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História Projeto S.U.G.A - Capítulo 09


Escrita por: oliverSan e hyusucks

Notas do Autor


Gente, aqui quem vos fala é a Hyeri, hoje quem está postando sou eu.
A Unnie e eu cumprimos nossa meta de terminar um capítulo no domingo, mas o problema é que demorou pra ser betado, então eu estou postando na madrugada de segunda, eeeeeeee.
Sem muita enrolação, espero que gostem desse cubismo literário!
PS: a capa será postada amanhã pela Unnie.

Capítulo 10 - Capítulo 09


Fanfic / Fanfiction Projeto S.U.G.A - Capítulo 09

O sol estava se pondo.   

Eu tinha consciência que ela provavelmente não me queria aqui, que ela não se preocupava mais comigo... Mas ainda sim um fio de esperança me fazia acreditar que eu poderia receber seu perdão, afinal...  

Ela estava certa o tempo todo.  

Antes que eu pudesse tocar a campainha, a porta se abriu revelando sua figura pequena e irritadiça. Minah estava usando apenas uma blusa branca e um shorts cinza, seu cabelo estava pingando, indicando que havia acabado de sair do banho.  

— A que devo a honra de sua visita? – perguntou ela, fuzilando-me com o olhar. Engoli em seco observando um sorriso cínico estampar seus lábios, me causando um tremor pelo corpo.   

Eu estava a ponto de perder toda a coragem em mim existente, mas antes que pudesse desistir, lhe respondi:  

— Me perdoa, Minnie. - comecei dizendo, sentindo minha voz falhar um pouco - Você estava certa o tempo todo. – soou baixa demais para o meu gosto, mas pelo menos a expressão da garota havia suavizado, revelando o olhar amável e preocupado que eu tanto amava.  

— Entra. – disse ela com um pequeno sorriso nos lábios, suas mãos macias logo já estavam me puxando para dentro da casa. Eu me sentia péssimo, um nó na minha garganta me impedia de puxar qualquer assunto, mas na realidade não queria conversar muito, apenas senti-la próxima a mim. - Você viu, não é?   

Assenti enquanto olhava para um ponto qualquer. Ouvi seu suspiro e logo a senti passar seus pequenos braços ao meu redor, confortando-me. Deixei meus braços ao redor de sua cintura, retribuindo ao abraço e apoiando meu queixo no topo da sua cabeça, desejando ficar daquele jeito para sempre com ela.   

 Após alguns minutos em silêncio, ela se afastou apenas para segurar o meu rosto e sussurrar:  

— Eu te avisei que ela não era a garota certa pra você, Suga – um sorriso malicioso surgiu em seus lábios, deixando-me totalmente surpreso e pude sentir minha respiração acelerar – Agora terei de punir você.  

  

  

Levantei rapidamente, buscando encher meus pulmões de ar.  

Mas que merda estava acontecendo comigo?   

Olhei para os lados meio desnorteado, procurando por minha melhor amiga em todo o quarto. Alguns feixes de luz entravam pelas frestas da janela, indicando que já havia amanhecido. Ou seja, se ela já houvesse levantado, eu estaria completamente ferrado.   

Meu alivio se tornou palpável quando encontrei a garota dormindo tranquilamente na sua cama. Havíamos combinado de estudar de sexta para sábado, pois a prova de geografia aconteceria na terça-feira, então acabei dormindo em sua casa.  

O único problema é que eu não devia ter aceitado dormir no mesmo quarto que ela. Não quando eu estava tendo sonhos estranhos com a garota que dormia na cama de cima.   
Desde que Minah se aproximara daquele colega de sala, venho tido pesadelos, sonhos utópicos em que ela possuía uma personalidade completamente diferente e até... Enfim.  

Essa foi por pouco.  

Me ajeitei no colchão até encontrar uma posição confortável para poder observa-la. Minah tinha o rosto tranquilo e sereno durante o sonho, o que me fez dar um sorriso bobo. Ela podia ser brava, dramática e até mesmo ignorante, mas jamais agiria daquela forma com que aparecia em meus sonhos. Ela era doce e tímida em certo ponto, não uma completa depravada.    

