

O alarme toca novamente, indicando o final da prova.

Me afasto do monitor, enquanto os olhos dos jurados me seguem por todo percurso.

Sarah, a garota melequenta e o brutamontes cochicham entre si, enquanto fingem não olhar para mim.

Sigo em frente, parando no local designado. Procuro por alguma informação, vendo em painéis se havia sido aprovada ou algo do tipo, mas nada é exibido.

Sinto o estômago revirar.

Depois do que pareciam anos, todos os outros soldados acabam suas provas. Uns foram muito bem, outros, muito mal, embora nada além dos nossos nomes, fosse exibido no telão. Minha mão estava suada e meus pés estavam frios. Tentava não parecer nervosa mas era quase impossível. O machucado do meu olho tinha começado a doer por causa do esforço que estava fazendo para permanecer séria.

“Os nomes que eu chamar, por favor dêem um passo à frente” disse um membro do alto escalão, enquanto segurava uma prancheta.

Só percebo que estava segurando o fôlego até realmente ter que respirar.

“John Woods.” O garoto alto e loiro dá um passo a frente.

“Jenna Johnson, Rebecca Meyer, Michelle Casta e…”

A melequenta foi chamada. Já levei uma surra dela… já perdi lutas para ela.

Droga.

Nesse momento tenho a certeza de que iria ser cortada, de que não iria ser da Hydra.

Deveria ter me dedicado mais.

Droga, droga, droga.

“Kennedy Allison”

Todos que foram chamados deram um passo à frente.

Eu, e cerca de mais 15 pessoas estavam recuadas.

O homem da prancheta limpa a garganta.

“Queridos recrutas, os parabenizamos pelo seu esforço, mas infelizmente vocês não estão no nível do nosso programa… se retirem por favor”

Cochichos de exasperação rodeavam o recinto. Sarah estava pálida. Não a julgaria, provavelmente minha cara estava pior.

Mais uma chance Eva.

Os recrutas eliminados são escoltados para saída.

Me sinto levemente anestesiada, entorpecida pelo momento.

“Estão liberados, nos vemos amanhã crianças” diz o general, saindo do quartel ao lado de sua comitiva.

Em posição de sentido permanecemos até a última pessoa sair. Quando a última alma finalmente passou pela porta, o garoto atrás de mim explodiu em risadas.

Eu mesma não consegui me controlar, todos os recrutas simplesmente choravam de rir.

O choque e o alívio foram transformados em risadas, uma onda de euforia atingiu o pequeno grupo.

Eu e Laura - uma garota de lindos cabelos cacheados que tinha feito dupla comigo uma ou duas vezes nas aulas práticas - estávamos no meio de uma crise de riso, onde uma se apoiava na outra, como se nossa estabilidade física, tivesse o poder de recuperar nossa estabilidade mental.

“Deveríamos comemorar” disse Stephan.

A turma inteira concordou, até Sarah parecia alegre com a proposta.

“Vamos invadir o estoque de bebidas da Sede” sugeriu Wilson.

Muitos acenavam com a cabeça, mas queria ver quem seria o corajoso - ou muito estúpido - que faria isso.

Os próximos quinze minutos foram dedicados a construção do plano.

Eu, por mais que adorasse espumantes e bons vinhos, decidi ficar de fora de toda situação, saindo da sala e consequentemente do complô maléfico, que ali havia se formado.

Fecho a porta, caminhando pelo corredor bem iluminado.

Acho que há muito tempo não me sentia leve daquele jeito. Passar pela primeira fase já significava muito para mim.

[...]

Saí do banho de roupão e fui para o dormitório pegar as roupas que eu tinha esquecido.

Já era noite, e ninguém do grupo de recrutas havia retornado da “aventura”.

O quarto coletivo aparentava estar vazio, ninguém havia voltado, mas havia um “alguém” sentado em minha cama.

Cruzo os braços em volta do corpo, e ao me aproximar, a figura se levanta, ficando cara a cara comigo.

“Desculpe” Mark sorri, praticamente tapando os olhos ao me ver de roupão.

“O que faz aqui?” Pergunto sorrindo, não sabendo bem o motivo.

“Vim te dar os parabéns… sabe, por ter passado na primeira fase” ele diz, tomando coragem para olhar nos meus olhos.

Abro e fecho a boca algumas vezes, antes de dizer um “obrigada” sem jeito. Havíamos brigado há uns dias atrás, mas sentia que já estávamos ok um com o outro.

