1. Spirit Fanfics >
  2. Projeto MK-ULTRA >
  3. Uma noite de crime

História Projeto MK-ULTRA - Uma noite de crime


Escrita por: Primbomb

Notas do Autor


Hey, demorei bastante (mais de um mês na verdade) e tudo isso por causa de um bloqueio criativo. Queria agradecer a minha professora de francês que me deu uma aula tão maravilhosa (cof cof) que me fez ter vontade de escrever.
Então, saiu isso.
Espero que gostem, vou postar com mais frequência agora.
Vcs já sabem o processo: um personagem narra o passado, o outro narra o presente (pequena observação, esse "presente" é meio que a continuação do primeiro capítulo)

Capítulo 4 - Uma noite de crime


A chuva caia forte do lado de fora. As gotas se chocavam contra a janela de vidro, escorrendo como se fossem lágrimas.

Acordo meio grogue, me endireitando na cadeira, tentando aliviar a dor em minhas costas. Savanna está deitada a frente, enrolada num emaranhado de cobertas, como se fosse uma pequena borboleta em seu casulo. Observo-a por um tempo. Acredito que a meses ela não dormia tão bem assim. Evito me mexer, mal me atrevo a respirar, temendo que algo atrapalhasse seu sono.

A luz da lua iluminava sua pele, sua respiração era lenta e finalmente aparentava estar em paz.

Sinto vontade de subir na cama e deitar ao seu lado. Não precisava nem ao menos tocar a sua pele, só queria estar próximo o suficiente para saber se isso era verdade. Para saber que estamos vivos e que ela não é uma miragem que ronda minha cabeça, sinto que estou enlouquecendo. Savanna é meu oásis, que ainda não sei se é ou não real.

Sorrio com os pensamentos idiotas, estranhando o fato de como em pouco tempo, a garota tinha se tornado minha melhor amiga.

***

Entro na casa escura, logo depois de pular o muro e apagar os cães de guarda com um gás. Subo as escadas da casa sombria, admirando o impetuoso luxo do lugar. Tapeçarias pesadas cobriam as janelas, estátuas de mármore recebiam a fraca luz da lua, e as taças de vidro reluziam ao longe dentro do armário de mogno.

O primeiro andar conseguia ser ainda mais bonito que o térreo, com lustres e candelabros, tapetes avelulados e sofás de camurça. Desvio meus pensamentos para o objetivo principal: 2 milhões de dólares.

Começo a procurar o cofre, reviro quadros esperando um clichê mas nada encontro. Entro no escritório e começo a mover os móveis próximos a parede, mas tudo que encontro é poeira e teias de aranha.

Já estou começando a questionar minhas fontes, me perguntando se o roubo de uma quantia tão alta teria sido uma boa ideia. Provavelmente não.

Vou para o corredor, sentando no chão, me arrependendo de tamanha burrice. Por que não aceitar o destino e ser pobre para sempre? Por que não conviver com a miséria para o resto da vida? Tento achar respostas para estas perguntas mas algo dentro de mim anseia por mais. Levanto bruscamente, determinada a achar o dinheiro.

Sigo para o quarto do cientista. Era relativamente grande, considerando que só uma pessoa dormia ali. Arrasto sua cama procurando por um porão, olho para o teto, procurando por um sótão, mas nada acho. Sento na cama macia, me perguntando onde colocaria um cofre, mas não consigo pensar em nenhum lugar que já não tenha procurado. Passo a mão pelo papel de parede, esperando encontrar algum volume ou vestígio de uma passagem secreta, mas encontro o de sempre: nada.

Como fui tão burra a ponto de invadir uma casa para roubar dinheiro, sem saber onde onde o dinheiro estava? Chuto com raiva o vazio, batendo o pé no chão como uma criança mimada, mas tudo piora quando tropeço em uma tábua solta do assoalho. "Merda" falo baixinho olhando para a madeira empenada que eu tinha atingido.

Rapidamente a arranco do chão, junto com mais duas ou três partes. E lá estava ele, o famoso e tão esperado dinheiro. Debaixo do piso, aos montes dentro de uma bolsa.

Começo a estocá-lo em minha mochila preta, os bolos e bolos de milhares de dólares, enterrados sobre o forro escuro de uma mochilinha barata. Enfio a mão dentro do buraco, procurando por mais, e encontro algo que não havia planejado: tubos de ensaios preenchidos com um líquido azul. Cerca de uma dúzia, todos devidamente lacrados, com uma insígnia de caveira escrito "perigo".

Ouço o barulho de carros estacionando na entrada da casa, corro até a janela para tentar ver melhor. 

E lá estavam eles: dois carros pretos enormes com pessoas armadas​ até os dentes. Cerca de 8 homens, encapuzados com roupas negras. Acontece tudo rápido demais para a compreensão humana dos fatos. De um a um, estes pulam o muro, tentando entrar na casa.

Confiro rapidamente se sobrou algum dinheiro que não foi pego. Jogo os tubos de ensaio de qualquer jeito dentro da mochila.

Ouço a porta da frente ser arrombada.

Recoloco a madeira de volta no lugar o mais silenciosamente possível.

Passos na escada. 

Pego minhas coisas e me tranco dentro do quarto de hóspedes. Ouço um movimento a minha frente. Mãos vasculham por tudo.

Eles querem o dinheiro.

Vejo a maçaneta girar. 

"Senhor, esta porta está trancada" ouço um dos homens gritar. "Derrube-a se necessário, precisamos encontrar!" Uma voz autoritária responde.

A porta começa a ser empurrada.

Não posso morrer aqui.

Abro a janela, sentindo o vento frio da noite contra meu corpo. Não era muito alto, o telhado se estendia por mais uns dois metros. A queda era de uns três.

Não penso duas vezes e me ponho para fora da janela. Caminho lentamente sobre as telhas, com um medo enorme de cair. Prendo a mochila a meu corpo, me pendurando na base do telhado. Meu corpo balança com o movimento, os pés a alguns metros do chão.

A porta acima de mim é destrancada. 

Solto instintivamente minhas mãos, caindo de costas contra o gramado. Imediatamente perco o ar, meus pulmões estão queimando, procuro o oxigênio e não o encontro.

"Parece que não tem nada aqui senhor" ouço ele dizer. 

"Shiu" dá uma pequena pausa. "Ouviu isso?" A outra voz pergunta.

Junto todas minhas forças e me obrigo a levantar. Não sinto minhas pernas, mas sinto muita dor. Não sei se quebrei algum osso, mas nada disso importa.

Estou correndo, tudo parece estar em câmera lenta. Minha mente seguia no automático. Correr, pular o portão, despistar os soldados, ir para casa.

Não consegui entender tudo naquela noite, tudo que sei, é que no dia seguinte, acordei milionária.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, vou postar o próximo em breve ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...