Observei seu rosto mais atentamente. Suas bochechas estavam mais salientes e levemente coradas, sua boca estava entreaberta me fazendo perder a concentração por alguns instantes.  

Continuei encarando seus lábios, perguntando-me como devia ser beijá-la. Seus lábios pareciam tão convidativos, macios e... Argh Yoongi, mas que merda você está pensando?  

Deitei rapidamente, tentando pensar em algo para me distrair, mas acabei batendo minha cabeça na parede no processo e mordi o lábio inferior. Xinguei baixinho enquanto apertava o topo da minha cabeça, buscando diminuir a dor. Nessas horas eu agradecia a Deus por Minah ser tão dorminhoca. Sério, quem mais dormiria em pé num ônibus?  

Levantei a cabeça novamente para checar se ela havia acordado. Sem me surpreender, minha amiga continuava dormindo feito um bebê. Sem resistir, acabei cedendo à vontade de observá-la dormir e apoiei meu queixo em seu colchão para fazê-lo. Enquanto eu velava seu sono, uma ideia maluca surgiu em minha mente e eu balancei a cabeça negativamente, afastando tais pensamentos. Eu não podia fazer isso. 

Me aproximei dela de forma cuidadosa. Minah estava franzindo as sobrancelhas, o que fez um riso baixo escapar por meus lábios. Ela era adorável. Aproximei mais nossos rostos para poder dar um suave beijo em sua testa e quase instantaneamente sua expressão se suavizou, fazendo com que eu sorrisse novamente. 

Meu olhar caiu para seus lábios mais uma vez e junto a isso, as lembranças do sonho. Um frio percorreu minha espinha e eu engoli em seco. Precisava provar para mim mesmo de que nada daquilo fazia sentido.  

Eu não estava apaixonado pela minha melhor amiga. 

Antes que eu me arrependesse, encostei meus lábios aos seus. Ao me dar conta do que fiz, me afastei um pouco, encarando-a apavorado, apenas esperando ela despertar e me bater, mas ao invés disso senti seus lábios se entreabrindo. Fechei meus olhos lentamente e deslizei meu dedo com carinho pela lateral do seu rosto, pronto para aprofundar o contato, quando Minah se moveu.  

Me afastei bruscamente e voltei a deitar, como uma criança de dez anos que quase foi pego no flagra. Meu coração batia freneticamente e eu ofeguei, me amaldiçoando internamente pela minha atitude. O que raios eu estava fazendo?  

Prendi a respiração quando senti o seu pé no colchão. Minah havia acordado. Se ela olhasse pra mim agora, com certeza ela iria perceber que tinha algo errado. Ouvi a porta do banheiro se fechando e me sentei na cama, puxando para dentro o máximo de ar que conseguia.  

Eu não devia tê-la beijado. De jeito nenhum.  

Encarei o teto até que tudo se normalizasse. Comecei a pensar no meu TCC, na prova que ela devia estudar. Eu havia prometido que a ajudaria a passar de ano, não vou daria para trás agora. 

— Yoongi? Ta tudo bem? –  sua voz fez com que eu pulasse de susto. Santo Cristo, quando essa garota havia saído do banheiro? Encarei seus olhos castanhos sem saber o que responder. Cacete, eu era péssimo para improvisar desculpas. 

— Sim, foi apenas um pesadelo. Já passou. –  sorri nervoso. Minah perceberia se eu continuasse ali, então tratei de me levantar rapidamente e ir para o banheiro. Assim que fechei a porta olhei para o meu reflexo no espelho. 

Eu sou um idiota.  

Após lavar o rosto e fazer minha higiene matinal, voltei para o quarto, encontrando-o vazio para a minha felicidade. Afim de enrolar um pouco, decidi arrumar as camas. 

Dobrei as cobertas sem pressa, ajeitei os lençóis e fechei a cama debaixo. Logo após puxar o tapete preto felpudo para o pé da mesma, fui em direção as janelas, abrindo-as para que o ar circulasse. 