“Espero que se saia bem amanhã. Aposto que se seu pai estivesse aqui, estaria orgulhoso” ele fala com cuidado, como se as palavras pudessem me machucar.

Mas elas não me machucam mais.

Por um milésimo de segundo, sinto vontade de abraçá-lo.

De apertá-lo com toda minha força e agradecer por tudo que fez por mim, por tudo que me ensinou, mas acabo sendo seca ao perguntar;

“Como sabia que eu estava sozinha?”

Ele se surpreende, e sinto em seu olhar uma pitada de vergonha.

“O general mandou colocar câmeras no bloco e no dormitório, depois do que fizeram com você” diz se aproximando, enquanto analisava minha cara danificada.

“Andou me espionando, Mark?” Levanto a sombrancelha, enquanto sorrio sarcasticamente.

Ele sorri envergonhado, um dos sorrisos mais lindos que já vi. Ele se aproxima, praticamente encostando sua boca em meu ouvido.

“Esse é o nosso trabalho espertinha” sussurra.

“Se as câmeras estão ligadas… por que veio aqui?” Gostaria de acrescentar um “espertinho” ao final da frase, mas não o fiz.

“Eu tenho meus contatos” diz se afastando.

Suspiro, revirando os olhos.

“Achei estranho não me perguntar sobre os outros recrutas” também gostaria de acrescentar “porque mesmo que perguntasse, eu não iria falar” mas novamente não o fiz.

Ele caminha para saída, cantarolando alguma música pop dos anos 90.

“Acha que eu não sei que os seus amigos saíram para beber?”

Droga.

“Durma bem Wheller” diz, saíndo do quarto.

[...]

Depois dos bêbados chegarem à meia-noite, de vomitarem horrores e finalmente tomarem banho, todos foram dormir.


O barulho do tiro me acordou. Levantei num sobressalto, com a respiração acelerada.

Achei que tinha sido coisa da minha cabeça, mas quando o tiroteio começou e um a um foi acordando, percebi o perigo em que estávamos. A Hydra estava sendo atacada.

Já ouvi relatos assim, de tentativas de invasão de agentes secretos da S.H.I.E.L.D ou outras bases militares.

Todos a essa altura do campeonato já estavam acordados, os recrutas que antes estavam grogues pela bebida, agora estavam sóbrios pelo medo.

Os gritos no corredor eram agonizantes, inúmeras pessoas pedindo socorro.

Gerald é o primeiro a abrir a porta e correr, a grande maioria tenta o impedir, mas ele simplesmente ignora e foge do dormitório.

“Não podemos sair, não estamos armados” digo sussurrando, a fim de ninguém do lado de fora nos ouvir.

“Precisamos ajudar os outros, pessoas estão morrendo lá fora” Stephan diz.

“Não temos armas, vamos morrer do mesmo jeito se sairmos” diz Laura.

“Apaguem as luzes, vamos chamar muita atenção” falo novamente.

Algumas meninas desligam os abajures.

“Podemos fugir, seguir direto para a sala de treinamento.

Lá tem armas, vamos conseguir” diz Richard.

Alguns concordam, mas era simplesmente loucura.

“É muita burrice, levamos cerca de três minutos para chegar na sala, quem sabe o que há no meio do caminho?” Argumento.

“Estamos perdendo tempo” diz Sarah.

“Tem idéia melhor?” Pergunta Richard.

Sinto o estômago revirar.

“Tenho” digo. “Vamos usar as camas e fazer uma barricada na porta, vamos impedir a entrada deles até os reforços chegarem” falo, procurando com o olhar alguém que me apoie.

“Eu estou com ela” diz a última pessoa que eu achava que me apoiaria; Sarah.

“Eu não” diz Richard.

“Eu também não” diz Stephan.

Os dois garotos, e mais outras cinco pessoas, se organizam em fileira. Depois de conversarem entre si durante menos de um minuto, saem correndo pela porta em direção a sala de treinamento.

No curto período de tempo em que ela se abre, podemos ver o caos que está lá fora. As sirenes estão ligadas, os tiros abafam os gritos de socorro, e sangue está espalhado pelo chão. “Vamos, me ajudem aqui” diz Laura, me despertando do transe, enquanto empurrava uma cama. Todos os outros vão a sua ajuda.