O quarto da Minah era muito bonito, bem sua cara, já que ela era uma mistura de doçura com um projeto de emo que conquistava qualquer um. As paredes eram brancas, porém a parede onde sua cama ficava encostada antigamente possuía diversas frases, que de alguma forma eram marcantes para ela.  
A parede do computador era preta com dezenas de fotos que ela havia revelado, tanto dos amigos quanto daqueles idols estranhos que ela gostava. Sorri enquanto contava quantas fotos haviam nossas e por incrível que pareça, eram a maioria das fotos. Eu só perdia para aquele garoto loiro que ela venerava.  

Mordi o lábio um pouco irritado com a situação. Seria possível eu estar com ciúmes de um idol?  

Como não tinha muita coisa para se fazer, decidi fuçar um pouco em suas coisas.   

— Às nove da manhã? –  olhei para a porta do quarto ao ouvir a voz conhecida do andar de baixo.  Minah quando acordava só faltava soltar os cachorros com tanto mal humor. Segui para o corredor afim de bisbilhotar a confusão que iria se formar. Sim, eu precisava admitir que gostava um pouco de discussões alheias nas quais eu não estava envolvido.  

— O seu boy está aqui também não está?  - o namorado da irmã mais velha dela estava aqui. Isso explica a gritaria logo cedo. Nunca entendi a intriga que a Minah tinha com o tal de Chen, talvez fosse apenas ciúmes de irmãos.  

— O Yoongi veio me ajudar a estudar e dormiu aqui. Não apareceu de madrugada pra ficar se comendo na sala dos outros! – Pude imaginar a expressão raivosa que ela devia estar fazendo e acabei por rir. Resolvi retornar para o quarto antes que sobrasse para mim.  

 

Voltei para as prateleiras que estavam dispostas em cima da escrivaninha. Minah possuía uma coleção de livros americanos, mangás japoneses e muitos CD’s de kpop. Eu ainda me perguntava o por quê de se gastar dinheiro com aquilo, mas ela sempre dizia que era bom ter coisas físicas.  

Olhando mais atentamente, acabei encontrando os skecth’s que ela havia comprado. Peguei um azul, folheando-o. Os desenhos eram todos de seus amigos, tinham desenhos do Xiumin, do Jimin, daquele garoto da sala dela que eu não gostava e do J-Hope. Eu não era obrigado a ver aquilo.  

Bufei e abri um outro. Este possuía desenhos da Hyeri, da Yura e da mãe dela. Alguns desenhos daquele idol dela também estavam no meio. Espera, por que ele estava sem camisa? 

Minah, sua danada.  

Comecei a ficar um tanto frustrado. Não era possível que ela não tinha nenhum desenho meu! Poxa, eu era uma pessoa tão feia ao ponto de não merecer um desenho dela? Coloquei os sketch nos seus devidos lugares, determinado a tirar isso a limpo com ela depois.  

Procurei nossas mochilas para pegar os cadernos quando ouvi passos na escada. Olhei para a porta esperando pela ruiva, mas quem passou foi Chen. Após alguns segundos, ele tornou a descer as escadas novamente. 

Voltei minha atenção para as mochilas e lembrei-me que Minah possuía algumas canetas permanentes. Perguntei-me se ela se importaria se eu escrevesse um trecho de Hold Me Tight na sua e quanto tempo ela levaria para notar.  

Abri sua mochila para pegar o estojo quando notei mais um caderninho. Este era preto e aparentava ser mais pesado. Movido pela curiosidade, peguei-o e comecei a folheá-lo. Pisquei algumas vezes, sem acreditar no que via. Tinha umas dez páginas só com desenhos meus!  
Feitos com um alto nível de perfeição, eles iam desde eu dormindo, até do dia em que ela tinha ido me visitar em casa após a cirurgia do meu apêndice. Um estranho calor tomou conta do meu peito, deixando-me levemente incomodado. 

Devolvi o caderno e fechei a mochila, mais tranquilo. Ela possuía um caderno especialmente para mim.  

Isso poderia significar alguma coisa, não que eu queira que signifique...Mas quem sabe poderia significar, certo? 

Virei-me para a porta, pensando em como iria encara-la quando reparei em uma coisa. 

Que porra é essa? 

— O que foi?   

Não consegui desviar minha atenção daquilo. Como eu não tinha percebido essa monstruosidade me encarando enquanto eu dormia? 

— Aquilo não estava ali antes. – apontei para o individuo em tamanho real pregado na porta, que me encarava cinicamente.  

Movi os olhos em direção a ruiva, esperando uma resposta impaciente. Sério, o que aquele cara tinha de tão importante?  

— Ah. Eu comprei com a Hyeri outro dia.  

— Hm, entendi. – tinha que ser com aquela demônia esquisita. Me levantei indo me sentar em uma das cadeiras em frente a escrivaninha, colocando as mãos atrás da cabeça tentando parecer descontraído – Eu ouvi tudo que aconteceu lá embaixo. Qual seu problema com o Chen?  

Ela fez uma careta, se balançando como se estivesse com nojo de alguma coisa.   

— Por que você acha que eu só durmo com fone de ouvido e minha cama não é mais encostada na parede? –  perguntou ela sentando-se ao meu lado, bebericando o que parecia ser café. Minah era uma das poucas garotas que conseguia acordar e continuar linda mesmo com o cabelo revirado.  

Fiquei um pouco confuso com sua pergunta, mas logo uma luz brotou em minha mente ao raciocinar direito.  

— Meu Deus! – ri chocado. Estavam explicadas as saliências que ela conversa com a Hyeri.  

[...] 

Minah estava concentrada nos exercícios que eu havia separado para ela. Eu a observava rabiscar as respostas distraidamente enquanto beliscava o pão doce que ela havia trago.  

Entediado, resolvi irritá-la um pouco. 

– Isso me faz pensar aqui...Você ainda é virgem, Minah? 

Ela me olhou chocada após derrubar o pedaço de pão que segurava em seus dedos finos. Olhei para o pôster da sua porta fingindo não ter reparado em sua expressão. Minah ficava muito fofa quando era pega de surpresa. 

-Sério isso? – A olhei despreocupado esperando sua resposta ácida – Okay, vamos falar sobre isso. Suga, com que frequência você se masturba no banheiro da sua casa?  

Arregalei os olhos, completamente pasmo, sentindo meu rosto ficar vermelho no mesmo instante. Acho que as coisas saíram um pouco do controle. Antes que eu começasse a pensar no evento de mais cedo, resolvi mudar de assunto. 

- Então, as consequências da guerra fria... 

[...] 

— Então é isso, vamos fazer alguma coisa antes de eu sair... Não aguento mais geografia! – Ela bateu com a cabeça na mesinha fazendo  birra e eu ri da sua atitude infantil.  

— Será que saiu alguma música do iKon? – perguntei indiferente tentando faze-la se animar. 

Em menos de um minuto ela estava de pé, mexendo em algumas gavetas antes de voltar com um caderninho em mãos 

— Hum, iKon não, mas Hot7 sim!  

— Não era Got7? – perguntei confuso. Essa garota dava um nó na minha cabeça as vezes.  

— De qualquer forma, vamos ver aqui como meu Mark está! – Ela sorriu, batendo em minha coxa várias vezes antes de dar play no vídeo.  

 

Depois de ouvir muitos suspiros, berro e elogios para o magrelo e resto lá que não tinha importância, fomos finalmente almoçar.  

Descemos as escadas enquanto discutíamos sobre a última música do Show me The Money quando ela percebeu que a irmã já estava almoçando. Ela reclamou com Yura e eu ri, lembrando-me do quanto Minah podia ser chata quando estava com fome. Nos sentamos à mesa após nos servimos, começando a comer em silêncio. 

—  Minah... – disse Chen, que exibia um olhar travesso e eu estava curioso para saber o que ele diria, enquanto Minah bebia tranquilamente seu suco - Sobre aquele boy que você estava gostando... Já se declarou pra ele? 

 

Foi muito rápido e eu olhava tudo, sem expressão. Ela cuspiu o suco na cara do cunhado, a irmã começou a ficar vermelha ao tentar segurar a risada... E eu estava fervendo por dentro. Como assim Bang Minah estava apaixonada? Isso era algum tipo de piada? 

Quem era o filho da mãe iludira minha Minah? 

Yura levantou-se chamando a atenção novamente, para limpar o rosto do namorado que estava mais sem graça que a ruiva traíra. 