Duas meninas ficam paralisadas no fundo do dormitório, encostadas na parede, congeladas pelo medo.

Eu e Ben empurramos uma cama, Laura e Sarah outra. O brutamontes e outro garoto correm para o banheiro. Não entendo o porquê.

Empurramos mais camas, mais e mais.

A porta estava inviável, nada - espero - iria conseguir abrí-la.

Os garotos voltam do banheiro, trazendo as tampas de cerâmica da privada.

“São bem pesadas” diz o grandão colocando-as no chão. “Espero que não seja preciso usar” diz ele.

Pegamos as tampas, e corremos para o fundo do cômodo.

Ben tenta levantar as meninas que estavam encostadas na parede. Vou ajudá-lo.

Ficamos todos juntos, esperando pelo pior.

Laura está rezando.

Ben abraça uma das garotas em choque.

O brutamontes está ao lado de Sarah e do amigo, atento aos barulhos.

A outra menina está chorando baixinho.

E eu não sei o que estou fazendo.

Estava com medo, mas estava conformada. Afinal, não é para isso que viemos ao mundo? Para morrer? Se fosse isso, pelo menos morreria tentando.

Depois de cinco minutos, o tiroteio para. Alguém bate na porta. Seguro com mais força minha tampa de privada.

“Tem alguém aí?” Um homem pergunta.

Ninguém responde.

“Tem alguém aí?” Repete.

“Abre logo essa porcaria, soldado” diz outra voz masculina.

“Não consigo senhor” o homem responde, sua voz estava baixa, mal conseguimos ouvir.

“Chame reforços” o outro homem ordena.

Ben abraça a garota mais forte. Eu, Sarah, Laura e os outros dois garotos, ficamos em pé, preparados para lutar.

Mil mãos parecem tentar abrir a porta.

“Abram logo!” O homem grita.

Permanecemos parados. As garotas choronas começaram a suplicar por suas vidas.

A porta estava começando a ser aberta. As camas estavam sendo arrastadas.

Engulo em seco, as mãos tremendo levemente enquanto segurava a cerâmica.

A porta finalmente é aberta.

A equipe de soldados da Hydra entra no dormitório.

Suspiro aliviada.

Meu queixo cai quando vejo o general acompanhando o pessoal que havia corrido para a sala de treinamento. Seus semblantes pareciam abatidos.

“Parabéns soldados por completarem a segunda fase do seu treinamento.” O general diz. Paro para assimilar por uns segundos, Sarah e os outros também não pareciam entender.

“Vocês se saíram muito bem na simulação” ele continua.

“Simulação?” Laura interrompe.

“Sim minha querida, foi simulado uma situação de risco para vermos a reação de vocês em momentos de crise” ele explica. “Analisamos pelas câmeras suas escolhas e a suas capacidades críticas dessa noite. Confesso que estou decepcionado com os resultados desta turma, pouquíssimos alunos foram aprovados nessa prova.”

As meninas que antes choravam no chão agora haviam se levantado.

“Stephan, Richard e os demais que se encaminharam para a sala de treinamento, vocês estão eliminados. Não banquem os heróis, lembrem-se, vocês são o futuro da nossa Sede.

Não vai haver futuro se todos estiverem mortos… por favor, se retirem do complexo” diz ríspido, enquanto aponta para saída. Me sinto aliviada por não ter saído do dormitório.

“Eva” me endireito na mesma hora. “Você tomou a frente e soube se impor. Fazer a barricada e esperar por reforços foi uma ótima ideia, estou orgulhoso garota” Ele assente com a cabeça, me enchendo de alegria.

“Patrick, pegar as tampas de cerâmica foi uma boa intenção, mas numa luta arma x privada, saiba que a arma vence.” O grandão se encolhe, mas dúvido que seja cortado só por causa disso.

“Luna e Bianca” olho para trás a fim de ver o rosto das garotas.

“Não precisamos de peso morto na Hydra, por favor, vão embora” diz, dando passagem para as garotas.

Assim que elas saem, o general volta a falar.

“Sarah, Laura, Patrick, Ben, Steven e Eva… nos vemos na próxima fase.” Ele se vira, e vai embora com os outros soldados, nos deixando sozinhos ao meio de sangue falso e sirenes.


Notas Finais


Edit: Agora que eu vim perceber que o capítulo veio repetido, mds, vcs nem me avisam kkkkkkkk


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