— Bebê... Essa história já faz séculos. - disse ela em meio a um pequeno riso. - Essa garota é a rainha da friendzone, você acha mesmo que ela iria gostar de alguém? 

— Ei! – Minah protestou indignada. Rainha da friendzone...história antiga, eles acham que eu sou trouxa? Minah não fazia o tipo que se abalava com o passado. Observei a cena sério, esperando ela concertar as coisas. -  Ah, é verdade, é verdade. Sorry, Chen. 

— Sorry, sorry, sorry, sorry, naega, naega... Parei. - cantarolou Yura, puxando o braço do namorado para que este se levantasse - Vamos lavar o rosto, bebê.  

Ficamos em um silêncio constrangedor. Pude notar o quanto estava nervosa e aquilo me deixou um pouco chateado. Pelo visto ela não queria que eu soubesse, e acho que entendia o motivo. 

Ela levantou e começou a  recolher os pratos de todos. Assim que pegou tudo começou a ir em direção a cozinha e antes que pudesse chegar ao outro cômodo, coloquei seu braço na parede, impossibilitando a sua passagem. 

 — Bebê? –  perguntei com um sorriso divertido nos lábios, tentando descontrair.  

— Morro solteira, mas não passo por isso! 

[...] 

 

 

Assim que atravessamos o portão da escola, ela perguntou: 

— Então... Você vai ficar jogando? – sorri com sua expressão infantil. 

— Eu vou esperar você. Essa rua da escola é muito deserta, não quero que volte sozinha. -  ela sorriu, franzindo a sobrancelhas, provavelmente me amaldiçoando pela história do sexo indefeso novamente. Ah, os pensamentos feministas.  

— Certo, eu vou adiantar o máximo que eu conseguir, ai eu vou para a quadra, okay? 

— Okay. – respondi casualmente. Ela começou a se virar para entrar na escola,  quando eu tive uma crise de impulso. Segurei seu pulso, puxando-a para o meu peito logo em seguida. Minah ficou estática por um tempo, me deixando preocupado, porém ela apenas se ajeitou, me abraçando em seguida 

— O que aconteceu? – perguntou baixinho. 

—Nada, só queria o famoso abraço da Bang Minah que todo mundo elogia. – respondi casualmente, tentando não demonstrar meu nervoso. Eu devia parar de ser assim. Devia, mas não queria. 

Assim que ela sumiu de vista eu fui em direção a quadra. Os garotos do grupo de dança estavam jogando contra os garotos da minha sala, que eu não fazia a mínima ideia do que estavam fazendo lá. Assim que um deles me viu, acenou pedindo para que eu entrasse. 

— Agora que o SUGA chegou, quero ver vocês trapacearem!! 

[...] 

Estávamos jogando a um bom tempo, o placar estava empatado para a minha irritação. Eu odiava perder, ainda mais para um cara prepotente. 
Desde que havia começado a jogar, um garoto loiro veio me marcar e não saia da minha cola, mas o que me irritava mesmo era sua cara de cinismo para mim.   

Um sorriso maldoso nos lábios, um riso de escárnio a cada vez que eu pegava a bola. 

— Qual foi? – perguntei enquanto quicava a bola no chão. Ele sorriu de lado antes de me responder. 

— Nada, não se pode mais dar um sorriso? – Ele tentou roubar a bola novamente, mas parou de repente. Ignorei sua atitude suspeita, mas o que disse em seguida me deixou curioso  - Ah, eu sabia que você não viria só por vir.  

Olhei para trás rapidamente. Minah havia chegado, distraída como sempre com seus fones nos ouvidos, sentando-se de qualquer jeito na arquibancada revelando aquelas pernas brancas e roliças. Olhei pra frente novamente, notando que aquele poste a secava com um sorriso malicioso. 

Segurei a bola com mais força, sentindo o sangue borbulhar em minhas veias. Eu iria fazer aquele filho de uma puta engolir essa merda! 

— Suga, tô livre! – Namjoon gritou atrás do poste loiro. Arremessei a bola com força, por pouco ele não a perdeu. 

Kris me olhou rapidamente, ficando sério. Nos encaramos pelo o que me pareceram horas até ele falar, novamente com aquele sorriso de desdém nos lábios: 

— Sua amiga é muito linda sabia? Será que se eu for falar com ela também ganho um abraço daquele que você recebeu hoje? 

— Chegue perto dela que vou te mostrar o que você vai ganhar. - rosnei dando um passo em sua direção.  

[...] 

O jogo se tornou mais denso. Assim que um de nós pegava a bola a quadra ficava em silêncio. O garoto era meio desengonçado para marcar, mas por ser mais alto ele tinha vantagem sobre mim. 

Apesar disso eu não facilitei as coisas. Eu não iria perder de jeito nenhum.  

Quando consegui pegar a bola, a arremessei com perfeição fazendo uma cesta de três pontos. Ele me olhou com ódio antes de correr atrás da bola e o segui no mesmo instante. 

Assim que o jogo acabou, limpei o suor que escorria da minha testa. Procurei por Kris novamente, que já estava no meio da quadra indo em direção ao vestiário. Olhei para a arquibancada, encontrando Minah concentrada naquele caderno. 

Rumei frustrado para o vestiário. Eu não iria deixar ele chegar perto dela. Não agora.  

Abri a torneira rapidamente e joguei água no rosto, secando-o com papel em seguida. Passei desodorante e saí em direção as arquibancadas, sentindo o ódio tomar conta do meu corpo ao ver que ele estava conversando com Minah.  

Querendo evitar confusão na frente dela, respirei fundo e me aproximei usando todo o auto controle que possuía. 

— Oi. – Falei assim que me aproximei dos dois. Notei o olhar colérico do garoto e me senti satisfeito, sorrindo e ignorando sua presença.- Demorei? 

— Não, eu acabei de chegar. – Ela falou pegando suas coisas rapidamente e olhando para o moleque, sorrindo docemente. Ah Minnie, sempre boazinha demais. - Eu preciso ir agora. Conversamos depois? 

— Ahn? Ah, claro, sem problemas. - Kris murmurou, decepcionado.  

Enquanto íamos em direção a saída da quadra, virei o rosto um pouco para trás e sorri vitoriosamente para ele, provocando-o.  

Caminhamos até o portão da escola em silêncio até ela me empurrar com o  ombro.  

— O que vamos fazer agora, amigão? -  perguntou ela e eu sorri de forma amarga. Eu estava me sentindo triste, o que não era para estar acontecendo. Desde que acordei, me sentia angustiado. Ela sorria e acabei por dar uma resposta automática.  

— Está com fome? Podemos parar pra comprar algo pra comer.  

— Ah, nem tanto, a gente acabou de... – seu estômago roncando me fez esquecer do meu problema. - Quem eu estou querendo enganar? 

Realmente, quem estávamos querendo enganar? Eu estava completamente apaixonado pela minha melhor amiga, e eu não devia estar sentindo isso. 

— Vamos logo, balãozinho. - passei um dos braços por seu ombro apressando o passo.  

— Idiota. -murmurou.  

Fomos até uma padaria não muito longe dali, onde tinha um milk shake maravilhoso. Sentamos em uma das mesas vazias e não demorou para sermos atendidos.  

— Então, o que o Kris queria com você? – perguntei curioso. 

— Eu acho que ele ia me chamar pra sair -  disse simplesmente e eu fiz uma careta de desgosto - Mas você acabou chegando na hora, então nem deu em nada.  

A olhei incrédulo. Arqueei a sobrancelha tentando controlar minha revolta. Desde quando Minah era tão... estúpida?  

— Então, é basicamente culpa minha você não ter conseguido um encontro? 

— Basicamente não, a culpa sempre é sua. – respondeu na hora. Meu sangue gelou quando reconheci suas palavras de imediato, aquelas mesmas que eu havia dito a um ano atrás. Minah não remoía o passado, mas não esquecia dele - Mas eu não ia aceitar o convite. Tenho mais o que fazer, tipo um TCC.  

A garçonete chegou com as bebidas e depositou-as na nossa frente.  

Então, você está apenas trocando um pelo outro. - disse rudemente. Eu já havia pedido desculpas, ela jogar aquelas palavras na minha cara naquele momento só fizeram o favor de me lembrar do quão idiota eu era e o motivo de não poder gostar dela. 

— O que você quer dizer com isso? – suas orbes castanhas encontraram as minhas, demonstrando uma frieza que eu só havia presenciado uma vez em toda a minha vida.  

— Você está apenas deixando de sair com o Kris pra se encontrar com o tal de Baekhyun, ou estou errado?  

Meu modo de defesa havia sido ativado e eu não pude evitar. Em momento algum tinha a intenção de magoá-la, mas minhas barreiras estavam trincadas e eu estava desesperado. Minah me olhava furiosa, eu não duvidava que ela pudesse me matar com aquele copo de Milk shake, mas antes que ela pudesse fazer isso uma garota surgiu do nada.  

— YOOOOOONGIIIIII!!!! - uma garota de cabelos castanhos passou os braços pelo meu pescoço e enterrando meu rosto no meio de seus peitos, me deixando sem ar. - Ai que bom que eu te encontrei! Você leu o negócio que eu te mandei!? 

Que negócio? Busquei em minha mente o nome da dona daquela voz irritante. Eu sabia que estava fugindo de alguém, só não lembrava o nome da garota. 
Minah nos observava com sangue nos olhos e eu acabei por lembrar o nome da fulana.  

Ah, olá, Sojin. - disse indiferente, afastando-a um pouco para poder respirar. - Eu li, mas nem deu tempo de te responder, me desculpe.  

Ela me olhava sorrindo, sem se importar com o meu tom. 

— Não tem problema bobinho, eu queria muito saber sua opinião, mas sei que você é um homem ocupado. O importante é que eu te encontrei em um lugar maravilhoso! Nós podemos discutir sobre isso? Eu tive umas ideias incríveis e você é o único que... 

— Alô? – voltei minha atenção para a Minah que agora parecia meio tristonha.  

Por que eu não conseguia controlar a minha boca? Por quê? 

Virei completamente para ela, mas antes que eu pudesse reagir, Minah começou a falar rapidamente no telefone enquanto jogava o dinheiro em cima da mesa. 

— Ah, sim, eu já estou indo, só vim comprar bolo. Tinha esquecido, mas até daqui a pouco. Beijo!  

— Onde você vai? – perguntei assim que ela desligou a chamada. Minah mal olhou na minha cara.  

— Tinha combinado um negócio com a Hyeri. Te vejo outra hora, tchau.  

Ela saiu as pressas da padaria, me deixando sozinho na presença daquela garota, completamente estático. O que eu havia feito?  

Meu Deus, eu só fazia merda!  

— Hã... Enfim. - começou Sojin novamente, não parecendo se importar com a saída de Minah - Nós podemos...  

Desculpa, a gente conversa depois. - falei apressadamente, deixando o resto do dinheiro em cima da mesa e pegando minha mochila, saindo da padaria as pressas.  

Olhei para os lados procurando algum sinal de Minah, mas ela já tinha desaparecido. Passei as mãos por meus cabelos e puxei os fios, nervoso, decepcionado comigo mesmo.  

Pela conversa que ouvi no telefone, ela tinha ido até a casa de Hyeri, mas se eu fosse até lá provavelmente a demônia acabaria com a minha existência. Decidi então ir até a casa da ruiva e esperar por ela em seu quarto, como ela sempre fazia comigo.  

Eu não podia perdê-la. Não podia cometer o mesmo erro duas vezes.  

Não sabia o que sentia por ela com exatidão, a única coisa que sabia era que eu estava perdidamente apaixonado por Bang Minah e não podia magóa-la.  

Não outra vez. 


Notas Finais


EEEEE ELE BEIJOU ELA!!! O SONHO DA MINAH NÃO FOI CEM POR CENTO MENTIRA, HEHE
E siiiiiim, ele gosta dela!
E assim, já deu pra perceber que o Suga fez uma merda no passado, não? Quais são suas teorias para isso?
O capítulo 10 está mais perto do que parece e várias coisas ainda estão por vir na fic!
Espero que tenham gostado e sim, no próximo capítulo vocês vão descobrir mais sobre o passado do Suga!
Beijos de luzzzzz, até o próximo!!


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